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                          Carta IEDI

                          Edição 1319
                          Publicado em: 04/07/2025

                          Dinâmica da produtividade, segundo a McKinsey

                          Sumário

                          A Carta IEDI de hoje aborda estudo recente sobre a dinâmica da produtividade realizado pelo McKinsey Global Institute a partir de experiências de países desenvolvidos. O trabalho se intitula “The power of one: How standout firms Grow national productivity”.

                          A produtividade, que é uma temática importante para o IEDI, foi tratada em muitas outras ocasiões pelo Instituto, a exemplo do documento “Indústria e Estratégia de Desenvolvimento Socioeconômico do Brasil” e da Carta n. 1173 “Produtividade: o desafio brasileiro”, em que chamamos a atenção para o imperativo do aumento da produtividade para que nossa economia possa crescer de forma sustentada, com elevação da renda per capita e com menos desigualdades. 

                          O novo estudo da McKinsey reforça o entendimento da produtividade como uma prioridade estratégica para as empresas e para os países, sobretudo quando se consideram as mudanças demográficas de longo prazo e os riscos de os mercados de trabalho permanecerem tensionados. 

                          Nessas condições, uma taxa saudável de crescimento da produtividade pode não apenas gerar mais valor a partir de uma força de trabalho escassa, como também viabilizar os salários mais altos necessários para atrair os melhores talentos. O desafio é como impulsionar a produtividade. 

                          A pesquisa analisou 8.300 grandes empresas de três países, Alemanha, Reino Unido e EUA, e de 4 setores diferentes: varejo; automotivo e aeroespacial; viagens e logística; e informática e eletroeletrônico, incluindo semicondutores. O período de análise priorizou 2011-2019, para evitar possíveis distorções resultantes da crise financeira global (2008) e da pandemia de Covid-19, mas os resultados obtidos também foram testados para o período 2019-2023.

                          A partir de análises quantitativas enriquecidas com estudos de caso específicos de setores e empresas, o estudo examinou como o crescimento da produtividade nas economias selecionadas foi fortemente impulsionado pelo desempenho de um pequeno número de empresas de alto impacto, denominados “Destaques”.

                          O estudo chega a resultados que em parte complementam e em parte desafiam visões estabelecidas sobre o tema da produtividade. As suas principais conclusões estão resumidas a seguir.

                          Um pequeno número de empresas contribui com a maior parte do ganho de produtividade: menos de 100 Destaques foram responsáveis por 2/3 do crescimento da produtividade da amostra analisada. 

                          No extremo oposto, 55 empresas de baixo desempenho (denominadas “Retardatárias” no estudo) foram as principais responsáveis por puxar a produtividade para baixo nos três países analisados.

                          A McKinsey mostra que estratégias ligadas ao crescimento da empresa e à inovação foram mais determinantes do que iniciativas focadas puramente em eficiência. A produtividade aumentou em grandes saltos à medida que as empresas encontraram novas maneiras de criar e escalar valor novo. 

                          Essa conclusão contraria a ideia que o crescimento da produtividade se daria principalmente por meio da difusão de boas práticas das líderes para as seguidoras, que levaria a um processo de convergência dos níveis de produtividade.

                          Os ganhos de produtividade decorrem de dois efeitos principais: melhorias internas das empresas (efeito produtividade da firma) e realocação de trabalhadores de firmas menos produtivas para mais produtivas (efeito realocação). O impacto da realocação no crescimento da produtividade é quase tão relevante quanto os ganhos internos das firmas. A saída de empresas improdutivas do mercado contribui positivamente para o desempenho agregado.

                          A McKinsey também aborda um tema caro para o debate sobre política industrial: a influência da estrutura setorial na produtividade. A conclusão do estudo é que empresas “não se formam no vácuo”, sendo influenciadas pela dinâmica setorial e por condições mais amplas do ambiente econômico.

                          Alguns setores funcionam como “terrenos férteis”, com dinâmicas de mercado, tecnologia, regulação e arranjos competitivos que fornecem as bases para o surgimento de empresas de Destaques e para a criação de valor. É o caso, por exemplo, do setor de computadores e eletrônicos, segundo o estudo.

                          Com base nesses resultados, a McKinsey propõe uma nova abordagem para promover o crescimento da produtividade e defende que, ao invés de focar apenas na difusão de boas práticas e medidas de melhoria do ambiente de negócios, as políticas públicas e estratégias corporativas devem reconhecer a importância assimétrica de empresas de alto desempenho e fomentar seus avanços.

                          Vale aqui uma ponderação para a realidade de países em desenvolvimento, a exemplo do Brasil: nestes países a heterogeneidade entre as empresas é muito maior do que em países desenvolvidos, foco do estudo da McKinsey, por isso, a difusão de tecnologias e boas práticas para o conjunto de empresas tende a dar maiores frutos. Isso inclui aquelas de menor porte, como o Programa Brasil Mais Produtivo vem apontando desde sua criação, discutido nas Cartas IEDI n. 918 e 1173.

                          Ainda que baseado em uma amostra restrita de países, todos eles desenvolvidos, o estudo da McKinsey oferece insights que podem ser úteis para a formulação de políticas industriais voltadas ao aumento da produtividade: 

                               1.  Contribuições assimétricas das empresas para o crescimento da produtividade: o papel das firmas de Destaque recomenda uma maneira diferente ou complementar de pensar sobre quais medidas podem ser mais eficazes.

                               2.  O papel das grandes empresas: considerando que a maioria das empresas de Destaque são incumbentes de grande porte, a McKinsey defende garantir que essas grandes empresas se mantenham ágeis e inovadoras.

                               3.  Estímulo a ações e reações ousadas: embora o processo de difusão e imitação de boas práticas seja importante, a principal fonte do crescimento da produtividade são ações ousadas, por isso, a política pública deve ser repensada para favorecer e estimular estratégias desta natureza.

                               4.  Mudanças de portfólio e criação de valor: eficiência operacional é importante, mas o crescimento da produtividade na empresa é gerado principalmente por ações que criam novos modelos de negócios e mudanças para portfólios mais produtivos, inovativos e que geram valor para o cliente. Novas tecnologias como a IA generativa com esses fins serão fundamentais. 

                               5.  Escalar a inovação e novos entrantes: no médio prazo, o crescimento da produtividade é impulsionado por inovações de empresas que já ocupam posição de Destaque, mas a entrada de empresas inovadoras no mercado é importante no longo prazo, pois serão os Destaques do futuro. Por isso, convém dispor de políticas que ajudem startups a escalar e aumentar a produtividade mais rapidamente. 

                               6.  Realocação dinâmica em direção às firmas líderes e melhorias internas: A saída do mercado de empresas improdutivas e a transferência de empregos de empresas menos produtivas para empresas mais produtivas é um dos canais mais importantes para o crescimento da produtividade a médio prazo. 

                          Internamente às empresas, a realocação de recursos para atividades de maior valor é um dos mais importantes impulsionadores da produtividade. Essas constatações remetem a duas recomendações: as lideranças das empresas devem repensar sua governança para facilitar a realocação de recursos; e o Estado deve adotar políticas que facilitem a migração do emprego de empresas menos produtivas para mais produtivas e, ao mesmo tempo, auxiliar as firmas menos produtivas a se reestruturarem.

                          Introdução

                          A Carta IEDI de hoje aborda o estudo do McKinsey Global Institute intitulado “The power of one: How standout firms Grow national productivity”, de maio de 2025.

                          O estudo foi desenvolvido a partir de em uma amostra não aleatória com as seguintes características: 8.300 empresas grandes em 3 países desenvolvidos (Alemanha, Reino Unido e EUA) e distribuídas em 4 setores: varejo; automotivo e aeroespacial; viagens e logística; e informática e eletroeletrônico, incluindo semicondutores.

                          O estudo argumenta que os quatro setores avaliados representam um bom mix de diferentes mercados, com dinâmicas distintas, e cobre de 10% a 15% do crescimento do valor agregado oriundo do setor privado nos três países selecionados. Adicionalmente, as empresas selecionadas são responsáveis por 2/3 do valor agregado dos quatro setores e por parte significativa do crescimento de produtividade. 

                          Cabe destacar que a amostra incorpora as operações internacionais das empresas analisadas, pois muitas possuem atuação multinacional. O estudo argumenta que, embora cerca de 10% a 30% do faturamento dessas empresas decorram de suas operações internacionais, o valor agregado offshore é significativamente menor, pois as atividades com maior valor agregado tendem a se concentrar nos países de origem. 

                          O período estudado, de 2011 a 2019, foi escolhido para evitar possíveis distorções resultantes da crise financeira global (2008) e da pandemia de Covid-19. A McKinsey observa que o crescimento da produtividade agregada na Europa e nos EUA foi excepcionalmente baixo no período analisado, o que se deveu a um colapso no investimento que se seguiu à crise de 2009, juntamente com o fim de uma onda de offshoring e com a normalização do crescimento da produtividade do setor de TICs após rápidos avançados relacionados à Lei de Moore. 

                          Diante disso, visando avaliar a robustez dos resultados encontrados, o estudo repetiu os testes com dados do período 2019-2023 e verificou que o padrão observado permanecia válido, o que permite acreditar que as conclusões obtidas refletem fatores estruturais. 

                          O conceito de produtividade adotado é o de produtividade do trabalho, definida para cada firma como o valor agregado real por trabalhador. O estudo destaca que esta métrica inclui benefícios recebidos por todos os stakeholders (acionistas, clientes, trabalhadores, credores e autoridade tributária). 

                          A pesquisa mediu o crescimento do valor agregado por trabalhador em termos reais, ajustando os valores nominais nos preços dos produtos e dos insumos com base em deflatores setoriais (double-sided deflator). 

                          Essa abordagem permite captar o efeito de inovações e novos modelos de negócio que resultem em alterações dos preços para os clientes que superam as variações de custos. De forma análoga, também permite captar situações em que variações nos custos superam as praticadas para os clientes, indicando a redução da capacidade da empresa de gerar valor.

                          Alavancas da produtividade

                          O estudo classificou as empresas da amostra em 4 grupos, com base na contribuição individual de cada uma para a variação da produtividade, denominados: i) Destaques; ii) Retardatárias; iii) Restante com contribuição positiva; e iv) Restante com contribuição negativa.

                          A principal conclusão do estudo é que um pequeno grupo de empresas na amostra (os “Destaques”) responde pela maior parte do ganho de produtividade. Efeito similar ocorre no outro extremo da amostra, onde um grupo igualmente pequeno de empresas (Retardatárias) foi responsável por frear o crescimento da produtividade.

                          Ou seja, são poucas as empresas que condicionam o comportamento da produtividade, indiferente da direção do movimento, ou seja, tanto do lado dos ganhos como do lado das perdas.

                          A tabela abaixo apresenta a contribuição de cada grupo, separado por país, para o aumento da produtividade. Como se observa, apenas 87 Destaques (1% das empresas da amostra) adicionaram 1 ponto base cada ao crescimento da produtividade nos seus países. Estas empresas empregavam 20% a 30% dos trabalhadores, mas responderam por 45% a 80% do crescimento da produtividade, dependendo do país.

                          A figura a seguir ilustra graficamente o impacto desproporcional de Destaque e Retardatárias para o crescimento da produtividade.

                           

                          Em uma análise comparativa, o estudo argumenta que a principal explicação para a diferença entre o desempenho da produtividade dos EUA (+2,1%) e da Alemanha (+0,2%) é a relação mais ou menos favorável entre “Destaques” e “Retardatárias”: nos EUA, os Destaques superaram os Retardatárias por 44 a 14. Em contraste, na Alemanha essa relação foi de 13 a 16 e no Reino Unido, de 30 a 25.

                          Além da quantidade de Destaques em relação a Retardatárias, a contribuição coletiva desses grupos também tem influência relevante: enquanto no Reino Unido o conjunto de “Destaques” contribuiu para um aumento de 2,8 pontos base, nos EUA o grupo contribuiu com 5,3 pontos e, na Alemanha, com 7,2 pontos. 

                          A McKinsey destaca, também, a contribuição diferenciada dos setores analisados para o aumento da produtividade agregada. Segundo o estudo, a maior parte do crescimento da produtividade nos EUA veio do setor de informática e eletrônica, que concentrava 29 dos 44 Destaques do país. Em termos agregados, entre 2011 e 2019 o setor respondeu por 15% dos empregos e por mais de 70% do crescimento da produtividade da amostra avaliada.

                          As figuras abaixo apresentam a contribuição dos diferentes setores de cada país.

                           

                           

                          A influência dos setores no desempenho das empresas

                          A McKinsey também aborda um tema caro para o debate sobre política industrial: a influência da estrutura setorial na produtividade. A conclusão do estudo é que empresas “não se formam no vácuo”, sendo influenciadas pela dinâmica setorial e por condições mais amplas do ambiente econômico. 

                          Nesse contexto, o estudo classifica alguns setores como “terrenos férteis”, com dinâmicas de mercado, tecnologia, regulação e arranjos competitivos que fornecem as bases para o surgimento de empresas de Destaques e para a criação de valor, enquanto outros setores são rotulados como “desertos relativos”, que tendem a produzir mais “Retardatárias”.

                          “Terreno fértil”. São setores dinâmicos, marcados por inovação acelerada e maior geração de valor para o cliente. O estudo cita o setor de computadores e eletrônicos, com empresas como Nvidia e Apple, que exibem rápido crescimento da produtividade por meio do aumento do valor gerado para os consumidores ou que conseguem crescer ganhando mercado rapidamente. Algumas das empresas de Destaque nesses setores atuam como âncoras que elevam o desempenho de parceiros e fornecedores, criando ecossistemas corporativos vibrantes. 

                          “Desertos relativos”. São setores caracterizados como estáticos, com menos inovação, nos quais estratégias focadas em eficiência operacional, consolidação ou relocalização de portfólio foram mais comuns do que aquelas focadas na criação de valor. Os setores automotivo e de serviços postais são usados como exemplo de ganhos de produtividade obtidos por meio de reestruturações e aumento da eficiência. 

                          Por outro lado, o estudo defende que os “desertos relativos” não determinam o destino das empresas e cita como exemplo de “Destaques surgidos de desertos relativos” empresas aéreas que criaram economia de escala por meio de consolidações e companhias low-cost que tiveram rápido crescimento.

                          Características das empresas de “Destaque” 

                          O estudo da McKinsey identifica quatro formas de se tornar um “Destaque”: (1) aumentar um pouco a produtividade sendo grande (improvers), (2) aumentar muito a produtividade sendo pequeno (disruptors), (3) ampliar a escala por meio do crescimento da participação no emprego como um líder em produtividade (scalers) ou (4) perder participação no emprego sendo uma retardatária (restructurers).

                          Improvers: é o perfil observado com maior frequência, obteve ganhos de produtividade médio de 5% ao ano e representou mais de 50% dos “Destaques”. Na Alemanha e no Reino Unido os improvers responderam por cerca de 60% e 30% do crescimento de produtividade da amostra, respectivamente. 

                          Exemplos de empresas nessa classificação incluem American Airlines, Delta, Southwest Airlines e United, no segmento de transporte aéreo; Danaher, em computação e eletrônica; Hapag-Lloyd em logística; REWE e Tesco no varejo; Airbus e Nissan.

                          Disruptors: representam apenas 10% dos “Destaques” observados. São empresas com menos empregados (normalmente menos de 1% do emprego nos seus setores) mas que exibiram ganhos acelerados de produtividade, de 15% ao ano em média. 

                          Nos EUA, disruptors responderam por 5% dos ganhos de produtividade da amostra. Nessa classificação estão empresas como Nvidia, cujo EBITDA aumentou 10 vezes entre 2011 e 2019. No Reino Unido e na Alemanha os disruptors responderam por um percentual menor do crescimento da produtividade, de 2%, com empresas como a Zalando (varejo online).

                          Scalers: representam cerca de 10% do total de empresas de “Destaque” e sua contribuição decorre do aumento da fatia no emprego (e não do aumento da produtividade) por empresas que possuem produtividade em níveis acima da média, contribuindo, assim, positivamente para a produtividade agregada. 

                          Nos EUA, os scalers responderam por cerca de 25% do crescimento de produtividade da amostra. Exemplos incluem Apple, Amazon, Broadcom e Qualcomm. No Reino Unido, as scalers responderam por 5% do crescimento da produtividade da amostra e na Alemanha nenhuma empresa foi classificada como tal. 

                          Restructurers: representam cerca de 20% das empresas de “Destaque”. Ao contrário das demais, a contribuição das empresas classificadas nessa categoria decorre da realocação de empregados para empresas de maior produtividade. 

                          Ou seja, restructurers são empresas que passam por um processo de downsizing e perdem participação no mercado e no emprego e, com isso, reduzem a sua influência negativa na produtividade agregada. 

                          No caso americano, as restructurers responderam por cerca de 10% do crescimento da produtividade. Na Alemanha e no Reino Unido estas empresas foram responsáveis por pouco menos de 5% do crescimento de produtividade da amostra e isso se deveu majoritariamente à saída completa dessas empresas do mercado.

                          A figura abaixo apresenta a contribuição de cada categoria para o crescimento da produtividade da amostra, para cada país.

                           

                          A McKinsey observa que a maioria das empresas de “Destaque” possui grande porte. Em 2011, uma empresa de “Destaque” tinha, em média, 65.000 empregados, e a menor empresas de “Destaque” possuía pouco menos de 500. A maioria das grandes empresas, contudo, não eram “Destaques” e algumas eram classificadas como Retardatárias. 

                          Conforme a metodologia do estudo, empresas de “Destaque” são aquelas que contribuem de forma desproporcional para o crescimento da produtividade. Nos EUA, dentre as empresas que contribuíram positivamente para o aumento da produtividade, as 10% maiores empresas respondem por 54% do emprego e por 68% do aumento da produtividade. Os Destaques, por sua vez, respondem por 23% do emprego e oferecem uma contribuição desproporcionalmente maior para a produtividade, de 78%.

                          O estudo verificou ainda uma certa estabilidade entre as empresas de Destaque: 2/3 das que estavam na amostra entre 2011-2019 (65 empresas no total) permaneceram no período 2019–2023, refletindo o fato de que preservaram a capacidade de inovar ou mantiveram propostas de valor superiores. 

                          Cerca de 20% das empresas de Destaque de 2011-2019, contudo, se tornaram retardatárias no período seguinte e 60% das Retardatárias do primeiro período se tornaram Destaques entre 2019-2023, o que é uma evidência da possibilidade de mobilidade para o grupo superior.

                           

                          Nível vs Crescimento da produtividade 

                          O estudo ressalta que as empresas de “Destaque”, com as maiores contribuições para o crescimento da produtividade, nem sempre são as que exibem os níveis mais elevados de produtividade (medido pelo valor agregado por trabalhador). 

                          No caso dos EUA, em 2011 a amostra analisada continha apenas três empresas de “Destaque” entre as 5% mais produtivas. No Reino eram cinco. Segundo o estudo, as 5% mais produtivas tenderam a ser pequenos negócios com modelos de negócios muito específicos difíceis de replicar. 

                          Outra característica para a qual o estudo chama atenção é a velocidade de crescimento da produtividade das empresas, revelando que embora as empresas de “Destaque” tenham apresentado crescimento da produtividade acima da média, elas não estiveram entre as empresas com crescimento mais acelerado. 

                          Isso se deve, em parte, ao próprio conceito de empresa de “Destaque” adotado pela McKinsey, pois as empresas com crescimento de produtividade mais alto são frequentemente muito pequenas para, individualmente, impactarem a produtividade agregada. 

                          Apesar dessa constatação, o estudo conclui que, coletivamente, as empresas com crescimento da produtividade mais acelerado oferecem contribuição relevante para a produtividade agregada. 

                          Estratégias ousadas e saltos de produtividade 

                          Para entender os fatores que fazem de uma determinada empresa um “Destaque”, o estudo analisou aspectos específicos de cada uma delas (incluindo relatórios anuais) e a dinâmica dos setores em que operavam.

                          A conclusão é que métricas tradicionais de desempenho, como faturamento, EBITDA, CAPEX e até mesmo níveis de gasto em P&D, têm pouco poder explicativo. Ao contrário, o estudo afirma que os fatores que realmente importam são estratégias ousadas que levem a maior crescimento, ofereçam novas propostas de valor e promovam transformações de portfólio, ao contrário da simples busca por maior eficiência.

                          A McKinsey aponta que os “Destaques” se diferenciam pela adoção de 5 movimentos estratégicos, muitas vezes combinados, moldando os setores em que operam e resultando em um crescimento mais rápido no valor para o cliente. A maioria dos movimentos está mais relacionada ao crescimento da receita e a estratégias ligadas ao portfólio do que à eficiência operacional e à redução de custos. 

                          O estudo também constatou que os movimentos das empresas de “Destaques” provocam reações das demais empresas do setor, que são forçadas a ajustar seus próprios modelos de negócio e propostas de valor, impulsionando ganhos de produtividade em resposta às ações iniciais. 

                          Por exemplo, no segmento do varejo, a Amazon escalou um novo modelo de negócio online mais produtivo (movendo-se de disruptor para scaler), enquanto a Home Depot migrou para o e-commerce ao mesmo tempo em que promoveu uma mudança na experiência do cliente nas lojas físicas, se tornando líder da categoria (improver) e a Sears foi forçada a sair do mercado (restructurer).

                          Essas ondas de ações e reações estratégicas são, segundo o estudo, a chave para o crescimento.

                          As empresas Retardatárias, por sua vez, são aquelas que falham em atuar ou que se movem muito lentamente para se adaptarem às novas tendências e aos movimentos das demais.

                          A seguir, um resumo dos cinco movimentos estratégicos empregados pelas empresas de “Destaque” apontados pela McKinsey:

                               1.  Escalar modelos de negócios ou tecnologias mais produtivas – mudança dos modelos tecnológicos e de negócios para alternativas com maior produtividade, que ofereçam maior valor aos clientes ou que demandem menos trabalhadores. 

                               2.  Mudar portfólios regionais e de produtos – inclui a ampliação de linhas de produtos com maior valor para o cliente, redirecionamento para mercados geograficamente mais promissores e rentáveis e expansão para negócios novos ou adjacentes com produtividade inerentemente maior. 

                               3.  Reformular propostas de valor ao cliente para aumentar a receita e o valor agregado – geralmente em resposta a tendências ou ataques competitivos. As estratégias dos Destaques incluíram iniciativas de diferenciação em mercados de massa, exploração de nichos e investimentos em ofertas de valor em mercados de rápido crescimento.

                               4.  Construir escala e efeitos de rede para alcançar mais com menos – economias de escala e escopo são importantes fontes de ganhos de produtividade.

                               5.  Aumentar a eficiência operacional e reduzir custos de aquisição. O estudo cita exemplos de empresas que, juntamente com estratégias que produziram grandes saltos de produtividade, implementaram medidas de aumento da eficiência (e.g. lean manufacturing, redesenho de processos, adoção de tecnologias de automação) e gestão da rede de fornecedores visando à redução de custos.

                          Segundo a McKinsey, as empresas classificadas como “Destaques” no período 2011-2019 aplicaram um ou mais dos movimentos estratégicos acima. O estudo enfatiza, contudo, que mudanças em produtos e nos seus posicionamentos estratégicos foram mais decisivas para ganhos de produtividade do que as medidas focadas em “fazer mais com menos”. 

                          A tabela abaixo apresenta exemplos de empresas que se destacaram em cada uma das 5 estratégias acima, segundo o estudo.

                           

                          A força das empresas líderes e da dinâmica da realocação 

                          O estudo destaca dois padrões associados ao rápido crescimento da produtividade em países e setores. Primeiro, as empresas de fronteira da produtividade têm uma importância desproporcionalmente grande, especialmente nos Estados Unidos e no Reino Unido. 

                          Um segundo padrão importante observado no crescimento da produtividade é a dinâmica da realocação de empregados de empresas menos produtivas para as líderes. Esse efeito foi quase tão importante quanto os avanços na produtividade dentro das empresas e, adicionalmente, foi mais relevante do que a entrada e saída de empresas do mercado. 

                          O estudo divide as empresas em seis grupos, considerando a forma como influenciam na evolução da produtividade. São eles: i) as que parmanecem na fronteira e ganham produtividade; ii) as que permanecem fora da fronteira; iii) as que transitam para a fronteira; iv) as que se afastam da fronteira; v) as que saem do mercado; e vi) as que entram no mercado.

                          Nos países e setores de maior crescimento, o grupo que mais contribuiu para o aumento da produtividade foi o de empresas que permanecem na fronteira. A exceção foi a Alemanha, onde as empresas na fronteira contribuiram negativamente e a maior parte da contribuição positiva veio do grupo de empresas que se moveu para dentro da fronteira. 

                           

                          No nível setorial, não há uma tendência clara sobre quais grupos oferecem as maiores contribuições. De fato, o estudo conclui que o grupo de empresas (na fronteira, fora da fronteira, transitando para a fronteira etc.) que mais contribuiu para o crescimento da produtividade variou dependendo do subsetor analisado. 

                          Apesar dessa heterogeneidade, a McKinsey destaca que, em sete dos nove subsetores com maior crescimento as empresas que permaneceram na fronteira foram a primeira ou segunda principal fonte de crescimento da produtividade, reforçando a ideia de que o crescimento depende fundamentalmente do desempenho dessas poucas empresas.

                          A análise do desempenho das empresas nos diferentes setores revela que avanços das empresas que já estavam na fronteira (divergência em relação às demais), se destacando ainda mais, ocorreram com maior frequência do que os casos em que as retardatárias ganharam produtividade, se aproximando da fronteira (convergência). 

                          Considerando todos os 17 casos, combinando setores e países analisados, em que ocorreu crescimento da produtividade, a McKinsey registrou divergência em 9 deles, convergência em 5 e neutralidade em 3.

                          Segundo a McKinsey, essa constatação tem implicações profundas para o debate sobre "convergência", baseado na ideia de que a produtividade seria gerada em grande parte por empresas menos produtivas que se aproximam das mais produtivas ao longo do tempo, à medida que ideias e melhores práticas se difundem. 

                          Ademais, é importante frisar que nem sempre a convergência resulta do crescimento da produtividade das empresas fora da fronteira em relação às líderes. Há casos em que, ao contrário, o aumento relativo das empresas fora da fronteira decorre da redução do tamanho das empresas menos produtivas ou até mesmo da sua saída do mercado.

                          Para a McKinsey, a realocação de empregados entre as empresas foi quase tão importante quanto o crescimento da produtividade intrafirma.

                          Nos EUA, a dinâmica de realocação de funcionários para empresas mais produtivas foi responsável por quase metade do crescimento da produtividade da amostra. Em todos os setores avaliados, a realocação de empregos foi o efeito dominante em 40% dos que apresentaram crescimento. Essa constatação reforça a visão de que empresas muito produtivas que ganham participação podem deslocar a média e impulsionar a produtividade. 

                          Nos outros dois países esse padrão não foi observado: no Reino Unido a realocação serviu apenas para neutralizar uma queda de -0,2 da produtividade intrafirma, resultando em crescimento nulo, e na Alemanha a contribuição da realocação foi negativa, como ilustra a figura a seguir.

                          Nesse contexto, a McKinsey chama atenção para dois temas relevantes para a política industrial: i) a necessidade de equilíbrio entre possibilitar o crescimento das empresas líderes e garantir a concorrência; e ii) a discussão sobre até que ponto as empresas mais atrasadas devem ser apoiadas. 

                           

                          As empresas que saíram do mercado contribuíram positivamente para o crescimento da produtividade do país e do setor, abrindo caminho para empresas mais produtivas. Contribuição positiva semelhante não foi observada com a entrada de novas empresas.

                          A contribuição positiva da saída de empresas do mercado foi particularmente expressiva na amostra dos EUA, onde somaram 0,5 ponto percentual ao crescimento da produtividade. O estudo argumenta que esse resultado pode refletir um sistema econômico e legislativo que permite que empresas improdutivas deixem o mercado com relativa rapidez e que os empregos migrem para empresas mais produtivas. 

                          Nos outros dois países analisados, o efeito positivo da saída de empresas também foi relevante em setores de alto crescimento.

                          Com relação ao impacto relativamente pequeno da entrada de novas empresas na produtividade, a McKinsey argumenta que pode ser um reflexo do período de análise relativamente curto da pesquisa, de apenas oito anos. Assim, é possível que as novas empresas apenas não tenham tido tempo suficiente para escalar e oferecer uma contribuição mais relevante para a produtividade. 

                          Um novo manual de produtividade, segundo a McKinsey 

                          A produtividade, defende a McKinsey, é um imperativo estratégico, sobretudo quando se consideram as mudanças demográficas de longo prazo e os atuais mercados de trabalho concorridos e que podem permanecer assim. Nessas condições, uma taxa saudável de crescimento da produtividade pode não apenas gerar mais valor a partir de uma força de trabalho escassa, como também viabilizar os salários mais altos necessários para atrair os melhores talentos.

                          O desafio é como promover o crescimento da produtividade. Nesse contexto, a McKinsey argumenta que os resultados encontrados neste estudo em parte complementam e em parte desafiam visões estabelecidas sobre o tema.

                          A principal conclusão do estudo é que o impacto de grandes saltos de produtividade de um pequeno conjunto de empresas supera os ganhos advindos da difusão gradual da produtividade entre um grande número de empresas. 

                          Analisando os principais mecanismos que levam ao aumento da produtividade, a pesquisa demonstrou a importância da realocação de trabalhadores de empresas menos produtivas para aquelas com melhor desempenho, destacando que essa “modalidade” de destruição criativa foi inclusive mais relevante do que a baseada na saída e entrada de empresas do mercado.

                          Por fim, o estudo defende que a importância do desempenho de empresas individuais não se limita à amostra analisada. Em um exercício mais abrangente, mesmo considerando a produtividade agregada dos países, o crescimento da produtividade das empresas de destaque em cada país afeta de forma relevante a produtividade total. 

                          Diante disso, a McKinsey propõe uma nova abordagem para o desafio da produtividade, baseada em seis pilares.

                          1. Poucas empresas puxam o crescimento da produtividade

                          Políticas convencionais consideram que o crescimento decorre de ganhos de produtividade disseminados entre um grande conjunto de empresas e, para alcançar esse objetivo, lançam mão de medidas voltadas à melhoria do ambiente de negócios e à difusão de boas práticas, entre outros instrumentos de política industrial. 

                          O papel dos “Destaques”, revelado por este estudo, recomenda uma maneira diferente (ou complementar) de pensar sobre quais medidas podem ser mais eficazes, considerando as contribuições assimétricas das empresas.

                          Dados resultados do estudo, a McKinsey aponta algumas questões que ficam em aberto. Em quais setores há poucos ou muitos Destaques e o que pode ser feito? Abordagens mais individualizadas em relação às empresas e suas contribuições seriam úteis? Que medidas podem ser mais eficazes para estimular as empresas a crescerem e criarem mais valor ou, alternativamente, a se “reestruturarem”?

                          Com base na constatação de que os EUA possuem muitos “Destaques” no setor de computação e eletrônica e, por outro lado, que a Alemanha possui muitos “Destaques” no setor automotivo, os que os governos podem fazer para fomentar o surgimento de Destaques em outros setores? Como evitar que o estímulo ao surgimento e crescimento de empresas de Destaques se converta em captura do Estado?

                          2. Improvers incumbentes são a maioria dos Destaques

                          A maioria dos Destaques são incumbentes de grande porte que acumulam ganhos de produtividade ao longo do tempo (improvers). Apenas 20% dos Destaques são scalers (empresas de rápido crescimento) que assumem posições de liderança (e.g. Amazon e Apple) e 10% são disruptors. Assim, a McKinsey propõe responder: como as grandes incumbentes podem permanecer ágeis e inovadoras para permanecerem ou se tornarem Destaques? 

                          O estudo mostra que grandes empresas incumbentes são “Retardatárias” com a mesma frequência como que que se destacam. O que distinguiria, então, aquelas que se reinventam com sucesso e se mantêm à frente de novas oportunidades e tendências daquelas que ficam para trás? 

                          3. Ações e reações ousadas, mais do que imitação

                          O processo de difusão e imitação de boas práticas de empresas líderes para retardatárias previsto na literatura de fato ocorre, mas a principal fonte do crescimento da produtividade são movimentos estratégicos ousados, que então provocam respostas dos competidores. Essa dinâmica de ação e resposta produz saltos de produtividade que podem ser observadas no nível setorial e da firma.

                          Como as empresas podem, então, se organizar para reagir rapidamente às novas tecnologias e a modelos de negócios emergentes e qual é o papel da política pública? A McKinsey também se pergunta como aumentar a exposição das empresas à competição global e às novas ideias, necessárias para estimular a criação de valor, para que os investimentos em P&D permaneçam na vanguarda e qual formação de recursos humanos para lideranças e para inovação pode acelerar a produtividade.

                          4. Estratégia, mudanças de portfólio e criação de valor, mais do que busca por eficiência

                          Eficiência operacional é importante, mas o crescimento da produtividade na empresa é gerado principalmente por movimentos estratégicos que criam modelos de negócios e promovem mudanças para portfólios mais produtivos e geram valor para o cliente ou inovação em escala.

                          Entre as provocações levantadas pela McKinsey está como as empresas podem reinventar modelos de negócio e formas de gerar valor para o cliente enquanto buscam ganhar produtividade com novas tecnologias, incluindo IA? 

                          O foco das empresas com o uso de novas tecnologias, particularmente da IA generativa, é aumentar a eficiência de processos e reduzir custos, fatores que, como revelado pela pesquisa, não são as principais fontes de ganhos de produtividade. Qual o potencial dessas tecnologias para promover ganhos de receita por meio da criação de valor novo? Qual o papel de estratégias de fusões e aquisições nesse contexto? 

                          5. Escalar a inovação tem mais importância do que novos entrantes 

                          A entrada de empresas inovadoras no mercado é importante no longo prazo, pois serão os Destaques do futuro. No médio prazo, contudo, o crescimento da produtividade é impulsionado por inovações de empresas que já ocupam posição de Destaque. Para isso, as empresas precisam ter a estratégia certa e implementá-las em escala. 

                          Por outro lado, as pequenas e médias empresas que não inovam nem escalam podem desempenhar muitos papéis sociais importantes, mas, de modo geral, não impulsionam a produtividade.

                          Como fomentar o surgimento dos Destaques do amanhã? Quais políticas podem ajudar startups a escalar e aumentar a produtividade mais rapidamente? Quais políticas existentes podem retardar o surgimento de novas empresas líderes e promover a consolidação daqueles que provavelmente não serão líderes? Qual o papel do setor privado (e.g. empresas, fundos de capital de risco) no fortalecimento das capacidades e dos ecossistemas necessários para implementar inovação em escala? São alguns dos questionamentos colocados pela McKinsey.

                          6. Realocação dinâmica em direção às empresas líderes e melhorias internas

                          A saída do mercado de empresas improdutivas e a transferência de empregos de empresas menos produtivas para empresas mais produtivas é um dos canais mais importantes para o crescimento da produtividade a médio prazo. 

                          Internamente às empresas, a realocação de recursos para atividades de maior valor é um dos mais importantes impulsionadores da produtividade. As lideranças das empresas podem repensar sua governança para facilitar a realocação de recursos?

                          O estudo destaca o dinamismo do mercado de trabalho dos EUA como um fator que contribui para o aumento da produtividade ao facilitar a migração do emprego de empresas menos produtivas para mais produtivas. Por isso, a McKinsey também questiona que políticas poderiam apoiar ajustes dinâmicos do emprego na direção das empresas mais produtivas e, ao mesmo tempo, auxiliar as empresas menos produtivas a se reestruturarem?

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                          Publicado em: 28/04/2025

                          Em 2024, o Brasil comprou mais e de mais parceiros internacionais do que conseguiu ampliar e diversificar nossas exportações de manufaturados, o oposto do que precisaria fazer para enfrentar as mudanças atuais no comércio mundial.

                           

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