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                          IEDI na Imprensa - Indústria de alta tecnologia recua há 2 anos no País e é a que mais sofre na crise, aponta IEDI

                          Publicado em: 16/03/2021

                          O Estado de São Paulo

                          Após uma queda de 3,3% em 2019, segmento recuou 3,4% no ano passado; resultado só não foi pior porque ramos de medicamentos e de eletroeletrônicos tiveram bom desempenho

                          Daniela Amorim

                          O choque provocado pela pandemia do novo coronavírus provocou perdas mais fortes em 2020 nos ramos industriais mais intensivos em tecnologia, que fabricam itens como equipamentos de informática, eletroeletrônicos, farmacêuticos e aviões. O dado faz parte de um estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), obtido com exclusividade pelo Estadão/Broadcast.

                          A indústria de maior intensidade tecnológica, que investe mais em pesquisa e desenvolvimento, já vinha de perdas mesmo antes da crise sanitária. Depois de uma queda de 3,3% em 2019, o segmento teve uma retração de 3,4% na produção no ano passado."O resultado de 2020 só não foi pior porque tem ali o ramo de medicamentos, que não teve crise, e o de eletroeletrônicos, devido a um desdobramento da pandemia. As pessoas ficaram mais em casa e investiram nesse tipo de bem", disse Rafael Cagnin, economista-chefe do IEDI, responsável pelo estudo.

                          A indústria de alta tecnologia representa atualmente 5,2% de toda a produção da indústria de transformação brasileira. Em 2020, as fábricas enfrentaram desafios como medidas de isolamento social, escassez de peças e redução na demanda. "O que mais preocupa, na verdade, é a capacidade desses ramos de acompanhar a fronteira tecnológica que está se acelerando no resto do mundo", disse Cagnin.

                          O economista do IEDI lembra que, além da crise sanitária sem precedentes, a indústria brasileira ainda enfrenta questões que atrapalham a competitividade, conhecidas como custo Brasil, entre elas a complexidade do sistema tributário."São algumas ilhas de excelência que a gente tem dentro da nossa estrutura industrial, ou seja, algumas empresas de alta tecnologia que estão muito bem inseridas no comércio internacional. Exemplo disso é a Embraer. Ela não só ajuda do ponto de vista da exportação, do comércio internacional, mas também da produção. É também o caso do setor farmacêutico, que vem acumulando competências industriais importantes", disse Cagnin.

                          Dentro da indústria de alta tecnologia, a produção farmacêutica registrou avanço de 2,0% em 2020, após queda de 3,7% em 2019. Por outro lado, a indústria de aviação despencou 50,8% em 2020, depois de um tombo de 14,9% no ano anterior.

                          A Embraer informou que entregou um total de 130 jatos no ano de 2020, o que representa uma redução de quase 35% em relação ao desempenho de 2019, quando 198 jatos foram entregues. Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destacou que as entregas foram fortemente afetadas pela pandemia da covid-19, principalmente no segmento de aviação comercial.

                          Ainda entre os ramos de alta intensidade tecnológica, a produção de material de escritório e informática encolheu 6,6% em 2020, após a alta de 1,3% em 2019, e o ramo de instrumentos médicos, de ótica e precisão caiu 9,5% no ano passado, depois de uma elevação de 2,1% no ano anterior.

                          Beneficiado pela mudança nos padrões de consumo provocada pela pandemia de covid-19, o segmento de equipamentos de rádio, TV e comunicação teve expansão de 1,3% em 2020, ante uma queda de 1,7% em 2019. Segundo Cagnin, as famílias deixaram de gastar com serviços e direcionaram esses recursos poupados para a aquisição de eletroeletrônicos, tanto para trabalho remoto quanto para lazer, quando se viram forçadas a passar mais tempo em casa.

                          Nos setores industriais de média-alta tecnologia, que têm encadeamento importante com outros ramos industriais, a produção caiu 12,6% em 2020, embora tenha subido 0,7% em 2019. No ano passado, a perda foi puxada pela menor fabricação de veículos (-28,1%), mas também houve recuos na produção de instrumentos de uso médico, odontológico e artigos óticos (-22,2%), máquinas e equipamentos (-4,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,6%).“Como são segmentos relacionados à maior produtividade do trabalho, a perda de produção puxa para baixo a produtividade do setor industrial. Há uma perda de competitividade que acaba se refletindo na produtividade, com impacto negativo no desempenho da indústria como um todo, que já vinha com perda de relevância na composição do Produto Interno Bruto (PIB)”, opinou Claudia Perdigão, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

                          Por outro lado, no ano em que a economia teve um dos piores desempenhos da história, o segmento da indústria de transformação considerado de menor intensidade tecnológica, chamado de média-baixa tecnologia, conseguiu ficar praticamente estável no ano passado (-0,1%), graças à maior fabricação de alimentos e bebidas (3,6%) e combustíveis (4,4%), neutralizando as perdas nos ramos de vestuário e produtos de madeira e metal.

                          No estudo, o IEDI usa os dados da Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a classificação de intensidade tecnológica das atividades adotada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

                          A expectativa para os próximos meses é de uma nova onda de dificuldade em função do recrudescimento da pandemia. Sob impacto já do agravamento no número de mortos e infectados pela covid-19 no País, assim como pela retirada do pagamento do auxílio emergencial aos mais vulneráveis, a confiança dos empresários industriais recuou em janeiro e fevereiro, interrompendo uma sequência de oito meses de melhora, apurou a FGV. “A expectativa é que o nível de confiança caia de novo em março, por conta dessas novas restrições de mobilidade. Os empresários estão mais pessimistas em relação ao futuro”, disse Claudia Perdigão.

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