IEDI na Imprensa - Crise prolongada estimula desalento
DCI
Editorial
A crise do emprego no país foi tão grave que desestimulou as pessoas de procurarem emprego (desalento), segundo análise do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), publicada na última sexta-feira (28).
De acordo com o IEDI, a recuperação da economia é tão modesta que a obtenção de uma vaga não assegura a ocupação de todas as horas de que as pessoas disponibilizariam para exercer uma atividade profissional.
Por fim, o último fator para o qual é importante chamar atenção refere-se ao dinamismo do rendimento das famílias. Depois de crescer, na comparação interanual, em torno de +2,5% a cada trimestre móvel ao longo de 2017 todo, o rendimento real médio tem ficado praticamente estagnado nos últimos meses, chegando a +0,1% entre setembro e novembro de 201818 frente ao mesmo período de 2017. Isso porque a inflação se manteve baixa, mas não apresentou recuo intenso como em 2017.
Deste modo, a massa de rendimentos reais, que é a base do mercado consumidor interno, especialmente para aqueles bens cuja demanda não implica financiamentos, reduziu seu crescimento trimestral médio de +3,7% na segunda metade de 2017 para apenas +1,6% entre setembro e novembro de 2018 frente ao mesmo período do ano anterior. Este é um fator relevante para o baixo dinamismo que vem prevalecendo na economia.
Renda em baixa
Conforme dados da PNAD Contínua Mensal divulgados na sexta-feira pelo IBGE, o rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$ 2.238, apresentando variação negativa de 0,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior (junho, julho e agosto), já frente ao mesmo trimestre de referência do ano anterior houve expansão de 0,1%.
A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos atingiu R$ 203,5 bilhões no trimestre que se encerrou em novembro, registrando expansão de 1,0% frente ao trimestre anterior e variação positiva de 1,6% ante o período do ano anterior (R$ 200,2 bilhões).