Carta IEDI
O crescimento no 1º trim/23 foi marcado por uma importante assimetria, de um lado, enfraquecimento da demanda doméstica, e, de outro, forte expansão da agropecuária e contribuição positiva do setor externo.
Desaceleração da economia global já impactou nossas exportações no 1º trim/23, levando o quantum da agropecuária e da industria de transformação a uma quase estabilidade.
Estudo analisa as interações entre a política industrial e as disciplinas e regras da OMC, avaliando graus de liberdade dos instrumentos de política disponível de seus membros.
Ainda que em mar/23 a produção industrial tenha progredido, o movimento não foi forte o suficiente para salvar o primeiro trimestre de ano.
No 1º bim/23, a atividade econômica do Brasil se expandiu devido apenas ao setor de serviços, já que o varejo ficou estagnado e a indústria registrou declínio na produção.
No primeiro bimestre de 2023, a indústria continuou andando para trás, reforçando perspectivas negativas para o setor no presente ano.
De acordo com o cenário básico do FMI, o crescimento global desacelerará de 3,4% em 2022 para 2,8% em 2023, percentual inferior à média das duas décadas que precederam a pandemia do Covid-19.
A desaceleração da indústria de transformação no final de 2022 foi bastante difundida pelo mundo, segundo a UNIDO, mas atingiu mais intensamente o Brasil.
A desaceleração do final de 2022 adentrou 2023, levando os serviços e a indústria ao terreno negativo e mantendo o varejo ampliado muito próximo da estagnação.
O ano de 2022 foi um período de expansão e formalização do emprego industrial, mesmo com alguma desaceleração decorrente do menor nível de atividade econômica no último trimestre.
Na entrada de 2023, a indústria não registrou progressos e sua produção voltou a encolher, com resultados ainda mais diversos em muitos de seus ramos e parques regionais.
A alta dos preços das commodities teve um papel-chave no desempenho do comércio exterior de bens em 2022.
O PIB do Brasil cresceu em 2022 puxado pelo consumo das famílias, sobretudo de serviços, com a ajuda de medidas anticíclicas adotadas pelo governo do contexto da disputa eleitoral.
A presente Carta IEDI aborda a evolução das contas externas do Brasil em 2022 no contexto de desaceleração da economia global.
A produção da indústria de transformação encolheu novamente em 2022, com a maioria de seus grupos por intensidade tecnológica ficando estagnados ou no vermelho.
Crédito desacelera sob efeito da elevação das taxas de juros, mas se mantém em trajetória de expansão no quarto trimestre de 2022.
Entre 2020 e 2021, o Brasil melhorou sua posição no ranking mundial de exportadores de manufaturados, segundo últimos dados da OMC, mas não o suficiente para reverter a trajetória cadente dos anos anteriores.
Ao que tudo indica, 2022 foi o ano dos serviços, já que tanto a produção industrial como as vendas do varejo encerraram o ano no vermelho.
Entre 2018 e 2020, o Brasil perdeu dez posições no ranking de complexidade das exportações, enquanto a China se manteve praticamente estável.
Em 2022, a produção física da indústria brasileira apresentou novo recuo, a sexta taxa negativa dos últimos dez anos.