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                          IEDI na Imprensa - Ociosidade e custos ameaçam indústria com “ano perdido”

                          Publicado em: 31/01/2022

                          Valor Econômico

                          Retomada consistente do setor enfrenta também escassez de insumo e demanda global fraca

                          Alessandra Saraiva

                          A indústria corre o risco de ter mais um ano perdido em 2022. O alerta foi feito por analistas consultados pelo Valor. Levantamento exclusivo da Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre trajetória do Nível de Utilização de Capacidade Instalada (Nuci) mostra que os sinais de reação da atividade no setor não foram suficientes para que o uso de capacidade da indústria, nos últimos dois anos, voltasse à média histórica até 2019.

                          De janeiro de 2010 a dezembro de 2019, a média histórica do Nuci da indústria brasileira era de 78,8% e, nos últimos dois anos, de janeiro de 2020 a dezembro de 2021, o uso de capacidade ficou, em média, em 76,2%. No entendimento de especialistas, a retomada consistente da atividade industrial enfrenta, neste ano, vários obstáculos. Entre eles, gargalos na cadeia global de insumos, persistente nos últimos dois anos; e demanda interna ainda enfraquecida, prejudicada por inflação e juros em alta e renda em baixa.

                          Além disso, em 2022 a indústria ainda deve operar com custos elevados, principalmente de energia. Para os economistas, o mais provável é que recuperação sustentável ocorra apenas em 2023.

                          Claudia Perdigão, economista da FGV e responsável pelo cálculo do Nuci em cenários pré e pós-pandemia, nota que a indústria mostrou alguns bons momentos, de reação de atividade. Mas foram erráticos e conectados a áreas específicas, com bons desempenhos durante a pandemia - como commodities agrícolas e minerais (petróleo e minério de ferro).

                          Como exemplos sobre trajetória errática do Nuci, comentou que, em abril de 2020, esse indicador operava em 57,3%, mínimo da série histórica originada em janeiro de 2001. Mas em outubro de 2021 estava em 81,3%, o maior valor desde junho de 2014 (81,6%). Não houve trajetória de altas consistentes no Nuci a ponto de a média da pandemia ter retornado ao que era antes do avanço da covid-19 no país, argumenta. “Nesse período de 2020 a 2021 tivemos oscilações muito grandes”, resume. Alguns dos vários fatores que impediram recuperação sustentável nos últimos anos ainda permanecem ativos neste ano, diz Perdigão.

                          Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), concorda. “Todos os problemas que foram se acumulando [nos últimos anos na indústria] não vão desaparecer em 2022”, afirma.

                          Além dos problemas antigos, problemas novos também devem afetar a produtividade no começo do ano. Ele comenta o avanço rápido da ômicron, variante da covid-19, que levou a aumento de casos da doença, com posterior afastamento de funcionários contaminados. “Em escritório até dá para lidar [com afastamentos] sem grandes perdas. Mas do ponto de vista do chão de fábrica isso gera obstáculos.” Para ele, isso pode prejudicar a produção industrial no começo de 2022.

                          Há ainda problemas internos e externos enfrentados pelo setor de bens duráveis - de maior valor, que inclui veículos, fogões e geladeiras. No ambiente interno, Cagnin nota que, se poder aquisitivo do consumidor não estiver em alta ou estável, como parece ser o caso neste ano, a decisão de compra pode ser adiada. No lado externo, ele recorda que, na pandemia, esse setor foi mais vulnerável ao problema de escassez de insumos e matéria-prima, devido a problemas nas cadeias globais, como falta de semicondutores para veículos.

                          Rodolfo Margato, economista da XP, aguarda regularização maior e mais sustentável da cadeia global de insumos da indústria a partir do segundo semestre de 2022 - assim como os outros especialistas ouvidos. “No ano passado, a indústria teve uma performance abaixo [do esperado]”, afirma. Além de falta de insumos, o setor ainda teve que lidar com crise energética, que causou encarecimento dos custos de produção, argumenta.

                          Questionado se essa regularização levaria à retomada sustentável da indústria ainda neste ano, Margato diz não acreditar nessa possibilidade. “É difícil imaginar 2022 como ano de retomada consistente. É um ano de busca pelo reequilíbrio entre oferta e demanda”, resume.

                          As projeções da XP para indústria em 2022 refletem o entendimento do economista. A casa estima alta de apenas 0,8% na atividade industrial neste ano - sendo que a produção industrial do ano passado deve ter crescido em torno de 4,2%, mas frente à base de comparação fraca de 2020, diz.

                          As projeções são semelhantes às do Banco Inter, que estima crescimento de 0,5% em 2022, ante alta em torno de 4% em 2021, informa Rafaela Vitória, economista-chefe da instituição. Mas ela prevê crescimento de 2% para a produção industrial em 2023, no qual poderá ser possível “crescimento consistente” do setor.

                          A economista do banco diz que, pelo menos até o momento, a retomada da indústria não ocorre de forma uniforme. Para Rafaela Vitória, no caso das montadoras, a partir do momento em que haja regularização na cadeia de insumos, o segmento pode voltar a normalizar estoques. Outros segmentos industriais ligados à mineração, papel e celulose também têm chance de bons desempenhos neste ano.

                          A economista observa que algumas áreas dentro da indústria dependem de reação robusta da demanda interna - o que não ocorre, no momento, notou a especialista. “A massa salarial não está crescendo tanto, mesmo com a retomada do emprego. E a taxa do desemprego ainda é alta”, afirma. Segundo ela, esses fatores “enfraquecem” a demanda final da indústria.

                          A produção industrial caiu 0,2% em novembro de 2021 (dado oficial mais atualizado) em relação a outubro, sexto recuo consecutivo nessa comparação ante mês anterior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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