Economia e Indústria - Indústria e Política Industrial
Nos últimos anos, o gasto tributário tem crescido expressivamente, sem uma devida avaliação das desonerações e pesando sobre o equilíbrio fiscal, mas também há distorções competitivas e distributivas menos discutidas associadas a eles.
Embora três dos quatro grupos da indústria por intensidade tecnológica tenham desacelerado no 2º trim/25, aqueles mais intensivos em tecnologia foram os que pisaram mais fortemente no freio.
Ainda que o novo aumento de tarifas pelos EUA venha a prejudicar o desempenho exportador brasileiro, ao menos na primeira metade de 2025, os bens industriais de maior intensidade tecnológica conseguiram ampliar seus embarques.
Além da alta informalidade, o aumento de práticas ilegais de certas empresas e a entrada de grupos criminosos em atividades econômicas lícitas colocam em risco a segurança pública, mas também criam um ambiente de concorrência desleal e geram grandes ineficiências econômicas.
O aumento dos juros no segundo semestre e a forte desvalorização cambial comprometeram a rentabilidade da indústria brasileira em 2024, levando sua margem líquida a patamares inferiores a 2020, ano do choque da pandemia.
A China se tornou a “fábrica do mundo”, mas em um ritmo bastante acelerado vem também se firmando como um polo inovativo inconteste, constituindo competências industriais de alta tecnologia.
No 1º trim/25, os grupos de maior intensidade tecnológica foram os que mais desaceleraram, embora tenham se mantido com um desempenho superior ao agregado da indústria de transformação.
Embora não faltem especulações sobre ganhadores e perdedores da elevação de tarifas comerciais pelos EUA, os cenários mais recentes dos organismos multilaterais indicam enfraquecimento do PIB global e do comércio internacional.
Em 2024, devido ao crescimento robusto e difundido entre os diferentes ramos da indústria, o emprego industrial se expandiu, superando o aumento do emprego do agregado do setor privado.
A indústria de transformação ampliou sua produção em 2024, apresentando especificidades em relação à última década, o que também inclui a distribuição deste dinamismo entre suas diferentes faixas de intensidade tecnológica.
Em 2024, embora as exportações de bens industriais de alta tecnologia e de média-baixa tenham aumentado, apenas este último grupo melhorou seu saldo de balança.
No 3º trim/24, o desempenho da indústria de transformação brasileira não só, mais uma vez, foi superior ao do total mundial, como sua vantagem se ampliou.
O ano de 2024 tem se destacado pelo aumento da produção da indústria de transformação de alta tecnologia pela primeira vez desde 2018.
Documento recente da McKinsey avalia as oportunidades que a transição energética mundial traz para o Brasil, se bem aproveitadas.
O cenário básico do FMI projeta para 2024-2025 um crescimento praticamente igual ao de 2023, com pequena melhora nas economias avançadas e desaceleração dos emergentes.
No 2º trim/24, todos os quatro grupos da indústria de transformação por intensidade tecnológica apontaram aumento de produção, sob liderança da alta e média-alta tecnologia.
A produção da indústria de transformação mundial ganhou velocidade no 2º trim/24 e o Brasil continuou ascendendo no ranking internacional do setor.
Sem considerar a variação de preços, as importações de bens industriais avançaram a um ritmo de dois dígitos em jan-jun/24, ante um crescimento modesto da produção industrial interna e estagnação de suas exportações.
O volume de crédito bancário no país voltou a crescer no 1º semestre de 2024, com auxílio da redução da taxa básica de juros, a Selic, entre ago/23 e mai/24.
O IEDI atualizou o estudo sobre a rentabilidade e o endividamento das empresas não financeiras em 2022-2023, com ênfase no setor industrial.
