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                          IEDI na Imprensa - Exportação dá sinais positivos para futuro, mas indústria mostra falta de vigor

                          Publicado em: 07/12/2023

                          Valor Econômico

                          Tendência é que venda de itens primários siga em alta nos próximos anos

                          Marsílea Gombata

                          Um dos protagonistas do crescimento da economia em 2023, o setor externo tem sido puxado com força por produtos agrícolas, mas também por itens da indústria extrativa. A tendência é que o cenário vigoroso da exportações brasileiras de itens primários continue, em contraposição à queda da representatividade da indústria de transformação na pauta exportadora, segundo economistas ouvidos pelo Valor.

                          Dados divulgados na terça-feira relativos ao PIB do terceiro trimestre confirmam a tração do setor externo. As exportações avançaram 3%, ante o segundo trimestre. Na comparação com o terceiro trimestre de 2022, a alta foi de 10%.

                          Os números retratam uma conjuntura positiva, mas parecem ser também parte de uma mudança estrutural.

                          Números do Indicador de Comércio Exterior (Icomex), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), mostram que a participação da agropecuária nas exportações totais passou de 9,1% em 1999, saltando para 9,5% em 2009, e 18,3% dez anos depois. No período de janeiro a outubro, a fatia chega a 24,2%, ante 22,3% no período do ano anterior.

                          A escalada também é verdadeira quando se analisam as exportações referentes à indústria extrativa. Os itens representavam 6,6% das vendas externas totais em 1999, indo para 16,1% em 2009 e 22,9% em 2019. De janeiro a outubro, esse percentual chega a 22,5%, ante 22,2% em 2022.

                          Os bens manufaturados, por sua vez, vêm reduzindo sua participação na pauta. Passaram de 84,2% em 1999, para 71,1% dez anos mais tarde e 58,8% em 2019. De janeiro a outubro deste ano, chegaram a 53,1%, abaixo dos 55,4% do período igual em 2022.

                          Na edição de novembro do Boletim Macro do FGV Ibre, a economista Lia Valls Pereira argumenta que o setor agropecuário vem liderando as exportações em volume e registrou aumento de 34,3% na comparação entre os meses de outubro de 2022 e de 2023 e de 23,3% entre os acumulados do ano até outubro.

                          “Em seguida, vem a indústria extrativa, com aumento mensal de 34,8% e de 21% no período acumulado”, afirmou. “A indústria de transformação deu contribuição negativa de 0,8% na comparação do acumulado do ano, mas cresceu 2,5% na comparação mensal.”

                          Em volume, afirma, as exportações cresceram 31,9% em outubro, ante outubro do ano passado, sendo que as não commodities cresceram 4,2%. A principal commodity exportada em outubro foi o petróleo bruto, respondendo por 13,6% da pauta. Em seguida veio a soja, com participação de 9,8. O minério ferro respondeu por 9,4%.

                          “Vemos um aumento da agropecuária na pauta de exportação contínua, que desde 2002 não para de crescer. Houve queda em 2021, mas a tendência é de alta”, diz Valls. “A [presença] da extrativa também aumenta, ainda que a um ritmo menos acentuado. A indústria de transformação, por sua vez, tem ficado estagnada.”

                          A economista afirma que o aumento da participação de itens de menor valor agregado ocorre principalmente em termos de volume, o que indica mudança estrutural.

                          Nos dados do Icomex, os volumes exportados de itens agropecuários vão de 113 em 1999, na escala em que a média de 1998 é igual a 100, para 282,2 em 2009 e 772,5 em 2019. Até outubro, acumulam 1.070,5. Os preços têm variação mais branda, passando de 77 em 1999 para 113 em 2019. Até outubro, chegam a 169,1.

                          Os volumes de itens da indústria extrativa passam de 97,2 em 1999 para 503,5 em 2019, acumulando 608,4 de janeiro a outubro deste ano. Os preços passam de 89,3 para 276,1 e 346,5, respectivamente.

                          No que diz respeito a manufaturados, os volumes foram de 108,3 em 1999 para 202,5 em 2019 e 227,6 de janeiro a outubro. Os preços, de 88,3 para 150 e 184,1.

                          Essa assimetria, diz Valls, é explicada pelo aumento da produtividade da agropecuária. “A indústria tem produtividade, mas a concorrência no mercado internacional aumentou muito a partir de 2000, com a entrada da China e de outros países asiáticos”, diz. “Por outro lado, em 2023, o Brasil teve aumento espetacular do agro. Contribuíram para as exportação de soja a seca na Argentina e as tensões entre Estados Unidos e China. A guerra na Ucrânia, por sua vez, deu impulso para as vendas de milho.”

                          Nesse sentido, Sérgio Vale, economista da MB Associados, observa que o setor de commodities vem sendo puxado pela demanda externa, principalmente pelo intenso crescimento da China ao longo das duas últimas décadas.

                          Além de minério de ferro e petróleo, a perspectiva de expansão das vendas vale para outros minerais metálicos, como níquel e lítio, utilizados em carros elétricos.

                          “Em 2024, muito provavelmente teremos a indústria extrativa crescendo mais que o agro”, diz, ao citar potenciais quebras de safra por conta de eventos climáticos.

                          Se a indústria mundial não cresce, aquilo que nossa indústria consegue exportar perde dinamismo”

                          Ele argumenta, contudo, que o impacto das commodities agrícolas na balança comercial é por ora mais significativo. “Estamos falando de uma balança comercial de US$ 170 bilhões para agro, enquanto as de mineração e petróleo são de US$ 25 bilhões cada”, diz.

                          Já o desempenho decrescente da indústria de transformação na balança comercial se deve a uma longa trajetória marcada por problemas de competitividade decorrentes da complexa estrutura tributária, obsolescência da infraestrutura e ausência do Brasil em grandes acordos comerciais internacionais, afirma Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI).

                          “Hoje a indústria caminha para microeletrônica e robotização, o que o Brasil não acompanha”, diz. “Não construímos capacidade tecnológica produtiva em setores de alta intensidade tecnológica. Não tivemos condições de participar de elos mais dinâmicos das cadeias.”

                          Apesar de questões relacionadas à economia brasileira, observa Cagnin, a desaceleração da indústria não é um fenômeno exclusivo do Brasil. Relatório publicado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), em agosto, mostra a produção do setor praticamente estagnada globalmente. Houve alta de 0,4% ante julho, e de 0,3% na comparação com agosto de 2022. De todas as regiões, apenas China e Ásia e Oceania registraram crescimento da produção industrial.

                          “Se a indústria mundial não cresce, aquilo que nossa indústria consegue exportar perde dinamismo. Não estamos bem integrados, mas não estamos completamente isolados das cadeias”, diz Cagnin.

                          Ele acrescenta que um grande mercado consumidor de manufaturados brasileiros é a Argentina, que tem vivido alta da inflação, empobrecimento da população e retração do PIB, o que contribui para reduzir nossas exportações.

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