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                          IEDI na Imprensa - Brasil não tem nem 0,5% da venda global de manufaturados

                          Publicado em: 28/02/2023

                          Valor Econômico

                          Em uma década, país vai de 28º maior exportador para 34º

                          Alessandra Saraiva

                          A fatia do Brasil no total do comércio mundial de manufaturados ficou pela primeira vez em pelo menos uma década abaixo de 0,5%, segundo o estudo “O Brasil e as exportações de manufaturas em 2021”, divulgado de forma exclusiva ao Valor pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industria (IEDI).

                          A participação brasileira nas exportações mundiais de manufaturados saiu de 0,52% em 2019 para 0,43% em 2020, subindo levemente para 0,47% em 2021, segundo o levantamento elaborado a partir de dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). O Brasil nunca tinha ficado com parcela inferior a 0,5% desde 2010, ano inicial da série elaborada pelo IEDI, segundo o economista do instituto Rafael Cagnin, responsável pelo estudo.

                           Essa queda contribuiu para que o Brasil perdesse seis posições no ranking mundial dos maiores exportadores de manufaturados em 11 anos. Cagnin ressaltou que 2010 o Brasil ocupava o 28º posto da lista, ao passo que em 2021 estava na 34ª posição.

                          Uma série de obstáculos à competitividade de manufaturados brasileiros no exterior levou ao atual cenário, acrescentou o economista. “Exportamos cada vez menos [manufaturados] em relação a outros países”, resumiu Cagnin. “E temos a 15ª maior indústria [parque industrial] do mundo. Isso mostra o quanto a indústria brasileira está pouco integrada ao mercado externo.”

                          No mesmo levantamento o IEDI apurou que, em importações globais de manufaturados, a fatia do país ficou em 1,13% em 2021. Além do patamar acima do registrado em 2020, de 1,01%, foi o maior desde 2014 (1,40%). Com isso, o Brasil subiu no ranking mundial de importações de manufaturados, da 27ª posição em 2020 para a 25ª em 2021.

                          “Não é problema importar manufaturados”, comentou Cagnin. “Mas desde que seja para ajudar a exportar mais” completou.

                          A exportação mais intensa de manufaturados é vantajosa para um país, lembrou o especialista, tendo em vista o alto valor adicionado que esse produto tem - em comparação com matérias-primas brutas, por exemplo.

                          Matérias-primas brutas, como commodities agrícolas, são grande destaque da balança comercial brasileira e principais responsáveis para o saldo positivo do comércio externo do país, lembrou o técnico do IEDI.

                          O saldo da balança comercial brasileira - diferença entre exportações e importações - terminou positivo em 2022 em US$ 61,76 bilhões, resultado superior ao de 2021 (US$ 61,41 bilhões) e o maior desde 1990, em série levantada pela Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

                          “Não há nenhum problema em ser grande exportador de matéria-prima” diz Cagnin. “Mas a concentração de pauta exportadora nesses produtos prejudica diversificação da estrutura produtiva do país. Durante a pandemia, vimos o custo de não ter diversificação.”

                          Na crise sanitária, houve dificuldade de acesso aos mercados compradores de matérias-primas brasileiras - caso da China, que diminuiu importações após a covid-19.

                          Assim como Cagnin, José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), também defendeu a maior diversificação da balança comercial, com mais itens industriais. “Manufaturado gera mais emprego e maior valor adicionado [na economia].”

                          Mas para isso ocorrer, notou Castro, é preciso diminuir obstáculos à competitividade do manufaturado do país “O custo Brasil é elevado e não é a taxa de câmbio que vai resolver isso.”

                          Para o presidente da AEB, é preciso diminuir tributação; e melhorar logística e infraestrutura do país, que reduza custos em embarque dos exportadores. “Para exportar mais, dependemos 80% de decisões internas e 20% de decisões externas”, disse.

                          No caso de decisões internas, investimentos em educação e em pesquisa e desenvolvimento (P&D) no país são fundamentais para exportações de manufaturados com maior teor tecnológico. É o que pensa Lia Valls, coordenadora de Estudos do Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Ela citou como exemplo a Coreia do Sul. Esse país contava com participação similar à do Brasil em manufaturados no comércio global nos anos 70. Nas últimas décadas, o país asiático investiu em qualificação de mão de obra, além de P&D. No estudo do IEDI, a Coreia do Sul teve fatia de 3,81% no total da exportação mundial de manufaturados em 2021, ficando na sétima colocação.

                          O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmou que há sim espaço para promover exportações industriais no Brasil. Para a pasta, “é necessário promover a cultura exportadora no país, reduzir burocracia, diminuir barreiras comerciais, ampliar acordos internacionais, melhorar condições de financiamento às exportações e fortalecer mecanismos para evitar que a empresa brasileira exporte tributos”.

                          No entanto, a pasta faz uma ressalva. “Vale insistir que a competitividade das exportações depende diretamente do aumento da competitividade da própria produção brasileira. E isso passa por reforma tributária, investimentos em logística, qualificação de mão de obra, incentivos à inovação, entre outros”, afirmou.

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