Destaque IEDI
Em 2025, a perda de fôlego industrial do Brasil tem feito o país rapidamente perder posições no ranking, construído pelo IEDI, com os parques industriais mais dinâmicos do mundo.
Os últimos dados divulgados pela UNIDO (United Nations Industrial Development Organization) apontam que a produção da indústria de transformação global cresceu +1,1% no 2º trim/25 ante o trimestre anterior, enquanto no Brasil desacelerou para -0,6%.
Os diferentes regimes de tributação do lucro das empresas, a princípio motivados pela simplificação, levaram a uma disparidade de alíquotas efetivas, favorecendo a “pejotização”, desincentivando o crescimento das empresas e prejudicando o ambiente concorrencial.
No contexto mundial de acirramento de conflitos geoeconômicos, o Brasil ainda não conta com muitos instrumentos de proteção e retaliação, mas tem à mão ativos estratégicos em energia, agricultura e mineração, além do tamanho de seu mercado interno, que podem lhe dar poder de barganha.
Em 2025, aumento as tarifas de importação pelo governo Trump acelera um processo de transformação da governança global que já vinha se desenhando desde a crise global de 2008-2009.
Os dados divulgados hoje pelo IBGE mostram que a indústria deu um passo à frente em ago/25, após meses seguidos de resultados fracos ou negativos, mas a alta deve ser vista com cautela.
Com a persistente elevação dos juros desde set/24, a indústria nacional vem perdendo tração e os setores mais intensivos em tecnologia pisaram mais fortemente no freio.
No primeiro semestre do ano, os embarques da indústria de transformação brasileira cresceram +4,7% , bem à frente do total de nossas exportações (-0,7%). Esta vantagem, entretanto, pode se reduzir a partir de ago/25, em função do tarifaço americano.
Os últimos dados do MDIC indicam os efeitos iniciais do “tarifaço” sobre a maioria dos produtos que o Brasil exporta para os EUA.
Para a indústria, o resultado do mês de jul/25, divulgado hoje pelo IBGE, reforça a tendência da primeira metade do ano, marcada por desaceleração e uma predominância de variações negativas.
Os dados divulgados hoje pelo IBGE indicam importante enfraquecimento da demanda doméstica do país no 2º trim/25, sob o peso do aumento das taxas de juros.
Além da alta informalidade, o aumento de práticas ilegais de certas empresas e a entrada de grupos criminosos em atividades econômicas lícitas colocam em risco a segurança pública, mas também criam um ambiente de concorrência desleal e geram grandes ineficiências econômicas.
O último levantamento da UNCTAD, recém divulgado, sobre os investimentos diretos externos (IDE) no mundo indicam mais uma retração de dois dígitos em 2024.
O desempenho dos grandes setores econômicos nos últimos meses indica continuidade da desaceleração do nível de atividade no 2º trim/25.
O desafio climático e ambiental pelo qual o mundo passa vem criando relativo consenso sobre oportunidades que podem se abrir para o Brasil, a questão é transformar nosso potencial em desenvolvimento efetivo.
A indústria brasileira, depois de importante reação em 2024, vem perdendo fôlego, sob o peso da alta dos juros, mas também das incertezas fiscais e da volatilidade cambial.
Os dados divulgados recentemente pela UNIDO indicam que, diferentemente do Brasil, a indústria no mundo ganhou vigor na entrada de 2025.
Em 2024, a economia brasileira se saiu melhor do que muitos previam e para a indústria de transformação foi um ano importante de reação.
O tarifaço do governo Trump sobre nossas exportações prejudica não apenas o Brasil, mas o comércio global.
Estudo da McKinsey, com mais de oito mil empresas, identificou que poucas grandes empresas, em geral com estratégias arrojadas, são as principais alavancas da produtividade recente em países desenvolvidos.
 
                                
                                