Carta IEDI
A Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica: De Volta a 2005
Em 2015, a indústria de transformação brasileira encolheu 9,9%, com dezembro apresentando queda de 11,9% frente a dezembro de 2014 e o último trimestre, recuo de 12,4% em relação a igual período do ano anterior. O resultado do acumulado em 12 meses de dezembro último foi o menor registrado desde maio de 2005, mais de 10 anos atrás. O retrocesso se fez acompanhar de uma redução no déficit dos bens típicos da indústria de transformação, que ficou em US$ 30,7 bilhões, contra um saldo negativo de US$ 63,6 bilhões em 2014. A “melhora” decorreu da superlativa queda nas importações, já que as exportações em dólares correntes retrocederam 10,0%, reforçando o caráter recessivo de tal ajuste no saldo comercial brasileiro.
A expressiva retração da indústria de transformação pode ser apreendida pela classificação adotada pela OCDE segundo a qual o setor abrange quatro faixas de intensidade tecnológica: alta, média-alta, média-baixa e baixa intensidade tecnológica.
- Após a expansão de janeiro-março de 2014 frente a igual período do ano anterior, puxada pela produção de televisores devido à Copa do Mundo, a faixa de alta intensidade tem declinado trimestre a trimestre por essa base comparativa. E de modo vertiginoso. No contraste entre quartos trimestres de 2015 e de 2014, o recuo foi de 18,7%, totalizando sete trimestres de declínio. No contraponto entre 2015 e 2014, a queda foi de 19,8%, com dezembro caindo 16,6%. Aliás, todos os ramos do complexo eletrônico e a indústria farmacêutica sofreram forte retração em 2015.
- A retração da faixa de média-alta intensidade tem sido uma continuidade de um processo iniciado no ano passado, com retrocesso, de 16,0%. As retrações nos contrastes entre meses de dezembro e entre quartos trimestres foram equivalentes, de 21,4%, contribuindo para o declínio no ano. Ademais, a retração ocorreu em todos os ramos nela abarcados, da produção de bens de capital, máquinas e equipamentos à indústria de material de transporte terrestre passando pela indústria química. Na indústria automobilística, o retrocesso no ano foi de 25,9%.
- O segmento de média-baixa retrocedeu 7,8% em 2015. Tal declínio foi generalizado. Os retrocessos no mês de dezembro e no trimestre derradeiro frente a períodos equivalentes do ano anterior atingiram magnitudes ainda maiores: 11,9% e 11,1%, respectivamente. A produção de bens metálicos (inclusive a siderurgia) e a de produtos de petróleo refinado, álcool e afins, que ditam o comportamento dessa faixa, sofreram retração em 2015 de 9,8% e de 5,9%, respectivamente.
- Já a faixa de baixa intensidade experimentou recuos menos agudos, com declínio de 5,2% em 2015, puxado pelo retrocesso de 5,9% no quarto trimestre frente a igual período de 2014. Os números de 2015 foram em muito decorrentes da menor produção das indústrias alimentícias, de bebidas e fumo, devido ao peso do ramo de alimentos industrializados, com queda de 3,1%, exacerbada pelas taxas negativas do ramo têxtil, de vestuário, calçados e artigos de couro (-10,9%), bem como da indústria madeireira, papel, celulose e gráfica (-6,6%).
Mais preocupante do que o resultado em si de 2015, é constatar que o limiar de 2016 não tem trazido novidades positivas, com indefinições persistindo e mantendo ou ampliando óbices de monta para o cálculo empresarial. Não por menos, a OCDE projetou para 2016 queda de 4,0% no PIB do País.
Uma Visão Geral da Indústria de Transformação. Em 2015, a indústria de transformação brasileira encolheu 9,9%, com o mês derradeiro do ano experimentando queda de 11,9% frente a dezembro de 2014 e o último trimestre, recuo de 12,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado do acumulado em 12 meses de dezembro último foi o menor registrado desde maio de 2005, mais de 10 anos atrás. O retrocesso se fez acompanhar de uma redução no déficit dos bens típicos da indústria de transformação, que ficou em US$ 30,7 bilhões, contra um saldo negativo de US$ 63,6 bilhões em 2014. “Melhora” decorrente da superlativa queda nas importações, posto que as exportações em dólares correntes retrocederam 10,0%, reforçando o caráter recessivo de tal ajuste no saldo comercial brasileiro.
Mais duro do que o resultado em si de 2015, é constatar que o limiar de 2016 não tem trazido novidades positivas, com indefinições persistindo e mantendo ou ampliando óbices de monta para o cálculo empresarial. Não por menos, a OCDE projetou para 2016 queda de 4,0% no PIB do País.
A Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica. O desempenho da produção física da indústria de transformação pode ser apreendido agrupando suas atividades em quatro segmentos de intensidade tecnológica nos moldes da OCDE, a saber, alta, media-alta, média-baixa e baixa intensidade.
Antes de continuar, vale frisar que, com as mudanças metodológicas da PIM-PF, utilizou-se a indústria de transformação sem computar a atividade de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos. Tal ramo passou a ser discriminado na versão mais recente da Classificação Industrial Internacional Uniforme (CIIU) e, por conseguinte, na versão 2 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Na sequência encontram-se expostos resultados selecionados para as faixas de intensidade tecnológica, com a ressalva de que os mesmos estão sujeitos a revisões.
O caráter generalizado da crise em curso aparece em todas as bases de comparação acima, com os quatro segmentos de intensidade tecnológica se retraindo. O de alta intensidade sofreu a maior queda. O de média-alta foi outro segmento a sofrer retrocesso de dois dígitos em 2015.
O segmento de alta intensidade tinha no início do ano o fator ligado à base comparativa elevada – o trimestre inicial de 2014 – quando a fabricação de televisores puxada pela Copa do Mundo, esperando-se resultado pouco favorável. Mas o que se observou foi uma queda vertiginosa que já se verificava no comparativo entre trimestre e igual período do ano anterior já em abril-junho de 2014. No contraste entre quartos trimestres, a queda foi de 18,7%, totalizando sete trimestres de declínio nessa base de comparação. No contraponto entre 2015 e 2014, a queda foi de 19,8%.
A retração da faixa de média-alta intensidade tem sido uma continuidade de um processo iniciado no ano passado, com retrocesso, de 16,0%, sendo que a retração ocorreu em todos os ramos nela abarcados, da produção de bens de capital, máquinas e equipamentos à indústria de material de transporte terrestre passando pela indústria química. As retrações nos contrastes entre meses de dezembro e entre quartos trimestres foram equivalentes, taxa de -21,4%, contribuindo para o retrocesso no ano.
O segmento de média-baixa retrocedeu 7,8% em 2015. Aliás, a queda foi generalizada. Os declínios no mês de dezembro e no trimestre derradeiro de 2015 frente a períodos equivalentes do ano anterior atingiram magnitudes ainda maiores: 11,9% e 11,1%, respectivamente. A produção de bens metálicos, que inclui a siderurgia, e a de produtos de petróleo refinado, álcool e afins ditaram o comportamento dessa faixa.
Já a faixa de baixa intensidade experimentou recuos menos agudos, com declínio de 5,2% em 2015, puxado pelo retrocesso de 5,9% no quarto trimestre frente a igual período de 2014. Essas taxas foram em muito decorrentes da menor produção das indústrias alimentícias, de bebidas e fumo, devido ao peso do ramo de alimentos industrializados.
Alta Intensidade Tecnológica. O segmento tecnologicamente mais intensivo nos termos da OCDE registrou forte retração de 19,8% em 2015, sendo que, em 2014, ficou estagnada: variação de 0,2%. A produção física apresentou assim retrocesso de dez anos, voltando para patamar inferior ao de 2006. Foi a maior retração dentre as quatro faixas. O déficit comercial dos produtos tipicamente oriundos dessa faixa em 2015, de US$ 22,8 bilhões, significou um déficit menor, de magnitude menor do que a dos cinco anos anteriores. A queda nas importações contribui muito para tanto, enquanto as exportações cresceram modestamente, destacando-se as vendas para o exterior da indústria aeronáutica. A maior parte das atividades da faixa de alta intensidade produz bens complexos com várias etapas e inseridos em extensas cadeias globais de valor, como os da própria aeronáutica e os do complexo eletrônico.
A indústria farmacêutica se diferencia das demais dessa faixa por não produzir bens montados. Mas o menor dinamismo, já detectado no final de 2014, prosseguiu em 2015, culminando na retração de 12,2% no ano. Em dezembro, sua produção diminuiu 4,5%, enquanto no quarto trimestre caiu 5,0%. O déficit comercial de bens tipicamente produzidos por esse ramo chegou a US$ 5,9 bilhões, grandeza inferior à observada nos cinco anos anteriores. Todavia tal melhora ocorreu devido às importações cadentes, enquanto as vendas para o exterior caíram 13,2%, ficando em US$ 1,6 bilhão.
Quanto ao complexo eletrônico, sua expressiva retração de 29,9% em 2015 decorreu do desempenho de seus três ramos. Todos declinaram bastante. O maior dos três no País é a fabricação de equipamentos de rádio, TV e comunicação, que abarca também partes e componentes eletrônicos usados não só nela, mas em uma miríade cada vez mais ampla de atividades. Sua retração foi de 27,3%, com dezembro tendo recuo de 35,6% vis-à-vis o mesmo mês de 2014 e o último trimestre, queda de 33,6%. Apesar do efeito da base de comparação devido à alta na produção de televisores no começo de 2014 tendo em vista a Copa do Mundo, a produção declinou vertiginosamente também pela sensível queda no consumo. O menor consumo do País contribuiu ainda para um déficit menor nos bens desse ramo ante o ano passado. Porém, mesmo caindo, o saldo ficou negativo em US$ 8,7 bilhões, com as exportações tendo declinado 27,3%.
A produção de equipamentos de informática e de escritório retrocedeu 42,7% em 2015, com quedas de 45,5% em dezembro e de 45,0% no quarto trimestre. À semelhança da fabricação de aparelhos de áudio, vídeo e de comunicações, a menor demanda interna culminou em menor déficit, ficando em US$ 4,7 bilhões, mas com exportações ainda menores do que no ano anterior.
Já a produção de equipamentos médico-hospitalares, instrumentos de precisão e material ótico e fotográfico teve retração menor do que as outras atividades do complexo eletrônico, porém mesmo assim expressiva: declínio de 18,1%. Dezembro contribuiu para a queda, com recuo de 29,5% frente ao mesmo mês do ano passado. O déficit em produtos típicos da atividade chegou a US$ 5,0 bilhões, com exportações cadentes.
Média-alta Intensidade Tecnológica. A faixa de média-alta sofreu declínio de 16,0% em 2015, com expressiva retração de 21,4% tanto em dezembro quanto no quarto trimestre frente a períodos equivalentes de 2014. Em 2015, o déficit dos produtos típicos dessa faixa ficou em US$ 42,7 bilhões, magnitude menor do que a dos déficits para os quatro anos anteriores. Contudo as exportações em dólares correntes declinaram 11,0%, com esse conjunto de produtos mantendo a condição de maior déficit dentre os quatro segmentos de intensidade tecnológica.
A produção da indústria química recuou 4,7% no ano passado, com dezembro e o quarto trimestre tendo diminuído 8,0% e 6,9%, respectivamente. O saldo comercial dos produtos químicos (exclusive farmacêuticos) em 2015 registrou o maior déficit dentre todos os grupos de bens das quatro faixas de intensidade tecnológica, de US$ 22,1 bilhões. As exportações em dólares correntes recuaram 15,9%.
Dentro desse segmento, a fabricação de veículos automotores registrou a maior retração em janeiro-setembro, taxa de -25,9%. Dezembro e o quarto trimestre experimentaram retrocessos ainda maiores, de 30,9% e de 33,9%, respectivamente. A contração na demanda doméstica, em muito devido à contração do crédito, responde por esses números. Esse fator também explica a redução no déficit comercial de veículos nos três trimestres iniciais do ano, cuja magnitude saiu de US$ 9,6 bilhões em 2014 para R$ 3,5 bilhões em 2015, mesmo com as exportações caindo 3,1%.
Já as atividades mais associadas à produção de bens de capital – fabricação de máquinas e equipamentos elétricos; e fabricação de máquinas e equipamentos mecânicos e não especificados em outras atividades, estas produziram bem menos em 2015, com recuos de 12,2% e 14,6%, respectivamente. No contraponto entre meses de dezembro, os declínios foram de 22,3% e de 25,2%. Com isso, as retrações no trimestre final foram vultosas, de 19,3% e de 20,0%, respectivamente. Voltando ao acumulado do ano, a balança comercial de máquinas e equipamentos elétricos registrou déficit de US$ 5,5 bilhões, menor grandeza desde 2009. Mas suas vendas externas em dólares correntes declinaram 16,2% no período. Quanto às máquinas mecânicas ou não especificadas, balança ficou deficitária em US$ 10,2 bilhões, também o menor patamar desde 2009, com declínio de 13,6% nas exportações.
Média-baixa Intensidade Tecnológica. A produção física do segmento de média-baixa intensidade retrocedeu, em 2015, 7,8% em relação ao ano anterior. O final de ano concorreu para tanto: em dezembro, produziu 11,9% a menos do que no mesmo mês de 2014, enquanto, no quarto trimestre, a queda foi de 11,1%. Nessa faixa, as exportações em dólares correntes declinaram 11,0% no ano passado. Mesmo assim, o déficit diminuiu, saindo do patamar recorde de US$ 11,2 bilhões para US$ 524 milhões. A produção de bens metálicos, que abrange a siderurgia, e a de derivados do refino de petróleo, álcool e afins têm sido as indústrias que ditam, em larga medida, o comportamento seja dos fluxos comerciais dos bens típicos desse segmento, seja da produção física.
A indústria de bens de petróleo refinado, álcool e outros combustíveis produziu 5,9% menos do que em 2014. Dezembro e, por conseguinte, o último quarto do ano contribuíram para o retrocesso: declínios de 7,6% e de 8,4%, respectivamente. O intercâmbio externo dos produtos em tela experimentou déficit de US$ 8,2 bilhões no ano passado, aquém do registrado nos cinco anos anteriores. Contudo suas exportações diminuíram sobremaneira, 54,0%, ficando em US$ 1,9 bilhão, o que concorreu para o declínio da produção física.
Quanto à fabricação de produtos metálicos, a queda na produção física no ano passado foi mais aguda: taxa de -9,8%. As retrações em dezembro e em outubro-dezembro foram ainda mais duras, retrações de 16,0% e de 13,1%, respectivamente. Em 2015, o superávit atingiu US$ 9,0 bilhões, uma melhora frente ao resultado do ano anterior. No entanto as vendas externas de produtos metálicos retrocederam 3,8%. Assim, seu superávit comercial permanece abaixo daqueles logrados em 2005, 2006, 2007 e em 2008.
Seguindo para as demais atividades da faixa de média-baixa intensidade, a produção de outros produtos minerais não-metálicos retrocedeu 7,8%, retração puxada pelos números de dezembro e do trimestre derradeiro: variações de -15,3% e de -13,0%, respectivamente. As exportações desses bens em dólares correntes, a seu turno, recuaram 1,1%. Mas, ainda com isso, o saldo comercial voltou a apresentar superávit após quatro anos. Já a fabricação de borracha e produtos plásticos registrou recuo de 9,1% em sua produção física em 2015. Suas vendas externas em dólares correntes de borracha e produtos plásticos diminuíram 9,9%, com agravante de ter sido o quarto ano seguido de queda. O saldo comercial desses itens observou déficit de US$ 2,3 bilhões.
Baixa Intensidade Tecnológica. A produção da indústria de baixa intensidade tecnológica, por sua vez, diminuiu 5,2% no ano passado vis-à-vis 2014. Com tal queda, o patamar de 2015 foi o pior registrado para janeiro-setembro desde 2002, retrocedendo quase treze anos. Em dezembro, a queda foi de 4,5%, enquanto para o quarto trimestre o recuo foi ainda mais forte, de 5,9%. O saldo das mercadorias tipicamente produzidas por atividades dessa faixa, de US$ 51,2 bilhões, continua como o único superavitário dentre os quatro segmentos por intensidade tecnológica. Em que pese sua expressividade foi o menor superávit em cinco anos, devido ao retrocesso 10,9% nas exportações.
O agrupamento de ramos dessa faixa de maior porte, as indústrias de alimentos, bebidas e de fumo, produziu 3,1% menos do que no ano anterior. Em dezembro sua produção ficou estável, variando 0,1%, com outubro-dezembro tendo ligeiro decréscimo de 0,3% em relação a igual período de 2014. Suas mercadorias têm sido as principais responsáveis pelo superávit comercial dos bens típicos do segmento de baixa intensidade tecnológica, com saldo positivo de US$ 29,8 bilhões. Entretanto tal resultado positivo ficou aquém do registrado em 2008, 2010, 2011, 2012, 2013 e de 2014. Para agravar, as exportações desses produtos diminuíram 13,8%.
Outro conjunto de atividades cujos produtos típicos registram superávits é aquele constituído de bens oriundos das indústrias madeireira, de papel e celulose, gráficas e afins. Este logrou superávit maior do que no ano anterior, US$ 8,2 bilhões, patamar recorde em dólares correntes. Para tanto, colaborou o acréscimo de 4,3% nas exportações. Tal número contrasta com a queda de 6,6% na produção física no ano passado. Em dezembro, a produção física declinou 6,5%, com retração ainda mais contundente no último quarto do ano: a queda de 10,8%.
Os outros dois ramos são caracterizados por serem mais intensivos em força de trabalho que os demais de baixa intensidade. Ambos apresentaram déficit em 2015. As atividades de fabricação de manufaturados não especificados noutras indústrias e de produtos reciclados registraram saldo comercial negativo de US$ 1,0 bilhão. Mais do que o déficit, também chama a atenção o recuo de 9,4% das exportações. Sua produção física caiu 4,5% no ano, queda puxada pelos números de dezembro e de outubro-dezembro (comparação com iguais períodos de 2014): 12,8% e 15,3%, respectivamente. O conjunto das indústrias têxtil, de vestuário, calçados e artigos de couro sofreu queda na produção física de 10,9% no ano passado, com dezembro registrando queda de 16,0% e outubro-dezembro declinando 14,5%. Pari passu, o déficit de seus produtos típicos ficou em US$ 1,8 bilhão, menor do que os déficits dos três anos anteriores. Infelizmente tal melhora não decorreu das exportações em dólares correntes, estas declinaram 15,8% frente a 2014, queda que concorreu para a retração da produção.