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                          IEDI na Imprensa - FGV: Setor externo contribuiu com 1,1 p.p. para o PIB em 2020, mas deve ficar neutro neste ano

                          Publicado em: 03/03/2021

                          Valor Econômico

                          Desembarques deixam de cair tanto devem ter um número mais próximo do habitual este ano

                          Marta Watanabe

                          Com queda de 1,8% nas exportações e de 10% nas importações em 2020, o setor externo deu contribuição positiva de 1,1 ponto percentual ao PIB do ano passado, mesmo com a influência negativa de 0,2 ponto percentual no último trimestre, aponta Livio Ribeiro, pesquisador sênior da área de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre-FGV).

                          Para 2021, a projeção, diz ele, é de que o setor externo ficará neutro para a variação do PIB, devido a uma combinação entre recuperação de exportação, de maneira geral, e uma retomada de importações que tende a ser parecida com a das exportações.

                          Os desembarques, observa Ribeiro, deixam de cair tanto como em 2020 e devem ter um número mais próximo do habitual este ano, mas com duas vertentes.

                          “Uma, de recuperação da economia doméstica, que é algo que temos sistematicamente revisto para baixo, com cenários mais recentes que são mais preocupantes. Há também a questão dos números de absorção de máquinas e equipamentos, principalmente plataformas, que vêm um pouco por fora. Por isso, juntando todos os fatores, parece que o setor externo terá uma contribuição perto da neutralidade em 2021”, diz ele.

                          Em relação aos efeitos que a segunda onda da pandemia pode ter sobre o setor externo, diz ele, é preciso fazer uma análise separando os serviços da indústria. Os indicadores mais recentes de indústria, avalia, sugerem que há alguma substituição de importação, em razão do câmbio. “Há um ciclo de aceleração da indústria que está descasando um pouco do comportamento esperado para os serviços/consumo.”

                          Isso, afirma Ribeiro, explica um pedaço da história. “Se olharmos para bens de consumo, a importação deve ser menor, pelo menos na situação atual. Há um processo de mudança na estrutura da cadeia de importação, com maior importação de intermediários e importação bem marcada de bens de capital, pelas plataformas. Essa diferença de velocidade que deve começar a vir agora.”

                          Ribeiro explica que há dúvidas sobre como as plataformas estão sendo tratadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ele diz que em relação ao último trimestre do ano passado, o Ibre projetava queda nas exportações de 2,6% contra igual trimestre de 2019. O recuo foi de 4,3%, segundo o IBGE, o que ele considera dentro da margem de erro do modelo de cálculo.

                          A surpresa, conta o pesquisador, veio da importação, com queda de 3,1% pelo IBGE, quando o que se esperava era crescimento de 6,5%, sempre na comparação com o último trimestre de 2019.

                          Para Ribeiro, o número de importação veio “muito fora” do que se esperava e não se compatibiliza com a expansão de 13,5% no investimento, dado pela variação da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no último trimestre de 2020, também na comparação interanual.

                          “Esperávamos números menores de investimentos com importação maior. E essa diferença no investimento não vem da construção civil e nem da indústria de transformação, que vieram de acordo com o esperado. Isso é uma discussão importante com IBGE”, afirma.

                          A composição, a princípio, aponta não parece estar casando com o resultado final de investimentos. “Entendo o resultado do investimento tendo a plataforma por dentro, mas não consigo conciliar com o resultado da importação, que parece fraco dado o choque de plataformas no ano passado”, diz Ribeiro.

                          Elasticidade de importações

                          Economista chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Rafael Cagnin avalia que, embora as expectativas para este ano sejam de retomada do crescimento do comércio internacional, o que favorece as exportações, a contribuição do setor externo em 2021 tende a ser reduzida em razão da elasticidade das importações em relação ao crescimento do PIB.

                          As importações, diz o economista, tendem a crescer em taxa maior quando há variação positiva para o PIB ou ao menos para a demanda doméstica, o que leva o setor externo para o vermelho. Isso aconteceu, lembra ele, de 2007 a 2013 e de 2017 a 2019.

                          “Se a reativação da atividade interna realmente tiver continuidade, a contribuição do setor externo em 2021 tende a ser reduzida, ainda num ambiente provavelmente com economia internacional fragilizada do ponto de vista concorrencial”, diz Cagnin.

                          A contribuição, acrescenta, tende a ser contracíclica, dado o perfil da balança comercial brasileira, que tem grande importação de manufaturados de alto valor agregado.

                          No ano passado, explica, o setor externo amenizou a queda do PIB porque a crise sanitária foi global, com recuperação mais rápida da China do que dos demais países, o que gerou demanda de commodities agrícolas e metálicas exportadas pelo Brasil. Além da boa safra de produtos agrícolas, como soja, acrescenta, a demanda chinesa também elevou preços, o que criou incentivos a mais para a exportação.

                          Para 2021, afirma Cagnin, as expectativas são de retomada do comércio internacional. Atualmente, salienta, há câmbio competitivo e baixas taxas de juros, o que também ajuda efetivamente a exportação.

                          “Mas é preciso tempo para a normalização das cadeias de fornecimento, para a recuperação do crescimento e também para as empresas se redirecionarem para o comércio internacional”, diz ele.

                          Nesse sentido, uma agenda mais firme e previsível para uma reforma tributária traria um incentivo a mais, afirma o economista. “Os efeitos não seriam imediatos, mas a sinalização de que em cinco ou dez anos será resolvido o problema de peso tributário sobre a competitividade incentivaria as empresas a conquistarem mercados nesse momento de retomada do comércio global.”

                          O dólar em patamar elevado, ressalta, contribui para as exportações porque não está no radar um movimento de recomposição integral da desvalorização cambial profunda que tivemos no último ano.

                          “Mas se sabe que há um pouco de exagero na taxa cambial atual, devido à evolução da pandemia e devido ao quadro interno de incerteza política e econômica. Precisamos de mais um tempo de câmbio favorável num contexto de retomada da economia mundial”, diz Cagnin.

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