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                          IEDI na Imprensa - IEDI leva a agenda ESG à campanha eleitoral

                          Publicado em: 23/06/2022

                          Valor Econômico

                          Entidade muda o tom das propostas do setor industrial e entra no debate das questões sociais

                          Marli Olmos

                          Em época de campanha para eleição presidencial é comum que entidades empresariais apresentem suas propostas aos candidatos. Nos últimos tempos, as reivindicações da indústria giraram torno de políticas econômicas ideais para fortalecer a atividade manufatureira no país. Mas o documento preparado desta vez pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) traz como novidade a preocupação com áreas que, aparentemente, fogem da esfera econômica. Desigualdade social, sustentabilidade ambiental e tranquilidade institucional são três das quatro bases de sustentação das propostas do documento, que será encaminhado aos candidatos a partir de hoje.

                          A quarta base de sustentação das propostas do IEDI diz respeito à necessidade de o país atingir o equilíbrio macroeconômico. Isso inclui “uma trajetória favorável das contas públicas e avanço significativo da governança do Estado”. No capítulo econômico, a entidade enumera não apenas as inquietações que afetam o dia a dia do empresariado, como oscilação do câmbio e insegurança jurídica, como indica a necessidade de saltos mais ousados, rumo à inovação.

                          O IEDI entende, porém, que “nada caminha sozinho”. Como em um quebra-cabeça, no ambiente em que o país se encontra hoje, “peças” relativas à área econômica não fazem sentido se não estiverem juntas das que compõem o lado social e ambiental.

                          “Batemos na trave no acordo com a União Europeia pela questão ambiental”, afirma o presidente do IEDI, Dan Ioschpe. “E aí voltamos para o fim da fila”. Para ele, a falta de tranquilidade institucional gera razões para os outros países não permitirem o acesso do Brasil ao mercado global.

                          Para Ioschpe, sem tratar da tranquilidade institucional, da desigualdade social e da sustentabilidade ambiental torna-se quase impossível avançar no debate de outros temas, como as reformas estruturais, estímulo à pesquisa e inovação, digitalização e integração do Brasil com o mundo.

                          A entidade não se atreve, diz o dirigente, a delinear soluções em temas que não lhe competem. “Não somos especialistas em políticas públicas para a solução da desigualdade social; mas sabemos que isso e a educação são fundamentais para o treinamento de bons profissionais e para ter uma indústria forte”.

                          O instituto também não aponta fórmulas para o país cuidar melhor de seus recursos naturais. “Não nos compete indicar caminhos, mas, ao mesmo tempo, não podemos virar as costas para um debate que é contemporâneo”, destaca o dirigente.

                          Ioschpe discorre sobre cada ponto do documento como se aquela fosse a agenda do seu dia a dia de empresário. “Não tem nada de ficção científica, não tem nada de agressivo; é uma visão razoável de mundo”, diz.

                          Para ele, o receio do instituto que representa líderes de 45 grandes empresas nacionais é que o futuro presidente, “seja lá quem for, pegue apenas uma das peças do quebra-cabeça e deixe outras igualmente relevantes para trás”.

                          Propostas empresariais também não devem ser vistas como uma pretensão “de que tudo tem de ser resolvido”

                          Além dos candidatos à Presidência da República e suas equipes, o longo documento, de 46 páginas, que propõe pontos de debate em torno da indústria e a estratégia de desenvolvimento socioeconômico do Brasil, será distribuído também a economistas, lideranças da área acadêmica e representantes do mercado financeiro.

                          O documento é quase tão denso como o que a entidade preparou para a campanha presidencial de 2018. A diferença da edição deste ano está justamente na iniciativa do empresariado de avançar nos três temas que não domina, mas que têm aparecido de forma contundente no seu dia a dia.

                          “É preciso que o país reafirme seu compromisso com a preservação da Amazônia, bem como de outros biomas que possui, definindo estratégias de desenvolvimento econômico regional mais aderentes a este objetivo do que o modelo atualmente em vigor”, destaca o documento do IEDI.

                          Para Ioschpe a questão ambiental é chave. “Não é romantismo dizer que o Brasil poderia ser um campeão na área, um agente construtivo e se colocar na frente nesse debate”, destaca. Para ele, o que se espera não é a resolução do problema por um governo. “Serão vários governos e uma discussão ao longo de gerações. Mas, quando conseguirmos desenhar uma meta, não teremos a preocupação com a frustração por não entender a relevância de como uma coisa está relacionada às outras.”

                          Para ele, o Brasil precisa “voltar a sentar em todas as mesas” do debate ambiental. “Ao não entender por que saímos delas, vamos nos arrepender muito não apenas na discussão global sobre créditos de carbono como também na medição dos ciclos de vida das cadeias de valores sustentáveis”, completa.

                          O grito empresarial de que algo precisa ser feito nas esfera social, ambiental e institucional serve para expor a extensão da interferência desses temas no desenvolvimento do país. “Tomando conta dessas questões estaremos prontos para entrarmos de cabeça na competitividade global”, diz o presidente do IEDI.

                          “O importante é que setor público e setor privado se articulem de forma virtuosa para construir o crescimento sustentável”

                          Em relação à competitividade, Ioschpe aponta como agentes públicos que são velhos conhecidos do setor privado podem apoiar pequenas e médias empresas, mais abaladas pela crise provocada pela pandemia. É o caso do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que, para o IEDI, tem o papel de complementar o que os agentes financeiros privados não conseguem num momento ainda necessário.

                          Para Ioschpe, o país precisa de bases de financiamento parecidas com as que existem em países desenvolvidos e outros, como a Índia. “Não temos, hoje, no ambiente privado, condições de fazer frente a isso”, destaca.

                          Não se espera que o equilíbrio macroeconômico de um país como o Brasil, diz Ioschpe, seja constante. “É preciso, porém, agir para que a macroeconomia trabalhe ao nosso lado. Veja o exemplo do câmbio e do tamanho da sua volatilidade. Muito do que acontece com os preços dos combustíveis está associado às incertezas em relação ao câmbio”, diz.

                          A integração com o mundo, exportando e importando mais, é um ponto de destaque no documento que o IEDI encaminhará aos candidatos à Presidência da República. Para a entidade, os acordos bilaterais aparecem como a melhor forma de obter essa integração. Ioschpe elogia, ainda, que a adesão à Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) esteja nas prioridades da política externa do país.

                          O IEDI não entra no mérito sobre qual candidato está mais ou menos inclinado à abertura do país. Ioschpe diz não ver em nenhum deles uma postura de oposição à integração global. Tampouco o preocupa eventuais posições protecionistas porque, diz, “o conteúdo local deixou de ser um mantra na indústria”. Para ele, os tigres asiáticos deixaram lições de como atingir a fronteira tecnológica.

                          Ao longo dos últimos anos, as lideranças industriais têm se queixado do processo de desindustrialização do país. E costumam apontar exemplos de potências mundiais que nunca abriram mão de suas indústrias. No documento que o IEDI encaminhará aos presidenciáveis consta um ranking dos líderes na produção manufatureira global.

                          Embora ainda apareça com destaque, o Brasil tem perdido posições nesse ranking. Em 2005, era a nona maior indústria do mundo, com 2,2% do PIB manufatureiro global. No entanto, em uma década e meia regrediu para a 14ª colocação, com participação de 1,3%, segundo a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido, na sigla em inglês).

                          “O baixo crescimento da economia do país nos últimos 40 anos tem relação com a desindustrialização”, afirma Ioschpe, que vê no país chances de ser “uma potência de fontes renováveis de energia”, por exemplo.

                          No documento para os candidatos, a entidades destaca que “deixamos o seleto grupo dos dez maiores parques industriais do mundo, cedendo lugar a países emergentes da Ásia”. A posição que o Brasil ocupava em 2005 passou a ser de Taiwan em 2020. Em 15 anos, Taiwan passou da 17ª para a ªnona colocação. “Outros asiáticos em ascensão, além da China, são Coreia do Sul, Índia e Indonésia”, destaca o documento. “Seria razoável supor que no Brasil, que está entre as maiores economias do mundo, a participação da indústria estivesse no mesmo patamar”, diz Ioschpe.

                          Entre os problemas enfrentados pelo setor industrial, a infraestrutura é um ponto destacado no documento do IEDI. “Não estamos falando apenas de portos e aeroportos, mas também de conectividade”, diz Ioschpe. Para ele, sem avançar na infraestrutura, o país sempre estará “engargalado” toda vez que aparecer a chance de retomar a atividade.

                          O IEDI defende, ainda, por meio do documento, o desenvolvimento do mercado de capitais, a diminuição do custo do crédito, aprofundamento da reforma trabalhista e a reformulação do sistema de tributos, sobre bens e serviços, com a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA).

                          Na parte trabalhista, a entidade defende, diz Ioschpe, “que o maior valor do custo trabalhista efetivamente fique para empregados e empregadores”. “É como na reforma administrativa; não queremos a retirada de benefícios, mas soluções para promover a eficiência”, afirma o dirigente,

                          O aumento das tensões geopolíticas no mundo também é tema do documento do IEDI. Para Ioschpe, a pandemia e a desordem logística trouxeram oportunidades de fortalecimento da indústria em relação ao fornecimento local. “Mas acreditamos que, ao longo do tempo, a globalização e a vantagem competitiva vão prevalecer”, destaca. “Perder de vista a vantagem competitiva seria um equívoco. Quando as marés se acalmarem a questão da competitividade voltará com força”, afirma o dirigente.

                          Os empresários do IEDI consideram a campanha eleitoral momento propício para o debate em torno de temas que podem acelerar o desenvolvimento do pais. “Não se trata de ter mais ou menos Estado. O importante é que setor público e setor privado se articulem de forma virtuosa para construir uma trajetória de crescimento econômico sustentável e de melhoria das condições de vida dos cidadãos”, destaca o documento.

                          O avanço da esquerda nos resultados das últimas eleições presidenciais na América Latina não é um fato, segundo Ioschpe, que indique tendências ou tenha qualquer outra conotação. “Os ciclos da política vão além da nossa compreensão”, diz. Segundo o dirigente, as propostas da entidade não são para compor “uma agenda do lado A ou do lado B”.

                          Propostas empresariais, segundo mostra o dirigente em suas considerações, também não devem ser vistas como uma pretensão “de que tudo tem de ser resolvido”. O objetivo é agregar ideias, estimular o debate, avaliar caminhos e, principalmente, não deixar as peças do quebra-cabeça soltas.

                          Sobre a polarização entre dois candidatos - o presidente Jair Bolsonaro e o petista Luiz Inácio Lula da Silva -, que aparece em todas as pesquisas de intenção de voto, o presidente do IEDI diz: “Um dos problemas da polarização e haver as preferências; mas o que mais precisamos hoje no país é convergência”.

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