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                          IEDI na Imprensa - Indústria perde fôlego e avança 0,4% em janeiro, diz IBGE

                          Publicado em: 05/03/2021

                          O Globo

                          Setor vem perdendo dinamismo e ainda acumula queda de 4,3% em 12 meses. Analistas já temem acomodação neste início de ano, com fim do auxílio emergencial

                          Carolina Nalin

                          A produção industrial brasileira perdeu fôlego e avançou 0,4% em janeiro, na comparação com dezembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda na metalurgia e na produção de eletrodomésticos da linha marrom e motocicletas, sobretudo na Zona Franca de Manaus, contribuíram para o recuo da produção industrial no mês.

                          O resultado de janeiro veio em linha com o esperado. O mercado projetava alta de 0,4%, segundo estimativa da Reuters com economistas. Em 12 meses, porém, a indústria acumula uma queda de 4,3%.

                          O setor encerrou 2020 com um tombo de 4,5%, o pior resultado desde 2016. Na comparação com janeiro de 2020, o setor cresceu 2%.

                          Crescimento concentrado

                          De acordo com André Macedo, gerente da pesquisa de IBGE, o resultado de janeiro aponta um comportamento diferente dos meses anteriores pela menor intensidade crescimento e a concentração em poucas atividades:

                          — O crescimento está muito concentrado neste mês, e isso já mostra um sinal de redução de ritmo para a produção industrial. É um comportamento completamente diferente, que não foi observado nos meses anteriores dessa sequência de nove meses de crescimento.

                          Na passagem de dezembro para janeiro, somente duas das quatro grandes categorias econômicas e 11 dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção. A influência positiva mais relevante veio da atividade de produtos alimentícios, que avançou 3,1%.

                          José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos, lembra que os dois segmentos que mais avançaram em janeiro, indústria alimentícia (3,1%) e indústria extrativa (1,5%), devem permanecer em alta em fevereiro, com possibilidade de segurar a alta do setor.

                          — Há uma demanda crescente por minerais com a retomada da economia norte-americana e o desempenho da economia chinesa. O Brasil é um grande exportador de minerais e os dois países são os nossos maiores parceiros comerciais — explica ele, que também prevê um resquício do uso do auxílio emergencial em fevereiro impulsionando a produção alimentícia:

                          — Uma parte do aumento da poupança no ano passado se deu pelo auxílio emergencial. Se é verdade que o movimento da despoupança tem a ver com a transferência para o consumo, haverá algum resquício desse processo, com uma parte dessa demanda por alimentos.

                          Por outro lado, a indústria de transformação, que foi o grande responsável pelo freio no setor em janeiro, com recuo de 0,1%.

                          Camargo enfatiza que o agravamento da pandemia e as novas medidas de isolamento para conter a doença afetam a indústria de transformação, e o segmento pode puxar para baixo o desempenho da indústria em fevereiro e março.

                          Entre as 14 atividades que tiveram recuo na produção, metalurgia registrou queda de 13,9%, interrompendo seis meses de taxas positivas consecutivas. O ramo de vestuário e acessórios ficou estável.

                          Impacto do fim do auxílio

                          A indústria, que registra nove meses consecutivos de alta, vem desacelerando. O setor foi o primeiro a se recuperar do baque da pandemia, zerando em setembro a perda de 27,1% acumulada em março e abril, quando muitas fábricas fecharam as portas para garantir o distanciamento social.

                          Apesar do avanço nos meses seguintes, os números mostram que o setor vem perdendo dinamismo. Há o recrudescimento da Covid-19, que tem trazido novas restrições de mobilidade e o pagamento do auxìlio emergencial foi suspenso, impactando o consumo. Por isso, analistas avaliam que pode haver uma acomodação da indústria no início deste ano.

                          — Algo que vinha sustentando como o auxílio emergencial não está mais presente, é algo que deve ser levado em consideração pra entender essas primeiras informações de 2021 — diz Macedo.

                          Lisandra Barbero, economista da XP Investimentos, lembra que o auxílio emergencial, junto com a poupança que as famílias mais ricas conseguiram fazer no ano passado, fez a demanda por bens duráveis se manter em patamares aquecidos, mas este tipo de consumo não deve se prolongar em 2021.

                          Ela avalia ainda que a indústria alimentícia veio perdendo força nos últimos meses de 2020 com o fim do auxílio, mas a piora da Covid e a retomada do benefício ainda em março, como tem sido discutido, pode fazer o segmento permanecer com avanço significativo.

                          — Muitas pessoas que no final do ano estavam começando a sair para comer em restaurantes agora tiveram que ficar em casa novamente a acabam consumindo mais em supermercado.

                          Ambos os economistas, porém, enfatizam que a retomada não só da indústria como de toda a atividade econômica brasileira depende do ritmo de vacinação. Eliminada a maior incerteza, o ciclo de normalização pode ser retomado no segundo semestre.

                          — A atividade econômica como um todo deve performar pior no primeiro trimestre. O segundo trimestre também deve ser de meses um pouco mais difíceis, mas passando para o segundo semestre, contamos com o ciclo de normalização — diz Lisandra, que projeta uma expansão de 3,5% para a indústria no ano.

                          Em relatório publicado em fevereiro, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) ponderou que o resultado da indústria no ano passado muito se deveu ao baixo nível de juros e políticas compensatórias de renda. A Selic está em 2% ao ano.

                          “É importante que preservemos estas condições favoráveis sob o risco de uma acomodação do ritmo de recuperação. Por seus impactos na indústria e na economia, constituem fatores preocupantes o fim dos programas emergenciais, a aceleração da inflação e seu impacto sobre as decisões do Banco Central a respeito da taxa básica de juros (Selic), o gerenciamento da agenda fiscal etc.”, analisou o instituto.

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