Carta IEDI
Indústria Brasileira: crescimento robusto em 2024, mas sinais adversos para 2025
Em 2024, a indústria brasileira não só cresceu, como também apresentou um resultado relativamente robusto e difundido entre seus ramos. Foi a primeira vez na última década em que o setor se expandiu sobre uma base não fortemente deprimida, como havia ocorrido em 2017 após o tombo de 2016 e em 2021 após o choque da Covid-19 em 2020.
O problema é que esta trajetória pode não ter sequência, ao menos não na mesma intensidade e amplitude que do que vimos em 2024. O 4º trim/24 já trouxe indícios de tempos mais difíceis, apontando para uma precoce desaceleração, sob efeito de eventos climáticos adversos, da elevação das taxas de juros, aumento das incertezas e da volatilidade do câmbio.
No acumulado de 2024, a produção da indústria geral avançou +3,1%, implicando significativa aceleração frente à virtual estabilidade registrada em 2023 (+0,1%). No caso da indústria de transformação, isto é, excluindo-se as atividades extrativas, o progresso foi ainda mais acentuado, passando de um recuo de -1,1% em 2023 para uma expansão de +3,7% em 2024.
A liderança deste movimento de aceleração coube aos macrossetores de bens de consumo duráveis e de bens de capital, cuja produção cresceu +10,6% e +9,1%, respectivamente. No primeiro caso, o ritmo de crescimento foi multiplicado por dez entre 2023 e 2024 e no segundo caso houve importante reversão de sinal, já que em 2023 havia retraído -11,7%.
Em bens de capital, cuja produção é puxada pelas decisões de investimento, a melhora mais substancial coube a bens de capital para transporte, de -15,8% em 2023 para +18,2% em 2024, mas não ficaram atrás a produção de bens de capital para a própria indústria, que depois de cair -8,9% em 2022 e -7,0% em 2023 avançou +8,2% em 2024, e a de bens de capital misto, que de -0,4% e -8,0% passou para +19,4%, respectivamente.
Os demais macrossetores também cresceram. Bens de consumo semi e não duráveis demonstrou resiliência, mesmo com seus ramos de processamento de commodities sujeitos a impactos climáticos adversos, crescendo +2,4% em 2024 após alta de +2,0% em 2023. Já bens intermediários, favorecidos pelo dinamismo industrial difundido, acelerou de +0,4% para +2,5% no período.
Entre os diferentes ramos acompanhados pelo IBGE, 80% deles ampliaram produção em 2024. O IEDI acompanha também uma abertura mais granular, construindo um ranking com 90 atividades industriais.
Neste caso, 72% delas ficaram no positivo, sendo que 16% apresentou um ritmo de crescimento de dois dígitos e metade se saiu melhor do que o agregado da indústria geral, isto é, ficaram acima de +3,1%. Destas 90 atividades, 28% ficaram no vermelho, mas para a maioria delas o 4º trim/24 trouxe reação. Destas com queda no acumulado de 2024, 60% voltaram a crescer no último trimestre do ano.
Quem mais cresceu em 2024 foi aquela parcela da indústria mais sensível à taxa de juros e às condições de crédito. Entre os macrossetores, bens de capital e bens de consumo duráveis, como mencionado acima. Entre as atividades nesta abertura mais granular encontram-se na liderança caminhões e ônibus (+48,6%), eletrodomésticos (+31,5%), equipamentos de comunicação (+25,9%), componentes eletrônicos (+20,3%), fogões, refrigeradores e máquinas de lavar (+18,6%) etc.
Por esta razão, além de outras mais sistêmicas, o aumento recente das taxas de juros no país deve cobrar um preço elevado do dinamismo industrial no presente ano. E já podemos ver sinais disso nos dados do final de 2024: -0,2% em out/24; -0,7% em nov/24 e -0,3% em dez/24, já descontados os efeitos sazonais. Com isso, eliminou-se o crescimento registrado em ago-set/24. A parcela de ramos no vermelho nesta comparação mais de curto prazo passou de 24% dos ramos em out/24 para 60% em dez/24, depois de ter atingido 80% em nov/24.
Assim, a indústria não progrediu neste último quarto do ano e contou com as bases de comparação mais baixas de 2023 para apresentar alguma resiliência no acumulado do ano. Frente ao trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal, desacelerou de +1,2% no 3º trim/24 para -0,1% no 4º trim/24. Frente a igual período de 2023, passou de +3,9% no 3º trim/24 para +3,1% no 4º trim/24.
Os efeitos disso aparecem nos indicadores de confiança dos empresários industriais. Em jan/25, o indicador da CNI caiu abaixo da marca de neutralidade dos 50 pontos pela primeira vez desde mai/23. O índice da FGV também recuou de dez/24 para jan/25 e ficou na região de pessimismo.
Há porém alguns fatores que podem funcionar como mitigadores, pelo menos por algum tempo, como temos observado em nossas análises.
Entre eles estão uma projeção favorável para a safra agrícola, que não apenas mobiliza a indústria agroalimentar, como também pode amenizar a pressão inflacionária de alimentos; o programa de depreciação superacelerada, que tende a favorecer as decisões de investimento; a criação das LCD, que fortalecem o funding do BNDES e viabilizam novos desembolsos para áreas estratégicas, como infraestrutura e inovação. O mercado de trabalho aquecido, que tende a demorar um pouco para refletir a desaceleração econômica, também ajuda.
Resultados da Indústria
De acordo com o IBGE, a produção industrial brasileira recuou -0,3% na série com ajuste sazonal na passagem entre nov/24 e dez/24. Essa foi a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando perda de -1,2% e eliminando o crescimento que havia registrado no bimestre ago-set/24.
No confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria cresceu +1,6% em dez/24, o sétimo resultado positivo consecutivo, porém, o mais fraco dessa sequência. Vale destacar ainda a existência de um efeito calendário positivo, já que dez/24 teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior.
Dessa forma, a indústria geral cresceu +3,1% no 4º trim/24, um pouco abaixo do resultado do trimestre anterior (+3,9%), interrompendo uma trajetória trimestral de ganho de robustez. No acumulado do segundo semestre do ano a alta foi de +3,5%, contra igual período do ano anterior.
Para o ano como um todo, isto é, em jan-dez/24, o setor industrial apontou crescimento de +3,1%, isto é, bem acima da variação de apenas +0,1% de jan-dez/23.
Após esses resultados, a produção industrial se encontra 1,3% acima do patamar pré-pandemia (fev/20), mas ainda assim segue 15,6% abaixo do nível recorde alcançado em mai/11.
O recuo de -0,3% da atividade industrial na passagem de nov/24 para dez/24 na série com ajuste sazonal teve perfil generalizado, com três dos quatro macrossetores assinalando menor produção.
Bens de consumo semi e não duráveis (-1,8%), bens de consumo duráveis (-1,6%) e bens de capital (-1,1%) apontaram os resultados negativos do último mês de 2024, com a primeira marcando o terceiro mês seguido de queda na produção (redução de -5,2% no acumulado do último trimestre); e as duas últimas assinalando recuo no último bimestre de 2024 de -4,5% e- 3,5%, respectivamente.
Por outro lado, o macrossetor produtor de bens intermediários foi o único a avançar frente ao mês anterior (+0,6%), mas o suficiente apenas para eliminar a queda de -0,6% verificada em nov/24.
Na comparação mês/mesmo mês do ano anterior, o acréscimo de +1,6% da indústria total em dez/24 foi puxado por três dos quatro macrossetores. Bens de capital (+13,7%) e bens de consumo duráveis (+9,8%) assinalaram as taxas positivas mais acentuadas entre as categorias econômicas nesta comparação.
O setor produtor de bens intermediários (+1,5%) também mostrou crescimento na produção nesse mês, mas apontou avanço menos elevado do que o da média da indústria (+1,6%). Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis (-1,8%) assinalou o único resultado negativo em dez/24.
O macrossetor de bens de capital teve expansão de +13,7% na comparação interanual, marcando o nono mês consecutivo de crescimento na produção. A categoria foi influenciada pelo avanço de bens de capital para equipamentos de transporte (+20,3%), para fins industriais (+13,1%), bens de capital agrícolas (+17,0%), de uso misto (+11,6%) e para energia elétrica (+1,5%). Por outro lado, o subsetor de bens de capital para construção (-19,7%) mostrou a única taxa negativa no índice mensal de dez/24.
O setor produtor de bens de consumo duráveis, ao avançar +9,8% em dez/24 frente a igual período do ano anterior, marcou a sétima taxa positiva consecutiva. Nesse mês, o setor foi impulsionado pelas expansões na fabricação de automóveis (+5,6%), eletrodomésticos da “linha marrom” (+17,5%) e da “linha branca” (+8,2%), motocicletas (+8,5%), outros eletrodomésticos (+24,9%) e móveis (+6,5%).
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, a produção dos bens intermediários avançou +1,5%, sétima taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos elevada desde jun/24 (+1,4%). O resultado deveu-se à expansão de intermediários associados às atividades de produtos químicos (+14,0%), metalurgia (+7,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (+9,3%), produtos têxteis (+22,8%), máquinas e equipamentos (+11,1%), produtos de metal (+5,3%), produtos de minerais não metálicos (+3,7%), celulose, papel e produtos de papel (+3,9%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+0,9%) e produtos de borracha e de material plástico (+1,1%), enquanto as pressões negativas foram registradas por indústrias extrativas (-7,0%) e produtos alimentícios (-2,8%).
A produção de bens de consumo semi e não duráveis, por sua vez, recuou -1,8% em dez/24 frente a dez/23. Esse resultado foi explicado principalmente pelos decréscimos na produção dos grupamentos de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-3,5%), carburantes (-8,2%) e alimentos e bebidas básicos para consumo doméstico (-16,1%). Por outro lado, os grupamentos de não duráveis (+6,6%) e de semiduráveis (+2,7%) assinalaram os impactos positivos.
Em bases trimestrais, a indústria total assinalou expansão de +3,1% no período out-dez/24 frente ao mesmo período de 2023, permanecendo em terreno positivo iniciado no 4º tri/23 (+1,1%), porém reduziu o ritmo de crescimento frente a variação do 3º tri/24 (+3,9%), sempre contra igual período do ano anterior.
O movimento de menor dinamismo na passagem do 3º trim/24 para o 4º tri/24 foi verificado em dois dos quatro macrossetores, com destaque para bens de consumo semi e não duráveis (de +2,7% para -0,1%).
O setor produtor de bens intermediários (de +3,0% para +2,8%) também mostrou perda de ritmo entre esses dois períodos, enquanto os segmentos de bens de capital (de +11,9% para +14,3%) e de bens de consumo duráveis (de +16,4% para +16,8%) apontaram os ganhos de dinamismo e permaneceram com crescimento de dois dígitos no índice do 4º tri/24.
No índice acumulado de jan-dez/24, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de +3,1%, com resultados positivos em todos os quatro macrossetores. O perfil dos resultados para o ano de 2024 mostrou maior dinamismo na produção de bens de consumo duráveis (+10,6%) e bens de capital (+9,1%).
Os setores produtores de bens intermediários (+2,5%) e de bens de consumo semi e não duráveis (+2,4%) também apontaram resultados positivos, porém registraram avanços menos acentuados do que o verificado na média da indústria (+3,1%).
Por dentro da Indústria de Transformação
A produção do total da indústria brasileira assinalou variação negativa (-0,3%) em dez/24 frente a nov/24, na série livre dos efeitos sazonais. Pode-se destacar que em dez/24 a indústria de transformação foi a responsável por esse resultado, recuando -0,8% nesta comparação, enquanto a indústria extrativa registrou +0,8%.
Na comparação com dez/23, a expansão de +1,6% da indústria geral foi puxada pela indústria de transformação, que cresceu +3,5% no mesmo período, enquanto o ramo extrativo apontou queda de -7,0% na mesma comparação.
No acumulado de 2024, o resultado de +3,1% na indústria geral deveu-se especialmente pelo desempenho da indústria de transformação (+3,7%), enquanto o ramo extrativo assinalou mesmo nível que no acumulado de 2023 (0%).
O resultado de -0,3% na série com ajuste sazonal para a indústria geral veio acompanhado de um perfil disseminado de taxas negativas, alcançando 15 dos 25 ramos industriais pesquisados, isto é, uma parcela de 60% do total.
Entre as atividades, as influências negativas mais importantes foram assinaladas pelos setores produtores de máquinas e equipamentos (-3,0%) e produtos de borracha e de material plástico (-2,5%), seguidos por metalurgia (-1,5%), produtos diversos (-5,6%), produtos químicos (-0,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,8%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-3,4%) e produtos de minerais não metálicos (-1,6%).
Por outro lado, entre as atividades que apontaram expansão na produção, o setor produtor de bebidas (+3,2%) exerceu o principal impacto positivo. Vale destacar também as contribuições registradas pelos setores de celulose, papel e produtos de papel (+2,2%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (+4,0%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+2,9%) e produtos têxteis (+2,9%).
Na comparação com dez/23, em que o setor como um todo assinalou acréscimo de +1,6% em dez/24, houve resultados positivos em 17 dos 25 ramos, 53 dos 80 grupos e 58,0% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por produtos químicos (+10,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (+12,8%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+27,1%) e máquinas e equipamentos (+12,6%).
Por outro lado, entre as atividades com redução na produção estão: produtos alimentícios (-3,7%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,9%) exerceram as maiores influências na formação da média da indústria, seguidas por artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-9,0%) e bebidas (-2,9%).
No acumulado de jan-dez/24, frente a igual período do ano anterior, em que o setor industrial assinalou avanço de +3,1%, ocorreram resultados positivos em 20 dos 25 ramos, 60 dos 80 grupos e 63,1% dos 789 produtos pesquisados.
Entre as atividades, as principais influências positivas nesta comparação foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (+12,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+14,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (+12,2%), produtos alimentícios (+1,5%) e produtos químicos (+3,3%).
Por outro lado, houve redução de produção em manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-2,1%) e em produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-1,2%), que exerceram as maiores influências na formação da média da indústria.
O IEDI levantou o desempenho de um conjunto de 90 segmentos industriais em 2024, isto é, em uma abertura bem mais granular do que aquela normalmente divulgada pelo IBGE. O balanço geral foi positivo para 2024: a parcela dos segmentos no azul progrediu de 41% em 2023 para 72% em 2024 e aqueles com uma taxa de crescimento de dois dígitos aumentou de 9% para 16% no período.
Entre os segmentos com perda de produção em 2024 (59% do total em 2023 e 28% em 2024), 60% deles conseguiram crescer no 4º trimestre frente a igual período do ano anterior, uma fração que era de apenas 15% em 2023.
Utilização de Capacidade
A utilização da capacidade instalada da indústria de transformação, de acordo com a série da FGV com ajustes sazonais, variou negativamente -0,5 ponto percentual na passagem de nov/24 (81,6%) para dez/24, quando registrou valor de 81,1%.
Dessa forma, em dez/24, a capacidade utilizada na indústria ficou 4,9 pontos percentuais acima do indicador pré-pandemia (fev/20: 76,2%) e 1,4 pontos acima da média histórica (79,7%).
De acordo com os dados da CNI, a utilização da capacidade instalada caiu -0,8 ponto percentual entre novembro (79,0%) e dezembro de 2024 (78,2%), considerando os dados livres de efeitos sazonais. Na comparação entre dez/23 e dez/24, essa variável registrou queda de -1,9 pontos percentuais.
Estoques
De acordo com os dados da Sondagem Industrial da CNI, o indicador da evolução dos estoques de produtos finais da indústria total ficou em 47,9 pontos em dez/24, recuando pelo segundo mês consecutivo (-1,6 pontos frente a nov/24).
No caso do segmento da indústria de transformação, o indicador da CNI foi de 49,4 pontos em nov/24 para 47,8 pontos em dez/24. A indústria extrativa assinalou pequena alta nos níveis dos estoques, visto que foi de 52,3 pontos em nov/24 para 52,7 pontos em dez/24.
Para a indústria geral, o indicador de satisfação dos estoques recuou de 50,0 pontos em nov/24 para 49,3 pontos em dez/24, sinalizando que os estoques estão menores que o desejado. Cabe lembrar que o nível de equilíbrio é de 50,0 pontos, visto que acima desse valor há excesso de estoques e abaixo dele, estoques menores do que o desejado. No caso do setor extrativo e no caso da indústria de transformação, o indicador de satisfação registrou 51,9 pontos e 49,2 pontos, respectivamente.
Em dez/24, 20% dos ramos industriais apresentaram estoques maiores do que o planejado (acima de 50 pontos), a mesma proporção do mês passado. Entre os ramos iguais ou acima de 50 pontos em dez/24 destacaram-se: farmacêuticos (55,0 pontos), celulose e papel (53,7 pontos), informática, eletrônicos e ópticos e material plástico (ambos com 50,9 pontos), vestuário (50,8 pontos).
Ficaram abaixo e mais distantes do equilíbrio os seguintes ramos: borracha (41,2 pontos), impressão e reprodução (43,8 pontos), madeira (45,8 pontos), couros (47,1 pontos) e alimentos (47,5 pontos).
Confiança e Expectativas
O Índice de Confiança do Empresário da Indústria Geral (ICEI) da CNI recuou -1,0 p.p. na passagem de dez/24 para jan/25, terminando em 49,1 pontos. Foi a primeira vez que caiu abaixo dos 50 pontos, que marca o nível de neutralidade, desde mai/23.
A Indústria de Transformação, por sua vez, registrou 48,5 pontos em jan/25, recuando 1,8 p.p. frente a dez/24. Neste caso também é o nível mais baixo desde mai/23, quando ficou abaixo dos 50 pontos (48,9 pontos).
Na passagem de dez/24 para jan/25, o componente referente às expectativas em relação ao futuro da Indústria Geral foi de 51,9 para 51,5 pontos, mantendo-se na zona de otimismo. O componente que capta a percepção dos empresários quanto a evolução presente dos negócios, entretanto, caiu -2,3 pontos e voltou a ficar na região pessimista com 44,2 pontos (nível mais baixo desde jun/23).
Vale observar que o ICEI/CNI varia de 0 a 100 pontos e valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais disseminada é a confiança. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança do empresário e quanto mais abaixo de 50 pontos, maior e mais disseminada é a falta de confiança.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da FGV recuou -1,3 p.p na passagem de dez/24 para jan/25, registrando 98,4 pontos. Ficou, assim, na região de pessimismo, ou seja, abaixo de 100 pontos. É o ponto mais baixo desde mai/24.
O resultado de jan/25 foi influenciado pela queda do seu componente referente às avaliações do futuro, que passou de 98,6 pontos em dez/24 para 95,9 pontos em jan/25, enquanto índice da situação atual manteve-se praticamente estável: 100,8 pontos em dez/24 e 100,9 pontos em jan/25.
Outro indicador utilizado para avaliar a perspectiva do dinamismo da indústria é o Purchasing Managers’ Index – PMI Manufacturing, calculado pela consultoria Markit Financial Information Services. Em dez/24 ficou em 50,4 pontos, assinalando pequena alta para 50,7 pontos em jan/25. Dessa forma, esse indicador permanece acima da marca de 50 pontos, indicando melhora do quadro de negócios do setor.
Anexo Estatístico
Mais Informações
Tabela: Produção Física - Subsetores Industriais
Variação % em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (clique aqui)