Destaque IEDI - Comércio global sob transformação
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Os últimos dados divulgados pela UNIDO (United Nations Industrial Development Organization) apontam que a produção da indústria de transformação global cresceu +1,1% no 2º trim/25 ante o trimestre anterior, enquanto no Brasil desacelerou para -0,6%.
Os diferentes regimes de tributação do lucro das empresas, a princípio motivados pela simplificação, levaram a uma disparidade de alíquotas efetivas, favorecendo a “pejotização”, desincentivando o crescimento das empresas e prejudicando o ambiente concorrencial.
No contexto mundial de acirramento de conflitos geoeconômicos, o Brasil ainda não conta com muitos instrumentos de proteção e retaliação, mas tem à mão ativos estratégicos em energia, agricultura e mineração, além do tamanho de seu mercado interno, que podem lhe dar poder de barganha.
Os dados divulgados hoje pelo IBGE mostram que a indústria deu um passo à frente em ago/25, após meses seguidos de resultados fracos ou negativos, mas a alta deve ser vista com cautela.
Com a persistente elevação dos juros desde set/24, a indústria nacional vem perdendo tração e os setores mais intensivos em tecnologia pisaram mais fortemente no freio.
No primeiro semestre do ano, os embarques da indústria de transformação brasileira cresceram +4,7% , bem à frente do total de nossas exportações (-0,7%). Esta vantagem, entretanto, pode se reduzir a partir de ago/25, em função do tarifaço americano.
Os últimos dados do MDIC indicam os efeitos iniciais do “tarifaço” sobre a maioria dos produtos que o Brasil exporta para os EUA.
Para a indústria, o resultado do mês de jul/25, divulgado hoje pelo IBGE, reforça a tendência da primeira metade do ano, marcada por desaceleração e uma predominância de variações negativas.
Os dados divulgados hoje pelo IBGE indicam importante enfraquecimento da demanda doméstica do país no 2º trim/25, sob o peso do aumento das taxas de juros.
Além da alta informalidade, o aumento de práticas ilegais de certas empresas e a entrada de grupos criminosos em atividades econômicas lícitas colocam em risco a segurança pública, mas também criam um ambiente de concorrência desleal e geram grandes ineficiências econômicas.
