Economia e Indústria - Análise IEDI
Em jan/24, o setor de serviços ampliou seu faturamento real em relação ao mês anterior e na comparação com jan/23, de forma bastante difundida entre seus segmentos.
O varejo, depois de um período de baixa atividade nos últimos meses de 2023, dá um sinal de expansão mais robusta na entrada de 2024.
Embora a indústria brasileira tenha recuado em jan/24, a maioria dos seus parques conseguiu crescer, entre os quais São Paulo.
Embora jan/24 tenha trazido mais um retrocesso para a indústria geral, há aspectos atenuantes nos dados divulgados hoje pelo IBGE.
Em 2023, setor externo e agropecuária formaram a principal alavanca do crescimento do PIB, enquanto os investimentos, com efeito negativo sobre a indústria, foram o maior freio.
O ritmo de expansão da população ocupada, que havia perdido força na segunda metade do ano passado, voltou a ganhar ritmo neste início de 2024.
Embora no agregado do ano tenha ficado no azul, para o setor de serviços 2023 foi de nítida desaceleração, chegando a apresentar queda no quarto trimestre.
Em 2023, a indústria brasileira evitou novas perdas, mas seus parques regionais mais completos e diversificados não se saíram bem, como São Paulo e Rio Grande do Sul.
Embora dez/23 tenha sido um mês de queda, o desempenho do comércio ao longo de 2023 se mostrou bastante consistente, não sem a contribuição do corte de impostos sobre veículos.
A estagnação de 2023 e os anos anteriores de profundas perdas indicam a necessidade de uma nova fase de expansão e de modernização para a indústria brasileira.
As vendas reais do varejo praticamente não cresceram em nov/23, a menos que se tome o setor em seu conceito ampliado, cuja expansão teve origem no ramo de veículos.
A despeito do crescimento em nov/23, nos últimos meses, o setor de serviços reduziu seu dinamismo em um processo que pode ser considerado de acomodação.
A expansão industrial de nov/23 atingiu todos os estados do Sudeste, o que é uma boa notícia já que seus parques mais diversificados, como São Paulo, não se saíram bem ao longo do ano.
O ano de 2023 foi chegando ao fim com a presenta de duas tendências contrastantes na indústria: retração em bens de capital e de consumo duráveis e expansão mais forte em intermediários e bens de consumo semi e não duráveis.
Assim como os serviços, o varejo perdeu faturamento em out/23, embora tenha se mantido perto da estabilidade, devido a uma minoria de ramos que conseguiu crescer.
Em out/23, pela terceira vez consecutiva, o setor de serviços viu seu faturamento real encolher, embora sob influência de um número menor de seus ramos.
Embora a produção industrial do país não tenha avançado em out/23, a maioria de seus parques regionais conseguiram crescer, como São Paulo, Rio Grande do Sul e Nordeste.
A economia brasileira perdeu dinamismo na entrada da segunda metade do ano, mas consumo e o setor externo mostraram resiliência.
O ano de 2023 se aproxima do seu fim sem que a indústria tenha registrado uma mudança de rota, voltando a ficar estagnada no mês de outubro.
Com bases de comparação mais altas, os serviços vêm apresentando clara desaceleração e em set/23 perdeu faturamento tanto na comparação com ago/23 como ante set/22.