Economia e Indústria - Análise IEDI
Embora o resultado das vendas de jul/23 não tenha sido tão favorável quanto parece, o varejo registra nítidos progressos frente ao seu desempenho em 2022.
Em jul/23, enquanto a produção industrial encolheu mais uma vez, o setor de serviços registrou avanço, uma assimetria que não é nova para o ano de 2023.
Em jul/23, a indústria não apenas voltou ao negativo como praticamente todos os seus parques regionais apresentaram declínio.
Em jul/23, a produção industrial voltou a declinar, em função de resultados negativos na maioria de seus ramos, particularmente em bens de capital.
No 2º trim/23, o mercado interno mostrou mais vigor, ainda que os níveis ainda elevados de taxas de juros tenham restringido algumas atividades, como a indústria de transformação.
A Pnad/IBGE trouxe boas notícias, como queda na taxa de desemprego e na informalidade e crescimento da massa de rendimentos, e alguns pontos de atenção, como a desaceleração da ocupação.
Assim como a indústria e boa parte do varejo, o setor de serviços praticamente não se moveu em jun/23, dando continuidade à tendência de moderação de seu ritmo de atividade.
As vendas do varejo na primeira metade de 2023 apresentaram resultado positivo, mas metade de seus ramos encolheu, sobretudo, aqueles de bens duráveis e semiduráveis.
Em jan-jun/23, a indústria brasileira não cresceu e três parques regionais funcionaram como importantes freios ao desempenho agregado: São Paulo, Rio Grande do Sul e Nordeste.
À espera de níveis menores de taxas de juros e de reformas que reduzam distorções de nosso ambiente econômico, a indústria encerrou o 1º sem/23 virtualmente estagnada.
Em jan-mai/23, as vendas de bens considerados essenciais, como alimentos, combustíveis e medicamentos, concentram muito do dinamismo do comércio varejista.
Em mai/23, a indústria brasileira ficou virtualmente estagnada, mas do ponto de vista regional as altas foram difundidas e mais robustas na maioria dos parques.
Em mai/23, o setor de serviços voltou ao positivo, mas a tendência geral de acomodação do seu ritmo de crescimento se manteve e foi disseminada entre seus ramos.
A produção de bens de capital, em queda devido aos desincentivos ao investimento provocados pelos juros reais em elevação, tem sido o principal freio para a indústria em 2023.
A criação de postos de trabalho dá sinais de exaustão e, daqui para frente, é possível que a melhora do emprego venha a ser mais qualitativa do que quantitativa.
A trajetória recente do setor de serviços é de desaceleração, inclusive bastante generalizada entre seus ramos, com destaque para transportes, notadamente aéreo e terrestre.
Em relação ao ano passado, a evolução recente do varejo mostra piora nos ramos mais sujeitos ao aumento das taxas de juros e expansão nos supermercados e atacarejo, favorecidos pela inflação cadente.
Em abr/23, uma parcela maior de parques regionais da indústria não cresceu e São Paulo e as regiões Sul e Nordeste do país estão no vermelho no acumulado do ano.
Em abr/23, a produção industrial voltou ao negativo, mas desta vez, diferentemente do primeiro bimestre do ano, o declínio foi mais difundido setorialmente.
O resultado do PIB brasileiro no 1º trim/23 surpreendeu positivamente, mas o dinamismo foi muito concentrado na agropecuária e o mercado interno deu sinais de enfraquecimento.