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                          IEDI na Imprensa - Exportação da indústria fica mais ‘pobre’

                          Publicado em: 15/09/2022

                          Valor Econômico

                          Setor importa produtos de alta intensidade tecnológica e exporta itens que agregam pouco valor

                          Lino Rodrigues

                          A indústria de transformação brasileira vem perdendo participação na produção e na exportação mundial. Em 2020, após duas crises (2008-2009 e 2014-2015), uma nova recessão global, trazida pela pandemia da covid-19, atingiu mais severamente a indústria de transformação brasileira que a de outros países com os quais o país divide o ranking de exportações.

                          Os resultados negativos seguidos acabaram reforçando a trajetória de perda de importância da manufatura brasileira perante seus pares na economia mundial - passou de 8º para o 14º lugar. Em 2020, a fatia brasileira na produção global da indústria de transformação caiu de novo para 1,32% (vindo de 1,35% em 2019).

                          Nas exportações o cenário é ainda pior e reflete uma queda constante nos índices de competitividade do produto nacional. A participação do Brasil nas exportações mundiais da indústria de transformação caiu de 0,87%, em 2018, para 0,83%, em 2019. Em 2020, estima-se nova redução, com o peso ficando em 0,78%, o menor resultado da série histórica calculada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) desde 1990.

                          Os impactos negativos também se refletem no saldo da balança comercial da indústria brasileira, que vem piorando desde 2008. De 2020 para 2021, houve um acréscimo de US$ 21,4 bilhões no resultado negativo (passou de US$ 32,1 bilhões, para US$ 53,5 bilhões), um aumento de 66,7%. Só não foi pior porque houve uma alta nas vendas externas de 26%, compensando uma parte das importações que cresceram 35%.

                          O último levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), referente ao primeiro semestre deste ano, aponta para mais um ano de dificuldade para a balança comercial da indústria. De janeiro a junho, o déficit atingiu US$ 27,5 bilhões, o maior para um período de seis meses desde 2014. O estudo mostra ainda que, a exemplo de outros anos, os ramos industriais de alta e de médio-alta tecnologia, ou seja, que fabricam produtos com maior valor agregado, estão na origem dessa piora no desempenho da balança comercial da indústria brasileira. Esses dois ramos industriais ampliaram seus déficits em 28,4% e 34,8%, respectivamente, na comparação com o mesmo período de 2021. Já o superávit dos segmentos de média-baixa e de média intensidade cresceram 37,8% e 174%, respectivamente, na mesma comparação, o que atenuou parcialmente o resultado negativo.

                          Entre 2000 e 2008, os produtos com maior intensidade tecnológica representavam algo em torno de 40% de tudo que a indústria exportava. Em 2021, último dado anual completo, esses itens passaram a representar 27,6% das vendas externas industriais, sendo que na alta tecnologia a fatia foi reduzida de 14%, para 3,9%. “É uma perda muito forte, embora tenha o impacto da pandemia, em 2021, que afetou o setor aéreo”, diz Rafael Cagnin, economista do IEDI, lembrando que boa parte dessa queda se deve ao fraco desempenho da Embraer, responsável por boa parte do que o Brasil exporta de alta tecnologia.

                          Diante desse cenário de retrocesso nos números da indústria nacional, Tatiana Prazeres, diretora do departamento de relações internacionais da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), salienta que a maior preocupação é com o fato de que está havendo uma mudança de perfil nas exportações brasileiras, tornando-se de menor valor agregado, enquanto as importações são cada vez maior de produtos acabados e de conteúdo de alto teor tecnológico. “É importante que o Brasil importe para poder exportar produtos de maior valor agregado. Importar insumos para melhorar a competitividade da indústria brasileira dentro e fora do país é algo importante. Agora, aumentar a importação de produtos acabados é diferente de trazer insumos que contribuam para competitividade da nossa indústria”, observa ela.

                          A executiva cita também o fato de que a perda de competitividade de mercadorias nacionais está tirando o Brasil de mercados tradicionais na América do Sul como a Argentina, onde o país perdeu a condição de maior fornecedor para os chineses. “E isso não aconteceu apenas na Argentina, que vem passando por sérias dificuldades econômicas. Nossas exportações perderam espaço nos Estados Unidos, na Alemanha, mercados importantes para produtos de maior valor agregado. Faz tempo que estamos perdendo mercado no comércio internacional, isso é um fato.”

                          O superintendente de desenvolvimento industrial da CNI, Renato da Fonseca, considera a recuperação de um maior protagonismo da indústria na economia e nas exportações brasileiras essenciais para que o país alcance maiores taxas de crescimento do produto interno bruto (PIB) e níveis mais elevados de desenvolvimento tecnológico. Os produtos industriais, avalia, são os que mais possuem cadeias e conexões, envolvendo vários setores econômicos, com capacidade de diminuir custos e agregar valor a produtos básicos, gerando mais tecnologia e inovação.

                          A agenda para recolocar a indústria no mercado internacional, segundo ele, passa necessariamente pelo alinhamento das variáveis econômicas, incluindo a taxa de câmbio, pela realização de acordos de redução de barreiras internas e externas, e pela solução de problemas estruturais que afetam não só a indústria, mas todos os setores da economia, como a reforma tributária. “Nosso sistema tributário penaliza as cadeias mais longas, com um acúmulo de tributos. Não é possível que ainda estejamos exportando impostos.”

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