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                          Análise IEDI

                          PIB
                          Publicado em: 07/03/2025

                          Enfraquecimento do PIB no final de 2024

                          Em 2024, o PIB do Brasil teve expansão de +3,4%, segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE, mantendo a trajetória de modesta aceleração, após a volatilidade causada pela pandemia de Covid-19 (+3,0% em 2022 e +3,2% em 2023).

                          Em comparação com os anos anteriores, distinguem 2024 a piora do setor externo e o forte aumento da demanda interna, puxada pela alta do investimento (+7,3% ante -3,0% em 2023) e aceleração do consumo das famílias (+4,8% ante +3,2%), a despeito do menor dinamismo do consumo do governo (+1,9% ante +3,8%, respectivamente).

                          No ano passado, a demanda interna do país registrou +5,2%, bem acima dos dois anos anteriores (+2,1% e +1,3%, respectivamente) e próximo da expansão de 2021 (+6,3%), quando nossa economia interna se normalizava após os efeitos da Covid-19. A demanda externa retirou -1,8% de dinamismo do PIB de 2024, comportamento também similar ao de 2021 (-1,5%). 

                          Ou seja, a chamada absorção interna de nossa economia foi forte no ano passado, influenciada pela política de aumento real do salário mínimo, pelos programas de transferência de renda à população, por um quadro de emprego robusto e pela queda da taxa básica de juros, ao menos até metade do ano. A ampliação do crédito em geral e dos financiamentos do BNDES, bem como as concessões em infraestrutura também não podem ser esquecidas.

                          Embora o recrudescimento da inflação em 2024 reflita fatores diversos, inclusive choques de oferta derivados de eventos climáticos, também se apoiou neste aquecimento do mercado interno, que vem incentivando o Banco Central a elevar a Selic desde set/24. Há, contudo, duas observações a serem feitas, a partir dos dados do PIB de hoje.

                          A primeira delas é que houve importante reação da formação bruta de capital fixo (+7,3%), interrompendo o movimento de queda da taxa de investimento verificada entre 2021 e 2023 (de 17,9% para 16,4%, voltando a 17% em 2024). Investimento, como se sabe, é demanda hoje, mas aumento e melhoria da capacidade de oferta amanhã.

                          A segunda é que os sinais de acentuada desaceleração econômica já são evidentes. As pesquisas mensais do IBGE já sinalizavam nesta direção, como as Análises IEDI vinham apontando, e os dados do PIB do último trimestre de 2024 não deixam dúvida.

                          Na série livre de efeitos sazonais, o PIB do país ficou praticamente estagnado na passagem do 3º trim/24 para o 4º trim/24 ao variar apenas +0,2%. O consumo das famílias recuou -1,0% no período, sendo o pior resultado desde o 2º trim/21, quando a atividade econômica sofria com o aumento de casos de Covid-19 em função do atraso na vacinação, aceleração inflacionária e desarranjos das cadeias produtivas.

                               •  PIB total: +1,0% no 1º trim/24; +1,3% no 2º trim/24; +0,7% no 3º trim/24 e +0,2% no 4º trim/24;

                               •  Consumo das famílias: +2,5%; +1,0%; +1,3% e -1,0%, respectivamente;

                               •  Consumo do governo: +0,1%; -0,2%; +0,8% e +0,6%;

                               •  Formação bruta da capital fixo: +4,4%; +2,3%; +2,3% e +0,4%;

                               •  Exportações: -1,0%; +1,2%; -0,7% e -1,3%;

                               •  Importações: +4,1%; +7,5%; +0,9% e -0,1%, respectivamente.

                          Este desempenho também freou as importações, que apresentaram variação de -0,1%, seu primeiro sinal negativo desde a entrada de 2023. Por sua vez, os investimentos também progrediram menos, saindo de um patamar de expansão de +2,3% no 2º e 3º trim/24 para apenas +0,4% no 4º trim/24.

                          Estes são sinais de que o aperto atual da política monetária, que levou a taxa Selic de 10,5% a.a. em set/24 para os atuais 13,25% a.a., com novas altas já contratadas, possa estar se assemelhando a um “tratamento de choque”.

                          Pelo lado da oferta, esta perda de fôlego interrompeu a aceleração que a indústria total vinha apresentando desde o início do ano (+0,5% no 1º trim/24; +0,7% no 2º trim/24 e +1,0% no 3º trim/24, para então variar +0,3% no 4º trim/24) e levou os serviços à estagnação (+0,1%, sempre com ajuste sazonal), com 3 de seus 7 segmentos ficando no vermelho e 1 deles com 0% de variação.

                          À medida que a fase de alta dos juros básicos pelo Banco Central for contaminando as taxas de empréstimos e as decisões dos agentes econômicos, tende a ficar comprometido o desempenho de setores que se saíram bem em 2024 e cresceram à frente do PIB total. 

                          É o caso, por exemplo da indústria de transformação, cujo PIB avançou +3,8% em 2024 como um todo, revertendo o quadro de 2023 (-1,3%), bem como da construção, que registrou +4,3% ante -0,3% em 2023. Em alguma medida isso também vale para o comércio, que acelerou de +0,8% em 2023 para +3,8% em 2024. Todos estes, em maior ou menor intensidade, são sensíveis aos níveis de juros e condições de crédito da economia.

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