Carta IEDI
A Indústria em Julho de 2017: um bom começo de semestre
A despeito da indústria iniciar bem o segundo semestre deste ano, seu dinamismo ainda pode ser considerado baixo, como evidencia o crescimento acumulado nos primeiros sete meses do ano, de apenas 0,8%. Ou seja, o setor está muito longe de compensar as perdas totais de quase 20% acumuladas nos anos de crise de 2014 a 2016.
O crescimento da indústria geral foi de 0,8% frente a junho, com ajuste sazonal, e de 2,5% frente a julho de 2016. Estes resultados, em ambas as comparações, estão dentre as maiores variações positivas do ano. Mas julho também foi um mês favorável à indústria por outras razões, apontadas a seguir.
Em primeiro lugar, vale notar que a alta de 2,7% frente a junho de 2016 contribuiu para que finalmente a indústria de transformação voltasse ao azul no acumulado de 2017. O crescimento ainda é muito baixo, de apenas 0,2% em janeiro-julho ante mesmo período do ano anterior, mas não deixa de ser digna de nota a ruptura de uma longa série de continuados declínios.
Em segundo lugar, a sequência de resultados positivos obtidos pela indústria como um todo, nos últimos meses, é bastante promissora. Na série com ajuste sazonal, já são quatro meses de altas sucessivas: +1,2%, +1,2%, +0,2% e +0,8% desde abril até julho. Na comparação interanual, por sua vez, são três meses de crescimento continuado: +4,1%, +0,6% e +2,5% entre maio e julho. A expansão parece estar se consolidando, embora fosse melhor se essas trajetórias apresentassem uma nítida aceleração.
Em terceiro lugar, o crescimento se mostrou relativamente disseminado, tanto do ponto de vista setorial, como do ponto de vista regional. Na série com ajuste, registraram crescimento em julho todos os macrossetores da indústria, 14 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE, assim como metade das localidades. Já na comparação interanual, além dos quatro macrossetores, foram 17 dos 26 ramos e 11 das 15 localidades com resultados positivos.
Dentre os macrossetores, os melhores desempenhos vêm sendo obtidos por bens de consumo duráveis e bens de capital. Isso cabe tanto aos resultados na margem, como na comparação interanual: +2,7% e +8,1%, respectivamente, para bens de consumo duráveis e +1,9% e +8,7% para bens de capital, em julho último.
Bens de consumo semi e não duráveis também conseguiram obter uma expansão expressiva na série com ajuste sazonal, de +2,0% frente a junho, e nada desprezível em relação ao mesmo período do ano anterior: +4,2%. A maior contribuição positiva para esta evolução veio do ramo alimentício, especialmente da produção de açúcar cristal e concentrado de suco de laranja, muito provavelmente sob influência do bom resultado da safra agrícola deste ano.
Quem menos tem avançado é a produção de bens intermediários que, em julho, cresceu apenas 0,9% frente a junho, já descontados os efeitos sazonais, e 0,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste caso, houve perda de dinamismo nos dois últimos meses de que temos notícias.
O quadro favorável para este início de semestre conta ainda com um avanço dos indicadores de confiança dos empresários, inclusive de seu componente que avalia a situação atual dos negócios. A contar pelo comportamento desses indicadores em agosto, o desempenho industrial de julho tem chances de se repetir.
Mas como nem tudo está garantido, vale observar que os níveis de estoque para alguns setores têm aumentado, a ponto de serem classificados pelos empresários como excessivos, segundo o levantamento da CNI para o mês de julho. É este o caso de, por exemplo, calçados, bebidas, papel e celulose e têxteis.
Resultados da Indústria
A indústria, em julho de 2017, cresceu 0,8% na comparação com junho, já descontados os efeitos sazonais. Com a revisão do dado de junho (de 0% para +0,2%), já são quatro meses consecutivos de alta na série com ajuste (+1,2% em abril, +1,2% em maio, +0,2% em junho e, agora, +0,8% em julho). Esta sequência de resultados positivos acumulou alta de 3,4%, o que mais do que compensa a perda mais intensa de março (-1,6%).
Já o desempenho industrial em comparação com julho de 2016 registrou crescimento de 2,5%. Esta foi a segunda melhor marca em 2017, ficando atrás apenas do mês de maio. Com isso, a trajetória que oscilava entre resultados positivos e negativos desde janeiro deu lugar a um movimento mais consistente, de altas sucessivas: +4,1%, +0,5% e +2,5% entre maio e julho.
Deste modo, a expansão no acumulado do ano avançou mais um pouco. No primeiro semestre do ano o crescimento havia atingido 0,6%; agora no total dos sete meses de 2017 o desempenho ficou em +0,8%. De todo modo, continua-se muito aquém do necessário para recompor as perdas que a indústria sofreu entre 2014 e 2016, algo próximo de -20%.
A trajetória de redução das perdas no acumulado em 12 meses também foi preservada, atingindo em julho de 2017 a marca de -1,1% frente ao mesmo período do ano anterior, o que consistiu no menor ritmo de queda desde junho de 2014 (-0,5%).
Em relação aos macrossetores, na comparação com maio, descontados os efeitos sazonais, todos registraram crescimento: bens de consumo duráveis (+2,7%), bens de consumo semi e não duráveis (+2,0%), bens de capital (+1,9%) e bens intermediários (+0,9%).
Os resultados de julho de 2017 frente a julho de 2016 foram igualmente positivos para todos os macrossetores: bens de capital (+8,7%), bens de consumo duráveis (+8,1%), bens de consumo semi e não duráveis (+4,2%) e bens intermediários (+0,6%).
O avanço em bens de capital de 8,7% ante julho de 2016 foi alavancado pela produção de bens de capital para equipamentos de transporte (+11,1%), devido, principalmente, à maior fabricação de caminhão-trator, caminhões e veículos para transporte de mercadorias. As demais taxas positivas foram registradas por bens de capital para uso misto (+20,7%), para construção (+35,2%), agrícola (+13,0%) e para fins industriais (+0,6%). O único impacto negativo foi assinalado pelo grupamento de bens de capital para energia elétrica (-7,5%).
Já o crescimento de 8,1% de bens de consumo duráveis se deveu, em grande medida, ao crescimento obtido pela fabricação de automóveis (+9,0%) e de eletrodomésticos da “linha marrom” (+19,7%), bem como pelos grupamentos de eletrodomésticos da “linha branca” (+6,1%) e de móveis (+11,4%). Dentre aqueles com queda, estiveram motocicletas (-6,3%) e outros eletrodomésticos (-3,4%).
O setor de bens de consumo semi e não-duráveis, que cresceu 4,2% ante julho de 2016, teve seu desempenho explicado, em grande parte, pela alta observada no grupamento de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (+5,4%), além dos subsetores de semiduráveis (+6,0%), de carburantes (2,7%) e de não-duráveis (+1,5%).
Por fim, o macrossetor de bens intermediários, por sua vez, cuja alta foi de apenas 0,6% frente a julho de 2016, viu avanços nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios (+6,4%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (+6,8%) e de máquinas e equipamentos (+8,4%), entre outros. As principais pressões negativas foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,0%), metalurgia (-3,8%), produtos de minerais não-metálicos (-3,6%), outros produtos químicos (-1,7%) e produtos de metal (-1,8%).
No acumulado dos primeiros sete meses de 2017, em relação ao mesmo período de 2016, houve expansão da produção em dois macrossetores: bens de consumo duráveis (+9,8%), seguido por bens de capital (+3,7%). As exceções ficaram por conta de bens de consumo semi e não duráveis (-0,5%) e bens intermediários (0%).
Por dentro da Indústria de Transformação
A expansão da produção industrial geral em julho (+0,8%) foi resultado do declínio de 1,5% da indústria extrativa, frente a junho de 2017, com ajuste sazonal, e da alta de 0,5% da indústria de transformação, nesta mesma comparação. Em relação a julho de 2016, o resultado da indústria de transformação foi de +2,7% e o do setor extrativista, de +1,2%. O avanço de 2,5% da indústria geral foi, então, produzido por ambos segmentos. Em julho, depois de três anos seguidos de retração, a produção da indústria de transformação logrou obter crescimento no acumulado de 2017: +0,2% frente janeiro-julho de 2016. Nesta mesma comparação a indústria extrativa registrou crescimento de 5,2%.
Frente a junho, na série com ajuste sazonal, o crescimento de 0,8% da indústria geral alcançou 14 dos 24 ramos pesquisados pelo IBGE. Os destaques positivos ficaram por conta de: produtos alimentícios (+2,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+1,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+5,9%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+4,8%) e móveis (+6,0%). Entre os dez ramos que reduziram a produção, os desempenhos de maior relevância para a média global foram assinalados por indústrias extrativas (-1,5%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-1,8%) e metalurgia (-2,1%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, em que a indústria geral apresentou alta de 2,5%, variações positivas marcaram o desempenho de 17 dos 26 ramos, 50 dos 79 grupos e 54,0% dos 805 produtos pesquisados. As maiores influências positivas vieram de produtos alimentícios (+6,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (+11,8%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+23,8%), máquinas e equipamentos (+7,8%), entre outros. Entre as nove atividades que apontaram redução na produção, as principais influências no total da indústria foram registradas por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,6%), metalurgia (-3,8%), outros equipamentos de transporte (-14,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,0%) e produtos de minerais não-metálicos (-3,5%).
No acumulado dos sete primeiros meses de 2017, frente a igual período do ano anterior, o crescimento de 0,8% da indústria geral foi acompanhado de resultados positivos em 13 dos 26 ramos, 40 dos 79 grupos e 51,4% dos 805 produtos pesquisados. As principais altas couberam a veículos automotores, reboques e carrocerias (+11,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+19,7%), máquinas e equipamentos (+3,1%), metalurgia (+2,5%), de produtos do fumo (+17,7%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (+4,9%). Entre as treze atividades com queda, os destaques vão para coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,1%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,8%), produtos de minerais não-metálicos (-4,8%), outros equipamentos de transporte (-12,0%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,5%), entre outros.
Exportação
Segundo os dados da Funcex, divulgados pelo IBGE conjuntamente com os resultados da produção industrial, o quantum das exportações de manufaturados no mês de julho de 2017 cresceu 6,9% frente a julho do ano passado. Com disso, melhorou o resultado no acumulado do ano: +2,5% frente a janeiro-julho de 2016. Esta foi a primeira aceleração do quantum de manufaturados desde março de 2017.
Em julho, as importações em quantum de matérias-primas cresceram novamente: +2,3% frente ao mesmo mês de 2016. No acumulado de janeiro-julho, houve, então, aumento considerável, de 10,0% frente a igual período do ano anterior. Em parte, este desempenho reflete, a taxa de câmbio em patamar mais apreciado do que em 2016 e a fase de crescimento da produção industrial, mas também está associado ao melhor desempenho de alguns setores, especialmente os de bens duráveis, com maior participação de insumos importados.
Utilização de Capacidade
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria de transformação, de acordo com a série da FGV com ajustes sazonais, foi de 74,7% em julho de 2017, ficando praticamente estável desde o início do ano. Em relação a junho do corrente ano, houve alta de 0,5 ponto percentual, com ajuste sazonal. O atual nível de utilização continua inferior à média histórica do próprio indicador (80%).
O indicador da CNI, a seu turno, também continua registrando um nível historicamente baixo da utilização da capacidade em julho de 2017: 77,4%, contra 81,3% na média desde jan/03. Na passagem de junho (77,1%) para julho houve um pequeno aumento de 0,3 ponto percentual, já descontados os efeitos sazonais.
Estes dados sugerem uma tênue melhora do quadro em relação ao final do ano passado, estando longe de retomar aos níveis de utilização pré-crise. Ademais, ao longo de 2017 não tem havido nenhuma tendência de aumento sucessivo da utilização da capacidade, tanto no caso do indicador da FGV, como no da CNI, que também tem sido marcado por alguma volatilidade. Antes de atingir os patamares mencionados anteriormente em julho, o indicador da FGV, que era de 73,7% no último trimestre de 2016, já havia avançado para 74,4% no primeiro trimestre de 2017, ficando praticamente estável no trimestre seguinte, em 74,5%. No caso do indicador da CNI a evolução foi de 76,4%, 77,3% e 77,0%, respectivamente.
A permanência da utilização da capacidade em níveis historicamente baixos e sem uma trajetória clara de melhora não é um bom indício para a evolução futura do investimento, isso porque máquinas e equipamentos atualmente ociosos deverão ser postos em funcionamento antes de os empresários pensarem em ampliar sua capacidade de produção. Em contrapartida, a existência de capacidade ociosa significa que existem plenas condições de oferta para garantir uma recuperação da atividade econômica sem pressões inflacionárias.
Estoques
De acordo com os dados da Sondagem Industrial da CNI, os estoques de produtos finais da indústria em julho de 2017 assinalaram índice de 51,1 pontos, o patamar mais elevado desde junho de 2015. Vale lembrar que o indicador acima de 50 pontos indica aumento dos estoques, por isso, o dado de julho último pode não ser um bom indício.
Este resultado em julho de 2017 foi condicionado pela indústria de transformação, cujo indicador de estoques ficou acima da marca dos 50 pontos, em 51,2 pontos. Já a indústria extrativa caiu abaixo dos 50 pontos pela primeira vez em 2017: 47,8 pontos.
Na avaliação dos empresários, depois de um mês de maio (49,8 pontos) com os estoques efetivos da indústria geral abaixo do nível planejado, o índice de satisfação da CNI voltou a ficar um pouco acima da marca dos 50 pontos tanto em junho (50,9 pontos) como em julho (51,0 pontos) de 2017, o que sinaliza para o fato de que os estoques efetivos têm ficado acima do planejado pelos empresários. No caso do setor extrativo, em julho, o indicador de satisfação dos estoques ficou em 46,7 pontos e no caso da indústria de transformação, em 51,1 pontos – depois de ter atingindo o nível de 49,8 pontos em maio.
Neste último grupo industrial, isto é, na indústria de transformação, 7 dos 27 ramos tiveram estoques iguais ou menores do que o planejado (50 pontos) em julho de 2017, como em outros equipamentos de transporte (36,8 pontos), produtos de metal (46,7 pontos), minerais não metálicos (46,9 pontos) e produtos químicos (47,7 pontos), entre outros. Cabe observar que o número de setores com índice igual ou abaixo de 50 vem caindo: de 19 em abril, para 16 maio e 14 em junho e, agora, 7 dos 27 ramos. Em contraste, constataram estoques efetivos acima do planejado os setores de calçados (57,2 pontos), bebidas (54,3 pontos), papel e celulose (53,6 pontos) e têxteis (53,4 pontos), entre outros.
Confiança e Expectativas
O Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação da CNI (ICEI), avançou para 53,2 pontos em agosto de 2017, compensando o recuo do mês de julho, que ficou em 51 pontos, o patamar mais baixo desde fev/17. De outubro-dezembro de 2016 para janeiro-março de 2017, seu patamar médio progrediu de 51,0 para 53,0 pontos, e, em seguida, para 53,2 pontos em abril-junho de 2017, mas voltou a 52,1 pontos no bimestre julho-agosto. A despeito disso, o indicador parece ter se consolidado em um patamar superior aos 50 pontos no corrente ano, o que indica uma melhora da confiança dos empresários.
Por sua vez, o Índice de Confiança da Indústria de Transformação da FGV, cujo patamar médio evoluiu de 85,7 pontos para 89,2 pontos do quarto trimestre de 2016 para o primeiro de 2017 e para 91,2 pontos no segundo trimestre, começou a segunda metade do ano em 90,8 pontos em julho, mas avançou para 92,2 pontos em agosto de 2017 (91,5 pontos no bimestre jul-ago). Assim, parte da deterioração da passagem de maio (92,3 pontos) a junho (89,5 pontos) foi recomposta integralmente. Então, o movimento continua favorável, especialmente, ao se considerar que o indicador se encontrava em 78,1 pontos em abril de 2016. Observa-se que, como o indicador ainda permanece abaixo da marca dos 100 pontos, a partir da qual a avaliação torna-se positiva, continua havendo certa insatisfação dos empresários com seus negócios.
O Índice de Expectativas da FGV para a indústria de transformação, na série livre de efeitos sazonais, atingiu 94,4 pontos em agosto, melhorando frente ao nível de julho (93,4 pontos). Frente a agosto de 2016 o avanço foi de 7,3 pontos. Já o indicador da CNI para as expectativas ficou em 56,2 pontos (+2,1 pontos frente a jul/17 e -0,2 pontos frente a ago/16).
Já o componente dos indicadores de confiança que expressa a avaliação das condições correntes encontra-se em níveis mais baixos, ainda que, de forma geral, tenha apresentando uma evolução favorável nos últimos meses. No caso da FGV, seu Índice da Situação Atual marcou, na série com ajuste, 90,0 pontos em agosto (+1,6 pontos frente a jul/17 e +5,5 pontos frente a ago/16). Esta foi a primeira vez que o indicador atinge a faixa dos 90 pontos desde maio de 2014. Assim, a sugestão é que o desempenho da produção da indústria de transformação em agosto possa a ser mais favorável do que a de julho. No caso da CNI, a indicação foi na mesma direção, já que o Índice de Condições Atuais ficou em 47,3 pontos, isto é, +2,4 pontos frente a jul/17 e +9,0 pontos acima de ago/16.
Outro indicador frequentemente utilizado para se avaliar a perspectiva do dinamismo da indústria é o Purchasing Managers’ Index – PMI Manufacturing, calculado pela consultoria Markit Financial Information Services. Depois de o PMI-M do Brasil mostrar uma relativa deterioração na passagem de 2016 para 2017, ultrapassou a linha dos 50 pontos em abril deste ano (50,1 pontos), avançou para 52,0 pontos em maio, mas recuou novamente para 50,9 pontos em agosto. O nível de agosto, contudo, foi superior ao de julho (50 pontos) bem como o de agosto de 2016 (45,7 pontos).
Em síntese, na primeira metade de 2017 as sondagens junto às empresas industriais sugerem uma nova etapa de melhora da confiança frente a 2016, mas sua evolução continua muito restringida. O patamar médio dos indicadores no primeiro trimestre se mostra mais elevado do que o da média do último trimestre de 2016, o que veio acompanhado de uma melhora relativa do desempenho industrial no início de ano. Esse movimento persistiu no segundo trimestre do ano, mas não sem algum recuo em junho. A deterioração do quadro político do país no mês de junho impactou negativamente praticamente todos os indicadores de confiança, expectativa e avaliação da situação corrente da indústria. Em julho e agosto, entretanto, o movimento foi de recuperação desses indicadores de confiança.
Anexo Estatístico
Tabela: Produção Física - Subsetores Industriais
Variação % em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (clique aqui)