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                          IEDI na Imprensa - Brasil importa mais da China com energia solar e insumo agrícola

                          Publicado em: 03/10/2022

                          Valor Econômico

                          Crescimento de 35,1% de janeiro a agosto supera a média de alta das compras externas do país, mostra Secex

                          Marta Watanabe

                          De carona na expansão da energia solar no Brasil e aproveitando a demanda por insumos agrícolas, as importações chinesas avançam neste ano mais que a média das importações totais brasileiras. De janeiro a agosto deste ano a importação de produtos chineses somou US$ 39,74 bilhões, com alta de 35,1% em relação ao ano passado e de 63,8% em relação a 2019, período pré-pandemia, sempre considerando o acumulado dos oito meses. A média do total das compras externas brasileiras cresceu 32,3% e 44,3%, respectivamente.

                          Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/ME) mostram que as importações de produtos chineses foram puxadas por painéis e equipamentos solares e insumos agrícolas. Juntos, esses dois grupos somaram pelo menos US$ 8 bilhões em compras externas de janeiro a agosto de 2022, o equivalente a 20% dos desembarques made in China do período. Foram US$ 5,12 bilhões a mais em importações desses produtos chineses, o que responde por quase metade do avanço de US$ 10,3 bilhões nas compras originadas do país asiático de janeiro a agosto do ano passado para mesmos meses deste ano.

                          O primeiro no ranking dos itens chineses mais importados pelo país são equipamentos e dispositivos elétricos e eletrônicos que somam US$ 3,55 bilhões e dos quais 95% são módulos ou painéis solares ou fotovoltaicos. O valor representa 8,9% do total desembarcado da China nos oito primeiros meses deste ano, é mais que o dobro dos US$ 1,43 bilhão importados em igual período do ano passado e cinco vezes os US$ 700 milhões de 2019, sempre considerando de janeiro a agosto.

                          Mais do que aumentar a exportação, a China é praticamente a única fornecedora externa desses itens, por enquanto. Vendeu ao Brasil 95% do que o país importou de janeiro a agosto em módulos e painéis fotovoltaicos.

                          Os fornecedores chineses aproveitam um momento de expansão de energias renováveis no Brasil ao mesmo tempo em que o país asiático precisa diversificar sua própria matriz energética, aponta José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Com a promessa de tornar-se neutra na emissão de carbono até 2060, a China, aponta Castro, tem na energia solar uma das suas apostas, dentro de um plano que propicia o desenvolvimento de tecnologias na área e viabiliza a diversificação na exportação de produtos ligados a fontes renováveis.

                          Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram o avanço da energia solar no Brasil. A potência instalada no país nessa fonte saltou de 13,82 GW em 2021 para mais de 19 GW em setembro deste ano. A energia fotovoltaica representa atualmente 9,1% da matriz energética brasileira. Segundo a Aneel, em agosto o Brasil ultrapassou 185 GW na capacidade total de geração de energia elétrica. Dos 650,14 MW de potência agregada no mês, 57% vieram de usinas solares.

                          Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), lembra ainda a chamada “taxação do sol”, que deve valer a partir de 2023, trazendo tributação não existente hoje para quem instala painéis solares em casa. Isso, diz, também pode ter acelerado a instalação do sistema fotovoltaico em 2022, não só em razão do benefício tributário previsto para quem adotar a fonte até janeiro do ano que vem como também estimulada pelo alto custo da energia. “É preciso lembrar que a China tem competitividade quase imbatível na produção de painéis solares no mundo”, diz.

                          Outro grupo que chama a atenção na pauta de importação origem China neste ano é o formado por inseticidas, fungicidas, herbicidas, fertilizantes, adubos e suas matérias-primas. A importação desses insumos agrícolas somou pelo menos US$ 4,46 bilhões de janeiro a agosto deste ano, três vezes o US$ 1,45 bilhão do ano passado e mais de quatro vezes o US$ 1 bilhão de 2019. sempre em iguais meses.

                          Para Castro, é surpreendente que a China, grande destino da soja brasileira, agora se destaque com o fornecimento de insumos agrícolas para o Brasil. O quadro, diz Cagnin, se explica pela escassez desses produtos no mundo, intensificada pela guerra entre Ucrânia e Rússia, e pela grande dependência brasileira desse itens. Segundo dados do governo, cita o economista do IEDI, 85% da demanda interna por fertilizantes é atendida pelas importações.

                          A grande entrada de produtos chineses no Brasil fica mais evidente quando se decompõe as inportações por preço e volume. O volume importado do país asiático avançou 13% de janeiro a agosto deste ano contra 2021 e 34,9% contra 2019. Taxas bem maiores que a da importação total brasileira, que aumentou em 3% e 12%, respectivamente, mantendo sempre a comparação em relação ao acumulado até agosto.

                          A compensação se deu pelos preços, mais contidos nas importações origem China, com alta de cerca de 20% tanto em relação ao ano passado quanto contra 2019, sempre de janeiro a agosto. Sob o mesmo critério, os preços médios da importação total brasileira subiram em torno de 28% também nas duas comparações.

                          Os dados de preços e volumes foram levantados no âmbito do Indicador de Comércio Exterior (Icomex) apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

                          A dinâmica das importações de produtos chineses contrasta com a do fornecimento dos Estados Unidos, segundo país que mais exporta ao Brasil.

                          O desembarque de produtos americanos somou US$ 34,93 bilhões de janeiro a agosto deste ano, com alta de 48,1%, em relação a iguais meses do ano passado. O desempenho foi puxado por preços, que avançaram 49,3% enquanto o volume caiu 1,2%. Em relação a igual período de 2019, os preços subiram 56,9% e a quantidade caiu 25%.

                          O movimento diverso, aponta Castro, é explicado pela diferença entre a pauta de importação origem China e a de origem EUA. Enquanto as compras externas originadas do país asiático são mais pulverizadas, há maior concentração na cesta brasileira de compras de produtos americanos. Nas importações de origem EUA, 31,3% dos desembarques são em petróleo bruto e seus óleos combustíveis, incluindo minerais betuminosos, o que explica o avanço de preços, sob influência das altas cotações do barril do Brent no decorrer de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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