A Produtividade da Indústria.
A produtividade da industrial
cresceu 2,8% no semestre, num movimento lento
de recuperação após ter
fechado o ano de 2012 com queda de 0,7%. Como
o comportamento da produtividade é
pró-cíclico, o resultado no
semestre acompanhou a recuperação
de 1,9% na produção industrial
que ocorreu com ligeira queda nas horas pagas
de 0,9% e no emprego de 0,7%. A evolução
das taxas mes a mes evidencia de forma mais
nítida o caráter pró-cíclico
da produtividade que ficou próxima
das oscilações da produção
industrial. As horas pagas e o emprego na
evolução mes a mes registraram
pouca variação, predominando
taxas negativas. Registre-se que em 2012 o
emprego industrial havia recuado em 1,4%.
Outro indício de recuperação
da produção e da produtividade
no semestre é observado na comparação
do resultado de junho com igual mes do ano
anterior, onde a produção e
a produtividade registraram, respectivamente,
taxas de expansão 3,1% e 3,5%, com
ligeiro recuo no emprego e horas pagas de
0,4%.
A estabilidade na evolução do
emprego associado ao ganho de produtividade
resultou menor ganho de salário real
médio. Assim, a folha de pagamento
real por trabalhador apresentou expansão
menor no semestre, de 3,5%, em relação
ao registrado em 2012 (5,8%), mantendo o custo
unitário da mão de obra estável,
com crescimento de apenas 0,6%.

A recuperação da produtividade
industrial foi registrada apenas no segmento
da Indústria de Transformação
que apresentou crescimento de 3,4%, enquanto
o segmento das Indústrias Extrativas
apresentou queda na produtividade de 8,2%
no semestre. Como a Indústria de Transformação
tem maior peso na composição
do indicador da indústria geral, este
segue o comportamento da Indústria
de Transformação. No entanto,
vale a ressalva de que devido ao processo
de mudança estrutural nas últimas
décadas, com perda de peso da Indústria
de Transformação no valor adicionado
da economia, as Indústrias Extrativas
vêem aumentando sua participação.
Segundo as Contas Nacionais, o peso do valor
adicionado a preços correntes da Indústria
de Transformação passou de 94,9%
em 1996 para 75,7% em 2012 no total das indústrias
Extrativas e de Transformação.
Considerando a evolução do indicador
de produtividade desde 2002 na comparação
de média móvel de 12 meses,
esta mostra que desde setembro de 2011 as
taxas de crescimento das Indústrias
Extrativas são negativas e crescentes,
enquanto as taxas da Indústria de Transformação
demonstravam recuperação a partir
de fevereiro de 2013.

Considerando a evolução da produtividade
pelos dois segmentos de indústria desde
2012, tendo por base de comparação
o ano de 2011 quando a produtividade industrial
esteve estagnada, observa-se que na Indústria
de Transformação a produtividade
apresentou taxas positivas em agosto, setembro
e outubro de 2012 e a partir de janeiro de
2013. Como a produção evoluiu
a taxas negativas na maioria dos meses, este
movimento de recuperação da
produtividade antes da produção
foi devido a uma suave e contínua desaceleração
nas horas pagas e no emprego, indicando que
a recuperação da produtividade
na Indústria de Transformação
está ocorrendo com tendência
menor de absorção de mão
de obra.

Movimento oposto ocorreu no segmento das Indústrias
Extrativas que, na mesma base de comparação,
apresentou evolução do emprego
e das horas pagas a taxas positivas e estáveis
em relação a 2011 (em torno
de 5%), a despeito da evolução
da produção ocorrer a taxas
negativas. Como consequencia, o crescimento
da produtividade vem se dando abaixo da produção.
Observando a série de indicadores acumulados
de produção e horas pagas para
o setor desde 2002, em 2012 foi a primeira
vez que a produção apresentou
resultado negativo (-0,4%) e as horas pagas
expansão (3,9%), assim como o emprego
(3,8%), tendência que se manteve no
1o. semestre de 2013 com acentuado recuo da
produção (-6,4%) e crescimento
menor, mas ainda positivo, das horas pagas
(2,0%) e do emprego (1,9%). O primeiro ano
da série de indicadores de produção
que registrou queda na produção
do segmento das Indústrias Extrativas
(desde 1991) foi 2009, quando a produção
do setor fechou o ano com queda de 8,8% acompanhado
de um recuo de 2,4% nas horas pagas e de 2,2%
no emprego. A comparação dos
resultados de produção e horas
pagas e emprego de 2009 e de 2012 e 2013 sinaliza
que, a persistir o quadro externo de queda
na demanda por commodities produzida pelo
segmento das Indústrias Extrativas,
o nível de emprego nesta indústria
deverá fechar o ano com taxa negativa.

Colocando o foco no 1o. semestre de 2013,
o comportamento das taxas de crescimento da
produção, produtividade e horas
pagas das indústrias Extrativas e de
Transformação é fortemente
contrastante: enquanto a Indústria
de Transformação sinalizou uma
melhora nos tres indicadores, ainda que lenta,
ao longo do semestre, o segmento das Indústrias
Extrativas acumulou resultados negativos.

Como a evolução do custo da
mão de obra é sensível
ao resultado da produtividade, a pressão
de custo tem sido menor no setor de Transformação
cujo indicador apresentou taxas declinantes
a partir do 2o. trimestre de 2013, na comparação
do indicador de média móvel
de 12 meses. Mesmo assim, em junho de 2013
a remuneração média real
situou-se 2,9% acima da expansão da
produtividade. As taxas de variação
para o setor de Extrativa apresentaram tendência
a alta no segundo trimestre do ano, com a
remuneração média situando-se
11,0% acima da produtividade em junho.

No agregado para os dois segmentos da indústria,
observa-se que em 2013 a tendência é
de menor crescimento do custo real da mão-de-obra
dada a desaceleração do incremento
da folha de pagamento real por trabalhador
e de incremento da produtividade, revertendo
movimento verificado em 2012.

A sustentação de uma tendência
de crescimento da produtividade depende do
comportamento do investimento em formação
de capital. As taxas de formação
bruta de capital fixo, na comparação
contra trimestre anterior mostraram uma evolução
positiva a partir do 4o. trimestre de 2012,
expandido em 4,6% no 1o. trimestre de 2013.
A tendência da evolução
da formação bruta de capital
fixo, avaliada pela média móvel
de 3 períodos, aponta reversão
positiva a partir do 1o. trimestre de 2013.

Com os resultados observados até o
final do 1o. semestre as perspectivas são
de que a produtividade industrial continue
se recuperando ao longo do ano seguindo a
produção e com menor aumento
no nível de emprego. É pouco
provável que ocorra um significativo
crescimento do emprego e das horas pagas.
Não está descartada também
a hipótese de queda no emprego, dado
que a taxa de desemprego parou de cair e está
registrando um leve incremento. Portanto o
crescimento da indústria, por menor
que venha a ser daqui por diante, tende a
produzir aumento da produtividade. O emprego
só irá se elevar quando a indústria
estiver numa trajetória mais sólida
de crescimento. Esse comportamento decorre
do fato do emprego ter comportamento pró-cíclico
porém com certa defasagem, devido aos
custo de admissão e demissão.
Além disso há indicações
de que a indústria está retendo
trabalhadores, ou seja está com mais
trabalhadores do que seria necessário.
A explicação para este comportamento
está na dificuldade de repor o quadro
de trabalhadores num contexto de um mercado
de trabalho com relativa escassez de mão-de-obra
como atestam os baixos níveis de desemprego.
Enquanto for possível expandir a produção
em proporção maior que a absorção
de mão de obra, a produtividade apresentará
resultado positivo, melhorando a competitividade
da indústria, pois com a recuperação
da produtividade, a pressão de custo
pelo lado da mão de obra é menor.
A este resultado deve-se somar impactos positivos
da recente tendência à desvalorização
cambial e das medidas de incentivo ao setor
adotadas pelo governo com vistas a contribuir
para melhorar a rentabilidade da indústria.
Impactos negativos sobre a produção
e a produtividade podem advir do aumento na
taxa de juros e a ainda elevada volatilidade
das expectativas dadas as incertezas ainda
presentes no cenário externo. O balanço
destes impactos irá se refletir no
segundo semestre no volume de recursos a serem
comprometidos com investimento em capital
fixo, o que terá efeito a médio
prazo sobre a produtividade e a competitividade
do setor.
A Evolução Setorial
da Produtividade. O resultado
da produtividade industrial no 1o. semestre
de 2013 pode em parte ser atribuído
a reação positiva das empresas
do setor às medidas de incentivo adotadas
em 2012 com objetivo de recuperar a rentabilidade
da indústria, prejudicada pela valorização
crônica do câmbio. Dos 18 setores
industriais, em 11 a produtividade apresentou
expansão: Calçados e Couro (13,2%);
Fabricação de Meios de Transporte
(12,8%); Madeira (10,1%); Coque, Refino de
petróleo, Combustíveis Nucleares
e Álcool (9,0%); Fabricação
de Outros Produtos da Indústria de
Transformação (7,9%); Máquinas
e Equipamentos (7,5%%); Borracha e Plástico
(3,2%); Vestuário (2,6%); Máquinas
e Aparelhos Elétricos, Eletrônicos,
de Precisão e de Comunicações
(2,3%); Minerais Não-Metálicos
(1,6%) e Têxtil (0,7%). Desta lista,
destacam-se os setores de Máquinas
e Aparelhos Elétricos, Eletrônicos,
de Precisão e de Comunicações
e o de Fabricação de Meios de
Transporte, que registraram as piores taxas
em 2012 (-7,8% e -7,6%, respectivamente) e
recuperaram-se ao longo do 1o. semestre de
2013 com expansão na produção
e nas horas pagas, despontando como os que
mais se beneficiaram das medidas de incentivo
à indústria adotadas pelo governo.
O setor de Máquinas e Equipamentos
e de Fabricação de Outros Produtos
da Indústria de Transformação
também apresentaram recuperação
da produtividade no primeiro semestre de 2013
em relação ao ano de 2012, porém
com decréscimo nas horas pagas em 2013.
Setores que pioraram seu desempenho em relação
a 2012 foram os de Produtos Químicos,
Papel e Gráfica, Produtos de Metal
e Metalurgia Básica.
A maior taxa de crescimento da produtividade
no semestre foi registrada no setor de Calçados
e Couro (13,2%), que obteve este resultado
com as maiores taxas de contração
da mão de obra (-5,4%) e das horas
pagas (-7,5%), dentre todos os ramos industriais.
Este setor vem apresentando taxas negativas
de expansão do emprego desde 2002 (primeiro
ano da série histórica), com
exceção do ano de 2010.
Setores com crescimento expressivo da produtividade
e que também apresentaram forte retração
na mão de obra foram os de Madeira,
com a terceira melhor taxa de crescimento
da produtividade (10,1%) e a segunda maior
queda nas horas pagas (-5,8%) e no emprego
(-5,1%), e o de Fabricação de
Outros Produtos da Indústria de Transformação,
com a quinta melhor taxa de crescimento da
produtividade (7,9%) e a terceira maior contração
nas horas pagas (-5,0%) e no emprego (-4,3%).
Vale registrar que no caso de Madeira, a contração
no emprego vem ocorrendo desde o início
da série histórica do indicador
de pessoal ocupado, com exceção
do ano de 2004 quando a taxa foi ligeiramente
positiva.
Apenas dois setores apresentaram crescimento
da produtividade acima da média da
indústria e expansão nas horas
pagas: Fabricação de Meios de
Transporte (12,8%) e Borracha e Plástico
(3,2%). O primeiro setor, com a segunda melhor
taxa de crescimento da produtividade, foi
também o que mais expandiu a produção
no semestre (13,2%), com taxa de crescimento
das horas pagas (0,3%) e pequena queda no
emprego (-0,4%). O setor de Borracha e Plástico
foi o que apresentou comportamento 'virtuoso',
pois apresentou expansão da produção
(5,7%) - a terceira melhor taxa no semestre
- e expansão no emprego (2,8%) e nas
horas pagas (2,4%), em ambos os casos as segundas
melhores taxas, respectivamente.
Conclui a lista dos setores com desempenho
da produtividade acima da média da
indústria o de Coque, Refino de petróleo,
Combustíveis Nucleares e Álcool
(9,0%), com queda no emprego (-2,3%) e pequena
retração nas horas pagas (-0,3%)
e o de Máquinas e Equipamentos (7,5%)
com queda no emprego (-1,6%) e nas horas pagas
(-2,6%).

Do conjunto de setores com taxa de crescimento
da produtividade abaixo da média porém
positivas - Vestuário (2,6%), Máquinas
e Aparelhos Elétricos, Eletrônicos,
de Precisão e de Comunicações
(2,3%), Minerais Não-Metálicos
(1,6%) e Têxtil (0,7%) - todos apresentaram
contração no emprego e nas horas
pagas, com exceção de Máquinas
e Aparelhos Elétricos, Eletrônicos,
de Precisão e de Comunicações
que expandiu as horas pagas em 1,2%. A taxa
de retração do emprego (-4,1%)
e das horas pagas (-4,8%) no setor de Vestuário
foi a quarta dentre todos os setores da indústria.
Vale observar que a contração
no número de empregados neste setor
tem sido constante desde o início da
séries de indicadores de pessoal ocupado.
O setor de Têxtil registrou a quinta
pior taxa de crescimento do emprego (-3,8%)
e das horas pagas (-4,5%) e a terceira maior
queda na produção ( -3,9%) dentre
todos os setores no semestre.
Dos setores com crescimento negativo da produtividade
- Produtos Químicos (-0,4%), Papel
e Gráfica (-1,5%), Produtos de Metal
(-1,7%), Alimentos e Bebidas (-2,8%), Metalurgia
Básica (-3,8%), Indústrias Extrativas
(-8,2%) e Fumo (-11,6%) - o de Fumo foi o
de pior desempenho também em 2012 (-9,7%)
e com maior expansão nas horas pagas
(7,4%) e no emprego (5,4%) no semestre. A
queda de produtividade da Indústrias
Extrativas, a segunda dentre todos os setores,
acompanhou a retração na produção
(-6,4%), a maior dentre os setores industriais
no semestre, com expansão positiva
nas horas pagas (2,0%) e no emprego (1,9%).
Dos setores com retração da
produtividade, dois apresentaram crescimento
nas horas pagas e no emprego - Produtos Químicos
(0,7% e 0,7% respectivamente), e Alimentos
e Bebidas (2,2% e 1,9%, respecitvamente) e
pequena variação na produção.
Os setores de Produtos de Metal e de Metalurgia
Básica apresentaram pequenas variações
nas horas pagas (-0,6% e 0%, respectivamente)
e no emprego (0,5% e -0,1% respectivamente),
sendo o desempenho da produtividade explicado
pela variação na produção
(-2,3% e -3,8%, repectivamente). O setor de
Papel e Gráfica foi o único
a apreentar decréscimo na produtividade
com retração na produção
(-3,0%), nas horas pagas (-1,5%) e no emprego
(-0,9%).
Em suma, o desempenho da produtividade no
período mostrou um comportamento pró-cíclico
para a maioria dos setores. Exceções
a esta regra foram os setores de Têxtil
e Vestuário com a contração
na produção sendo compensada
por forte contração nas horas
pagas e no emprego para manter crescimento
positivo da produtividade. Em Produtos Químicos
observa-se pequena contração
na produtividade (-0,4%) com pequena expansão
da produção (0,4%). Destaques
no semestre foram os setores de Material de
Transporte e de Máquinas e Aparelhos
Elétricos, Eletrônicos, de Precisão
e de Comunicações, que tinham
fechado o ano de 2012 com queda na produtividade
e apresentaram resultado positivo no semestre,
com crescimento da produção
e das horas pagas, sendo o de Material de
Transporte com a segunda melhor taxa dentre
todos os setores. Calçados e Couro;
Madeira; Coque, Refino de petróleo,
Combustíveis Nucleares e Álcool;
Fabricação de Outros Produtos
da Indústria de Transformação
e Máquinas e Equipamentos registraram
crescimento da produtividade acima da média
da indústria, porém com retração
na taxa de crescimento das horas pagas e no
emprego. Borracha e Plástico, também
com crescimento da produtividade acima da
média, expandiu produção,
horas pagas e emprego.
A expansão da produtividade em 11 setores
implicou queda no custo da mão de obra
em 7 deles: Fabricação de Meios
de Transporte (-9,4%); Calçados e Couro
(-6,7%); Madeira (-6,0%); Máquinas
e Equipamentos (-4,0%); Fabricação
de Outros Produtos da Indústria de
Transformação (-2,4%); Borracha
e Plástico (-1,9%) e Vestuário
(-0,4%). Na média, a variação
da remuneração média
real situou-se 0,6% acima da variação
da produtividade no semestre. Os setores de
Máquinas e Aparelhos Elétricos,
Eletrônicos, de Precisão e de
Comunicações (4,2%); Têxtil
(2,3% e de Minerais Não-Metálicos
(1,1%), também com produtividade positiva
no semestre, registraram aumento no custo
da mão de obra, e o setor de Coque,
Refino de petróleo, Combustíveis
Nucleares e Álcool apresentou variação
nula nos custos com mão de obra.
Os maiores aumentos no semestre foram registrados
na Indústrias Extrativas (17,4%) e
no setor de Fumo (12,4%), ambos com as piores
marcas em relação à produtividade.

Produtividade Regional. O incremento
da produtividade de 2,8% no primeiro semestre
de 2013, frente a igual período no
ano anterior, no recorte regional foi determinado
principalmente pelo bom desempenho de São
Paulo (2,9%), pois Rio de Janeiro (1,1%) teve
um desempenho abaixo da média nacional
e Minas Gerais (-0,6%) uma variação
negativa. Nas demais unidades da federação
os destaques foram Bahia (11,8%), Rio Grande
do Sul (8,2%) e Pernambuco (8,0%). No caso
da Bahia foi expressivo tanto o aumento da
produção (5,9%) quanto a queda
das horas pagas (-5,3%). As maiores marcas
negativas foram de Espírito Santo (-5,5%)
e Santa Catarina (-1,0%). Cabe destacar a
forte recuperação da indústria
do Rio Grande do Sul, que fechou o ano de
2012 com uma queda de produtividade de -2,0%
e em junho desse ano registrou a segunda maior
taxa dos locais pesquisados (8,2%).
Na maioria dos locais houve incremento da
produção acompanhado de diminuição
ou baixo crescimento das horas pagas. Portanto
o aumento da produtividade foi determinado
sobretudo pelo aumento de produção.
Fogem a essa regra apenas Minas Gerais, Santa
Catarina e Espírito Santo que registraram
contração na produtividade.
Na série de primeiros semestres os
destaques foram Rio Grande do Sul e Pernambuco,
ambos com a segunda melhor marca desde 2002.
A indústria da Bahia registrou
o maior aumento de produtividade (11,8%) dentre
os locais pesquisados. Esse resultado é
fruto, sobretudo do desempenho do setor de
Coque, Refino de petróleo, Combustíveis
nucleares e Álcool (27,8%), segmento
de grande peso no parque industrial local.
Obtiveram também taxas elevadas a Metalurgia
Básica (19,0%) e Borracha e Plástico
(13,0%). Nos três setores citados, o
incremento da produtividade foi determinado
pelo acréscimo da produção,
que chegou a atingir a marca de 22,3% na Metalurgia
Básica e 17,1% em Coque, Refino de
petróleo, Combustíveis nucleares
e Álcool.
A indústria do Rio Grande do
Sul (8,2%) apontou o segundo maior
crescimento de produtividade dentre as unidades
da federação pesquisadas. Essa
performance foi fortemente influenciada pelas
elevadas taxa obtidas por Coque, Refino de
petróleo, Combustíveis nucleares
e Álcool (27,5%), Borracha e Plástico
(17,2%) e Calçados e Couro (7,7%).
Dos dois primeiros setores citados o acréscimo
foi determinado sobretudo pela produção,
cujas taxas foram 21,6% e 11,5% respectivamente.
No caso de Calçados e Couro, o que
mais influenciou foi a contração
nas horas pagas (-10,8%).
A indústria do Pernambuco registrou
um aumento de 8,0% na produtividade. Os destaques
foram as elevadas variações
positivas de Borracha e Plástico (40,5%),
Calçados e Couro (12,5%) e Alimentos
e Bebidas (11,2%), este último, segmento
de grande peso no parque local. Apresentaram
diminuições os segmentos de
Coque, Refino de petróleo, Combustíveis
nucleares e Álcool (-23,4%), Têxtil
(-12,0%) e Metalurgia Básica (-2,6%).
A indústria do Ceará
assinalou aumento de 3,4% na produtividade.
As maiores acréscimos foram os de Coque,
Refino de petróleo, Combustíveis
nucleares e Álcool (21,0%), Calçados
e Couro (18,0%) e Têxtil (16,2%). Os
resultados negativos ficaram com Produtos
de Metal (-1,9%) e Metalurgia Básica
(-1,6%), ambos com performance a-típica.
O primeiro setor apresentou queda na produção
(-9,3%) e nas horas pagas (-7,5%) e o segundo
um aumento de horas pagas (10,1%) superior
ao da produção (8,3%).
A indústria de São Paulo
registrou crescimento de produtividade
de 2,9%, muito próximo à média
nacional (2,8%). Nenhum setor apontou incremento
de produtividade na faixa de dois dígitos.
As melhores performances foram as de Têxtil
(7,8%), - determinada pela contração
nas horas pagas (-7,7%) – seguido por
Coque, Refino de petróleo, Combustíveis
nucleares e Álcool (4,4%) – fruto
do acréscimo de 6,8% na produção
física. Metalurgia Básica (3,8%)
teve aumento de produção (3,3%)
com uma leve contração nas horas
pagas (-0,5%). A diminuição
na produtividade se verificou em Vestuário
(-15,4%), que combinou, de forma pouco comum,
diminuição da produção
(-14,2%) com aumento das horas pagas (1,4%).
A indústria do Rio de Janeiro
apontou crescimento de produtividade
de 1,1%, bem abaixo da média nacional
(2,8%). O resultado positivo foi sustentado
principalmente pelo desempenho de Coque, Refino
de petróleo, Combustíveis nucleares
e Álcool (3,4%), setor de muito peso
na indústria local. A maior taxa positiva,
no entanto, foi de Minerais não-metálicos
(6,8%). Dois segmentos importantes tiveram
queda de produtividade: Indústrias
Extrativas (-16,7%) e Metalúrgica Básica
(-15,9%).
A indústria do Paraná
registrou um aumento de produtividade
de apenas 0,6%. Muito influenciaram para esse
resultado positivo o bom desempenho de Madeira
(6,8%) e Minerais não-metálicos
(6,7%). Coque, Refino de petróleo,
Combustíveis nucleares e Álcool
(0,3%), e Borracha e Plástico (0,3%)
ficaram próximos da estabilidade, enquanto
Produtos de Metal apontou decréscimo
(-6,2%).
A indústria de Minas Gerais
apresentou uma queda de 0,6% na produtividade.
Só dois segmentos tiveram aumento de
produtividade Coque, Refino de petróleo,
Combustíveis nucleares e Álcool
(15,9%). e Têxtil (13,4%). Fumo apontou
uma expressiva contração (-31,0%),
combinando atipicamente forte queda na produção
(-21,6%) e aumento das horas pagas (13,7%).
Outras quedas importantes foram as de Minerais
não-metálicos (-11,3%) e Indústrias
Extrativas (-6,0%), este último um
setor de grande peso no parque local.
A indústria de Santa Catarina
assinalou diminuição de 1,0%
na produtividade. Esse desempenho foi muito
influenciado pela contração
na Têxtil (-11,0%) e Borracha e Plástico
(-10,1%). As principais variações
positivas foram as de Metalurgia Básica
(16,5%) e Vestuário (13,5%).
A indústria do Espírito
Santo apontou decréscimo de
5,5% na produtividade, sendo, portanto o pior
desempenho dentre os locais pesquisados. Os
principais setores da indústria local
tiveram queda de produtividade: Metalurgia
Básica (-38,2%), Alimentos e Bebidas
(-24,2%) e Indústrias Extrativas (-6,8%).
Nos três setores o resultado foi influenciado
principalmente pela queda na produção
que foi nos dois primeiros segmentos citados
de -38,3% e -24,5% respectivamente.






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