Carta IEDI
Em nov/24, a indústria voltou a recuar e o sinal negativo tornou-se mais difundido setorial e regionalmente, sob efeito de eventos climáticos adversos, de incertezas e de taxas de juros cada vez mais elevadas.
Estudo do FMI mostra que as deficiências da infraestrutura de transporte e do desembaraço alfandegário são uns dos principais obstáculos à ampliação do comércio internacional na América Latina e Caribe.
O IEDI analisou o avanço da penetração de bens industriais importados no Brasil, destacando a participação da China, que cresceu mais nos ramos de maior intensidade tecnológica.
O ano de 2024 tem se destacado pelo aumento da produção da indústria de transformação de alta tecnologia pela primeira vez desde 2018.
Estudo do FMI identifica efeitos diretos e indiretos dos subsídios adotados sobre as exportações e importações chinesas, notadamente em alguns setores.
Entre 2014 e 2021, a China ampliou sua vantagem na maioria dos principais mercados de destino das vendas externas brasileiras, contribuindo para acentuar o baixo grau de complexidade das nossas exportações.
O último trimestre de 2024 teve início com declínio da produção industrial, mas a queda foi modesta e restrita a poucos ramos, não impedindo o avanço em relação ao ano passado.
Contrariamente à China, a complexidade das exportações brasileiras, que já era baixa, diminuiu nos últimos anos, rebaixando nossa posição no ranking mundial de complexidade e tornando mais difícil uma trajetória de crescimento de longo prazo.
Documento recente da McKinsey avalia as oportunidades que a transição energética mundial traz para o Brasil, se bem aproveitadas.
No 3º trim/24, já corrigidos os efeitos sazonais, a produção industrial saiu à frente do comércio e dos serviços, dando continuidade à sua trajetória de ganho de robustez.
No 3º trim/24, o crescimento industrial ganhou velocidade, com um perfil disseminado entre setores e regiões, mas o recente ciclo de alta dos juros pode colocar em risco esta trajetória.
O cenário básico do FMI projeta para 2024-2025 um crescimento praticamente igual ao de 2023, com pequena melhora nas economias avançadas e desaceleração dos emergentes.
No 2º trim/24, todos os quatro grupos da indústria de transformação por intensidade tecnológica apontaram aumento de produção, sob liderança da alta e média-ata tecnologia.
A produção da indústria de transformação mundial ganhou velocidade no 2º trim/24 e o Brasil continuou ascendendo no ranking internacional do setor.
Em ago/24, a indústria brasileira teve um desempenho restringido, evitando ficar em terreno negativo, como no mês anterior, mas também sem conseguir crescer.
Sem considerar a variação de preços, as importações de bens industriais avançaram a um ritmo de dois dígitos em jan-jun/24, ante um crescimento modesto da produção industrial interna e estagnação de suas exportações.
O volume de crédito bancário no país voltou a crescer no 1º semestre de 2024, com auxílio da redução da taxa básica de juros, a Selic, entre ago/23 e mai/24.
Depois de o PIB ter crescido mais do que o esperado no 2º trim/24, a atividade econômica do país deu sinais de moderação em jul/24, em função da indústria e do comércio.
A segunda metade de 2024 teve início com recuo da produção industrial, mas não chega a sinalizar uma reversão da boa trajetória que o setor vem apresentando.
O IEDI atualizou o estudo sobre a rentabilidade e o endividamento das empresas não financeiras em 2022-2023, com ênfase no setor industrial.