Destaque IEDI - Retrocesso Industrial: uma excepcionalidade brasileira
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Segundo o último relatório da UNIDO, a produção da indústria mundial voltou a ganhar tração no fim de 2023, com base no crescimento industrial da China e em uma melhora nos países de alta renda.
Em 2024, a indústria de transformação voltou a crescer, segundo os últimos dados do IBGE, registrando +1,5% no acumulado dos três primeiros meses do ano. Mas já no final do ano passado havia sinais de progresso. O IEDI, como faz regularmente, desmembrou este desempenho em grupos por intensidade tecnológica, a partir de metodologia divulgada pela OCDE.
Juntamente com o registro de expansão de +0,9% da produção industrial em mar/24, a última pesquisa do IBGE também corrigiu para cima os resultados dos dois meses iniciais do ano, reforçando as indicações de uma melhora do quadro da indústria nacional.
Em 2023, o ritmo de criação de empregos no setor privado perdeu força, mas manteve-se a tendência de redução da informalidade e de expansão do rendimento real dos ocupados.
Neste início de ano, temos visto uma convergência do desempenho entre os grandes setores da economia.
Em 2023 as vendas externas do Brasil encolheram -2,3% em valor e -0,9% em quantum.
Em 2023, o Brasil atingiu um superávit recorde de balança comercial de bens de US$ 98,8 bilhões, registrando alta de +60,8% em relação a 2022 ou cerca de US$ 37 bilhões adicionais de saldo.
O grau de industrialização, que é um indicador-chave do desenvolvimento econômico, aumentou nas últimas três décadas no mundo, contrariando a ideia de desindustrialização generalizada.
A indústria brasileira ainda não deu nenhum sinal positivo em 2024, embora esteja em patamar superior ao da entrada do ano passado.
O crédito, quando ofertado em condições adequadas e utilizado com responsabilidade, é uma poderosa alavanca do dinamismo econômico, viabilizando investimentos e decisões de consumo de bens de maior valor, mas em 2023 tal mecanismo foi pouco favorável ao crescimento.