Análise IEDI
De voltas às perdas
Como era esperado, o desempenho do comércio apresentou nova queda em mar/21 diante do segundo surto de Covid-19 e da ausência do auxílio emergencial. O resultado com ajuste sazonal de -0,6% no seu conceito restrito e de -5,3% no conceito ampliado, que inclui veículos, autopeças e material de construção, interrompeu o movimento que havia levado a taxas positivas em fev/21.
Deste modo, à exceção do segundo mês de 2021, as vendas reais do varejo têm se mantido no vermelho desde nov/20, em resposta à redução do valor do auxílio pago pelo governo a trabalhadores informais e desempregados, a despeito da manutenção em níveis recordes da taxa de desocupação do país.
Este retrocesso trouxe o varejo de volta a patamares de venda inferiores ao pré-crise, colocando em marcha a ré este setor que por algum tempo liderou a retomada econômica, após o choque da Covid-19 em mar-abr/20. Em mar/21 as vendas do varejo restrito ficaram 0,3% abaixo do nível de fev/20 e no caso do varejo ampliado, 3,6% abaixo.
Consolida o mau resultado deste último mês, o fato de 90% dos dez ramos do comércio acompanhado pelo IBGE terem ficado no vermelho. A única exceção, como pode ser visto nas variações com ajuste sazonal a seguir, foi o ramo de supermercados, alimentos, bebidas e fumo, o que pode estar associado ao anúncio, no final do mês, de uma nova fase de restrições mais duras da mobilidade em importantes cidades do país.
• Varejo restrito: -0,2% em jan/21; +0,5% em fev/21 e -0,6% em mar/21;
• Varejo ampliado: -2,3%; +3,2%; -5,3%, respectivamente;
• Supermercados, alimentos, bebidas e fumo: -1,8%; +0,7% e +3,3%;
• Tecidos, vestuário e calçados: -8,3%; +7,5% e -41,5%;
• Móveis e eletrodomésticos: -11,4%; +9,9% e -22,0%;
• Veículos e autopeças: -4,3%; +8,9 e -20,0%;
• Material de construção: -1,0%; +2,4% e -5,6%, respectivamente.
Não fosse o crescimento do ramo de supermercados e alimentos, embora bem menos intenso do que na primeira onda de contágio, o varejo teria tido uma performance muito pior, dado que este ramo responde por cerca de 1/3 das vendas do comércio ampliado e metade do comércio restrito.
Os mais prejudicados foram os segmentos cujas vendas podem ser adiadas, que encontram maior dificuldade para serem realizadas on line ou, então, que exigem endividamento e maior confiança do consumidor. Foram os casos de tecidos, vestuário e calçados (-41,5% ante fev/21 com ajuste), móveis e eletrodomésticos (-22%) e veículos e autopeças (-20%).
Todos estes ficaram muito aquém do patamar de vendas pré-crise: vestuário e calçados, 50,1% abaixo de fev/20, móveis e eletrodomésticos, 18,1% abaixo, e veículos e autopeças, 21,7% abaixo de fev/20. Ou seja, nestes casos, e em alguns outros, não há recuperação e a crise da Covid-19 é uma dura realidade.
As vendas de outros ramos também caíram bastante, embora em uma intensidade mais moderada que os anteriores. Foram os casos de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,9% ante fev/21 com ajuste), combustíveis (-5,3%) e equipamentos de escritório, informática e comunicação (-4,9%). Todos ficaram abaixo do nível de fev/20.
Aqui também se enquadram as vendas de material de construção, que recuaram -5,6% na passagem de fev/21 para mar/21, já descontados os efeitos sazonais, mas neste caso a deterioração é mais recente. Permanece em um patamar 14% acima do pré-pandemia, mas já esteve muito melhor, já que entre set/20 e mar/21 retrocedeu nada menos do que -12%.
Segundo os dados de março de 2021 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou retração de 0,6% frente ao mês imediatamente anterior (fevereiro/2021) na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de março de 2020, houve expansão de 2,4%. Para o acumulado dos últimos doze meses e para o acumulado no ano aferiu-se expansão de 0,7% e retração de 0,6%, respectivamente.
No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação negativa de 5,3% em relação a fevereiro de 2021, a partir de dados livres de influências sazonais. Frente ao mês de março de 2020, houve variação positiva de 10,1%. Para o acumulado dos últimos 12 meses e para o acumulado no ano verificou-se queda de 1,1% e expansão de 1,4%, respectivamente.
Na comparação frente ao mês imediatamente anterior (fevereiro/2021) na série com ajuste sazonal, um dos oito setores analisados apresentou expansão: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,3%). Por outro lado, os sete setores analisados restantes registraram variações negativas na mesma base de comparação: tecidos, vestuário e calçados (-41,5%), móveis e eletrodomésticos (-22,0%), livros, jornais, revistas e papelaria (-19,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,9%), combustíveis e lubrificantes (-5,3%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-4,5%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,1%). Para o comércio varejista ampliado registrou-se retração de 5,3% no período, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação negativa de 20,0%, enquanto o setor de material de construção apresentou variação negativa de 5,6%.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior (março de 2020), registrou-se expansão em quatro das oito atividades analisadas: outros artigos de uso pessoal e doméstico (30,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,1%), móveis e eletrodomésticos (11,9%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,0%). Por outro lado, houve queda nos quatro setores restantes: livros, jornais, revista e papelaria (-19,7%), tecidos, vestuário e calçados (-12,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,9%) e combustíveis e lubrificantes (-1,5%). Para o comércio varejista ampliado, registrou-se variação positiva de 10,1%, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou expansão de 27,6% e o setor de material de construção obteve incremento de 33,4%.
Na análise do acumulado do ano (janeiro-março de 2021), aferiu-se retração de 0,6% no comércio varejista, com crescimentos em três dos oito segmentos analisados: outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,3%) e móveis e eletrodomésticos (1,6%). Em sentido oposto, os demais segmentos analisados apresentaram decréscimos: livros, jornais, revista e papelaria (-43,3%), tecidos, vestuário e calçados (-12,0%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,9%), combustíveis e lubrificantes (-6,8%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,5%). Para o comércio varejista ampliado houve variação positiva de 1,4% no período, sendo que veículos e motos, motocicletas, partes e peças apresentou acréscimo de 0,3% e material de construção registrou expansão de 20,4%.
Por fim, comparando março de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, 19 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Rondônia (31,4%), Amazonas (22,0%), Roraima (21,4%), Acre (18,4%) e Piauí (15,3%). Por outro lado, as 8 unidades federativas restantes apresentaram decréscimos, sendo as maiores: Tocantins (20,1%), Distrito Federal (-15,3%), Ceará (-7,6%), Paraná (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-1,5%)
Segundo os dados de março de 2021 da Pesquisa Mensal do Comércio divulgados hoje pelo IBGE, o índice de volume de vendas do comércio varejista nacional registrou retração de 0,6% frente ao mês imediatamente anterior (fevereiro/2021) na série com ajuste sazonal. Frente ao mês de março de 2020, houve expansão de 2,4%. Para o acumulado dos últimos doze meses e para o acumulado no ano aferiu-se expansão de 0,7% e retração de 0,6%, respectivamente.
No que se refere ao volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui vendas de veículos, motos, partes e peças e de materiais de construção, registrou-se variação negativa de 5,3% em relação a fevereiro de 2021, a partir de dados livres de influências sazonais. Frente ao mês de março de 2020, houve variação positiva de 10,1%. Para o acumulado dos últimos 12 meses e para o acumulado no ano verificou-se queda de 1,1% e expansão de 1,4%, respectivamente.
Na comparação frente ao mês imediatamente anterior (fevereiro/2021) na série com ajuste sazonal, um dos oito setores analisados apresentou expansão: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,3%). Por outro lado, os sete setores analisados restantes registraram variações negativas na mesma base de comparação: tecidos, vestuário e calçados (-41,5%), móveis e eletrodomésticos (-22,0%), livros, jornais, revistas e papelaria (-19,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,9%), combustíveis e lubrificantes (-5,3%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-4,5%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-0,1%). Para o comércio varejista ampliado registrou-se retração de 5,3% no período, de maneira que o setor de veículos, motos, partes e peças registrou variação negativa de 20,0%, enquanto o setor de material de construção apresentou variação negativa de 5,6%.
Em relação ao mesmo mês do ano anterior (março de 2020), registrou-se expansão em quatro das oito atividades analisadas: outros artigos de uso pessoal e doméstico (30,0%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,1%), móveis e eletrodomésticos (11,9%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,0%). Por outro lado, houve queda nos quatro setores restantes: livros, jornais, revista e papelaria (-19,7%), tecidos, vestuário e calçados (-12,0%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,9%) e combustíveis e lubrificantes (-1,5%). Para o comércio varejista ampliado, registrou-se variação positiva de 10,1%, de modo que o setor de veículos e motos, partes e peças apresentou expansão de 27,6% e o setor de material de construção obteve incremento de 33,4%.
Na análise do acumulado do ano (janeiro-março de 2021), aferiu-se retração de 0,6% no comércio varejista, com crescimentos em três dos oito segmentos analisados: outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,8%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (11,3%) e móveis e eletrodomésticos (1,6%). Em sentido oposto, os demais segmentos analisados apresentaram decréscimos: livros, jornais, revista e papelaria (-43,3%), tecidos, vestuário e calçados (-12,0%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-7,9%), combustíveis e lubrificantes (-6,8%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,5%). Para o comércio varejista ampliado houve variação positiva de 1,4% no período, sendo que veículos e motos, motocicletas, partes e peças apresentou acréscimo de 0,3% e material de construção registrou expansão de 20,4%.
Por fim, comparando março de 2021 com o mesmo mês do ano anterior, 19 das 27 unidades federativas apresentaram crescimento no volume de vendas do comércio varejista, sendo os maiores: Rondônia (31,4%), Amazonas (22,0%), Roraima (21,4%), Acre (18,4%) e Piauí (15,3%). Por outro lado, as 8 unidades federativas restantes apresentaram decréscimos, sendo as maiores: Tocantins (20,1%), Distrito Federal (-15,3%), Ceará (-7,6%), Paraná (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-1,5%)