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                          IEDI na Imprensa - Tarifaço derruba exportação da indústria

                          Publicado em: 28/11/2025

                          Valor Ecoômico

                          Queda nas vendas do setor para EUA foi de 14,5% no 3º tri, ante alta de 5,9% para os demais países

                          Marta Watanabe

                          No terceiro trimestre de 2025 as exportações totais da indústria de transformação brasileira para os EUA caíram 14,5% na comparação com iguais meses de 2024, a perda mais intensa desde a pandemia. Além de questões de mercado, como a queda geral na exportação brasileira de derivados de petróleo, o quadro foi influenciado pelo tarifaço estabelecido pelo presidente americano, Donald Trump.

                          O dado da exportação aos EUA contrasta com a do total da exportação brasileira de bens da indústria de transformação, que cresceu 2,4% de julho a setembro contra igual período do ano passado. Se considerarmos os embarques totais exceto os Estados Unidos, houve crescimento de 5,9% nos produtos da indústria manufatureira.

                          Dentre as quatro faixas por intensidade tecnológica em que os produtos industriais podem ser classificados, duas condicionaram a perda no caso dos embarques aos americanos no terceiro trimestre: a média tecnologia, com recuo de 23,6%, e a média-baixa tecnologia, com queda de 16,5%.

                          Os dados são de levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), que usa a classificação por intensidade tecnológica da OCDE. Segundo o estudo, a faixa que mais concentrou os efeitos negativos da política tarifária dos Estados Unidos foi a da média-baixa tecnologia. Relevante, esse grupo representou 36,8% das exportações da indústria de transformação brasileira aos EUA no acumulado de janeiro a setembro deste ano.

                          A média-baixa tecnologia inclui, entre outros, vestuário, couro e calçados; produtos de madeira e móveis, bens alimentícios, produtos de metal e derivados de petróleo e biocombustíveis. Rafael Cagnin, economista-chefe do IEDI, observa que a faixa inclui muitos dos produtos que foram incluídos na lista dos novos itens isentos do tarifaço na decisão divulgada em 20 de novembro. Isso melhora as perspectivas para os produtos dessa faixa, diz. A decisão americana veio muito próxima ao fim do ano, nota. É possível que as nova isenções contribuam para regularizar alguns embarques no fim de 2025, mas, como há outras influências no grupo agregado, os efeitos mais claros da nova medida devem aparecer somente em 2026, avalia.

                          Efeitos mais claros da nova isenção adotada pelos EUA devem aparecer somente em 2026

                          Cagnin salienta que a faixa de média-baixa tecnologia não somente concentrou os efeitos do tarifaço como também atingiu um grupo de produtos nos quais a exportação aos EUA vinha melhor que a do resto do mundo no decorrer do primeiro semestre, antes da aplicação do tarifaço de 50%, que veio a partir de agosto.

                          As vendas dos produtos de média-baixa tecnologia aos EUA subiram 20,6% no primeiro trimestre e 8,2% no segundo. No terceiro, caíram 16,5%. No ano até setembro, elas ainda acumulam alta de 2,9%. Para o resto do mundo houve quedas nos três trimestres: de 2,1% no primeiro, 3,9% no segundo e de 0,6% no terceiro. No acumulado até setembro há queda de 1,6%, sempre ante igual período de 2024.

                          O estudo aponta que, no terceiro trimestre, a queda dos embarques aos EUA na média-baixa tecnologia respondeu por 76% da redução total exportada nessa faixa para todos os destinos atendidos pelo Brasil. Na relação bilateral Brasil-EUA a média-baixa tecnologia conseguiu superávit, mas seu saldo no terceiro trimestre de 2025 foi o equivalente a apenas 13% do saldo do mesmo período do ano anterior, aponta.

                          Na média intensidade, as exportações aos Estados Unidos caíram 23,6% no terceiro trimestre contra iguais meses do ano passado. A queda veio em taxa alta, mas Cagnin observa que esse grupo de produtos já vinha com trajetória oscilante antes mesmo do tarifaço. Dentro dessa faixa, destaca-se, em igual período, redução de 30,2% e de 24,9% em metalurgia e bens diversos, respectivamente. Juntas, a média e a média-baixa tecnologia responderam, por 63% da queda das exportações de bens da indústria de transformação para os Estados Unidos de julho a setembro de 2025 ante iguais meses de 2024, destaca o estudo.

                          Na média alta tecnologia, nota Cagnin, houve queda nas exportações de bens industriais aos EUA de 7,6%, puxadas por automóveis. O grupo de veículos automotores, reboques e carrocerias caiu 23,9% no terceiro trimestre ante iguais meses de 2024.

                          O desempenho das vendas aos americanos nessa faixa contrasta com a do resto do mundo. As exportações para os demais mercados de bens da média-alta tecnologia cresceram 19,2% de julho a setembro ante mesmos meses do ano passado. Nessa faixa, avalia Cagnin, apesar das perdas nos embarques aos americanos, as vendas ao resto do mundo compensaram largamente.

                          "Os Estados Unidos não são um destino tão importante para parte importante dos produtos." Ele lembra também que outros fatores ajudaram no bom desempenho dessa faixa a outros destinos, como a estabilização da economia argentina, que permitiu aumento da venda de automóveis ao sócio do Mercosul no decorrer deste ano.

                          Já a alta intensidade tecnológica foi a única das quatro faixas nas quais houve alta (4%) nas exportações aos Estados Unidos de julho a setembro. No primeiro e segundo trimestres, os embarques desse grupo aos americanos cresceram 13,9% e 15,5%, nessa ordem. "A alta tecnologia passou ilesa. Teve uma redução de ritmo nas exportações aos EUA, mas a base de comparação é alta também. E há variação positiva tanto para os americanos quanto para o restante do mundo."

                          A exportação mais representativa dentro da faixa de alta intensidade tecnológica são as aeronaves, diz Cagnin, que "foram blindadas" com a isenção do tarifaço desde julho. A exportação desse grupo para o resto do mundo aumentou 21,2% no terceiro trimestre ante iguais meses do ano passado.

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