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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 01/12/2017

                          Dinamismo maior do mercado interno

                          No terceiro trimestre 2017, a economia brasileira evitou uma recaída, ao ficar praticamente estável. O resultado do PIB frente ao segundo trimestre foi de apenas 0,1%, já descontados os efeitos sazonais, implicando uma nítida desaceleração diante do desempenho da primeira metade do ano.

                          Esta perda de vitalidade da recuperação, contudo, não decorreu do mercado doméstico, que registrou um dinamismo maior, mas sim da demanda externa. Diferentemente dos trimestres anteriores, as importações (+6,6%) avançaram mais que as exportações (+4,1%) no terceiro trimestre, refletindo, em alguma medida, problemas de competitividade do produto nacional.

                          Não fosse o setor externo, o resultado do PIB teria sido mais favorável. Na demanda interna, por sua vez, dois aspectos chamam atenção. O primeiro deles é que o Consumo das Famílias se manteve no positivo e sem perdas de ímpeto. Cresceu 1,2% na série com ajuste, isto é, ao mesmo ritmo do trimestre anterior, como pode ser visto abaixo.

                               •  PIB: +1,3% no 1º tri/2017; +0,7% no 2º tri/2017 e +0,1% no 3º tri/2017;

                               •  Consumo das Famílias: +0,2%; +1,2% e +1,2%, respectivamente;

                               •  Formação Bruta de Capital Fixo: -0,6%; 0% e +1,6%;

                               •  Exportações: +5,7%; +1,2% e +4,1%;

                               •  Importações: +1,9%; -3,4% e +6,6%, respectivamente. 

                          Além de fatores pontuais como a liberação dos recursos do FGTS na primeira metade do ano, também têm sido importantes para a reativação do consumo: 1) a expansão da massa de rendimentos reais, devido tanto à queda da inflação como por causa dos sinais positivos no emprego; e 2) a relativa normalização do quadro do crédito às famílias. Estes fatores vêm permitindo que a demanda reprimida de bens de consumo ao longo da crise seja, agora, retomada, estimulando o comércio e muitos ramos da indústria.

                          O segundo aspecto no mercado doméstico a ser destacado é o retorno ao crescimento da formação bruta de capital fixo. Depois de quinze trimestres seguidos de resultados desfavoráveis, obteve alta de 1,6% frente ao trimestre anterior com ajuste sazonal, em muito devido a investimentos mais leves, voltados à modernização e adequação marginal de capacidade de produção, bem como aos segmentos de veículos produtores de caminhões e ônibus. A taxa de investimento, porém, continua dramaticamente baixa, em 16,1%.

                          Entre os grandes setores, a agropecuária foi o único a apresentar retração (-3,0%) no terceiro trimestre, devolvendo parte da forte elevação vista nos primeiros três meses do ano (+12,9%). O total de serviços cresceu 0,6% e a indústria total 0,8%, mas esses resultados não refletem bem o desempenho de alguns de seus ramos, cujo dinamismo é um pouco maior do que isso.

                          Como sugerido anteriormente, o comércio e a indústria de transformação são os segmentos do lado da oferta que melhor têm se saído em 2017. No caso do comércio, contabilizado dentro do setor de serviços, já são três altas consecutivas, com destaque para o segundo e o terceiro trimestres: +2,2% e +1,6%, já descontados os efeitos sazonais.

                          Na indústria de transformação, tem ocorrido alguma variação da magnitude de seus resultados, mas o sinal positivo segue firme: +1,7%, +0,2% e +1,4% em cada um dos trimestres de 2017, em ordem. O que falta, tanto para a indústria de transformação como para o comércio, é uma trajetória de aceleração para que as perdas anteriores sejam recuperadas mais rapidamente, permitindo que virem a página da crise de uma vez.

                          Se o ramo manufatureiro deve demorar para recuperar o que perdeu, a situação da construção é muito pior, pois continua perdendo. O melhor que a construção conseguiu obter em 2017 foi atingir a estabilidade, como agora no terceiro trimestre. As quedas ainda são a regra geral em sua trajetória recente. Nem mesmo na comparação interanual há algum sinal positivo, ao menos desde o segundo trimestre de 2014.

                          Os demais segmentos do lado da oferta ficaram quase estagnados em relação ao segundo trimestre, como no caso da maior parte dos serviços. Mais do que isso, transporte, armazenagem e correios (0% na série com ajuste) e outras atividades de serviços (+0,2%) estão em 2017 inseridos em uma trajetória de nítida desaceleração.

                          Já a virtual estabilidade da indústria extrativa (+0,2% com ajuste) e das atividades de eletricidade, gás, esgoto e gestão de resíduos (+0,1%), que integram a indústria total, sucederam um segundo trimestre de declínio que, neste último caso, não foi desprezível (-2,0%)

                          Segundo dados divulgados pelo IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil atingiu, no terceiro trimestre de 2017, R$ 1,641 trilhão a preços correntes. Com relação ao trimestre anterior, a partir de dados dessazonalizados, a variação foi de 0,1%. 

                          Em relação ao terceiro trimestre de 2016, houve crescimento de 1,4%. No que se refere à oscilação do acumulado nos últimos quatro trimestres frente a igual período do ano anterior, houve retração de 0,2%.

                          Ótica da oferta. Em relação ao segundo trimestre de 2017, a partir de dados dessazonalizados, foi verificada a expansão dos setores indústria (0,8%) e serviços (0,6%). O setor agropecuário, na mesma comparação, apresentou queda de 3,0%. 

                          Ainda na mesma base de comparação, nos subsetores: da indústria registrou-se as seguintes variações: indústria de transformação (1,4%), extrativo mineral (0,2%), produção de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,1%) e indústria de transformação (1,4%) registraram elevação. Não foram observadas variações significativas nos subsetores de construção (0,0%) e. produção de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,1%). 

                          No setor de serviços, ainda sobre o trimestre anterior e com ajuste sazonal, apresentaram variações positivas os segmentos de comercio (1,6%), atividades imobiliárias (0,9%), outros serviços (0,2%), administração, saúde e educação pública (0,2%) e intermediação financeira e seguros (0,1%). O subsetor de serviço de informação registrou leve recuo (-0,1%), enquanto que transporte, armazenagem e correio, estabilidade (0,0%).

                          Em relação ao terceiro trimestre de 2016, houve incremento do setor agropecuário (9,1%), explicado em grande medida pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no terceiro trimestre. Nesta comparação, o setor industrial teve variação positiva de 0,4% e o de serviços teve aumento de 1,0%.

                          Dentro do setor industrial, ainda frente ao mesmo trimestre do ano anterior, o segmento de construção civil contribuiu negativamente (-4,7%). Os segmentos da indústria de transformação (2,4%), extração mineral (2,4%) e produção e distribuição de eletricidade, gás e água (0,2%) apresentaram crescimento no período. 

                          No setor de serviços, os destaques positivos ficaram por conta do segmento de comércio (3,8%), atividades imobiliárias (2,1%), transporte, armazenagem e correios (1,9%) e outras atividades de serviços (1,2%). Em termos negativos, restaram os segmentos de informação e comunicação (-3,0%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,8%). Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados permaneceu estável (0,0%). 

                          Ótica da demanda. Sob a ótica da demanda, frente ao segundo trimestre de 2017, (com ajuste sazonal), a Formação Bruta de Capital Fixo aumentou 1,6%, o consumo governamental caiu 0,2% e o consumo das famílias apresentou crescimento, com variação de 1,2%. Com relação ao setor externo, as exportações cresceram 4,1% e as importações, 6,6%. 

                          Na comparação com o terceiro trimestre de 2016, a formação bruta de capital fixo caiu 0,5%, o consumo do governo retraiu 0,6% e o consumo das famílias teve variação positiva de 2,2%. As exportações aumentaram 7,6% e as importações, 5,7%. 

                           

                           

                           

                           

                           

                           

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