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                          IEDI na Imprensa - Indústria tem reação em ritmo desigual

                          Publicado em: 16/08/2022

                          Valor Econômico

                          Crescimento no segundo trimestre é puxado por poucas atividades, mostra pesquisa do IEDI

                          Lucianne Carneiro

                          Após três trimestres em queda, a indústria de transformação voltou ao campo positivo no segundo trimestre do ano, com alta de 0,4% na produção, ante igual período de 2021. Dos 93 segmentos da indústria de transformação, 68 deles (ou 73% do total) tiveram um desempenho melhor no segundo trimestre de 2022, frente a igual período do ano passado, que no primeiro trimestre. segundo levantamento feito pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e antecipado com exclusividade para o Valor. Essa melhora na passagem do primeiro para o segundo trimestre significa que a atividade passou a crescer, teve um aumento maior ou recuo menor.

                          O número de segmentos com aumento da produção passou de 27 no primeiro trimestre para 33 no segundo trimestre, sempre considerando a comparação anual. Ainda existem, no entanto, 60 segmentos com retração da produção (64% do total), sendo 24 atividades (um quarto do total) com perdas de dois dígitos.

                           “Temos melhora dos dados e um panorama melhor do que se via no primeiro trimestre, mas um quarto da indústria de transformação ainda está em situação bastante grave, com perdas interanuais mais intensas do que 10%”, diz o economista Rafael Cagnin, do IEDI, responsável pelo estudo.

                          O que os dados mostram, ressalta ele, é uma indústria com comportamento ainda muito desigual e com crescimento puxado por poucas atividades. “Quando a gente olha a indústria por dentro ainda temos atividades com comportamento muito negativo. Só 13 setores deixaram o sinal negativo para trás e voltaram a se expandir no segundo trimestre”, afirma.

                          Na avaliação do economista da LCA Consultores Rodrigo Nishida, o retrato da indústria de transformação no segundo trimestre reflete uma combinação de condicionantes negativas do ponto de vista macroeconômico, como a inflação elevada e o juro alto, com as medidas de estímulo à demanda lançadas no contexto eleitoral.

                          “São muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. A inflação está comendo uma parte da renda real e os juros estão altos, mas também estamos vendo os efeitos positivos das medidas de estímulo, dentro do contexto eleitoral, inclusive com revisões das previsões para o Produto Interno Bruto [PIB]”, pondera.

                          Entre as ações citadas, estão a nova liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS e a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

                          Um dos segmentos que mostram reação, segundo o levantamento do IEDI, é o de produção de calçados. A produção de calçados e de partes para calçados de qualquer material cresceu 21,8% no segundo trimestre, na comparação interanual, após dois trimestres de queda (16,5% no quarto trimestre de 2021 e de 13,1% no primeiro trimestre de 2022).

                          José Rosa Jacomete, fundador da Anatomic Gel, indústria de sapatos masculinos de Franca (SP), diz que já está fechando contratos com entrega para novembro, diante da reação da demanda nos últimos meses.

                          “O consumidor está voltando e voltando bem. As expectativas são muito boas. A partir do mês que vem, já vamos parar de vender sapato para entrega neste ano e começar a vender para 2023”, afirma Jacomete, conhecido como Zuza.

                          Com a melhora da demanda, no entanto, ele vê duas dificuldades no momento: a falta de mão de obra e de insumos. Na pandemia, muitos profissionais migraram de área por falta de oportunidades, diz ele, e agora a indústria sofre com falta de trabalhadores especializados, como o pespontador (responsável pela costura dos cabedais dos calçados à máquina). Ao mesmo tempo, o preço do couro, principal insumo, disparou.

                          “Estamos em busca de provadores de peça, pespontadores.... Quem aparece a gente contrata. E também estamos com uma parceria com o Senai para formar operários que hoje são auxiliares”, conta.

                          Mas a situação não é a mesma em todas as atividades. O levantamento do IEDI mostra, por exemplo, entre os segmentos com queda mais expressiva da produção no segundo trimestre os de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes (23,3%), brinquedos e jogos recreativos (22,7%) e tubos de aço, exceto tubos sem costura (21,8%).

                          “Quando a gente olha a desagregação setorial, o cenário ainda se mostra heterogêneo, com alguns setores registrando defasagens importantes em relação aos níveis pré-pandemia. Mas entre os grandes grupos econômicos houve um bom desempenho no segundo trimestre, com base na comparação com ajuste sazonal, que ocorreu de forma generalizada, apesar da acomodação ocorrida em junho”, afirma o técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Leonardo Carvalho.

                          Pelas contas do instituto, a partir dos dados do IBGE, a indústria de transformação cresceu 1,2% no segundo trimestre, em relação ao primeiro. Nesta base de comparação, houve crescimento nas quatro categorias econômicas: bens de capital (2,2%), bens intermediários (0,9%), bens de consumo duráveis (5,6%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,9%).

                          Um outro aspecto positivo, destaca ele, é que a melhora no desempenho da indústria ao longo do primeiro semestre deste ano deste ano tem sido acompanhada pela melhora da confiança do empresário, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

                          “O nível de confiança dos empresários já se encontrava num patamar indicando otimismo ao fim de junho. Além disso, os setores seguem operando com um nível médio de utilização de capacidade acima da sua média histórica, e com estoques em patamares confortáveis”, diz.

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