Destaque IEDI
A indústria brasileira reduziu mais intensamente sua produção em nov/24, dando indícios de esgotamento da tendência de aceleração que vinha registrando no contraste com o ano passado.
Os países latino-americanos, e não apenas o Brasil, estão significativamente menos integrados nos mercados globais do que outros países emergentes, muito embora haja casos constrastantes na região.
Assim como os EUA, o Brasil também apresenta profundo desequilíbrio nas relações comerciais com a China, no nosso caso devido a pautas exportadora e importadora radicalmente assimétricas: commodities no lado exportador e manufaturas no lado importador.
A sequência de resultados da nossa indústria de transformação desde o final de 2023 não deixa dúvida sobre a boa direção que a conjuntura do setor tem tomado, mas o quadro macroeconômico atual não traz boas perspectivas.
Em levantamento recente, o FMI contabilizou, apenas em 2023, 2.500 novas medidas de política industrial ao redor do mundo, sobretudo subsídios.
A ascensão da China como grande produtor e exportador global de manufaturas teve sérias implicações para o Brasil e sua indústria.
A China vem se firmando como o maior parceiro comercial do Brasil, respondendo sozinha por pouco mais de ¼ de nossas trocas internacionais.
O sinal negativo que marcou o desempenho da indústria brasileira no mês de out/24 (-0,2%) ficou restrito a uma pequena parcela do setor e pode ser lido como um dado pontual, em meio à trajetória de expansão de 2024.
Embora as incertezas fiscais do país venham pressionando a trajetória das taxas de juros e implicando forte volatilidade da taxa de câmbio, o ritmo de crescimento do investimento, ao menos por ora, se manteve resiliente.
Em publicação recente, a McKinsey estimou ganhos que o Brasil pode obter se aproveitar bem as oportunidades que estão de abrindo na transição ecológica mundial.
As últimas pesquisas conjunturais divulgadas pelo IBGE dão uma sinalização positiva para o dinamismo econômico do 3º trim/24.
As últimas projeções do FMI apontam para uma retomada do comércio mundial de bens e serviços em 2024 e 2025, depois de ter se aproximado da estabilidade no ano passado (+0,8%).
A indústria de transformação brasileira vem conseguindo crescer em uma trajetória com resultados cada vez mais robustos. No 1º semestre teve alta de +2,7%, para então avançar +4,5% no 3º trim/24.
A indústria brasileira avançou novamente no mês de set/24, segundo os dados divulgados hoje pelo IBGE.
A indústria mundial ganhou velocidade do 2º trim/24, segundo a UNIDO, puxada pelos países industrializados de alta renda e pelos ramos de maior intensidade tecnológica.
Na primeira metade do ano, a crescente penetração de importados ao longo das cadeias impulsionaram mais fortemente as compras externas de bens industriais do Brasil.
O quadro industrial do país em ago/24 foi de estabilidade, o que representa uma melhora relativa face ao declínio do mês precedente, mas que esconde uma profusão de sinais negativos entre seus ramos.
Em 2023, a lucratividade da indústria brasileira encolheu, atingindo patamares inferior ao pré-pandemia da Covid-19.
As exportações mundiais de bens têm perdido força nos últimos anos, segundo a OMC.
No mundo, os investimentos diretos externos (IDE) encolheram em 2023, segundo a Unctad, contudo, os projetos na indústria manufatureira foram exceção.