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                          IEDI na Imprensa - Redução de Dívida Curta das Empresas Brasileiras Regride em até 3 Anos com a COVID

                          Publicado em: 09/10/2020

                          Agência Estado

                          Matheus Piovesana

                          A crise da covid-19 fez regredir em ao menos três anos as métricas financeiras das grandes empresas abertas do Brasil, deixando suas dívidas maiores e com menor prazo de pagamento. Além disso, a retomada da economia a partir de meados do segundo trimestre se refletiu de forma desigual, com o setor industrial ficando para trás em termos relativos. E isso pode complicar a realização de investimentos, deixando um efeito duradouro da crise sobre os balanços.

                          As conclusões são de levantamento do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), obtido pelo Broadcast. Foram analisados os dados financeiros de 240 empresas listadas na B3, separadas entre indústria, comércio e serviços. Não estão incluídas as empresas do setor financeiro.

                          De acordo com o estudo, as dívidas de curto prazo das 240 empresas saltaram de R$ 201,713 bilhões em junho do ano passado para R$ 292,891 bilhões neste ano. A necessidade de capital de giro diante do fechamento da economia entre março e maio e o salto do dólar explicam a alta, e criam preocupações sobre o ritmo da retomada da atividade. "O crescimento do passivo de curto prazo significa que nos próximos meses, as empresas terão de fazer caixa o suficiente para honrar essa dívida", explica Rafael Cagnin, economista do IEDI.

                          A situação foi mais grave no caso das empresas industriais, grupo que também inclui as produtoras de matéria-prima. Mesmo excluindo Petrobras, Vale, Braskem e Suzano, que têm dívidas altas e distorcem os dados no agregado, a relação entre endividamento líquido e capital próprio voltou ao mesmo nível de 2017, de cerca de 75%, apagando os ganhos de gestão de dívida que as empresas tiveram entre 2017 e 2019.

                          "A pandemia bloqueou um processo de melhoria das condições patrimoniais das empresas", diz Cagnin. "Entre 2017 e 2019, esse processo já era parcial, porque a rentabilidade não tinha retomado os níveis anteriores a 2015. As empresas renegociaram dívidas, trocaram e alongaram os prazos. Mas esse processo foi interrompido pela covid."

                          No total, as dívidas de curto prazo das 240 empresas em junho era 45% maior que um ano antes, com fortes disparidades entre os setores. Na indústria aeronáutica, houve alta de 624% nos passivos que precisam ser honrados em até 12 meses. Na de calçados, o incremento foi de 333%, e na de metalurgia, de 258%.

                          Sem as quatro gigantes, o lucro líquido no primeiro semestre de 2019 havia sido de R$ 45,3 bilhões. Neste ano, caiu para R$ 14,1 bilhões. Incluídas Petrobras, Vale, Braskem e Suzano, o prejuízo chegaria a R$ 52,4 bilhões. A margem líquida de lucro passou de 6,3% para -5,1%.

                          Retomada desigual

                          O efeito amortecedor das medidas tomadas pelo governo para dar liquidez a empresas e cidadãos durante a crise é citado em diversos pontos do estudo, mas a retomada foi desigual. Enquanto a lucratividade de empresas de bens de consumo não duráveis voltou ao nível pré-crise já no segundo trimestre, os bens de capital ficaram para trás. Para o IEDI, isso indica que as medidas do governo tiveram pouco efeito sobre as compras direcionadas a investimentos em produção.

                          Cagnin explica que a principal fonte de financiamento dos investimentos das empresas ainda são seus lucros acumulados. A recessão de 2015 fechou a torneira, que só reabriu pela metade a partir de 2017, dado o baixo crescimento do PIB. Ou seja: a covid-19 somou uma nova crise à primeira. "São cinco anos de uma lucratividade comprimida. E isso coloca em risco as condições de financiar investimentos à frente."

                          Na avaliação de Cagnin, o efeito a longo prazo é negativo, porque a indústria brasileira já vinha atrás dos pares internacionais na última década em expansão e investimentos. Agora, essa distância pode aumentar. "O restante do mundo estava avançando antes da covid e deve retomar com mais força em digitalização, automação inteligente, processamento de dados. É crucial que as empresas brasileiras tenham condições de se aproximar da fronteira tecnológica", conclui.

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