Estudos IEDI
O ano de 2023 terminou com sinais de reaquecimento da indústria mundial, sob influência do dinamismo industrial chinês e da melhora do quadro nas economias de alta renda.
Em 2023, a indústria de transformação voltou a se retrair, na esteira de desempenhos adversos dos ramos de maior intensidade tecnológica.
Mesmo com queda no PIB e na produção física, a indústria de transformação aumentou o seu número de ocupados em 2023, devido à maioria de seus ramos e sobretudo com carteira assinada.
Em 2023, enquanto a supersafra de grãos e a demanda chinesa favoreceram as exportações de produtos primários, a desaceleração do comércio global e da indústria mundial prejudicaram os embarques da indústria brasileira.
As condições creditícias do Brasil, sobretudo para as empresas, permaneceram pouco favoráveis à dinamização da atividade econômica ao longo da maior parte de 2023.
A construção de um Observatório de política industrial permitiu ao FMI identificar tendências recentes (2023) tanto em economias avançadas como em países emergentes e em desenvolvimento.
O déficit em bens da indústria de transformação caiu em 2023, sob influência de bens de média-alta e média-baixa tecnologia, mas não se deu em função da alta de exportações.
Estudo divulgado pela CEPAL aponta desafios da implementação do plano Biden e identifica potenciais efeitos para os países da América Latina e Caribe.
O déficit da balança comercial da indústria de transformação recuou mais intensamente no 3º trim/23, devido aos grupos de alta, média-alta e média-baixa tecnologia.
Os dados mais recentes da UNCTAD mostram que o IDE global se retraiu em 2022, mas a entrada e investimentos no Brasil avançou fortemente, elevando nossa colocação no ranking mundial dos maiores receptores de IDE.
O Brasil e o mundo compartilham de um quadro de virtual estagnação de sua produção manufatureira em 2023, mas em relação a um ano atrás estamos piores.
No 2º trim/23, as novas concessões de crédito bancário recuaram em relação a um ano atrás, puxadas pelas operações junto a empresas no segmento livre.
No 2º trim/23, a indústria de transformação registrou um recuo mais intenso do que no 1º trim/23, influenciada pela deterioração do desempenho de seus ramos de maior intensidade tecnológica.
Na entrada de 2023, devido às altas taxas de juros no país e à desaceleração da demanda interna, o custo financeiro das empresas aumentou e sua rentabilidade líquida caiu.
Na primeira metade de 2023, houve redução do déficit da indústria de transformação, sob influência do menor déficit da indústria de média-alta tecnologia e da resiliência do superávit da indústria de média-baixa.
Estudo do Banco Mundial com empresas brasileiras mostra que a exportação tem efeito positivo na probabilidade de as empresas adotarem tecnologias avançadas em diversas funções do negócio.
O aumento dos juros no mundo e a desaceleração do PIB global tiveram impacto nas vendas externas do Brasil no 1º sem/23, por meio tanto dos preços como das quantidades exportadas.
No 1º trim/23 houve aumento mais moderado do emprego no setor privado, inclusive na indústria, mas os postos com carteira assinada seguiram na frente.
Assim como muitos estudos vêm apontando, a produtividade da indústria brasileira tem crescido muito pouco e o padrão verificado na primeira metade da década de 2010 também marcou o período subsequente até 2020.