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                          IEDI na Imprensa - Produção industrial cai 0,7% em agosto e fica 2,9% abaixo do patamar pré-pandemia

                          Publicado em: 05/10/2021

                          Folha de São Paulo

                          Indicador teve o terceiro recuo consecutivo, diz IBGE

                          Leonardo Vieceli

                          Em mais um sinal de perda de fôlego, a produção industrial brasileira caiu 0,7% em agosto, na comparação com julho. Foi a terceira baixa consecutiva, mostram dados divulgados nesta terça-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

                          Com o resultado, a indústria ficou 2,9% abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro do ano passado. Também está em nível 19,1% inferior ao recorde, de maio de 2011.

                          O resultado de agosto veio abaixo do esperado pelo mercado. Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam retração de 0,4%.

                          “Existem fatores que a gente vem elencando nos últimos meses. O resultado de agosto não difere muito. Fica bem evidente o desarranjo das cadeias produtivas. Também fica evidente o impacto do aumento de custos”, afirmou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.

                          “Pelo lado da demanda doméstica, a gente observa dificuldades há algum tempo. Temos mais de 14 milhões [de pessoas] fora do mercado de trabalho, massa de salários que não evolui, precarização do emprego”, completou.

                          O recuo da atividade industrial teve perfil disseminado em agosto. Atingiu 15 dos 26 ramos pesquisados.

                          A queda foi puxada por outros produtos químicos (-6,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,3%).

                          O IBGE informou que, na comparação com agosto de 2020, a produção industrial também recuou 0,7%. Foi a primeira queda após 11 meses de avanço.

                          No ano, o indicador acumulou alta de 9,2% entre janeiro e agosto. Em período maior, de 12 meses, houve crescimento de 7,2%.

                          Em meio ao processo de reabertura da economia, a produção industrial passou a emitir sinais de dificuldades no país.

                          Uma das ameaças no radar das fábricas é a escassez de insumos. O quadro afeta segmentos como o automotivo, que prevê melhora consistente no abastecimento de matérias-primas só em 2022. A falta de componentes é associada ao desarranjo nas cadeias produtivas provocado pela pandemia.

                          Para complicar a situação, a escassez de insumos tem sido acompanhada pela disparada de preços. Em agosto, a inflação da indústria teve alta nas 24 atividades analisadas pelo IPP (Índice de Preços ao Produtor), apontou o IBGE no último dia 29.

                          O IPP mede a variação dos preços na “porta de entrada das fábricas”, sem o efeito de impostos e fretes. Ou seja, capta os valores de mercadorias usadas nas linhas de produção. Em 12 meses até agosto, o indicador acumulou alta de 33,08%.

                          Segundo o IBGE, a produção industrial em agosto ficou 6% abaixo do nível de dezembro de 2020. Ao longo do ano passado, o setor foi beneficiado por estímulos como o auxílio emergencial, reduzido em 2021.

                          Com o avanço da vacinação contra a Covid-19, houve reabertura de outros setores da economia nos últimos meses, como o de serviços. Assim, a renda das famílias não é mais direcionada apenas a bens de origem industrial, indicou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE. A “concorrência” entre os setores também ajuda a explicar a perda de gás das fábricas, segundo ele.

                          Para o IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), as fábricas estão “sem pulso”.

                          “Os obstáculos são de diferentes ordens: do lado da oferta, ainda há gargalos na obtenção de insumos e pressão de custos; do lado da demanda, a inflação corrói poder de compra da população em um quadro de elevado desemprego. Além disso, o ambiente de incerteza se mantém, renovando suas causas sob os riscos da crise hídrica e da tensão política”, indicou o IEDI.

                          Das 26 atividades pesquisadas na indústria, 19 estão abaixo do patamar pré-pandemia. O ramo mais distante é o de veículos automotores, reboques e carrocerias. Encontra-se em nível 20,9% inferior ao de fevereiro de 2020.

                          As outras sete atividades analisadas apresentam desempenho positivo. O ramo de máquinas e equipamentos está em patamar 16,9% superior ao pré-crise. É a maior distância positiva frente a fevereiro do ano passado.

                          André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, avalia que os dados da produção industrial em agosto sugerem PIB (Produto Interno Bruto) “muito próximo de zero” no terceiro trimestre, o que deve forçar novas revisões no indicador no acumulado de 2021.

                          O economista Gilberto Braga, professor do Ibmec-RJ, vai na mesma linha. “A produção industrial joga um pouco de água fria no PIB do terceiro trimestre. A gente começa a enxergar um PIB muito próximo de zero, positivo ou negativo”, relata.

                          Braga afirma não ver possibilidade de normalização do quadro de insumos industriais até o final deste ano. “Boa parte das mercadorias é importada. O país avançou de forma tardia no processo de vacinação, então ficou no final da fila para retomada. Agora, não basta ter dinheiro e querer comprar insumos. Falta produto.”

                          O professor acrescenta que os efeitos da pandemia vêm desafiando as projeções econômicas.

                          “Boa parte dos analistas está desconectada. O mercado esperava queda de 0,4% na produção industrial em agosto, mas a baixa foi quase o dobro. A leitura conjuntural está bem difícil, talvez no seu momento mais complexo dos últimos anos.”

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