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                          IEDI na Imprensa - Comércio exterior entra em compasso de espera

                          Publicado em: 25/02/2022

                          Valor Econômico

                          Exportações brasileiras de manufaturados estão perdendo competitividade até mesmo na América Latina

                          Editorial

                          A balança comercial brasileira começou o ano com déficit. Janeiro registrou um saldo negativo de US$ 214,4 milhões na comparação entre exportações e importações. Isso não acontecia desde novembro. Tudo indica, porém, que o sinal vermelho foi uma exceção. As previsões para o fechamento do ano são positivas, embora díspares. Variam desde o saldo de US$ 34,5 bilhões projetado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) no fim do ano passado, até os US$ 79,4 bilhões estimados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

                          Qualquer que seja o resultado ele agora vai ser influenciado pelo desenvolvimento da crise no leste europeu, causado pela invasão da Ucrânia pela Rússia. Nem a Rússia nem a Ucrânia são parceiros comerciais expressivos do Brasil, mas o conflito vai certamente impactar todo o comércio internacional. Apesar de ser um mercado com 140 milhões de habitantes, a Rússia é apenas o 36º mercado de produtos brasileiros. No ano passado, o Brasil teve um déficit de US$ 4,1 bilhões no comércio com a Rússia, importando principalmente adubos e fertilizantes, e exportando commodities e proteínas. Melhorar esses números foi um dos objetivos da visita do presidente Jair Bolsonaro a Moscou na semana passada. Nada de concreto foi obtido, porém. Desde 2017, o Brasil é deficitário nesse intercâmbio.

                          O conflito no Leste Europeu pode desacelerar mais o crescimento global, que já será menor do que em 2021, e elevar mais a inflação, com impacto no comércio internacional. Além disso, deve aumentar os preços dos combustíveis e das commodities. De um lado, isso prejudica o Brasil, que importa combustíveis. Mas o favorece o país de outro, por conta da importância das commodities nas exportações.

                          Segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, a balança comercial do agronegócio teve um superávit de US$ 7,7 bilhões no mês passado, com exportações totalizando US$ 8,8 bilhões, patamar superior ao registrado nos dois anos anteriores. Houve um forte aumento das vendas externas do complexo soja - soja em grão, farelo e óleo - tanto em quantidade quanto em valor. A receita obtida com as vendas externas de produtos agrícolas compensou as importações dos demais produtos de modo a reduzir o déficit do mês aos US$ 214,4 milhões.

                          Em 12 meses, o saldo da balança comercial do agronegócio atingiu nada menos do que US$ 108,5 bilhões, cobrindo o déficit de US$ 47,1 bilhões acumulado pelos demais setores, com saldo suficiente para produzir um superávit recorde de US$ 61,4 bilhões.

                          A receita elevada das commodities não só agrícolas como minerais tem o lado positivo de garantir recursos para bancar a compra de outros produtos. Mas também revela a crescente dependência da economia desse setor e a perda de espaço de atividades com maior tecnologia envolvida e que oferecem mais postos de trabalho, como a indústria de transformação.

                          Desde 2009, as commodities representam mais da metade das exportações brasileiras e a China é o principal comprador desses produtos. O déficit da balança comercial da indústria de transformação atingiu US$ 53,3 bilhões em 2021, o pior resultado desde 2015.

                          Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), o que mais preocupa é a perda de espaço em setores com maior intensidade tecnológica. Enquanto 72,4% das exportações da indústria de transformação são de bens de baixa e média-baixa intensidade tecnológica e menos de 30% são de alta e média-alta tecnologia. Na importação acontece o inverso.

                          Essa tendência está se acentuando ao longo do tempo. Em 2013, os ramos de média-alta e alta tecnologia, em que se encaixam as indústrias de aeronaves, farmacêutica, automobilística e de máquinas e material elétrico, somavam 36,1% da exportação da indústria de transformação. Em 2021, a fatia foi de 27,6%. Enquanto a balança comercial como um todo fechou 2021 com superávit recorde, a indústria de transformação viu seu déficit se aprofundar para US$ 53,3 bilhões, o pior resultado desde 2015. Na pré-pandemia, em 2019, o saldo negativo foi de US$ 42 bilhões, segundo dados do IEDI.

                          Em consequência disso, as exportações brasileiras de manufaturados estão perdendo competitividade até mesmo na América Latina, cedendo mercado para fornecedores asiáticos. Setores mais promissores deveriam ser alvo de políticas de apoio para reconquistar o espaço perdido.

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