Carta IEDI
A Indústria em Fevereiro de 2016: Retorno ao Declínio
A produção industrial brasileira caiu 2,5% em fevereiro de 2016 com relação a janeiro, na série livre de sazonalidade, invertendo a ligeira elevação de 0,4% assinalada em janeiro deste ano relativamente a dezembro de 2015. Na comparação com fevereiro de 2015, em fevereiro último a produção caiu 9,8%. No acumulado do primeiro bimestre de 2016, a indústria brasileira o recuo chegou a 11,8% frente à igual período do ano passado.
Em 13 das 24 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE ocorreram quedas em fevereiro contra janeiro deste ano. As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,7%), máquinas e equipamentos (-6,7%), produtos alimentícios (-1,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%). De outro modo, apontaram crescimento significativo coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,3%), indústrias extrativas (0,6%), produtos têxteis (3,4%) e bebidas (1,3%).
Em termos de categorias de uso, também na série livre de sazonalidades, em fevereiro de 2016 com relação ao mês anterior houve retração na produção de bens de consumo duráveis (-5,3%), bens intermediários (-2,0%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%). Em contraste, bens de capital (0,3%) assinalou elevação na produção pelo segundo mês consecutivo (2,1% em janeiro).
Já no confronto com igual mês do ano anterior, mesmo com um dia útil a mais do que em 2015, em fevereiro de 2016 houve queda na fabricação de todas as categorias de uso: bens de consumo duráveis (-29,3%), bens de capital (-25,8%), bens intermediários (-8,5%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-2,0%). Cabe ressaltar que bens de capital e bens de consumo duráveis apontam taxas negativas nesta comparação há exatos 24 meses consecutivos, em crise aberta sentida principalmente nos segmentos atrelados à indústria automobilística – a saber, bens de capital para transporte na primeira categoria e automóveis na outra.
Em relação aos gêneros, 21 dos 26 ramos investigados pelo IBGE apresentaram queda, destacando-se veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,1%), indústrias extrativas (-12,1%), máquinas e equipamentos (-27,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-33,1%) e metalurgia (-12,1%). Por sua vez, houve elevação na produção de celulose, papel e produtos de papel (6,0%), de produtos do fumo (82,8%) e de produtos alimentícios (1,1%).
A indústria, portanto, segue 2016 com resultados francamente adversos, confirmando os problemas estruturais e conjunturais que a prejudicam. No caso dos estruturais, ainda se faz presente a persistência da baixa competitividade nos mercados interno e externo, mesmo com a desvalorização cambial; e dentre os conjunturais, a retração progressiva do consumo e do investimento.
Resultados da Indústria. De acordo com o IBGE, a indústria brasileira registrou recuo de 2,5% em fevereiro em relação ao mês anterior, na série com dados dessazonalizados, após alta de 0,4% em janeiro. Na comparação com fevereiro de 2015, houve uma queda da produção industrial de 9,8%. No acumulado do primeiro bimestre de 2016, a indústria brasileira acumulou queda de 11,8%. Já no acumulado dos últimos 12 meses, frente a igual período imediatamente anterior, a produção industrial manteve a trajetória de recuos crescentes, assinalando variação de -9,0% em fevereiro de 2016.
Na série livre de sazonalidade, fevereiro de 2016 em relação a janeiro do mesmo ano assinalou queda em 13 das 24 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE. As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,7%), máquinas e equipamentos (-6,7%), produtos alimentícios (-1,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%). De outro modo, apontaram crescimento significativo coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,3%), indústrias extrativas (0,6%), produtos têxteis (3,4%) e bebidas (1,3%).
Em termos de categorias de uso, na série livre de sazonalidades, fevereiro de 2016 em relação ao mês anterior foi marcado pela queda na produção bens de consumo duráveis (5,3%), bens intermediários (-2,0%), bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%). Por outro lado, bens de capital (0,3%) assinalou elevação na produção pelo segundo mês consecutivo (2,1% em janeiro).
Já no confronto com igual mês do ano anterior, mesmo com um dia útil a mais do que em 2015, em fevereiro de 2016 houve queda na fabricação de todas as categorias de uso: bens de consumo duráveis (-29,3%), bens de capital (-25,8%), bens intermediários (-8,5%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-2,0%). Em relação aos gêneros, 21 dos 26 ramos investigados pelo IBGE apresentaram queda, destacando-se veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,1%), indústrias extrativas (-12,1%), máquinas e equipamentos (-27,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-33,1%), metalurgia (-12,1%). Por sua vez, houve elevação na produção de celulose, papel e produtos de papel (6,0%), de produtos do fumo (82,8%) e de produtos alimentícios (1,1%).
Em janeiro-fevereiro de 2016, confrontado com igual período de 2015, a redução de 11,8% da indústria geral teve perfil generalizado, atingindo 23 dos 26 ramos, 67 dos 79 grupos e 75,7% dos 805 produtos pesquisados e todas as categorias de uso: bens de capital (-30,8), bens de consumo duráveis (-29,0%), bens intermediários (-10,1%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-4,5%). Em termos de gêneros de atividade industrial, os principais recuos se deram em veículos automotores, reboques e carrocerias (-30,1%), indústrias extrativas (-14,6%), máquinas e equipamentos (-26,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-36,6%). De outra forma, houve crescimento na produção das atividades de celulose, papel e produtos de papel (3,3%) e de produtos do fumo (49,8%).
Desempenho por Categoria de Uso. Fevereiro de 2016, comparado ao mês anterior e com ajuste sazonal, foi marcado pela queda na produção em três das quatro categorias de uso: bens de consumo duráveis (5,3%), Bens intermediários (-2,0%), bens de consumo semi e não-duráveis (-0,6%). Em contraste, bens de capital (0,3%) assinalou elevação na produção pelo segundo mês consecutivo (2,1% em janeiro).
Já no confronto com igual mês do ano anterior, em fevereiro de 2016 houve queda na fabricação de todas as categorias de uso: bens de consumo duráveis (-29,3%), bens de capital (-25,8%), bens intermediários (-8,5%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-2,0%).
Em bens de consumo duráveis, na comparação mensal, a retração de 29,3% foi a vigésima quarta taxa negativa seguida, influenciada principalmente por automóveis (-31,9%) e eletrodomésticos da “linha marrom” (-35,9%) e da “linha branca” (-22,5%), considerando as reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Também houve impactos negativos significativos em motocicletas (-36,9%), do grupamento de outros eletrodomésticos (-27,8%) e de móveis (-7,2%).
Bens de capital assinalaram queda de 25,8% em fevereiro de 2016 em relação ao mesmo mês de 2015, sendo também a vigésima quarta queda consecutiva. Neste caso, a categoria foi especialmente puxada por bens de capital para equipamentos de transporte (-24,5%), dada a menor fabricação de caminhões, embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias e vagões para transporte de mercadorias. Também foram expressivos os recuos em bens de capital para fins industriais (-19,5%), de uso misto (-28,3%), para construção (-56,6%), agrícola (-33,3%) e para energia elétrica (-18,5%).
Já a produção de bens intermediários caiu 8,5% em fevereiro de 2016 versus fevereiro de 2015, a vigésima terceira taxa negativa consecutiva neste confronto, puxada por indústrias extrativas (-12,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,8%), metalurgia (-12,1%), produtos de borracha e de material plástico (-15,6%), máquinas e equipamentos (-24,1%), produtos de metal (-12,8%), produtos de minerais não-metálicos (-9,5%), produtos têxteis (-11,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,6%) e outros produtos químicos (-0,5%). Por usa vez, houve crescimento em celulose, papel e produtos de papel (8,3%) e produtos alimentícios (0,7%). Os grupamentos de insumos típicos para construção civil caíram 14,8%, completando dois anos de recuo na comparação com igual mês do ano anterior, enquanto embalagens retraiu 5,2%, a décima quarta taxa negativa consecutiva.
Por sua vez, a produção de bens de consumo semi e não-duráveis, ainda na comparação com fevereiro do ano passado, retraiu 2,0%, a décima sexta taxa negativa seguida, influenciada principalmente pelo grupamento de semiduráveis (-10,6%), não-duráveis (-0,9%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-0,3%). Houve elevação apenas em carburantes (4,5%), devido à maior fabricação de gasolina automotiva.
No primeiro bimestre de 2016, confrontado com igual período de 2015, todas as categorias assinalaram queda na produção: bens de capital (-30,8% - pressionados pela retração de 31,1% de bens de capital para equipamentos de transporte), bens de consumo duráveis (-29,0% - sob efeito do resultado de -27,1% de automóveis e de -37,7% de eletrodomésticos), bens intermediários (-10,1%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-4,5%).
Por Dentro da Indústria de Transformação: Gêneros e Subsetores. Na série livre de sazonalidade, fevereiro de 2016 em relação a janeiro do mesmo ano assinalou queda em 13 das 24 atividades industriais pesquisadas pelo IBGE. As principais influências negativas vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (-9,7%), máquinas e equipamentos (-6,7%), produtos alimentícios (-1,7%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-8,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%), de metalurgia (-1,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-2,6%), de produtos de borracha e de material plástico (-1,6%) e de outros equipamentos de transporte (-3,3%). De outro modo, apontaram crescimento significativo coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,4%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,3%), indústrias extrativas (0,6%), produtos têxteis (3,4%) e bebidas (1,3%).
Na comparação entre fevereiro de 2016 e o mesmo mês do ano passado, 21 dos 26 ramos investigados pelo IBGE apresentaram queda, mesmo que em 2016 o mês tenha tido um dia útil a mais do que em 2015. As quedas mais importantes para a média geral foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,1%), indústrias extrativas (-12,1%), máquinas e equipamentos (-27,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-33,1%), metalurgia (-12,1%), produtos de borracha e de material plástico (-15,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-21,1%), produtos de metal (-12,7%), outros equipamentos de transporte (-24,0%), produtos de minerais não-metálicos (-9,6%), produtos têxteis (-11,8%) e bebidas (-5,1%). Por sua vez, houve elevação na produção de celulose, papel e produtos de papel (6,0%), de produtos do fumo (82,8%) e de produtos alimentícios (1,1%).
Em janeiro-fevereiro de 2016, comparando-se com igual período do ano anterior, a redução de 11,8% da indústria geral teve perfil generalizado, atingindo 23 dos 26 ramos, 67 dos 79 grupos e 75,7% dos 805 produtos pesquisados. Os principais recuos se deram em veículos automotores, reboques e carrocerias (-30,1%) e indústrias extrativas (-14,6%), devido a automóveis, caminhões, veículos para transporte de mercadorias, caminhão-trator para reboques e semirreboques, autopeças, carrocerias para ônibus e caminhões e chassis com motor para ônibus e caminhões, na primeira; e minérios de ferro e óleos brutos de petróleo, na segunda. Também assinalaram retrações importantes máquinas e equipamentos (-26,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-36,6%), metalurgia (-13,6%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-22,4%), produtos de borracha e de material plástico (-15,2%), produtos de minerais não-metálicos (-12,9%), produtos de metal (-14,0%), outros equipamentos de transporte (-24,5%), bebidas (-8,7%), produtos alimentícios (-2,2%) e produtos têxteis (-15,8%). Em termos de produtos, segundo o IBGE, “os impactos negativos mais importantes nesses ramos foram, respectivamente, aparelhos de ar condicionado de paredes e de janelas (inclusive os do tipo split system), peças e acessórios para máquinas de perfuração ou sondagem para poços de petróleo, máquinas para colheita, tratores agrícolas, carregadoras, transportadoras, motoniveladores, guindastes, pontes e vigas rolantes, pórticos, ponte-guindastes e carros-pórticos, escavadeiras, válvulas, torneiras e registros, partes e peças para máquinas e aparelhos de terraplenagem, extintores de incêndio, empilhadeiras propulsoras, compactadores e rolos compressores autopropulsores, ventiladores e coifas para uso industrial e bombas centrífugas; televisores, computadores pessoais portáteis (laptops, notebooks, tablets e semelhantes), telefones celulares, transmissores ou receptores de telefonia celular, computadores pessoais de mesa (PC Desktops), rádios para veículos automotores, receptor decodificador de sinais de vídeos, monitores de vídeo para computadores, rádios e placas de circuito impresso montadas para informática; bobinas e chapas a quente de aços ao carbono não revestidos, vergalhões de aços ao carbono, artefatos e peças diversas de ferro fundido, bobinas a frio e bobinas grossas de aços ao carbono não revestidos, ferronióbio, fio-máquina de aços ao carbono, tubos, canos e perfis ocos de aço e bobinas ou chapas de outras ligas de aço; fios, cabos e condutores elétricos com capa isolante, refrigeradores ou congeladores (freezers) para uso doméstico, quadros, painéis, cabines e outros suportes equipados com aparelhos elétricos de interrupção e proteção, conversores estáticos elétricos ou eletrônicos, grupos eletrogêneos, ventiladores ou circuladores para uso doméstico, eletroportáteis domésticos, fios, cabos ou condutores de cobre, motores elétricos de corrente alternada ou contínua, partes e peças para refrigeradores, fornos de micro-ondas, fogões de cozinha e máquinas de lavar ou secar para uso doméstico; peças e acessórios de plástico para indústria automobilística, tubos ou canos de plásticos para construção civil, cartuchos de plástico para embalagens, artigos de plástico para uso doméstico, pneus novos para ônibus e caminhões, tubos flexíveis de plástico, peças e acessórios de plástico para indústria eletroeletrônica e conexões, juntas, cotovelos e outros acessórios de plásticos para tubos; cimentos “Portland”, ladrilhos, placas e azulejos de cerâmica, massa de concreto preparada para construção, vidros de segurança laminados para veículos automotores e garrafas, garrafões e frascos de vidro para embalagem; esquadrias de alumínio, caldeiras geradoras de vapor, parafusos, ganchos, pinos ou porcas de ferro e aço e estruturas de ferro e aço; motocicletas e suas peças, embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e plataformas), vagões para transporte de mercadorias, bicicletas e aviões; refrigerantes, preparações em xarope para elaboração de bebidas para fins industriais, cervejas e chope; açúcar refinado de cana, VHP e cristal, biscoitos, bolachas, pães, farinha de trigo e bebidas lácteas; e tecidos de algodão tintos ou estampados, crus ou alvejados e de malha de fibras sintéticas e de algodão, fios de algodão simples e retorcidos, roupas de cama (colchas, cobertores, lençóis e etc.) e roupas de banho (toalhas de banho/rosto/mãos e semelhantes)”. De outra forma, houve crescimento na produção das atividades de celulose, papel e produtos de papel (3,3%) e de produtos do fumo (49,8%).
Tabela: Produção Física - Subsetores Industriais
Variação % em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (clique aqui)
Utilização de Capacidade. Os índices de utilização da capacidade instalada na indústria de transformação da FGV e da CNI, com ajuste sazonal, apontaram tendências diferentes. Enquanto o da CNI assinalou leve aumento de janeiro de 2016 para fevereiro de 2016, de 77,1% para 77,6%, o da FGV caiu de 74,1% para 73,6%.