IEDI na Imprensa - Corte acumulado da Selic cola em 8 p.p. e governo alinha outras taxas
Valor Econômico
Angela Bittencourt
O Copom volta a se reunir em duas semanas e poderá cortar a Selic pela 13ª vez consecutiva, de 6,50% para 6,25% e dar início a um período – que se espera longo – de manutenção desse nível. Nesse cenário, o atual ciclo monetário será concluído com uma redução acumulada inédita da taxa Selic: 8,0 pontos percentuais ou 800 pontos base em vinte meses, desde outubro de 2016. Em média, o comitê terá cortado o juro em 0,40 ponto ao mês.
Há 10 dias, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, reiterou, em apresentação a conselheiros do IEDI, que existem riscos de queda e de aumento da inflação. Lembrou que a política monetária tem flexibilidade para reagir a riscos de ambos os lados. Sinalizou como apropriado mais um corte moderado adicional na Selic e, para reuniões além da próxima, disse que o comitê vê como adequada “a interrupção do processo de flexibilização, visando avaliar os próximos passos”.
Esse é o cenário para a taxa básica de juro a partir da qual todas as demais tendem a ser alinhadas. Ao menos em tese. Parte desse ajuste é executado pelo próprio governo por meio de diferentes instâncias. A equipe econômica participa das discussões.
Na segunda-feira, o setor de previdência complementar formalizou uma decisão sobre a taxa a ser aplicada na avaliação atuarial de suas aplicações no exercício de 2018. Também na segunda-feira, em Ribeirão Preto, autoridades, entre elas o ministro da Fazenda Eduardo Guardia, e representantes do setor que participaram da abertura da Agrishow indicaram que avançam as negociações em torno do juro a ser cobrado no financiamento da safra 2018/2019.