Carta IEDI
A Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica: Faltando Muito para Voltar ao que Era Antes
Embora na passagem de fevereiro a março último a indústria de transformação brasileira tenha crescido 1,7%, no primeiro trimestre frente a igual período de 2015, foi registrada retração de 11,1%. Mesmo março observou encolhimento da indústria de transformação, de 10,6%. O resultado do acumulado em 12 meses terminados em março teve variação equivalente, levando ao menor patamar desde outubro de 2004. O retrocesso no trimestre se fez acompanhar de uma redução no déficit dos bens típicos da indústria de transformação, que ficou em US$ 2 bilhões, contra um saldo negativo de US$ 14,7 bilhões no mesmo acumulado de 2015. Esse menor déficit, porém, decorreu sobremaneira da queda nas importações, visto que as exportações em dólares correntes retrocederam 3,3%.
A expressiva retração da indústria de transformação pode ser apreendida pela classificação adotada pela OCDE segundo a qual o setor abrange quatro faixas de intensidade tecnológica: alta intensidade, média-alta, média-baixa e baixa intensidade tecnológica.
- A faixa de alta intensidade continua em queda vertiginosa. No primeiro trimestre, sua produção declinou 26,3% em relação a igual período de 2015. Desde o acumulado de três meses encerrados em abril de 2014, a taxa tem sido negativa nessa base comparativa. No contraponto entre meses de março, o retrocesso foi de 21,8%. Em doze meses, a queda chegou a 21,1%. As atividades do complexo eletrônico têm concorrido bastante para tanto: no quarto inicial recuou 34,6%. Já a indústria farmacêutica cresceu 0,9% em janeiro-março, provavelmente refletindo a prevenção e o combate às doenças transmitidas pelo aedes aegypti.
- A retração da faixa de média-alta intensidade tem sido uma continuidade de um processo iniciado em 2015, com retrocesso, de 16,0%. As retrações nos contrastes entre meses de dezembro e entre quartos trimestres foram equivalentes, de 21,4%, contribuindo para o declínio no ano. Ademais, a retração ocorreu em todos os ramos nela abarcados, da produção de bens de capital, máquinas e equipamentos à indústria de material de transporte terrestre passando pela indústria química. Na indústria automobilística, o retrocesso no ano foi de 25,9%.
- O segmento de média-alta intensidade também sofreu diminuição expressiva no acumulado do ano até março, taxa de -21,0%, com a indústria automobilística puxando a queda: taxa de -27,8%. Retração, aliás, disseminada tem todos os ramos encampados por essa faixa: da produção de bens de capital, máquinas e equipamentos à indústria de material de transporte terrestre passando pela indústria química. No contraste entre meses de março, a produção física da indústria de média-lata intensidade caiu 18,1%. Em doze meses, recuou 18,3%.
- A indústria de média-baixa recuou 10,7% em janeiro-março. Tal a queda também foi generalizada. O declínio no mês de março atingiu 13,2%. Em doze meses, a variação foi de -8,9%. A produção de bens metálicos, que inclui a siderurgia, e a de produtos de petróleo refinado, álcool e afins ditam o comportamento dessa faixa. A fabricação de produtos metálicos declinou 15,1% no contraste entre primeiro trimestre de 2016 e igual período de 2015. Já a de produtos do refino de petróleo e afins teve recuo de 1,3%.
- A faixa de baixa intensidade sofreu recuo menos agudo, queda de 5,3% no confronto entre primeiro trimestre de 2016 e igual acumulado de 2015. No contraponto entre meses de março, a taxa foi de -4,7%. Em doze meses, essa faixa produziu 5,6% menos. Seu ramo mais proeminente – as indústrias alimentícias, de bebidas e fumo – produziu 2,2% menos em janeiro-março último frente ao mesmo período de 2015. Já as indústrias de produtos madeireiros e seus derivados, papel e celulose e impressão diminuíram 5,0%. A fabricação de manufaturados não especificados noutras atividades e as indústrias têxteis, de vestuário, artigos de couro e calçados experimentaram quedas ainda mais expressivas: -14,1% e -11,2%, respectivamente.
Afora os problemas econômicos pelos quais o Brasil já vinha atravessando, o conturbado ambiente político deteriorou ainda mais o quadro. A mudança de presidência, em definitivo ou não, não significa retomada automática de crescimento puxado, principalmente dos investimentos. O primeiro desafio parece ser a própria apreciação cambial, um obstáculo para as exportações.
Uma Visão Geral da Indústria de Transformação. Embora na passagem de fevereiro a março último a indústria de transformação brasileira tenha crescido 1,7%, no primeiro trimestre frente a igual período de 2015, foi registrada retração de 11,1%. Mesmo março observou encolhimento da indústria de transformação, de 10,6%. O resultado do acumulado em 12 meses terminados em março teve variação equivalente, levando ao menor patamar desde outubro de 2004. O retrocesso no trimestre se fez acompanhar de uma redução no déficit dos bens típicos da indústria de transformação, que ficou em US$ 2 bilhões, contra um saldo negativo de US$ 14,7 bilhões no mesmo acumulado de 2015. Esse menor déficit, porém, decorreu sobremaneira da queda nas importações, visto que as exportações em dólares correntes retrocederam 3,3%.
Diferentemente do que se observou no início dos anos 2000, quando a melhoria na balança comercial de bens típicos da indústria de transformação tinha companhia da expansão da produção física do setor, a recessão tem levado a uma melhora com retrocesso produtivo.
A Indústria de Transformação por Intensidade Tecnológica. O desempenho da produção física da indústria de transformação pode ser apreendido agrupando suas atividades em quatro segmentos de intensidade tecnológica nos moldes da OCDE, a saber, alta intensidade, media-alta, média-baixa e baixa intensidade.
Antes de continuar, vale mencionar que, com as mudanças metodológicas da PIM-PF, utilizou-se a indústria de transformação sem computar a atividade de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos. Tal ramo passou a ser discriminado na versão mais recente da Classificação Industrial Internacional Uniforme (CIIU) e, por conseguinte, na versão 2 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). Na sequência encontram-se expostos resultados selecionados para as faixas de intensidade tecnológica, com a ressalva de que os mesmos estão sujeitos a revisões.
O caráter generalizado da recessão em curso aparece em todas as bases comparativas acima, com os quatro segmentos de intensidade tecnológica se retraindo. O de alta intensidade sofreu a maior queda no primeiro trimestre. O de média-alta foi outro segmento a sofrer retrocesso de dois dígitos, de 20% ou mais, em janeiro-março.
A faixa de alta intensidade continua em sua queda vertiginosa. No primeiro trimestre, sua produção declinou 26,3% em relação a igual período do ano anterior. Desde o acumulado de três meses encerrados em abril de 2014, a taxa tem sido negativa nessa base comparativa. No contraponto entre meses de março, o retrocesso foi de 21,8%. Em doze meses, a queda chegou a 21,1%. As atividades do complexo eletrônico têm concorrido bastante para tais contrações.
O segmento de média-alta intensidade também sofreu diminuição expressiva no acumulado do ano até março, taxa de -21,0%, com a indústria automobilística puxando a queda. Retração, aliás, disseminada tem todos os ramos encampados por essa faixa: da produção de bens de capital, máquinas e equipamentos à indústria de material de transporte terrestre passando pela indústria química. No contraste entre meses de março, a produção física caiu 18,1%. Em doze meses, 18,3%.
A indústria de média-baixa recuou 10,7% em janeiro-março. Tal a queda também foi generalizada. O declínio no mês de março atingiu 13,2%. Em doze meses, a variação foi de -8,9%. A produção de bens metálicos, que inclui a siderurgia, e a de produtos de petróleo refinado, álcool e afins ditam o dinamismo dessa faixa.
A faixa de baixa intensidade experimentou recuos menos agudos, com declínio de 5,3% na comparação entre primeiro trimestre e igual acumulado do ano anterior. No confronto entre meses de março, a queda foi de 4,7%. Em doze meses, essa faixa produziu 5,6% menos. Essas taxas foram em muito decorrentes da menor produção das indústrias alimentícias, de bebidas e fumo, devido ao peso do ramo de alimentos industrializados.
Alta Intensidade Tecnológica. O segmento tecnologicamente mais intensivo nos termos da OCDE foi aquele que mais se retraiu em janeiro-março, 26,3%. Em março a taxa foi de -21,8%. Em doze meses, a variação ficou em -21.1%. Aliás, tomando-se o acumulado em doze meses, desde julho de 2005, a produção física não ficava tão baixa. Em todas as três bases de comparação, essa faixa teve o pior desempenho. Quanto ao déficit comercial dos produtos tipicamente oriundos desse segmento no primeiro trimestre, de US$ 4,4 bilhões, significou o menor déficit para esse período desde 2009. A queda nas importações contribui muito para tanto, mas as exportações cresceram, puxadas pelas as vendas externas da indústria aeronáutica. A maior parte das atividades da faixa de alta intensidade produz bens complexos com várias etapas e inseridos em extensas cadeias globais de valor, como os da própria aeronáutica e os do complexo eletrônico.
A indústria farmacêutica se distingue das demais dessa faixa por não produzir bens montados. Distingue-se também pelos dados positivos em janeiro-março. Nesse começo de 2016, sua produção cresceu 0,9%, tendo março concorrido para tanto com taxa de 2,7%. Porém, em doze meses, sua produção diminuiu 8,5%. No primeiro trimestre, o déficit comercial de bens tipicamente produzidos por esse ramo chegou a US$ 1,6 bilhão, déficit maior do que em igual período de 2015. As importações cresceram 13,0%, enquanto as vendas para o exterior caíram 11,6%.
Quanto ao complexo eletrônico, sua expressiva retração de 34,6% em janeiro-março decorreu do desempenho de seus três ramos. Todos declinaram bastante. O maior dos três no País é a fabricação de equipamentos de rádio, TV e comunicação, que abarca também partes e componentes eletrônicos usados não só nela, mas em uma miríade cada vez mais ampla de atividades. Sua retração foi de 36,1%, com março tendo recuo de 33,4% vis-à-vis o mesmo mês de 2015. Em doze meses, o recuo foi de 29,9%. O menor consumo do País contribuiu ainda para um déficit menor nos bens desse ramo ante o ano passado. Porém, mesmo caindo, o saldo ficou negativo em US$ 1,6 bilhão, com as exportações tendo declinado 24,8%.
A produção de equipamentos de informática e de escritório retrocedeu 40,0% no trimestre inicial de 2016, com queda de 35,5% em março. Em doze meses, a variação foi ainda pior: -44,5%. À semelhança da fabricação de aparelhos de áudio, vídeo e de comunicações, a menor demanda interna culminou em menor déficit em janeiro-março, ficando abaixo de US$ 1,0 bilhão, com exportações em dólares correntes maiores, mas em patamar muito baixo.
Já a produção de equipamentos médico-hospitalares, instrumentos de precisão e material ótico e fotográfico teve retração também expressiva: declínio de 34,1% no primeiro quarto do ano. Março contribuiu para tanto, com recuo de 43,9% frente ao mesmo mês do ano passado. Em doze meses, o declínio foi de 21,6%. Em janeiro-março, o déficit em produtos típicos da atividade chegou a US$ 1,0 bilhão, com exportações cadentes.
Média-alta Intensidade Tecnológica. A faixa de média-alta sofreu declínio de 21,0% no acumulado até o terceiro mês frente ao mesmo período de 2015, com março registrando diminuição de 18,1%. Em doze meses, a produção diminuiu 18,3%. Nesse começo de ano, o déficit dos produtos típicos desse segmento ficou em US$ 6,4 bilhões, quase a metade do déficit observado em janeiro-março do ano passado. As exportações em dólares correntes cresceram 2,1%, mas sem impedir que esse agrupamento de bens mantivesse a condição de maior déficit dentre as quatro faixas de intensidade tecnológica.
A produção da indústria química teve as retrações mais modestas da faixa de média-alta, com recuou 2,3% no primeiro trimestre e de 1,4% na comparação entre meses de março. Em doze meses, a taxa foi de -4,5%. Em janeiro-março, o saldo comercial dos produtos químicos (exclusive farmacêuticos) registrou o maior déficit dentre todos os grupos de bens das quatro faixas de intensidade tecnológica, de US$ 3,8 bilhões. As exportações em dólares correntes recuaram 2,0%.
Já a fabricação de veículos automotores registrou a maior retração em janeiro-março dentro dessa faixa de intensidade tecnológica, variação de -27,8%. Essa é também a taxa para doze meses. Março apresentou encolhimento de 23,8% da produção física. A contração do mercado doméstico responde por esses números. Esse fator também explica a mudança de sinal do saldo comercial de veículos no primeiro trimestre do ano, superávit de US$ 203 milhões.
Passando para os ramos mais ligados à produção de bens de capital – fabricação de máquinas e equipamentos elétricos; e fabricação de máquinas e equipamentos mecânicos e não especificados em outras atividades, estes produziram bem menos em janeiro-março, com recuos de 20,5% e 23,7%, respectivamente. No contraponto entre meses de março, os declínios foram de 17,5% e de 17,7%. Em doze meses, as retrações foram próximas, de 16,6% e de 18,6%, respectivamente. Voltando ao acumulado do ano, a balança comercial de máquinas e equipamentos elétricos registrou déficit de US$ 991 milhões, menor grandeza para primeiro trimestre desde 2009. Mas suas vendas externas em dólares correntes declinaram 9,5% no período. Quanto às máquinas mecânicas ou não especificadas, balança ficou deficitária em US$ 1,6 bilhão, o menor patamar para primeiro trimestre desde 2008, com as exportações crescendo 2,9%.
Média-baixa Intensidade Tecnológica. A produção física do segmento de média-baixa intensidade experimentou declínio de dois dígitos em janeiro-março de 2016: caiu 10,7% vis-à-vis igual acumulado de 2015. Tal resultado foi puxado pela queda de 13,2% em março. Em doze meses, o Brasil produziu 8,9% menos dos produtos dessa indústria. Já a balança comercial dos bens típicos da faixa voltou a apresentar superávit para janeiro-março após seis anos de déficit no primeiro trimestre: US$ 271 milhões. Mas essa virada ocorreu com exportações em dólares correntes encolhendo 15,5%. A produção de bens metálicos, que abrange a siderurgia, e a de derivados do refino de petróleo, álcool e afins têm sido as indústrias que ditam em larga medida o comportamento tanto dos fluxos comerciais dos bens típicos desse segmento, quanto da produção física.
A indústria de bens de petróleo refinado, álcool e outros combustíveis produziu 1,3% menos no primeiro trimestre do que em igual período de 2015. Março teve variação de -5,8%. Em doze meses, a taxa foi de -4,8%. O intercâmbio externo dos produtos em tela experimentou déficit de US$ 1,5 bilhão em janeiro-março, menos da metade do déficit observado no quarto inicial de 2015, aquém do registrado nos seis anos anteriores para esse período do ano. Contudo suas exportações em dólares correntes diminuíram 46,2%, concorrendo para a retração da produção física.
Quanto à fabricação de produtos metálicos, a queda na produção física no trimestre inicial do ano passado foi mais contundente: taxa de -15,1%. Comparando meses de março, o País produziu 16,4% menos. Em doze meses, a queda atingiu 12,0%. Em janeiro-março último, o superávit atingiu US$ 2,5 bilhões, o maior saldo para esse período desde 2007. No entanto as vendas externas de produtos metálicos retrocederam 16,1%.
Seguindo para as demais atividades da faixa de média-baixa intensidade, a produção de outros produtos minerais não-metálicos retrocedeu 13,4% no primeiro quarto do ano, retração puxada pelo próprio mês de março: queda de 14,3%. Em doze meses, o recuo foi de 9,8%. As exportações desses bens em dólares correntes, por sua vez, recuaram 4,6% no primeiro trimestre frente a igual período de 2015. Mas, ainda com isso, o saldo comercial registrou superávit. Já a fabricação de borracha e produtos plásticos registrou recuo de 15,7% em sua produção física em janeiro-março. Suas vendas externas em dólares correntes de borracha e produtos plásticos diminuíram 0,8% no primeiro trimestre, com agravante de ter sido o quarto ano seguido de queda nesse período do ano. O saldo comercial desses itens observou déficit de US$ 315 milhões.
Baixa Intensidade Tecnológica. A produção da indústria de baixa intensidade tecnológica diminuiu 5,3% no primeiro trimestre vis-à-vis igual acumulado de 2015. Com tal queda, o patamar em que ficou foi o pior registrado para janeiro-março desde 2003. Em março, a queda foi de 4,7%. Em doze meses, a variação atingiu -5,6%. O saldo das mercadorias tipicamente produzidas por atividades dessa faixa, de US$ 8,6 bilhões, no primeiro trimestre continua como o único superavitário dentre os quatro segmentos por intensidade tecnológica. Apesar de ser o maior superávit para janeiro-março desde 2013, houve retrocesso de 1,9% nas exportações.
O agrupamento de ramos dessa faixa de maior porte, as indústrias de alimentos, bebidas e de fumo produziu 5,0% menos no primeiro trimestre do que em igual acumulado do ano anterior. Em março sua produção ficou quase estável, variando -0,2%. Em doze meses, teve queda de 2,9%. Suas mercadorias têm sido as principais responsáveis pelo superávit comercial dos bens típicos do segmento de baixa intensidade tecnológica, com saldo positivo de US$ 6,7 bilhões no quarto inicial de 2016. Entretanto tal resultado positivo ficou aquém do registrado no mesmo período dos anos de 2012, 2013 e de 2014. Para agravar, as exportações desses produtos em dólares correntes diminuíram 2,5%.
Outro conjunto de atividades cujos produtos típicos registram superávits é aquele constituído de bens oriundos das indústrias madeireira, de papel e celulose, gráficas e afins. Este logrou superávit no primeiro trimestre maior do que no ano anterior, US$ 1,5 bilhão, embora abaixo do logrado no mesmo período de 2013 e de 2014. Para tanto, colaborou o acréscimo de 5,0% nas exportações em dólares correntes. Tal número contrasta com a queda de 5,0% na produção física em janeiro-março. A queda na comparação entre meses de março foi ainda maior: 6,3%. Em doze meses, maior ainda: queda de 6,9%.
Os outros dois ramos são caracterizados por serem mais intensivos em força de trabalho que os demais de baixa intensidade. Ambos apresentaram déficit em janeiro-março. As atividades de fabricação de manufaturados não especificados noutras indústrias e de produtos reciclados registraram saldo comercial negativo de US$ 224 milhões no primeiro trimestre. Mais do que o déficit, também chama a atenção o recuo de 4,1% das exportações. Sua produção física caiu 14,1% no quarto inicial de 2016 frente o mesmo acumulado de 2015, queda puxada pelo mês de março, com recuo de 15,4%. Em doze meses, sua produção retrocedeu 8,7%. O conjunto das indústrias têxtil, de vestuário, calçados e artigos de couro sofreu queda na produção física de 11,2% na comparação entre acumulados do ano até março. No contraponto entre meses de março, a produção declinou 10,3%. Em doze meses, o retrocesso chegou a 12,0%. Pari passu, o déficit de seus produtos típicos ficou em US$ 123 milhões em janeiro-março de 2016, menor do que os déficits dos cinco anos anteriores. Infelizmente tal melhora não decorreu das exportações em dólares correntes, estas declinaram 11,0% em janeiro-março, queda que concorreu para a retração da produção.