Destaque IEDI - Mudança climática e desenvolvimento do Brasil
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A despeito da desaceleração global e da redução de preços de commodities, o Brasil conseguiu o feito de registrar um superávit recorde de balança comercial no acumulado do 1º sem/23.
As surpresas positivas que vêm marcando a evolução da economia brasileira em 2023 ainda não contemplam o desempenho da produção industrial, que acumulou perda no 1º sem/23 e voltou a ficar no vermelho em jul/23.
Recente estudo do Banco Mundial com mais de mil empresas brasileiras de diferentes setores indica que exportar ajuda as empresas a se modernizarem.
Na primeira metade de 2023, o PIB do Brasil avançou +3,7% apoiado em dois pilares: a expansão das exportações de setores primários e o dinamismo do consumo de serviços.
No Brasil, apenas uma diminuta parcela das empresas brasileiras exporta. Em 2020 eram 24,9 mil empresas exportadoras, o equivalente a 0,88% do total.
A economia brasileira praticamente não saiu do lugar em jun/23, a contar pelo desempenho dos seus macrossetores, todos muito próximos da estabilidade.
Em 2023, sob efeito do aumento das taxas de juros nas principais economias globais, o ritmo de crescimento do PIB mundial deve ser inferior ao de 2022, segundo as últimas projeções do FMI.
Com o fraco desempenho do mercado interno no 1º trim/23, embora o emprego tenha se mantido em expansão, isso se deu em ritmo menor: +2,4% ante +11,0% no 1º trim/22.
Na primeira metade de 2023, a produção da indústria brasileira encolheu -0,3%, devolvendo quase integralmente o pouco que havia progredido no 2º sem/22 (+0,4%).
A produtividade industrial tem crescido muito pouco no Brasil e entre 2014 e 2020, não passou de +0,6% ao ano na indústria de transformação, segundo estudo do economista Thiago Moreira, realizado a pedido do IEDI.