IEDI na Imprensa - Empresas demandam menor recurso
DCI
Da Redação
Um percentual menor de empresas de todos os portes buscará crédito no mercado em 2019, é o que constatou a Pesquisa Perspectiva Empresarial da Boa Vista, realizada no quarto trimestre de 2018.
Já das que contratarão crédito, são as microempresas (36%) que devem demandar mais ao longo do ano, seguida das médias (33%), das grandes (28%) e das pequenas (21%).
Também segundo a pesquisa, são as empresas da Indústria as mais contundentes ao afirmar que não demandarão crédito em 2019.
No quarto trimestre de 2017, 37% disseram que não demandariam crédito em 2018. Já no quarto trimestre de 2018, 58% das respondentes afirmaram que não demandarão crédito em 2019.
Para as empresas que demandarão crédito, 41% das grandes farão para alavancar capital de giro. 47% das médias e 46% das micro informaram que usarão para realizar novos investimentos e 35% das pequenas empresas para pagar empréstimos.
Ao avaliar por ramo de atividade, a pesquisa constatou que a maior parte das empresas, tanto da Indústria, quanto do Comércio e de Serviços, demandará crédito em 2019 para realizar novos investimentos. A pesquisa constatou que cresceu a proporção de empresários que acreditam que em 2019 irão pagar taxas maiores ao demandarem crédito.
Para os economistas da Boa Vista, apesar do aumento da confiança apontado em diversos indicadores, os dados da pesquisa refletem cautela dos empresários, que, diante da retomada lenta da economia estão evitando novas dívidas. Em relatório já divulgado sobre o Boletim de Crédito do Banco Central (BC), o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) notou que o destaque no financiamento corporativo vem das operações oficiais, que já não caem mais como caíam até pouco tempo atrás. Agora no primeiro bimestre de 2019 conta com alta de +20% e soma três meses consecutivos de crescimento acima de 15% na comparação interanual. Evidentemente, depois de tanto retrocesso, bases baixas de comparação ajudam neste desempenho recente.
“As concessões [para o setor corporativo] só há pouco tempo deram sinal de reação, alterando pouco as medidas de estoque. Em fevereiro de 2019, este segmento de crédito representava 20,7% do PIB. Isso significa nada menos do que um retrocesso de 10 anos e meio, para agosto de 2008, quando a relação também era de 20,7%. Em relação ao pico de dezembro de 2015 (28,5%), a defasagem é de 8 pontos percentuais. “Juros mais baixos contribuiriam para reverter este quadro”, sugere o Iedi.