Economia e Indústria - Análise IEDI
Na virada de 2022 para 2023, a massa de rendimentos reais encontra-se em níveis recordes, mas o efeito disso sobre o consumo é mitigado pelo alto endividamento das famílias.
O PIB brasileiro deu sequência à sua trajetória de desaceleração na segunda metade de 2022, voltando a cair no 4º trim/22, a despeito das medidas anticíclicas adotadas no contexto da disputa eleitoral.
Em 2022, a taxa média de desemprego do Brasil ficou em 9,3%, depois de seis anos consecutivos de valores de dois dígitos.
Enquanto a indústria e comércio recuaram, os serviços fecharam 2022 com um crescimento acumulado próximo do de 2021.
O sinal de melhora do resultado da indústria brasileira no 4º trim/22 foi muito concentrada em apenas três parques: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Assim como a indústria, o varejo encerrou 2022 no vermelho, sob o peso do encarecimento do crédito e o adiamento da compra de bens duráveis.
O resultado da indústria em 2022 indica a ausência de vetores de dinamismo que possam restabelecer uma trajetória de retomada industrial no país.
Em nov/22, a indústria brasileira praticamente não saiu do lugar, mas em São Paulo o setor conseguiu crescer, mantendo-se à frente do agregado nacional também no acumulado de 2022.
No último quarto de 2022, há sinais de que perdeu força o setor de serviços, que é justamente quem vinha estimulando o nível geral de atividade econômica.
As promoções da Black Friday em 2022 não asseguraram expansão das vendas do comércio varejista em novembro e a maioria dos ramos do setor ficou no vermelho.
A indústria brasileira vai encerrando o ano de 2022 em baixa rotação, registrando em nov/22 mais um mês no vermelho.
O faturamento real do setor de serviços recuou em out/22 pela primeira vez desde o fevereiro último na série com ajuste sazonal.
Em out/22, embora o agregado nacional da indústria tenha voltado ao positivo, poucos foram os parques regionais que conseguiram ampliar produção.
Em out/22, pela terceira vez consecutiva, as vendas reais do comércio varejista se ampliaram, mas apenas metade de seus ramos ficaram no azul.
Em out/22, a indústria voltou a ficar no azul, após dois meses de retração, mas a alta foi bastante concentrada setorialmente e pouco expressiva.
A despeito das medidas anticíclicas adotadas pelo governo, o crescimento do PIB perdeu intensidade no 3º trim/22, o que foi acompanhado pela indústria, sobretudo, a de transformação.
Os últimos dados do IBGE mostram que a ocupação continua se expandindo e vem acompanhada de melhoras qualitativas no mercado de trabalho.
Pela quinta vez seguida, os serviços conseguiram ampliar seu faturamento real em set/22, firmando-se como o grande setor da economia com o melhor desempenho em 2022.
Diferentemente da indústria, o varejo teve desaceleração no 3º trim/22 puxada ramos de bens duráveis, sob influência do encarecimento do crédito.
Os últimos dados do IBGE mostram que a queda da produção industrial em set/22 veio acompanhada de variações negativas na grande maioria dos seus parques regionais.