IEDI na Imprensa - Retração nos investimentos acelera a desindustrialização
DCI
Assim como a recuperação econômica deve elevar a demanda pelos mais diversos bens de consumo, também acende o alerta sobre o aumento de importações, acelerando a desindustrialização.
A perda de participação da indústria sobre o Produto Interno Bruto (PIB) é um processo que se acentua desde a década de 90, mas ganhou força com a recente recessão econômica, que gerou três anos consecutivos de retração da atividade fabril.
Para piorar este quadro, uma recuperação da produção, em níveis semelhantes aos do melhor momento do setor, em 2013, poderia vir apenas em 2024, estima o economista do IEDI, Rafael Cagnin. Segundo ele, enquanto a indústria brasileira definhava, os demais países ampliavam sua capacidade produtiva, intensificando o uso de tecnologia.
Exatamente este é um dos maiores problemas do período recessivo: o recuo dos investimentos em bens de capital, necessários para a modernização dos parques fabris, garantindo produtividade e competitividade. Com os empresários mais preocupados em reduzir despesas, os aportes em ativos fixos foram deixados de lado.
No entanto, com a recuperação econômica e o consequente retorno do consumo, parte deste abastecimento deverá ser abocanhada por produtos importados. “Deveremos observar a volta das importações absorvendo parte do consumo interno”, prevê o presidente da Abit, Fernando Pimentel.