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                          IEDI na Imprensa - Emprego na indústria sofre mais que a média

                          Publicado em: 01/04/2023

                          Valor Econômico

                          Desaceleração da produção começa a apresentar efeitos também sobre a ocupação do setor

                          Lucianne Carneiro e Marcelo Osakabe

                          Nos três meses encerrados em fevereiro, o número de trabalhadores da indústria brasileira caiu mais que a média do mercado de trabalho como um todo e teve a queda mais intensa para um trimestre em relação ao anterior desde 2020. Ao mesmo tempo, na comparação com mesmo período de um ano antes, o ritmo de crescimento desacelerou. Divulgados na sexta-feira pelo IBGE, os dados mostram o impacto da desaceleração da atividade já observada na produção industrial, como reflexo dos juros altos, e que aparece agora nos empregos do setor, apontam economistas. Em um contexto de previsões de crescimento baixo da ocupação no ano, mais perto da estabilidade, a expectativa é que o emprego industrial deve ser ainda mais afetado.

                          No período de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023, a ocupação na indústria caiu 2,7%, ritmo maior que a queda de 1,6% da ocupação total e o recuo mais intenso do emprego industrial para um trimestre em relação ao imediatamente anterior desde os três meses encerrados em agosto de 2020, ainda no período inicial da pandemia, quando o recuo foi de 3,3%. A indústria empregava 12,519 milhões de trabalhadores no trimestre encerrado em novembro, uma perda de 343 mil vagas frente ao trimestre anterior.

                          “O mercado de trabalho é caracterizado por movimentos defasados em relação ao ciclo econômico. E essas quedas na margem [do emprego industrial] estão em linha com o que se viu na indústria no fim de 2022 e agora no dado mais recente”, afirma o economista da Tendências Consultoria Lucas Assis, que cita o impacto do aumento dos juros. “A atividade industrial é mais sensível aos efeitos da política monetária.”

                          A desaceleração aparece também na comparação anual. O ritmo do aumento do emprego industrial em relação a igual período de um ano antes ficou em 1,7%, depois de registrar taxas de 11%, 6,5% e 4% nos intervalos de três meses anteriores. Nas séries com ajuste sazonal calculadas por consultorias, a queda do emprego industrial já aparecia desde meados do segundo semestre de 2022.

                          Já a produção industrial de janeiro recuou 0,2%, ante mês anterior, após variação de 0,2% em novembro e estabilidade em dezembro, segundo a Produção Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), também do IBGE. O patamar de produção está 2,3% abaixo do pré-pandemia e 18,8% abaixo de seu recorde.

                          “Na comparação com o trimestre anterior, a queda da ocupação na indústria tem impacto de sazonalidade, mas existe sim um componente de desaceleração da atividade. A pesquisa do IBGE mostra uma indústria estagnada, com sequência de quedas ou andando de lado. Entre os setores, certamente é o que mais vai mal das pernas”, diz o economista Caio Napoleão, da MCM Consultores.

                          Sua avaliação é de uma combinação entre o baixo nível de demanda doméstica, relacionado principalmente com o cenário de juros altos, e a volta de problemas de falta de insumos, como chips para a indústria automotiva. “Essa queda da ocupação da indústria é muito conjuntural e tendem a ser mais afetadas os segmentos de bens de consumo duráveis, mais dependentes do crédito”, afirma.

                          Ao comentar o desempenho da ocupação na indústria, a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, reconheceu que pode haver influência de fatores além da influência sazonal deste início de ano, quando a produção fica mais lenta e as fábricas costumam dar férias coletivas.

                          No atual cenário, defendem economistas, há pouco espaço para a recuperação da ocupação na indústria, embora não haja projeções específicas para esse segmento. “De agora em diante há uma perspectiva de crescimento reduzido da população ocupada. Nossa projeção é de um crescimento de 0,3% da população ocupada em 2023. E é um cenário relativamente pior para o segmento industrial”, afirma Lucas Assis.

                          A avaliação é compartilhada por Caio Napoleão. A projeção da MCM Consultores para o aumento de população ocupada é de 0,8% em 2023, mesmo ritmo do Produto Interno Bruto (PIB). Para a produção industrial, no entanto, a previsão é de crescimento menor, de 0,3%. “A ocupação na indústria deve ficar de lado nos próximos meses”, diz.

                          Economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Rafael Cagnin destaca que a perda de dinamismo da indústria desde a metade do ano passado aparece no emprego. Até então essa ocupação na indústria vinha crescendo ainda na recuperação do nível pré-pandemia.

                          “Como 2023 será mais um ano de baixo crescimento, o que tende a se refletir também na indústria, as perspectivas para o emprego industrial também são modestas. Ainda mais quando não existe mais um gap a ser fechado em relação ao pré-pandemia”, afirma.

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