IEDI na Imprensa - Abertura comercial com visão estratégica
DCI
Maior integração com mercado global deve considerar ampliação de espaço para indústria brasileira no exterior
Liliana Lavoratti
Abertura comercial maior, como prevê a equipe econômica do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, coincide com propostas dos industriais brasileiros sobre a necessidade da medida. Mas é grande a divergência sobre os caminhos para fazer isso. Enquanto a campanha do candidato à frente nas pesquisas de intenção de votos prega permissão unilateral da entrada de bens no mercado brasileiro, com redução do Imposto de Importação, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), por exemplo, defende um processo no qual o País utilizaria a abertura para negociar espaço para empresas brasileiras no exterior.
Negociar espaço para o Brasil
O grande potencial do mercado consumidor brasileiro deve ser considerado como um ativo importante do Brasil em negociações de acordos para maior integração do País à economia internacional, destaca o economista do IEDI Rafael Cagnin, referindo-se ao documento “Indústria e o Brasil do Futuro”, onde a entidade se posiciona sobre a questão. “Defender o protecionismo nunca colou no IEDI, mas a integração tem de ser inteligente e dentro de uma visão estratégica de inserção, para não comprometer os ativos de competitividade já conquistados pela nossa indústria”, diz.
Jogo deve ser em duas direções
As negociações multilaterais ou bilaterais mirando maior inserção da indústria brasileira deve abranger o máximo de parceiros comerciais. “Nesse jogo, que deve ser jogado em duas direções, não dá para ignorar um certo protecionismo de parte dos países centrais, quando se trata de aquisição, por estrangeiros, de ativos tecnológicos fundamentais, principalmente os relacionados à indústria 4.0”, comenta à Plano de Voo o economista do IEDI. “Os países têm relações estratégicas com o resto do mundo e sua abertura sempre está vinculada a isso”, completa.
Menos custos e tributos
Abertura indiscriminada, sem o Brasil ganhar nada em troca, pode acabar com alguns segmentos da manufatura nacional, como a indústria de bens de capital. Outro ponto a ser colocado na balança, segundo Cagnin, é que, junto com a maior integração comercial brasileira, devem ser equacionados os problemas sistêmicos da nossa economia, para assegurar maior competitividade do produto nacional. “Tem de fazer reforma tributária, reduzir o custo de capital e a insegurança jurídica, melhorar a infraestrutura, tudo o que vai além do chão de fábrica e prejudica a indústria.”
Concorrência fatal
Essa visão de processo de abertura implica em comprometimento do governo com adoção de medidas nessa direção, enfatiza o economista do IEDI. “Além disso, é importante dar tempo ao parque fabril para se adaptar às mudanças. Não dá para fazer isso do dia para a noite, isso resultaria em enxurrada de empresas sem condições de competir aqui dentro em ambiente mais aberto”, lembra. Um quarto elemento, estrutural e de longo prazo, é associar a maior integração internacional com uma política de inovação tecnológica para ampliar o valor agregado das exportações.
Inteligência artificial
O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) desenvolveu sistema que utiliza a tecnologia de aprendizado de máquina (machine learning) para análise automatizada das prestações de conta em transferências voluntárias da União. Com base nas características de cada convênio ou contrato de repasse, a ferramenta reconhece padrões e permite prever, com alto grau de precisão, o resultado da análise de contas, no caso de avaliação manual por servidores dos órgãos federais concedentes. A novidade foi apresentada ontem no Congresso Latino-Americano de Auditoria Interna (CLAI), em Foz do Iguaçu (PR), evento que reúne mais de mil profissionais da área.
Mulheres e Constituição
O Peixoto & Cury Advogados reúne, hoje, em São Paulo, um time de mulheres de destaque no mundo jurídico para discutir os “30 Anos da Constituição Federal”, sob as perspectivas femininas. O evento terá três painéis: A Constituição Federal e a evolução da ordem social; A efetivação dos direitos fundamentais na Constituição Federal; e o Papel da mulher em posições de liderança. Dentre as palestrantes, Rilma Aparecida Hemetério, presidente do TRT da 2ª Região; Eliana Faleiros Vendramini Carneiro, promotora de justiça do Ministério Público de São Paulo e professora da PUC/SP; e Silvia Pimentel, professora da PUC/SP e integrante do Comitê sobre a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres, da ONU.
Mulheres em conselhos
As mulheres e pessoas negras são minorias tanto em cargos de liderança como nos conselhos das empresas. Pensando em transformar esse panorama, a CKZ Diversidade criou, em parceria com a Saint Paul Escola de Negócios, o primeiro evento do Brasil dedicado a dialogar sobre esse tema: o Fórum Diversidade no Conselho, que acontece hoje, em São Paulo (SP). O objetivo é apresentar pesquisas e cases que comprovam que a multiplicidade de talentos e de ideias nos conselhos é fundamental para um processo mais assertivo, uma vez que diferentes experiências contribuem para uma análise mais abrangente.
Leitura para crianças
O Itaú Social está com inscrições abertas para o Edital Leia para uma Criança, que selecionará livros infantis para a campanha nacional de incentivo à leitura em 2019 e em 2020. Editoras de todo o país, exceto as contempladas no último edital, podem submeter até três títulos de livros infantis até 8 de novembro, às 18 horas, pelo site Prosas. Serão selecionadas de duas a quatro obras distintas de prosa ou poesia, recentes ou reeditadas, de até 50 páginas, voltadas a crianças de 0 a 6 anos de idade. Está prevista a aquisição de até dois milhões de exemplares de cada título selecionado. As editoras contempladas também cederão os direitos para a produção de até 10 mil exemplares em braile e em formato acessível para leitores com deficiência.
430 toneladas de alimentos
Para celebrar o Dia Nacional da Coleta de Alimentos, que este ano será comemorado em 10 de novembro, a Mondel?z Brasil doará 428 toneladas de alimentos às instituições sociais nas regiões Sul, Nordeste e Sudeste, que beneficiará cerca de 1,4 milhão de pessoas nesses locais. Desde 2010, quando a empresa iniciou os donativos de forma periódica, a Mondel?z Brasil já contribuiu com mais de 4 mil toneladas de alimentos. Em 2018, os mantimentos foram encaminhados ao Banco de Alimentos e Programa Mesa Brasil nos estados de São Paulo, Paraná, Pernambuco e Alagoas; Instituto Pró-Cidadania, de Curitiba; além do Programa Mesa Brasil Nacional para situações ou campanhas emergenciais causadas por chuvas ou secas.