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                          IEDI na Imprensa - Indústrias de média e alta tecnologia sofrem mais com crise por Covid-19, mostra IEDI

                          Publicado em: 26/08/2020

                          Broadcast Estadão

                          Thaís Barcellos

                          As indústrias de média e alta complexidade tecnológica foram as mais afetadas pelo choque provocado pelo coronavírus na primeira metade de 2020 no País, conforme análise realizada pelo Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (IEDI), seguindo a classificação da OCDE. Nenhum segmento tecnológico, do mais elevado ao mais básico, escapou do tombo, mas a diferença de magnitude é evidente, com a perda de 23,8% da indústria de média-alta tecnologia superando em muito a da produção industrial total (-10,9%). Essa análise será tema da próxima Carta IEDI, mas foi antecipado com exclusividade ao Broadcast.

                          Com a elevada incerteza desencadeada pela crise inédita, os segmentos com maior complexidade tecnológica sofreram mais com a dificuldade de financiamento e de confiança, diz o economista do IEDI, Rafael Cagnin. E a grande integração com a cadeia de suprimentos global foi um obstáculo adicional. De forma geral, o setor industrial foi o mais prejudicado pela pandemia, que provocou quedas históricas na produção, superando a recessão de 2015-2016. Agora, o IEDI afirma que o desafio é engatar uma recuperação mais robusta e disseminada para recuperar as perdas acumuladas desde 2014, dinamizar mais a economia e acompanhar a onda de inovação tecnológica mundial. Caso contrário, o risco é perder mais mercados de exportação para concorrentes, como a China, repetindo o que ocorreu depois da crise de financeira, em 2008-2009.

                          Segundo a classificação da OCDE, os setores da indústria de transformação são classificados de alta à média-baixa complexidade tecnológica, enquanto a indústria extrativa é toda de média-baixa tecnologia. As perdas derivadas da pandemia na primeira parte do ano nos segmentos de média-alta e média tecnologia (-14,6%) também superaram as do pior ano da crise passada, em 2016. A análise do IEDI reforça ainda que o impacto mais significativo foi sentido no segundo trimestre, com recuo de 42,8% e 25,7%, nessa ordem, se comparados ao mesmo período do ano passado. Na mesma base de comparação, a indústria geral caiu 19,4% - a maior queda da série histórica - e a de transformação teve contração de 21,8%.

                          Na média-alta tecnologia, o carro-chefe do retrocesso foi o setor automotivo, com as perdas de 73,5% no trimestre e de 43,6% na primeira metade do ano, refletindo a paralisação das linhas de produção durante a fase mais aguda do isolamento social. Mas, com exceção de produtos químicos, com -8,9% entre abril e junho, todas as outras atividades tiveram dois dígitos de queda na produção no período, como máquinas e equipamentos (-32,3%) e instrumentos médicos (47,5%). A indústria de média complexidade tecnológica, por sua vez, mostrou impacto mais bem distribuído entre suas atividades, entre 19,4% e 36,9%, com o ramo de metalurgia (-29,1%) destacado pelo IEDI em função do recuo ainda expressivo em junho (-25,3%).

                          A queda tampouco foi desprezível na alta tecnologia, ainda mais porque se sobrepõe à redução significativa entre janeiro e junho do ano passado (-6,3%). Nesse segmento, o recuo nos seis primeiros meses de 2020 foi de 9,6% e, no segundo trimestre, de 15,3%. A notícia boa é que a indústria de alta tecnologia foi a única que mostrou alguma recuperação em junho ante igual mês de 2019, com a alta de 1,0% sustentada pela indústria farmacêutica (13,1%), um dos setores beneficiados pela crise provocada pela Covid-19 e um dos poucos que cresceu no semestre (2,0%). Por outro lado, a fabricação de aeronaves tem perda de 49,7% em 2020 e a produção do complexo de eletrônico ficou 15,5% menor, em parte relacionada aos prejuízos na fabricação de equipamentos de áudio, vídeo e comunicação no Complexo Industrial de Manaus, localidade em que a Covid-19 teve impacto mais severo nos primeiros meses da pandemia.

                          Os dois outros ramos que terminaram o primeiro semestre de 2020 no azul são classificados como de média-baixa tecnologia: a indústria alimentícia, de bebidas e fumo (0,5%) e a produção de coque e produtos derivados de petróleo e biocombustível (3,7%). E explicam a queda mais modesta do segmento na indústria de transformação, de 4,6%, na primeira metade do ano, mesmo com a atividade têxtil, mais intensiva em trabalho, recuando 31,4% no período. Já a indústria extrativa, muito abalada pelos desdobramentos da tragédia de Brumadinho em 2019, caiu 2,8%.

                          "O que se vê é um retrocesso transversal, atingindo todas as faixas de acumulado tecnológico, mas os ramos mais impactados são, principalmente, os de maior intensidade tecnológica", diz o economista Rafael Cagnin, do IEDI.

                          Nessas faixas, estão a fabricação de bens de capital e de consumo duráveis, que, pelo alto valor agregado, dependem da obtenção de financiamento e de confiança por quem vai adquiri-los. "É uma crise inédita e muito particular, com desdobramentos econômicos desconhecidos ou pouco conhecidos. Além disso, os setores de alta intensidade tecnológica são aqueles mais integrados em cadeia de valor ao comércio internacional", completa, lembrando dos problemas de falta de insumos principalmente no começo do ano, quando a pandemia ainda estava mais limitada à China.

                          Para Cagnin, a concentração da crise nos segmentos mais tecnológicos preocupa, pois esses têm maior capacidade de espalhar dinamismo na economia, porque precisam de uma rede maior e mais diversificada de fornecedores e também contratam mais serviços, além de ser os principais responsáveis pela inovação.

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