IEDI na Imprensa - Recuperação do Emprego Industrial Se Acelera
Recuperação do Emprego Industrial Se Acelera
DCI - 09/12/2009
Agência Estado
O ritmo de recuperação do mercado de trabalho industrial acelerou-se em outubro, com alta de 0,7% ante setembro. Foi o melhor resultado ante mês anterior apurado pelo IBGE desde julho de 2008 e a quarta expansão consecutiva nessa base de comparação. Apesar da reação na margem, porém, os resultados comparativos a iguais períodos do ano passado prosseguem com quedas significativas: -5,7% ante outubro de 2008 e o mesmo percentual de recuo no acumulado do ano.
"A ocupação na indústria está se recuperando de forma um pouco mais acelerada, acompanhando o maior dinamismo da produção", avalia o economista da Coordenação de Indústria do instituto, André Macedo. Para Ariadne Vitoriano, analista da Tendências Consultoria, "a continuidade da retomada das contratações do setor evidencia a robustez da recuperação da indústria, já que a expansão da produção está baseada tanto na utilização de capacidade ociosa quanto na ampliação do emprego no setor".
Em relatório, o economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) Rogério Souza também comemorou os dados do mercado de trabalho industrial em outubro. Segundo ele, "o emprego acelerou e isso abre a possibilidade de que a indústria recupere em tempo menor os postos de trabalho que foram perdidos no período mais agudo de crise internacional".
Macedo, do IBGE, explica que os efeitos da crise sobre a ocupação industrial foram tão acentuados que o setor chegou a junho deste ano com um número de trabalhadores 7,3% menor do que havia em outubro do ano passado. Em outubro, a diferença desacelerou para um recuo de 5,7%. "Agora é que o mercado de trabalho está começando a se recuperar dessa perda forte", disse. Ele explica que, por causa dos altos custos das contratações e das demissões, a velocidade de aumento ou queda no emprego se dá de forma defasada e em ritmo inferior ao da produção.
Para Souza, do Iedi, a expectativa é que o processo de recuperação do emprego na indústria prossiga nos próximos meses. O argumento é o aumento no número de horas pagas, considerado um indicador antecedente de contratações e que mostrou, em outubro, alta de 0,5% ante setembro, o quinto aumento consecutivo ante o mês anterior. A folha de pagamentos real, equivalente à massa salarial do setor, registrou aumento de 0,5% em outubro ante setembro, o segundo aumento consecutivo.