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                          IEDI na Imprensa - Fatia do Brasil na indústria global segue em queda

                          Publicado em: 17/09/2020

                          Valor Econômico

                          País continua a perder terreno no valor adicionado do setor de transformação mundial

                          Arícia Martins

                          A indústria de transformação brasileira perde espaço não só na economia doméstica, mas também tem ficado cada vez menos relevante no mercado global. É o que mostra o relatório de 2020 da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido).

                          Após ter alcançado 2% em 2010, a fatia do Brasil no valor adicionado da indústria mundial vem encolhendo de forma consistente na última década, voltando a recuar entre 2018 e 2019, de 1,24% para 1,19%. Embora pequena, a retração foi suficiente para fazer o país cair mais uma posição no ranking de maiores potências industriais na passagem anual, para 16º - atrás de emergentes como Indonésia (10º), México (11º), Rússia (13º) e Turquia (15º).

                          No ano passado, a lista continuou a ser liderada com folga pela China, que deteve quase 30% do valor adicionado do setor manufatureiro no mundo, seguida pelos EUA, com 16,3%, e pelo Japão, que representa 7% do segmento. Além do gigante asiático, há mais dois países emergentes entre as dez maiores potências industriais: Índia (quinta posição) e Coreia do Sul (sexta).

                          Responsável pela compilação dos dados com base no relatório da Unido, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) destaca que a referência para deflacionar as séries históricas mudou de 2010 para 2015. Com a alteração, devido a níveis diferentes de cotações de commodities e de taxas de câmbio, o país deixou de estar entre os dez maiores produtores. Na base antiga, a indústria brasileira era a nona mais representativa no mundo em 2018. Na nova, estava na 15ª posição naquele ano.

                          Rafael Cagnin, economista do IEDI, observa que não é só devido à mudança de base que a indústria brasileira encolheu em termos mundiais. “Com a nova referência, tinhamos 2,05% do valor de transformação industrial em 2010 e apenas 1,2% em 2019. Um retrocesso espetacular em apenas uma década. Mais do que a queda na posição relativa, o preocupante é a tendência de queda da nossa participação na transformação mundial.”

                          O instituto nota que a perda de relevância do Brasil não foi seguida por outros emergentes, que teriam economias mais dinâmicas e empreenderam um processo contínuo de modernização.

                          Este seria o caso da China, cuja parcela na indústria mundial saltou de 21,1% para 29,7% entre 2010 e 2019; da Índia (2,3% para 3,1%); da Indonésia (1,4% para 1,6%) e da Turquia (0,9% para 1,2%). Na América Latina, o IEDI chama atenção para o México, que não perdeu tanto peso quanto o Brasil no período, ao responder por 1,5% do valor adicionado da indústria global no ano passado, ante 1,7% há dez anos.

                          “O desempenho da indústria de transformação brasileira tem se mostrado descolado das tendências mundiais na última década, ao contrário dos anos 1990 e 2000”, aponta a entidade. Em dólares constantes de 2015, o valor de transformação industrial brasileiro tem subido “sistematicamente” abaixo da tendência global a partir de 2009, ressalta.

                          “Há recuo da indústria no PIB brasileiro, recuo do Brasil na indústria mundial e recuo de nossas exportações de manufaturados”, enumera Cagnin, que relaciona o fraco crescimento econômico na última década ao baixo dinamismo do setor.

                          Nos cálculos da Unido, o PIB global cresceu 2,9% ao ano, em média, entre 2010 e 2019, período em que o valor adicionado da indústria subiu 3,3% em igual comparação. Já no Brasil, o PIB ficou praticamente estagnado nessa medida, com alta de 0,03% ao ano, enquanto a indústria caiu 3,47% na média anual.

                          “A indústria é um grande motor de crescimento, com um conjunto numeroso e diversificado de relação com outras atividades, industriais e não industriais”, afirma o economista do IEDI.

                          Para ele, a perda de importância do Brasil reflete o ambiente produtivo adverso para setores de maior intensidade tecnológica, com pouca previsibilidade política e econômica, que atrapalha investimentos, além de gargalos já bastante conhecidos, como a falta de infraestrutura e o sistema tributário confuso. “Tudo isso prejudica os elos mais dinâmicos, que são justamente os que deram velocidade maior à indústria no resto do mundo.”

                          Não por acaso, o país vem ficando para trás não só no ranking geral, observa o IEDI, mas também deixou de figurar entre os principais produtores em vários setores. De 22 segmentos analisados pela Unido, o Brasil perdeu posições em nove deles entre 2015 e 2018 (último ano disponível com dados setoriais).

                          Naquele ano, o Brasil ainda era destaque em oito setores: couro e calçados (4º maior); papel e produtos de papel (5º); bebidas (7º); alimentos (8º); metais básicos (8º); vestuário (8º); produtos químicos (9º) e coque e derivados do petróleo (9º).

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