Carta IEDI
Balanço do Primeiro Semestre
Sumário
O quadro geral da economia continua muito complicado, mas ao que parece o resultado do primeiro semestre deste ano não foi tão ruim quanto o do final do ano passado. Essa trajetória foi, em boa medida, resultado do arrefecimento da crise do setor industrial, com o patamar de queda da sua produção física se retraindo fortemente. Já os outros dois importantes setores da economia, o comércio e os serviços, não tiveram tanta sorte, muito embora não se possa negar que sua atividade venha mostrando sinais de que o “fundo do poço” tenha sido atingido.
Não por acaso o resultado do índice de atividade econômica do Branco Central (IBC-Br), que estima a evolução mensal do PIB, registrou queda de 5,4% no acumulado de janeiro a junho de 2016, o que significa uma estabilização frente ao segundo semestre de 2015 (-5,8%).
Na indústria, o nível de queda recuou de -11,5% para -6,7% entre o primeiro e o segundo trimestres de 2016, sempre em relação ao mesmo período do ano anterior. Com isso, o semestre fechou em declínio de 9,1%, um pouco abaixo dos -10,4% do segundo semestre de 2015.
Dois segmentos industriais têm sido centrais para esse desempenho do setor: bens de capital, cujas perdas trimestrais puderam ser reduzidas em junho (-10,6%) a 1/3 do que eram no final de 2015 (-31,9%), e bens de consumo semi e não duráveis, que caminham para um retorno do crescimento (-0,5% no 2º trim/2016).
Em termos regionais, em alguns casos os níveis de queda já recuaram bastante, sobretudo, nos maiores polos industriais do país, como em São Paulo. Sua retração foi de -3,7% no segundo trimestre de 2016, depois de ter caído mais de 10% ao longo dos quatro trimestres anteriores. Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e também o Nordeste como um todo seguiram trajetória semelhante.
No varejo, as quedas nas vendas reais no conceito restrito têm se mantido praticamente na mesma faixa: -6,9%, -7,0% e -7,1% no último trimestre de 2015 e nos dois primeiros de 2016. Mas, o resultado no acumulado dos primeiros seis meses de 2016 (-7,0%) ainda foi um pouco pior do que o do segundo semestre de 2015 (-6,4%).
Apesar disso, as vendas daqueles segmentos do varejo que já tinham caído muito em 2015 começaram a mostrar alguma moderação em 2016, desde o primeiro trimestre do ano, como no caso de veículos e autopeças (-19,9% no 2º sem/2015 e -13,7% no 1º sem/16), ou apenas no segundo trimestre, como no caso de tecidos, vestuário e calçados (-13,3% no 1º trim/2016 e -9,1% no 2º trim/2016) e de móveis e eletrodomésticos (-17,0% e -11,8% nos mesmos trimestres). Depois de tanta retração, vai ficando difícil não retomar alguns desses gastos.
Outros segmentos do varejo apenas estabilizaram suas perdas, como o de supermercados, alimentos, bebidas e fumo (-3,2% no 2º sem/2015 e -3,6% no 1º sem/2016), enquanto alguns continuaram piorando, como em outros artigos de uso pessoal e doméstico, que incluem as vendas das lojas de departamento (-5,7% e -12,3% na mesma comparação).
No setor de serviços, por sua vez, o retrocesso de faturamento real está em desaceleração, mas ela é muito lenta: -5,7% no quarto trimestre de 2015, para -5,0% e -4,7% nos dois trimestres de 2016, respectivamente. Por essa razão, o resultado do primeiro semestre de 2016, de -4,9%, é um pouco melhor que o da segunda metade de 2015 (-5,9%), mas ainda assim pior do que o do início de 2015 (-3,9%), quando o setor entrava em crise.
Na origem dessa trajetória do setor de serviços estão os serviços às famílias, que voltaram a cair mais no segundo trimestre (-5,8%) do que no primeiro (-3,2%), e as quedas acentuadas do faturamento real dos serviços profissionais e administrativos (-6,8% e -6,3% nos dois primeiros trimestres de 2016). O segmento de transportes reúne esses dois movimentos, isto é, quedas intensas e piora recente (-5,2% e -6,7% nos mesmos trimestres). Apenas o segmento de informação e comunicação reduziu suas perdas(-4,4% e -2,4% em igual período).
Essa mudança de velocidade da crise entre os grandes setores da economia pode ser creditada ao fato de a indústria ter encontrado uma válvula de escape para sua crise no comércio exterior, ajudado em muito por um patamar de câmbio mais competitivo na entrada de 2016. Ainda que as exportações não consigam, sozinhas, relançar a indústria são um estímulo importante à recuperação da produção, inclusive porque vêm acompanhadas de um processo de substituição de importações também favorecido pelo câmbio.
Já o setor de serviços e o comércio estão mais sujeitos à evolução interna do emprego e da renda das famílias, bem como do crédito, que não vêm apresentando sinais fortes o suficiente de uma mudança em seus quadros declinantes. Como o dinamismo da economia ainda é baixo e as empresas enfrentam dificuldades, estas também não estão em posição de puxar, no curto prazo, esses setores para uma situação menos dramática.
Caso o câmbio continue se apreciando, a indústria poderá perder sua principal fonte de dinamismo atual, ficando mais exposta aos desdobramentos negativos da crise do comércio e dos serviços.
Indústria. Os dados da produção industrial do primeiro semestre de 2016 mostram que a crise do setor perdeu força e em determinados setores vai, inclusive, dando lugar a alguma recuperação, como analisou a Carta IEDI n. 744. Na série com ajuste sazonal, os meses de alta da produção predominam em 2016, a exemplo de junho, em que houve crescimento de 1,1% frente a maio.
Apesar disso, a indústria continua com o pior desempenho entre os grandes setores da economia, acumulando um declínio de 9,1% nos primeiros seis meses do ano. Em seguida, vem o comércio varejista, cujas vendas reais caíram 5,3% no mesmo período. Já o setor de serviços vem conseguindo manter retrações menos agudas que os demais setores, mas o resultado de seu faturamento real de -4,9% no primeiro semestre indica que a diferença da magnitude da crise em relação ao comércio varejista foi reduzida em relação ao que foi visto em 2015 (-3,6% para os serviços e -4,3% para o varejo).
O que se pode concluir, então, dessas evoluções é que a economia nacional continua muito fragilizada, ainda presa em um patamar recessivo dos mais graves, a despeito dos sinais iniciais de moderação das perdas industriais.
Enquanto as taxas de declínio da produção industrial recuaram de -11,5% no primeiro trimestre para -6,7% no segundo trimestre de 2016, o ritmo de agravamento das quedas das vendas reais do varejo parece ter estancado, mas elas continuam em suas piores marcas: -7,0% e -7,1% nos dois trimestres de 2016, frente ao mesmo período do ano anterior. O mesmo ocorreu em serviços, cujo faturamento real declinou -5,0% no primeiro trimestre e -4,7% no segundo trimestre do ano. Como comércio e serviços são setores muito empregadores, a estabilização de sua crise nesses patamares de perdas elevadas impõe risco à moderação da crise industrial ao contribuir para o aumento do desemprego e, consequentemente, para a queda do consumo.
Três macrossetores da indústria vem garantindo a moderação da crise do setor nesse primeiro semestre de 2016. O destaque vai para a produção de bens de capital, onde existe uma clara tendência de redução das perdas ao longo de todo o semestre, uma vez que apresentava variações em torno de -30% na segunda metade de 2015, mas em junho caiu apenas 3,9% frente ao mesmo período do ano anterior. Na variação trimestral, por sua vez,suas perdas puderam ser reduzidas a 1/3 do que já foram: -31,9% no 4º trim/2015, -28,7% no 1º trim/2016 e -10,6% no 2º trim/2016).
Bens intermediários e bens de consumo semi e não duráveis se não ajudaram muito a reduzir as quedas, ao menos pararam de puxar o desempenho geral para baixo. Bens intermediários apresentaram relativa estabilização do ritmo de perdas em torno de -7,5% entre abril em junho, um patamar mais moderado do que nos meses anteriores. Por isso, a perda no segundo trimestre de 2016 (-7,5%) foi menor do que aquela do primeiro trimestre do ano (-10,3%).
Já a produção de bens de consumo semi e não duráveis, que vinha melhorando, chegando a apresentar uma variação positiva em abr/16 contra abr/15 (+2,5%), desde em maio (-2,1%) voltou para o terreno negativo, mas sem sinais de piora adicional (-1,9% em jun/16 contra jun/15). Ainda assim, o segundo trimestre de 2016 aponta para um retorno do crescimento (-0,5%.
Em bens de consumo duráveis, contudo, as quedas têm sido expressivas, superando -20% desde outubro de 2015, à exceção de maio (-17,4%) e de junho (-6,9%) do presente ano. Com isso, cria-se a expectativa de que estes resultados dos dois últimos meses se tornem o início de uma trajetória de recuperação
Esse comportamento de arrefecimento da crise industrial também pode ser visto mais claramente em algumas localidades, inclusive nos grandes centros industriais do país. No acumulado do primeiro semestre, frente a igual período do ano anterior, as quedas ainda prevalecem na maioria das localidades pesquisadas pelo IBGE, mas se tornaram menos agudas do que no segundo semestre de 2015, a exemplo de São Paulo (-8,6% contra -13,0% respectivamente) e dos estados da região Sul, com destaque para o Rio Grande do Sul (-4,4% contra -13,4%). Para o total do país, a moderação foi de -10,4% para -9,1% nesse período.
As variações trimestrais permitem identificar melhor as trajetórias regionais. Em alguns casos, a moderação da crise já foi capaz de produzir patamares de queda bastante inferiores ao que vinha tendo em 2015. Isso vem ocorrendo nos principais centros industriais. A retração da indústria paulista, que ainda é o grande centro da produção do país, foi de -3,7% no segundo trimestre de 2016, depois de ter caído mais de 10% ao longo dos quatro trimestres anteriores.
Minas Gerais, Rio de Janeiro e também o Nordeste como um todo seguiram trajetória semelhante. Nos dois primeiros trimestres de 2016, o declínio da produção de Minas cedeu de -12,1% para -5,5%, respectivamente, e o do Rio de -10% para -6,6%, sempre em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no Nordeste, o recuo foi de -4,3% para -1,6% nesses trimestres.
Em outros casos, a trajetória de moderação é ainda mais promissora, pois veio acompanhada de um retorno ao campo positivo no mês de junho. Exemplo disso é o Rio Grande do Sul, cuja produção industrial saiu de um patamar de queda de -14,3% no último trimestre de 2015 para -8,6% e -2,4% nos dois primeiros trimestres de 2016. Em junho, apontou alta de 3,2% frente ao mesmo mês do ano anterior. Santa Catarina também teve uma evolução semelhante a esta (-9,6%, -8,6% e -3,5% nos três últimos trimestres e +0,6% em jun16/jun15).
Mas, há também localidades que ainda não foram capazes de deixar para trás quedas substantivas a despeito da moderação recente, como o Amazonas, onde a indústria chegou a cair 23,6% no último trimestre de 2015 e 21,3% no primeiro de 2016. O recuo para um patamar de -11,8% neste segundo semestre não é desprezível, mas também indica que a situação continua muito complicada para a indústria do estado. O mesmo ocorre na indústria do Espírito Santo, que caiu 22,3% e 22,9% nos dois trimestres de 2016.
Comércio. O desempenho do varejo neste primeiro semestre de 2016 não é muito animador. A despeito da obtenção de algumas taxas positivas na série com ajuste sazonal, como o módico 0,1% em junho para o varejo restrito, as quedas superam as altas. Se considerarmos o volume de vendas de automóveis e materiais de construção (conceito ampliado), o resultado de -0,2% de junho perfaz a quinta taxa negativa do semestre.
De fato, essa evolução não causa estranhamento já que as forças por detrás do desempenho do varejo, isto é, as condições do emprego, da renda, do crédito e da inflação, não têm contribuído e, ao que parecem, não devem mudar muito nos próximos meses. Isso significa dizer que dificilmente o segundo semestre do ano será muito melhor do que este primeiro.
A leitura mais otimista que é possível fazer dos dados do IBGE é que o ritmo de piora das vendas do comércio restrito se estabilizou, mas isso não quer dizer que as quedas não sejam profundas. Frente ao mesmo período do ano passado, os resultados do último trimestre de 2015 e dos dois primeiros de 2016 foram -6,9%, -7,0% e -7,1%, respectivamente, um sinal de estabilização da taxa de declínio. Desde o início do levantamento do varejo nacional, em 2001, nunca houve uma sucessão de trimestres tão ruins.
Na comparação dos semestres, ainda há deterioração, mas também em um ritmo menos intenso: -2,2%, -6,4% e -7,0%, nos dois semestres de 2015 e neste primeiro de 2016, respectivamente. Em boa medida isso tem sido provocado pela estabilização, ou mesmo moderação, das perdas daqueles segmentos do varejo que foram os primeiros alvos de ajustamento do orçamento das famílias.
O segmento de tecidos, vestuário e calçados, cujas vendas caem sistematicamente desde o segundo trimestre de 2014, ultrapassando a faixa de -10% no final do ano passado, é um desses casos. A retração de 11,1% no primeiro semestre de 2016 ficou praticamente no mesmo nível do segundo semestre de 2015 (-11,5%).
Outro exemplo é o segmento de móveis e eletrodomésticos, muito prejudicado pela contração do crédito e pelo receio das famílias do desemprego. O volume de suas vendas, em retração desde o terceiro trimestre de 2014, atingiu um resultado de -16,7% no último semestre de 2015 e, agora em 2016, de -14,5%. Existe moderação, mas ela é pouco significativa diante desse patamar de queda.
Já as vendas de supermercados, alimentos e bebidas, que pesam bastante no desempenho do varejo, acumularam perdas de 3,2% no último semestre de 2015 e de 3,6% neste primeiro semestre de 2016. A pesar de sua essencialidade, as estratégias das famílias em substituir produtos e marcas por similares mais baratos parecem ter chegado no limite, diante de uma inflação de alimentos que teima a subir acima do IPCA geral. O impacto sobre o volume de vendas do segmento tem sido mais forte ultimamente (-4,4% no 2º trim./2016).
O segmento de veículos e autopeças, o primeiro a entrar em crise já no final de 2013, ainda está longe de reverter suas perdas, mas ao menos conseguiu arrefece-las um pouco, ainda que marginalmente: de -19,9% no segundo semestre de 2015 para -13,7% no primeiro de 2016. Isso foi determinante para a desaceleração da queda do comércio varejista no conceito ampliado, de -10,7% para -9,3% nesse mesmo período.
Os demais setores, cujas vendas começaram a cair mais recentemente, ainda estão numa clara trajetória de piora. É o caso de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com retração de -5,7% no segundo semestre de 2015 e de -12,3% agora em 2016. Ainda que em menor intensidade, o mesmo vale para equipamentos de escritório e informática (-11,9% e -16,2%, respectivamente), combustíveis (-8,9% e -9,8%), livros, jornais e papelaria (-13,9% e -17,0%) e material de construção (-11,9% e -13,0%).
Mesmo artigos farmacêuticos, ortopédicos e de perfumaria, que mantinham crescimento do volume de vendas, sucumbiram no segundo trimestre de 2016 (-2,0% frente ao mesmo período do ano anterior). Com isso, a alta de 1,1% no segundo semestre de 2015 caiu para apenas 0,2% neste primeiro semestre de 2016.
Serviços. O setor de serviços sofreu, em junho, mais um mês de queda do faturamento real, -0,5% frente a maio com ajuste sazonal. 2016 vai se mostrando, assim, um ano de aprofundamento da crise do setor. Ainda que haja um movimento geral de certa moderação nesses primeiros meses do ano em relação ao final de 2015, em seus segmentos vemos um leque de tendências que não estão muito bem delineadas.
Antes de tratarmos do desempenho dos seus diferentes segmentos, cabe uma breve retrospectiva da crise do setor. Puxado principalmente pelos serviços prestados às famílias, mas também pelos serviços às empresas, o faturamento real passou a ter uma trajetória de declínio a partir do início de 2015, mas em um ritmo muito aquém da piora da crise na indústria e no comércio varejista. Isso retardou o agravamento do desemprego no país.
Mesmo assim, o ano de 2015 se encerraria com praticamente todos os segmentos de serviços em queda, fazendo com que o faturamento do setor como um todo caísse 5,9% no segundo semestre de 2015. No primeiro semestre de 2016, houve uma moderação de perdas, que recuaram para -4,9%, frente ao mesmo período do ano anterior.
Com essa queda de -4,9%, os serviços permanecem com a menor taxa de retração entre os grandes setores da economia, mas se aproximam da magnitude da crise do varejo (-5,3% de queda nas vendas reais no 1º semestre de 2016). A indústria, como se sabe, a despeito dos sinais de estabilização, continua liderando a recessão da economia brasileira, com um resultado de -9,1% de sua produção real na primeira metade do ano.
A desaceleração da crise do total do setor de serviços no primeiro semestre de 2016 esconde trajetórias distintas de seus grandes segmentos. Uma grande fonte de preocupação vem de serviços prestados às famílias, que tinham reduzido pela metade sua queda na passagem do último trimestre de 2015 (-6,3%) para o primeiro de 2016 (-3,2%), mas voltaram a apresentar piora no segundo trimestre deste ano: -5,8% frente ao mesmo período do ano anterior.
Na mesma situação encontra-se o segmento de transportes e correios, cuja retração de -6,7% no segundo trimestre de 2016 superou os -5,2% do primeiro trimestre. Ao menos, essa piora não se deve ao transporte terrestre, bastante expressivo no segmento e estreitamente relacionado com o nível de atividade da economia. Este subsegmento estabilizou suas perdas (ainda elevadas) em -9,7% nos dois trimestres de 2016.
Quem contribuiu para o agravamento da retração em transportes e correios foram os serviços de transporte aéreo e aquaviário, que só agora entraram em crise. No segundo trimestre do ano, o faturamento real declinou -3,5% (+4,7% no 1º trim. 2016) para o transporte aquaviário e -0,4% (+12,4% no 1º tri. 2016) para o transporte aéreo.
Já o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares (que em boa medida são prestados às empresas) é um exemplo de setor que parece estar estabilizando suas taxas de retração. Estas alcançaram -6,8% e -6,3% em cada um dos dois trimestres do ano. O patamar de queda é desconfortável, não há dúvida, mas é um pouco menor do que aquele do último trimestre de 2015 (-7,6%).
Serviços de informação e comunicação, por sua vez, cujo quadro tinha se agravado bastante no primeiro trimestre do ano (-4,4%), acusou moderação no segundo trimestre, trazendo seu patamar de queda (-2,4%) de volta para aquele do final de 2015 (-2,6%). Todos seus subsegmentos acompanharam esse movimento geral, mas vale notar que um deles, os serviços de tecnologia da informação, conseguiu voltar a crescer no segundo trimestre (+1,4%). Este foi o único caso de taxa positiva no período.
Por fim, o resultado dos serviços de turismo piorou e muito no segundo trimestre, chegando a -4,4%, depois de uma quase estabilidade trimestre anterior (-0,1%). É bem provável que este seja mais um dos efeitos negativos da valorização do câmbio na primeira metade do ano, voltando a estimular as viagens internacionais em detrimento do turismo interno.