A Produtividade Industrial em
2011. Em 2011 a produtividade
industrial ficou estagnada (-0,2%), além
de registrar o segundo pior resultado dos
últimos 10 anos, só superado
pela queda de 2,2% em 2009. Esse resultado
contrasta fortemente com o crescimento de
6,1% em 2010, variação igual
a verificada em 2004, ano que marcou o início
da breve retomada de crescimento da economia
brasileira nos anos 2000. Esta retomada foi
caracterizada pela recuperação
do emprego industrial a partir de 2004, que
com a manutenção de taxas positivas
de aumento da produtividade, não representou,
na média do período 2004-2008,
pressão de custos de salário
para as empresas.
O fraco resultado da produtividade em 2011
pode ser explicado pela comparação
com um resultado muito elevado em 2010. Dificilmente
no atual contexto da economia brasileira e
internacional, seria possível a produção
e as horas pagas crescerem, respectivamente,
mais de 10,4% e 4,1% que foram os resultados
de 2010. Uma desaceleração do
crescimento em 2011 já era esperada,
dado que o processo de recuperação
da crise, iniciado com pouco fôlego
em 2009, se esgotou já no início
de 2011. Uma expansão da produtividade
em 2011 poderia ocorrer com uma nova retomada
do crescimento da economia brasileira, o que
não se verificou.
A desaceleração da produção
industrial (0,3%) e das horas pagas (0,5%)
não foi acompanhada de movimento em
igual proporção na variação
no emprego, que terminou o ano com crescimento
de 1,0%. Em momentos de perda de dinamismo
da economia o impacto é sempre maior
sobre o nível de produção
do que sobre o de emprego e horas trabalhadas.
Devido aos custos de demissão e contratação,
empresários só dispensam mão-de-obra
se a perspectiva for de agravamento da situação
econômica, que não parece ter
sido o caso da economia brasileira.
Porém, manter ou expandir o nível
de emprego com queda na produtividade implica
aumento no custo médio da mão
de obra. Em 2011, a folha de pagamento média
real apresentou expansão de 3,2%, percentual
próximo ao observado em 2010 (3,3%),
resultando aumento no custo do trabalho de
3,4%. Uma peculiaridade no comportamento da
produtividade em 2011, portanto, está
no mercado de trabalho, que tem registrado
taxas de desemprego relativamente baixas em
um cenário de baixo dinamismo econômico,
exercendo pressão salarial sobre os
custos industriais.

A comparação dos indicadores
de média móvel de 12 meses de
emprego, produtividade e custo do trabalho
ao longo dos anos 2000 revela que a tendência
dos salários exercerem pressão
sobre o custo das empresas ocorreu apenas
no último trimestre de 2008 até
fevereiro de 2010, período em que a
produtividade do trabalho se desacelerou,
acompanhando a desaceleração
na produção física. Neste
intervalo, a pressão de custos se manifestou
mesmo com queda no nível de emprego.
A recuperação da produtividade
e do emprego a partir de 2010 foi acompanhada
de queda no custo do trabalho, tendência
que se inverteu em março de 2011 com
queda na produtividade sem queda no emprego
e consequentemente aumento da pressão
de custo de salário.

A dinâmica do comportamento da produção,
horas pagas, produtividade, emprego e custo
do trabalho ao longo do ano de 2011 mostra
no primeiro semestre um comportamento oscilante
da produção industrial, alternando
taxas positivas e negativas a cada bimestre,
e taxas decrescentes de crescimento nas horas
pagas e no emprego a partir de fevereiro.
O desempenho no segundo semestre foi marcado
por um cenário macroeconômico
de maior contenção da demanda
agregada e piora nas expectativas, resultando
em queda na produção, horas
pagas e emprego a partir de setembro com retração
na produtividade, esta sendo interrompida
em dezembro. A pressão de custo de
salário foi mantida ao longo de todo
o ano, à exceção do mes
de fevereiro. A desaceleração
na produção industrial nos últimos
4 meses do ano foi atribuída a uma
reação do setor à redução
do crédito, aumento de juros e concorrência
dos importados.
Dois argumentos adicionais podem ajudar a
explicar a estagnação da produtividade
industrial em 2011, além dos fatores
conjunturais mencionados - esgotamento da
retomada do crescimento de 2010 e contração
da demanda doméstica em 2011. De um
lado, há um componente demográfico,
de observação recente, associado
à tendência de menor crescimento
da população em idade ativa,
devido à queda da taxa de natalidade.
Assim, um aquecimento maior da economia, como
o verificado em 2010, tende a criar uma situação
de escassez relativa de mão-de-obra
com a demanda por força de trabalho
aumentando acima da oferta. Nesta situação
é mais difícil selecionar os
melhores trabalhadores na hora da contratação
e a tendência é contratar trabalhadores
menos qualificados que, em princípio,
seriam menos produtivos. Se uma mudança
no cenário macroeconômico não
indica uma deterioração forte
nas expectativas, a relativa escassez de mão
de obra devido a fatores estruturais, induz
as empresas a serem mais cautelosas na dispensa
de mão de obra, pois faz pouco sentido
demitir para contratar depois, possivelmente
com mais dificuldade. Assim, pode-se observar
taxas de desemprego relativamente baixas com
baixo dinamismo econômico, enquanto
expectativas não se deterioram de forma
mais acentuada. A escassez relativa de mão-de-obra
também contribui para pressionar por
aumento de salários, que em um contexto
de produtividade estagnada ou declinante pressiona
o custo das empresas, diminuindo sua competitividade.

O segundo fator estrutural a pressionar a
produtividade industrial é a tendência
à sobrevalorização do
câmbio que se observa desde da
segunda metade dos anos 1990, e de forma mais
acentuada a partir de meados dos anos 2000
a partir do boom no preço
das commodities. A contribuição
negativa do câmbio tendencialmente sobrevalorizado
para a produtividade industrial se dá
pelo fato de tornar menos competitiva a produção
doméstica, estimulando a penetração
de importações industriais,
principalmente de produtos chineses. Além
disso, o câmbio sobrevalorizado coloca
uma barreira às exportações,
mesmo de setores eficientes do ponto de vista
microeconômico. A combinação
de salários relativamente mais elevados
com taxa de câmbio valorizada direciona
a demanda crescente de bens de consumo para
importações, desistimulando
a produção doméstica,
em particular de produtos industriais. O setor
da indústria de transformação
é o que tem sido mais penalizado pela
tendência a sobrevalorização
da moeda, e, neste contexto, a perda de dinamismo
da produtividade industrial está em
grande medida associada a um processo de desindustrialização
precoce da economia brasileira. Este processo
traz consequencias negativas para a expansão
da produtividade da economia como um todo,
tendo em vista que é no setor manufatureiro
onde se observa economias de escala crescentes,
com impactos positivos sobre demais setores
de atividade.
Variável importante para explicar a
melhoria na produtividade é o investimento.
A comparação do desempenho entre
as taxas de crescimento da formação
bruta de capital fixo e da produtividade mostra
que a partir de 2004 a taxa de crescimento
do investimento da economia se recupera até
2008, sendo acompanhada de crescimento positivo
da produtividade industrial. O ano de 2009
é de recessão, com queda no
investimento e na produtividade, e de 2010
de recuperação, com expansão
em ambas as taxas. Em 2011, observa-se que
a taxa de crescimento positiva do investimento
não se refletiu em aumento de produtividade
na indústria, o que pode ser um indicativo
de perda de importância do setor industrial
na estrutura produtiva do país.
Em suma, poucas vezes na história da
indústria foi tão importante,
e talvez tão difícil, um incremento
de produtividade. Com o aumento da produtividade
seria possível absorver a pressão
de custos pelo lado dos salários, como
observado no período 2004-2008, e aumentar
a competitividade das empresas, quesito fundamental
para enfrentar o desafio colocado pelas importações
de produtos industriais chineses. Se isso
não ocorrer, não há dúvida
de que o processo de desindustrialização
– entendido como perda de participação
da indústria no PIB e de importância
de setores de maior dinamismo tecnológico
dentro da indústria- vai se acelerar.

Produtividade por Setores de Atividade.
A queda na produtividade industrial em 2011
foi observada em 12 dos 18 setores industriais,
resultado que contrasta com o obtido em 2010,
quando apenas dois setores apresentaram contração
na produtividade. Dos setores com crescimento
positivo em 2011, o maior destaque foi para
o de Fumo com expansão de 22,3%, resultado
de expansão de 13,4% na produção
física, a maior dentre todos os setores,
e queda de 7,3% nas horas pagas. O emprego
se contraiu em 4,7%. Este setor foi o que
apresentou pior resultado da produtividade
em 2010 (queda de 3,6%).
A segunda melhor taxa de expansão da
produtividade no ano foi observada no setor
de Papel e gráfica (10,3%) com crescimento
de 1,4% na produção física
e queda de 8,1% nas horas pagas e contração
de 7,5% no emprego. A melhor taxa de expansão
da produtividade no ano de 2010 foi observada
no setor de Madeira, que em 2011 ocupou a
terceira posição, com o percentual
de 9,6%. Este resultado porém foi alcançado
com uma pequena retração na
produção física (-0,9%)
e queda acentuada nas horas pagas (-9,5%)
e no emprego (-9,3%), sendo as quedas nestas
duas taxas as maiores observadas em 2011.
Os setores seguintes com expansão positiva
da produtividade – Minerais não
metálicos (2,9%) e Produtos de metal
(1,7%) obtiveram esses resultados com expansão
na produção física (3,2%
e 2,6%, respectivamente) e mantiveram estáveis
as horas pagas (0,3% e 0,9%, respectivamente).
O setor de Coque, Refino de petróleo,
Combustíveis Nucleares e Álcool,
o último a apresentar resultado positivo
da produtividade (1,2%), registrou pequena
retração nas horas pagas (-
0,7%) em relação à produção
física (0,5%).
Dos setores com decréscimo na
produtividade – Produtos químicos
(-0,6%), Vestuário (-0,9%), Borracha
e plástico (-1,2%), Calçados
e couro (-4,7%) e Têxtil (-13,4%) –
apresentaram contração na produção
física (-1,3%; -4,4%; -1,3%, -10,4%
e -14,9%, respectivamente) e nas horas pagas
(-0,7%; -3,5%; -0,1%; -6,0% e -1,7%, respectivamente).
Nos setores de Têxtil e de Calçados
e couro foram registradas as maiores quedas
na produção física em
2011.

Os setores de Indústrias extrativas
(-1,3%), Fabricação de meios
de transporte (-2,6%), Máquinas e equipamentos
(-3,2%) e Fabricação de outros
produtos da indústria de transformação
(-3,3%) apresentaram expansão na produção
física (2,1%; 3,4%, 0,5% e 1,1%, respectivamente)
e também nas horas pagas (3,5%; 6,2%;
3,7% e 4,5%, respectivamente). O setor de
Fabricação de meios de transporte
registrou a maior expansão no emprego
(6,9%) e também nas horas pagas. Deste
grupo de setores, com queda na produtividade
e expansão na produção
física e nas horas pagas, vale destacar
o de Máquinas e equipamentos, que em
2010 apresentou a segunda melhor taxa de crescimento
da produtividade (13,2%) e em 2011 ficou na
15ª. posição no ranking
das taxas.
Por fim, os setores de Alimentos e bebidas
(-2,2%), Metalurgia básica (-2,7%)
e de Máquinas e parelhos elétricos,
eletrônicos, de precisão e de
comunicações (-6,1%) tiveram
a queda na produtividade como resultado de
ligeira retração na produção
física (-0,2%; -0,4%; -0,6%, respectivamente)
e expansão nas horas pagas (2,0%; 2,3%
e 5,9%, respectivamente). O setor de Máquinas
e parelhos elétricos, eletrônicos,
de precisão e de comunicações
registrou a maior expansão nas horas
pagas em 2011 e a segunda maior taxa de expansão
no nível de emprego (6,1%).
Em suma, o desempenho setorial da produtividade
em 2011 apresentou taxas de variação
mais dispersas em relação a
2010, quando a maioria dos setores registrou
expansão na produtividade. Com exceção
do setor de Fumo, os demais com desempenho
positivo da produtividade em 2011 também
apresentaram crescimento em 2010, porém,
ou com forte retração nas horas
pagas e emprego, como em Papel e gráfica
e Madeira, ou com pequena variação
nas horas pagas. Dos setores com resultado
negativo em 2011, Têxtil foi o maior
destaque, sendo que também já
havia retraído a produtividade em 2010,
indicando que este ramo de atividade vem perdendo
participação dentro da indústria.
O setor de Máquinas e parelhos
elétricos, eletrônicos, de precisão
e de comunicações, a segunda
maior queda na produtividade em 2011, em 2010
expandiu sua produtividade em apenas 1,0%,
indicando também perda de dinamismo
na estrutura industrial, apesar de ter apresentado
a segunda melhor taxa de crescimento do emprego.
Em termos de remuneração do
trabalho, em 2011 em todos os setores, com
exceção de Papel e gráfica,
observou-se ganho de salário médio
real. Comparando o desempenho da produtividade
com a remuneração média
da mão de obra,observa-se que o crescimento
da produtividade supera o da remuneração
média real apenas nos setores de Fumo,
Papel e gráfica, Madeira e Produtos
de metal. Este resultado contrasta bastante
com o observado em 2010, quando na maioria
dos setores a expansão da produtividae
superou o crescimento do salário médio.
Esta indicação reforça
a característica do ano de 2011, onde
a desaceleração na produtividade
vem acompanhada de perda de competitividade
do setor industrial pelo aumento relativo
no custo do trabalho, além da tendência
mais estrutural de perda de competitividade
pela sobrevalorização do câmbio.

Produtividade por Unidades da Federação
e Setores de Atividade em 2011. Dos
dez locais pesquisados, cinco apresentaram
decréscimos de produtividade, quatro
aumento e um registrou estabilidade. As maiores
quedas foram em Estados do Nordeste: Ceará
(-9,2%), Bahia (-5,8%) e Pernambuco (-5,2%).
Fora dessa região houve evolução
negativa apenas em Santa Catarina (-4,7%),
Minas Gerais (-2,5%) e Rio de Janeiro (-0,7%).
Os resultados de Ceará e Bahia foram
os piores dos últimos dez ano, e o
de Pernambuco é o segundo pior. No
Ceará e na Bahia o resultado foi terminado
pela queda na produção –
de -11,7% e -4,4% respectivamente. Em Pernambuco
como a produção permaneceu estagnada
(0,0%) e o aumento das horas pagas foi de
5,5%, essa última variável foi
a que determinou o resultado.
Os maiores acréscimos de produtividade
foram nas indústrias do Espírito
Santo (6,3%), Paraná (4,0%) e São
Paulo (2,0%), ficando estável a produtividade
no Rio Grande do Sul (0,3%). Pelo segundo
ano consecutivo Espírito Santo alcança
a maior taxa de produtividade entre os locais
pesquisados e bem acima da média nacional
(27,1%). No acumulado nos últimos 10
anos a indústria capixaba é
a de maior variação positiva
(78,1%). Novamente em 2011 o destaque foram
as Indústrias extrativas com aumento
de 25,4% na produtividade. Na indústria
do Paraná, como na de Espírito
Santo, o aumento da produtividade foi determinado
pelo forte incremento na produção
física – 7,0% no Paraná
e 6,8% no Espírito Santo. Em São
Paulo, no entanto o padrão muda, sendo
a queda nas horas pagas (-1,7%) num contexto
de estabilidade na produção
(0,2%) o determinante da variação
positiva da produtividade. No Rio Grande do
Sul a variação da produção
industrial (2,0%) e das horas pagas (1,6%)
foi muito próxima, portanto praticamente
não houve variação da
produtividade (0,3%).
A comparação entre quanto o
trabalhador rende (produtividade) em relação
a quanto o mesmo custa oferece uma indicação
de competitividade industrial. Se o aumento
do custo salarial não é compensado
por maior produtividade deve haver perda de
competitividade. Os custos salariais tendem
a acompanhar evolução da folha
de pagamento real por trabalhador. Observa-se
que em 2011 houve perda de competitividade
na indústria brasileira (-0,2 de produtividade
ante 3,2% da folha média real) e em
todos os locais, exceto no Espírito
Santo (6,3% de produtividade contra 3,3% da
folha média real) e no Paraná,
onde a evolução da produtividade
e da folha de pagamento média real
foram próximas, não havendo
ganho ou perda. No acumulado dos últimos
dez anos há ganhos para Brasil, Rio
de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul
e São Paulo e perdas para Minas Gerais,
Pernambuco, Bahia, Ceará e Santa Catarina.
O maior aumento tanto de produtividade como
de folha média real, no período
2002-2011 foi no Espírito Santo (78,1%
e 67,8% respectivamente), por conta disso
esse não foi o local de maior ganho
de competitividade e sim o Paraná,
onde o acréscimo da produtividade (43,9%)
foi mais do dobro dos custos salariais (21,0%).
A maior perda de competitividade foi da indústria
de Minas Gerais com acréscimo de 16,6%
da produtividade contra crescimento de 57,6%
da folha média real seguido do Ceará
(3,2% e 43,7% respectivamente).
A indústria do Espírito
Santo alcançou em 2001 uma
variação de 6,3% na produtividade
industrial, a maior marca dentre os locais
pesquisados. Esse local vem registrando elevadas
taxas de produtividade, sendo a deste ano
apenas a sexta maior da série, inferior,
no período recente a de 2010 (14,8%)
e 2008 (6,6%). O resultado foi determinado
pelo incremento da produção
física (6,8%) dado que as horas pagas
apresentaram estabilidade (0,4%). Novamente
o maior aumento da produtividade foi verificado
nas Indústrias extrativas (25,4%) devido
ao seu expressivo acréscimo de produção
(29,6%). Cabe destacar a forte queda da produtividade
na Metalúrgica básica (-25,9%),
devido à queda na produção
(-27,0%).
A indústria do Paraná
atingiu esse ano a segunda maior
taxa de incremento da produtividade dentre
os locais pesquisados (4,0%). Esse incremento,
no entanto, é a pior marca dos últimos
quatro anos e bem inferior ao alcançado
no ano passado (10,1%). Esse resultado foi
muito influenciado pelo desempenho positivo
de Coque, refino de petróleo, combustíveis
nucleares e álcool (34,7%) e em menor
medida dos setores de Madeira (18,6%) e Borracha
e plástico (6,3%).
A indústria de São Paulo
apresentou um acréscimo de
produtividade de apenas 2,0%, o menor incremento
dos últimos cinco anos. A taxa obtida
é fruto de uma combinação
de estabilidade na produção
(0,2%) com queda nas horas pagas (-1,7%).
As maiores variações positivas
ocorreram nas indústrias de Produtos
de metal, exclusive máquinas e equipamentos
(7,6%) e Coque, refino de petróleo,
combustíveis nucleares e álcool
(7,0%). Metalúrgica básica e
Veículos automotores registraram queda
de produção – de 3,2%
e 3,0 % respectivamente – que não
devem ter sido acompanhados de diminuição
proporcional nas horas pagas, por serem segmentos
pouco intensivos em mão-de-obra e,
portanto, possivelmente contribuíram
negativamente para o resultado global.
A indústria do Rio Grande do
Sul apontou estabilidade na produtividade
(0,3%), com a variação da produção
(2,0%) ficando muito próxima a das
horas pagas (1,6%). Dos segmentos onde é
possível estimar a produtividade apenas
dois – Fumo (19,8%), que tem pouco peso,
e Calçados e couro (4,4%) - apontaram
acréscimos. Houve decréscimo
expressivo em Coque, refino de petróleo,
combustíveis nucleares e álcool
(-9,0%) e Borracha e plástico (-9,0%).
A indústria do Rio de Janeiro
registrou pequena queda na produtividade
industrial (-0,7%) fruto da combinação
de estabilidade na produção
(0,3%) com aumento nas horas pagas (1,1%).
A maior queda de produtividade se verificou
nas Indústrias extrativas (-14,0%).
Em sete dos últimos dez anos esse setor
teve queda de produtividade, sendo a de 2011,
a segunda maior desse período. Houve
contração da produtividade também
em Têxtil (-10,0%), Metalúrgica
básica (-3,5%) e Coque, refino de petróleo,
combustíveis nucleares e álcool
(-3,3%). O acréscimo mais expressivo
foi de Borracha e plástico (4,0%).
A indústria de Minas Gerais
alcançou a pior marca da região
sudeste (-2,5%). Nos últimos quatro
anos, apenas em 2010 esse local teve aumento
de produtividade. Em contraste, nos seis anos
anteriores, de 2002 a 2007, só foram
registradas variações positivas
de produtividade. É visível,
portanto, a perda de dinamismo e competitividade
da indústria da região. As maiores
contrações se verificaram em
Coque, refino de petróleo, combustíveis
nucleares e álcool (-8,8%), Têxtil
(-8,5%) e Metalúrgica básica
(-5,0%). O maior aumento de produtividade
foi em Produtos de metal, exclusive máquinas
e equipamentos (13,5%).
A indústria de Santa Catarina
foi a única da região
sul a ter um decréscimo de produtividade
(-4,7%). Esse resultado negativo foi o maior
dos últimos oito anos. Esse resultado
foi influenciado pelas contrações
em Têxtil (-12,4%), Metalúrgica
básica (-9,0%). Houve avanços
na produtividade em Madeira (9,1%) e Vestuário
(6,7%).
A indústria de Pernambuco apontou
um decréscimo de 5,2%. Esse resultado
foi atípico pois, foi a primeira contração
da produtividade no local desde 2002 (-7,9%).
Setores de peso na indústria da região
tiveram quedas de produtividade: Alimentos
e bebidas (-9,7%) e Coque, refino de petróleo,
combustíveis nucleares e álcool
(-8,8%) assim como Metalúrgica básica
(-7,1%). Só três setores apontaram
resultados positivos: Produtos e metal, exclusive
máquinas e equipamentos (14,0%), Calçados
e couro (8,1%) e Borracha e plástico
(2,2%).
A indústria da Bahia apresentou
diminuição de 5,8% na produtividade.
Esse foi seu pior resultado dos últimos
dez anos. Coque, refino de petróleo,
combustíveis nucleares e álcool,
setor de grande peso na indústria local,
registrou queda de 6,7%. A maior contração,
no entanto, foi a da Metalúrgica básica
(-8,8%). Houve acréscimos em Minerais
não metálicos (3,1%) e Alimentos
e bebidas (1,0%).
A indústria do Ceará,
com decréscimo de 9,2%, obteve o pior
resultado dentre os locais pesquisados e também
de toda a série. Quatro setores apresentaram
contrações expressivas: Têxtil
(-24,3%), Vestuário (-15,2%), Produtos
de metal, exclusive máquinas e equipamentos
(-14,5%) e Calçados e couro (-14,1%).
Só dois segmentos registraram aumento:
Coque , refino de petróleo, combustíveis
nucleares e álcool (11,9%) e Alimentos
e bebidas (2,1%).









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