Carta IEDI
Sem Forças
Os resultados da indústria, do comércio e dos serviços em setembro de 2016 confirmaram que o terceiro trimestre do ano foi bastante difícil para esses setores, com o predomínio de quedas em todos eles. Mesmo a indústria, que cresceu em setembro na série com ajuste sazonal, não conseguiu compensar o declínio dos dois meses anteriores. O comércio e os serviços, por sua vez, fecharam o trimestre no negativo.
Dada a importância desses três setores, a perspectiva é que o nível geral de atividade econômica tenha voltado a recuar de forma mais substancial no trimestre. O quadro atual da economia brasileira lembra em diversos aspectos aquele retratado pela primeira Carta IEDI, divulgada em maio de 2002. Por essa razão, empregamos o mesmo título de outrora: Sem Forças.
De fato, faltam forças dinamizadoras que coloquem a economia nos trilhos da recuperação. O que valia em 2002 também vale agora: o consumo está fraco, o crédito, travado, as exportações, em declínio e o investimento em “compasso de espera” de juros mais baixos, de menor capacidade ociosa e de alguma reação da demanda. Uma diferença importante é que a crise atual já se arrasta por muito mais tempo.
Conforme o IBC-Br, divulgado pelo Banco Central e que funciona como uma proxy do PIB, a economia no terceiro trimestre perdeu ainda mais força. A retração do terceiro trimestre de 2016 chegou a 0,8% frente ao trimestre anterior, já descontados os efeitos sazonais. Este patamar de queda é o dobro daquele verificado no segundo trimestre do ano.
Setorialmente, em comparação com o ano passado, setembro foi um mês de retração tanto para a indústria (-4,9%) como para comércio (-5,9%) e serviços (-4,9%). Com isso, o terceiro trimestre também fechou em queda em todos estes setores. Contudo, no caso da indústria, houve alguma moderação das perdas, dado que a base de comparação foi ficando muito baixa. Já no caso do comércio e dos serviços mal se pode falar em arrefecimento.
• Indústria: -11,5% no primeiro trimestre de 2016, -6,6% no segundo trimestre e
-5,5% no terceiro trimestre, sempre em relação ao mesmo período do
ano passado.
• Comércio varejista restrito: -7,0%, -6,9% e -5,7%.
• Comércio varejista ampliado (considera veículos e material de construção):
-9,4%, -9,2% e -9,0%.
• Serviços: -5,0%, -4,7% e -4,4%.
Na indústria, o macrossetor que vem assumindo mais claramente a trajetória de moderação foi bens de capital. Bens de consumo semi e não duráveis, por sua vez, que se aproximavam mais da saída da crise voltaram a um nível de contração semelhante ao do início do ano. Já bens intermediários e bens de consumo duráveis reduziram expressivamente suas quedas, mas elas permanecem em níveis muito elevados.
Em termos regionais, a despeito da disseminação de variações negativas, as trajetórias trimestrais indicam um quadro não tão desastroso como o do final do ano passado em muitas regiões. Dentre elas estão, inclusive, aquelas onde a estrutura industrial é mais diversificada e moderna.
É o caso de São Paulo (-1,7% no terceiro trimestre de 2016), cujo peso na indústria nacional faz de sua redução de perdas um fato importante, mas também do Rio de Janeiro (-3,3%), Minas Gerais (-3,8%), Paraná (-4,1%), Santa Catarina (-1,1%) e, em menor medida, do Rio Grande do Sul (-4,6%). São Paulo e Santa Catarina também chamam atenção porque seus resultados do terceiro trimestre se aproximaram muito da estabilidade, isto é, no estágio em que as quedas cessam.
No comércio, se houve alguma moderação no terceiro trimestre ela foi muito limitada e abarcou apenas o comércio restrito, muito em função das vendas de alimentos e bebidas. No conceito ampliado (que inclui as vendas de automóveis, autopeças e material de construção), não se pode nem mesmo falar em moderação.
Entretanto, não existem sinais consistentes de moderação em quase metade dos setores do comércio, como em combustíveis; tecidos, vestuário e calçados; outros artigos de uso pessoal e automóveis e autopeças. Estes são segmentos que se encontram presos em patamares muito elevados de queda, geralmente superando dois dígitos.
O único setor do varejo que pode estar passando por uma moderação mais pronunciada é o de supermercados, alimentos, bebidas e fumo, em função do arrefecimento da inflação nos últimos meses. Ainda assim, é muito recente a redução do patamar de queda no terceiro trimestre (-1,9%), que veio após um segundo trimestre (-4,0%) particularmente ruim para as vendas desse setor.
Já em serviços quem vem assumindo um arrefecimento das perdas de forma mais nítida são os serviços de informação e comunicação, cujo desempenho do faturamento real nos três trimestres de 2016 foi de: -4,4%, -2,4% e -1,2%, em ordem, sempre em relação ao mesmo período do ano anterior. Outro segmento com melhora relativa foi o de outros serviços, que reúne um conjunto bastante amplo de atividades.
Quanto aos serviços prestados às famílias, continua difícil falar em melhora, já que o nível de retração continua expressivo: -4,0% no terceiro trimestre de 2016, depois de uma queda de 5,8% no segundo trimestre e de -3,2% no primeiro. O mesmo pode ser dito dos serviços profissionais, administrativos e complementares prestados às empresas: -6,8%; -6,3% e -4,2%, nos três trimestres de 2016, respectivamente.
Ainda mais preocupante, devido à sua aderência ao ciclo econômico, foi o resultado do segmento de serviços de transporte e correios, que atingiu sua pior marca no trimestre findo em set/16: -8,9%, depois de um declínio de 5,2% no primeiro e de -6,7% no segundo trimestre.
Concluídos esses três trimestres, já pode ser aferido o significado do corrente ano para os três grandes setores da economia. Para indústria, 2016 é um ano de atenuação da crise, mas infelizmente não tanto quanto se poderia esperar. No acumulado do ano até setembro, a queda da produção chega a 7,8%, não muito distante do resultado de 2015 como um todo (-8,3%).
Para o comércio e os serviços o quadro é de agravamento. As vendas reais do varejo (restrito) acumulam até setembro de 2016 declínio de -6,5% contra -4,3% em 2015, enquanto o faturamento real do setor de serviços cai -4,7% no acumulado de 2016, depois de ter recuado -3,6% no ano passado.
Indústria
O resultado positivo da indústria em setembro, de apenas 0,5% frente a agosto com ajuste sazonal, compensou muito parcialmente o declínio verificado nos dois meses anteriores, tendo sido produzido pelo crescimento de poucos setores. Além disso, houve alta da produção em somente 9 dos 28 setores pesquisados pelo IBGE e em apenas dois dos quatro macrossetores, 1,2% em bens intermediários e 1,9% em bens de consumo duráveis. Bens de capital caíram 5,1% e bens intermediários, 1,2%.
Ainda na comparação com ajuste sazonal, o aumento da produção em setembro foi acompanhado por variações positivas em 9 das 14 localidades pesquisadas pelo IBGE. Porém, a maior parte delas ficou muito próxima de zero e aquelas que conseguiram um dinamismo maior apenas compensaram parcialmente o forte recuo de agosto.
Os resultados frente ao mesmo período de 2015 também mostram um quadro ainda muito complicado para a indústria, já que no acumulado do ano a perda de produção chega a -7,8%, dando o tom a crise em 2016. Vale lembrar que a industrial geral caiu 8,3% no ano de 2015 como um todo.
Ainda assim, vem ocorrendo alguma moderação dos patamares de declínio da produção. Nos três trimestres de 2016, o declínio industrial recuou de -11,5% para -6,6% e, agora, -5,5%, respectivamente. Isso ocorre devido a uma base de comparação muito baixa, já que as perdas da indústria se agravaram muito no segundo semestre do ano passado.
Dentre os macrossetores, aquele que melhor exemplifica esse movimento de moderação da crise é o de bens de capital: -28,1% no primeiro trimestre de 2016, -10,0% no segundo e -4,5% no terceiro trimestre, sempre em relação ao mesmo período do ano anterior. Bens de consumo semi e não duráveis, que se aproximavam mais claramente da saída voltaram a um nível de contração semelhante ao do início do ano: -4,1% no primeiro trimestre, -0,5% no segundo e -4,6% no terceiro trimestre.
Bens intermediários e bens de consumo duráveis, por sua vez, reduziram expressivamente suas quedas, mas elas permanecem em níveis muito elevados. No primeiro caso, cujas quedas trimestrais foram de -10,3%, -7,3% e -5,3% em 2016, essa situação reflete o baixo dinamismo da economia como um todo, já que produz insumos para outros setores industriais, para agropecuária, construção etc. No segundo caso, que caiu 11,2% no terceiro trimestre, depois de retrações de -27,4% e -16,8% nos dois anteriores, é difícil pensar numa reversão do quadro com o crédito se contraindo no ritmo em que está e com os juros tão elevados.
Em termos regionais, o desempenho do terceiro trimestre de 2016, frente a igual período do ano anterior, também não foi bom. Houve queda da produção em quase todas as regiões, com apenas uma exceção, o Pará, cuja estrutura industrial muito especializada em atividades extrativas e com boa inserção internacional tem garantido uma blindagem em relação ao ambiente recessivo doméstico.
A despeito dessa disseminação das variações negativas, as trajetórias trimestrais indicam um quadro não tão desastroso como o do final do ano passado em muitas regiões. Dentre elas estão, inclusive, aquelas onde a estrutura industrial é mais diversificada e moderna, aumentando as chances de que as os efeitos de encadeamento entre os setores industriais possam assegurar alguma resiliência a essas trajetórias.
Este é o caso de São Paulo (-1,7% no terceiro trimestre de 2016), cujo peso na indústria nacional faz de sua redução de perdas um fato importante, mas também do Rio de Janeiro (-3,3%), Minas Gerais (-3,8%), Paraná (-4,1%), Santa Catarina (-1,1%) e, em menor medida, do Rio Grande do Sul (-4,6%). Em muitas destas localidades, as retrações eram de dois dígitos no último trimestre de 2015 ou no primeiro de 2016 e agora encontram-se abaixo da queda do total da produção industrial do país (-5,5%).
São Paulo e Santa Catarina também chamam atenção porque seus resultados do terceiro trimestre se aproximaram muito da estabilidade, isto é, no estágio em que as quedas cessam. Como a base de comparação dos próximos meses é muito baixa, é possível que essas localidades venham a evitar a região negativa no final do ano.
O Amazonas foi outro caso de redução importante do ritmo de contração da produção industrial (-7,7% no terceiro trimestre). Porém, diante da gravidade da sua situação em 2015, chegando a cair 23,7% no último trimestre frente a igual período do ano anterior, ainda há muito o que melhorar para atingir um patamar de queda menos preocupante. Por hora, a indústria amazonense está muito longe da estabilidade.
Em contrapartida, continuam gerando alguma apreensão os resultados das indústrias do Nordeste e do Espírito Santo. A indústria capixaba não demonstra nenhum sinal de melhora relativa. Muito pelo contrário, continua presa em um patamar intenso de declínio ainda devido aos efeitos do rompimento da barragem de Mariana sobre suas atividades extrativas. Nos três trimestres de 2016, suas perdas foram de -22,3%, -22,9% e -21,6%, em ordem.
No Nordeste como um todo, a crise industrial em 2015 havia sido relativamente branda quando comparada a outras localidades. Em 2016, depois de um primeiro trimestre ruim (-4,4%), ensaiou uma moderação da queda no segundo trimestre (-1,7%), o que não se sustentou por muito tempo. Voltou a piorar no terceiro trimestre (-4,8%), muito em função do resultado da Bahia (-13,0%).
Comércio
Em setembro, o volume de vendas do comércio varejista voltou a incorrer em nova contração na série com ajuste sazonal. A queda foi de 1% frente a agosto, totalizando, com isso, resultados negativos por três meses seguidos. Fica aparente que o quadro do varejo não é animador. Em seu conceito ampliado, que leva em conta as vendas de automóveis, autopeças e materiais de construção, a queda foi de apenas 0,1% em setembro, mas em contrapartida já são sete meses seguidos de contração.
Com relação ao mesmo mês do ano anterior, os resultados de setembro foram de -5,9% no conceito restrito e de -8,6% no conceito ampliado, o que mostra que em 2016 o varejo continua apresentando quedas muito acentuadas. No acumulado do ano e em 12 meses até setembro, o desempenho varejista foi de -6,5% e -6,6% no conceito restrito, respectivamente, e de -9,2% e -10,0% no conceito ampliado.
Nesse estágio, em que falta pouco para o final do ano, já é possível prever que 2016 será pior para o varejo do que foi em 2015, quando houve declínio de 4,3% no conceito restrito e de 8,6% no conceito ampliado. Para o presente ano, as variações trimestrais ilustram bem a evolução das vendas reais: -7,0%; -6,9% e -5,7% no comércio restrito e -9,4%; -9,2% e -9,0% no comércio ampliado, sempre frente ao mesmo período do ano anterior.
O que se pode concluir dessas variações é que se houve alguma moderação no terceiro trimestre de 2016 ela foi muito limitada e abarcou apenas o comércio restrito, muito em função das vendas de alimentos e bebidas. No conceito ampliado, dado a magnitude das quedas, não se pode nem mesmo falar em moderação.
Dentre os setores do comércio, não existem sinais consistentes de moderação em quase metade deles, como em combustíveis; tecidos, vestuário e calçados; outros artigos de uso pessoal e automóveis e autopeças. Todos estes encontram-se presos em patamares muito elevados de queda, geralmente superando dois dígitos.
As vendas de combustíveis mantiveram-se praticamente com o mesmo patamar de retração nos três trimestres de 2016: -9,5%, -10,1% e -9,5%, em ordem. No caso de tecidos, vestuário e calçados, o declínio voltou a apresentar dois dígitos no terceiro trimestre (-11,7%), depois de uma relativa moderação na passagem do primeiro (-13,3%) para o segundo trimestre (-9,2%).
No caso de veículos, motos e autopeças a situação se agravou marginalmente trimestre após trimestre: -13,5%, -14,0% e -16,3% em cada um dos trimestres de 2016. Já no caso de outros artigos de uso pessoal e doméstico o que ocorre é um arrefecimento muito gradual insuficiente para reverter quedas profundas: -12,8%, -11,7% e -10,4%.
Mesmo naqueles setores onde há alguns sinais de moderação, eles aparecem muito recentemente e não são capazes de evitar que as vendas caiam de forma acentuada. É o caso de móveis e eletrodomésticos (-17,0%, -12,1% e -11,1% em cada um dos trimestres de 2016, em ordem), materiais de escritório, equipamentos de informática e de comunicação (-16,7%, -15,7% e -11,4%) e materiais de construção (-14,8%, -11,1% e -10,1%). Todos com quedas que superaram -10%, inclusive neste terceiro trimestre.
Já os volumes de vendas de livros, jornais e papelaria (-14,9%, -20,6% e -16,6%) e de artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria e cosméticos (+2,5%, -2,0% e -3,5%) estão claramente piorando cada vez mais. É preciso levar em conta, contudo, que no último caso, as vendas resistiram bem à crise econômica, tendo quedas sucessivas só a partir de abril de 2016.
O único setor que pode estar passando por uma moderação mais pronunciada é o de supermercados, alimentos, bebidas e fumo, muito provavelmente em função do arrefecimento da inflação nos últimos meses. Ainda assim, é muito recente a redução do patamar de queda no terceiro trimestre (-1,9%), que veio após um segundo trimestre (-4,0%) particularmente ruim para as vendas desse setor (a queda do primeiro trimestre foi de -2,8%).
Serviços
Os dados divulgados pelo IBGE mostram que em setembro o setor de serviços não se recuperou da significativa retração do mês anterior. As receitas reais do setor, que tinham caído 1,4% em agosto, na série com ajuste sazonal, apresentaram novamente uma variação negativa em setembro, de -0,3% frente ao mês anterior.
Diante da piora do emprego e da ausência de sinais consistentes de recuperação do rendimento salarial das famílias, não é de se estranhar a dificuldade do setor de serviços em reduzir suas perdas.
De fato, se considerarmos as variações frente ao ano anterior, os resultados em todas as comparações são muito semelhantes, indicando o patamar de queda em que o setor está preso: -4,9% frente a setembro de 2015; -4,7% no acumulado do ano e -5,0% no acumulado em doze meses até setembro de 2016.
A trajetória trimestral mostra algo semelhante, ainda que a situação no terceiro trimestre do corrente ano não esteja tão ruim como aquela da passagem de 2015 para 2016. A retração das receitas reais totais de serviços foi de 4,4% no trimestre findo em setembro último frente a igual período do ano anterior, mas tinha chegado a -5,0% e -4,7% nos dois primeiros trimestres do ano. Vem ocorrendo, então, uma moderação muito limitada das quedas. Alguns segmentos do setor de serviços, entretanto, conseguiram atenuar a queda de suas receitas ao longo desses nove meses de 2016, enquanto outros continuaram piorando.
Quem vem assumindo um arrefecimento das perdas de forma mais nítida são os serviços de informação e comunicação, cujo desempenho nos três trimestres de 2016 foi de: -4,4%, -2,4% e -1,2%, em ordem, sempre em relação ao mesmo período do ano anterior. Em grande medida isso se deveu ao seu componente de telecomunicações, cuja contração das receitas reais recuou de -4,0% para -1,7% entre o primeiro e o terceiro trimestre de 2016.
Outro segmento com melhora relativa foi o de outros serviços, que reúne um conjunto bastante amplo de atividades, tais como serviços de assistência técnica, serviços urbanos, agrícolas e imobiliários. Vale lembrar que esse segmento chegou a cair mais de 10% no final do ano passado, isto é, um patamar muito superior à queda de -2,0% no terceiro trimestre de 2016. Nos dois primeiros trimestres do ano corrente, seu resultado foi -3,8% e -3,9%, respectivamente, sempre frente a igual período de 2015.
Quanto aos serviços prestados às famílias, continua difícil falar em moderação, já que o nível de retração continua expressivo: -4,0% no terceiro trimestre de 2016, depois de uma queda de 5,8% no segundo trimestre e de -3,2% no primeiro. O desempenho no último trimestre em tela foi influenciado pelos serviços de alojamento e de alimentação (-4,8%), que costumam figurar entre os principais gastos a serem cortados pelas famílias quando estas se encontram com dificuldades financeiras. Em contrapartida, os demais serviços prestados às famílias voltaram a crescer no trimestre findo em set/16 (+1,1%).
Continuam igualmente em declínio acentuado os serviços profissionais, administrativos e complementares: -6,8%; -6,3% e -4,2%, nos três trimestres de 2016, respectivamente. Como se tratam em geral de serviços corporativos, esse desempenho sugere a adversidade da situação enfrentada pelas empresas no país. Ainda mais preocupante é que o componente desse segmento referente justamente aos serviços mais qualificados, aqueles de serviços técnicos-profissionais, tiveram seu pior resultado desde o início da crise neste terceiro trimestre de 2016 (-13,5%).
Também não traz bons indícios sobre o nível geral da atividade econômica do país o aprofundamento das quedas do segmento de serviços de transporte e correios, que atingiu igualmente sua pior marca no trimestre findo em set/16: -8,9%, depois de um declínio de 5,2% no primeiro e de -6,7% no segundo trimestre. O resultado deste terceiro trimestre deveu-se à retração das receitas de todos os seus componentes, mas o destaque fica por conta dos transportes terrestres (-10,6%) devido à sua aderência ao ciclo econômico.