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                          IEDI na Imprensa - Tarifaço aumenta importância do ‘dever de casa’

                          Publicado em: 22/04/2025

                          Valor Econômico

                          Economistas defendem que país olhe para agenda de reformas para aproveitar oportunidades

                          Lucianne Carneiro

                          No atual momento de guerra comercial, torna-se ainda mais importante para o Brasil fazer o dever de casa para resolver questões internas como falta de infraestrutura logística adequada; burocracia; educação; racionalização da máquina pública; sistema de garantias para financiamentos; e o custo Brasil como um todo, apontam economistas ouvidos pelo Valor.

                          Além de uma agenda já conhecida de reformas, o tarifaço dos Estados Unidos também deveria ser o ponto de partida para avançar na abertura da própria economia brasileira, ainda muito protecionista, na avaliação de especialistas.

                          Sócio-fundador da GO Associados, o professor da Fundação Getulio Vargas Gesner Oliveira compara o choque externo vivido atualmente a uma situação em que “o nível da água cai e as embarcações apodrecidas começam a aparecer”: “Se nas economias emergentes já precisamos de mais infraestrutura, desburocratizar e racionalizar a máquina pública, isso é ainda mais urgente neste momento. Nossa margem de ineficiência diminui brutalmente. Vão sobreviver aquelas economias muito competitivas”, diz.

                          Na sua análise, as três reformas mais importantes para o Brasil aproveitar as oportunidades do que chama de “onda trumpista” são a infraestrutura (capital físico); a educação e a educação profissionalizante (capital humano); e a racionalização da máquina pública.

                          Com a ordem internacional “estilhaçada”, Oliveira diz que os países e empresas vão reorganizar suas cadeias produtivas e, com reformas, o Brasil pode se apresentar como uma alternativa. “É como se zerasse tudo para repensar de onde vai comprar. Se o Brasil se apresentar como uma economia competitiva, que consegue penetrar nos mercados de maneira estável e com produtos de boa qualidade, vai aproveitar essa nova ordem.”

                          No cenário de transformação do comércio internacional, a capacidade competitiva se torna “questão de vida ou morte”, diz o diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Rafael Cagnin: “Ter condições melhores de competividade para a produção brasileira era fundamental e se torna questão crucial, de vida ou morte. O Brasil só vai aproveitar oportunidades que se abrirem se tiver, ao menos, padrão de competitividade mais perto do resto do mundo.”

                          De acordo com o economista, o custo Brasil - ônus adicional do custo de produção no país ante o custo médio dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Industrial (OCDE) - “asfixia as possibilidades de aproveitar as oportunidades criadas e enfrentar os desafios”.

                          Com tom otimista, o professor de Estratégia da Fundação Dom Cabral, Aldemir Drummond, acredita em oportunidades para setores do Brasil com vantagens competitivas para concorrer, como aqueles ligados a segurança energética e alimentar. Em momento em que “a única certeza é a incerteza”, ele lembra que o país não é competitivo em tudo e que a guerra comercial não será totalmente benéfica, mas há espaço para aproveitar determinadas chances.

                          Diante de um gargalo fiscal “claríssimo”, Drummond defende que o Estado atue como um facilitador para a agenda necessária de reformas e avanços, mais do que um investidor. “O negócio não está pronto, tem uma agenda que o Brasil precisa cumprir. [...] Mas existe um gargalo fiscal claríssimo. Por isso, é preciso enxergar o governo muito mais como um facilitador que como um investidor. A agenda de infraestrutura, por exemplo, é fundamental. Nesta área, há o caminho das concessões e é preciso acelerar essa possibilidade”, diz ele, que coordena o projeto Imagine Brasil.

                          Gesner Oliveira lembra que o Brasil vive um momento de recordes de investimentos em infraestrutura através de privatizações clássicas ou parcerias público-privadas (PPP), hoje adotadas por governantes de diferentes visões políticas e de níveis de governo.

                          A abertura comercial é a agenda mais atrasada”

                          — Fernando Veloso

                          Outro aspecto que Drummond vê necessidade - e potencial - para melhorias é o do sistema de garantias de financiamentos, que pode ajudar no desafio que é incentivar investimentos privados produtivos com o atual patamar de juros no Brasil. “O governo pode atuar como facilitador ao oferecer garantias a investimentos através de bancos de investimentos ou bancos públicos, por exemplo. Isso não teria efeito a curtíssimo prazo, mas pode avançar a curto e médio prazo”, nota.

                          Essa articulação entre os setores público e privado é considerada essencial para o avanço da agenda de reformas pelo professor da Fundação Dom Cabral. O país ainda tem o hábito, segundo ele, de atribuir ao governo a responsabilidade pela solução dos problemas maiores. “É preciso sensibilizar o setor privado para a necessidade dessa articulação, da conjunção de interesses entre público e privado que já funcionou no passado. Muitas vezes, o setor privado mantém uma lógica de pedir subsídios. Por um tempo limitado, não é tanto um problema. Mas é preciso ter metas e acompanhamento.”

                          Da agenda de reformas em que o Brasil precisa avançar, o pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) Fernando Veloso cita a abertura comercial como a mais importante. Ele também vê chances de o Brasil se beneficiar da reorganização das cadeias produtivas globais, mas para isso é fundamental acabar com o protecionismo no mercado brasileiro.

                          “É importante que o Brasil possa finalmente romper a tradição protecionista de uma economia fechada e se integrar aos demais países, com redução de tarifas e de barreiras não-tarifárias. Houve alguma abertura comercial nos anos 90, mas praticamente não se andou desde então”, defende Veloso.

                          Se os Estados Unidos parecem abrir mão do comércio, diz ele, o mesmo não é realidade para o resto do mundo. E a abertura comercial pode posicionar melhor o Brasil para este novo ambiente.

                          Na sua avaliação, o Brasil avançou com a reforma tributária aprovada - apesar do calendário longo de transição - e tem uma extensiva agenda já conhecida, que inclui infraestrutura ainda muito deficiente e necessidade de melhorias em garantias de empréstimos. “A abertura comercial é a agenda mais atrasada”, alerta.

                          Por outro lado, o diretor-executivo do IEDI é a favor de a diplomacia brasileira reforçar o viés comercial de sua política de negociações, mas defende ao mesmo tempo proteção contra a concorrência desleal. “É interessante ter uma política de comércio exterior ativa e mais atenta, mas próxima aos objetivos de desenvolvimento industrial, de forma a exercer todos os instrumentos que ainda existem para proteger de concorrência desleal. [...] A diplomacia poderia ter esse viés comercial reforçado”, diz Cagnin.

                          Em artigo no jornal Folha de S. Paulo, a economista-chefe do Santander Brasil, Ana Paula Vescovi, defendeu a relevância das reformas no cenário atual. “Ganham importância as reformas para fortalecer a competitividade sem recorrer a subsídios, o que pressionaria ainda mais as contas públicas e as taxas de juros”, escreveu.

                          Para ela, avanços em reformas estruturantes - tributária, administrativa e regulatória - podem contribuir para elevar a eficiência sistêmica e reduzir o “custo Brasil”, mitigando os efeitos de barreiras externas. “Ao sinalizar medidas de reforço à competitividade de suas empresas - ao invés de se isolar -, o país pode transformar esse desafio em oportunidade e se posicionar como supridor confiável das cadeias globais, que estarão cada vez mais sujeitas a instabilidade e imprevisibilidade”, disse.

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