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                          IEDI na Imprensa - Commodities determinam grandes saldos comerciais

                          Publicado em: 19/02/2025

                          Valor Econômico

                          Países que compram produtos industriais brasileiros deslocaram sua demanda para os concorrentes chineses, às voltas com superprodução em vários segmentos da economia

                          Editorial

                          A América Latina sumiu do mapa dos países com os quais o Brasil obtém seus maiores saldos comerciais. A Argentina, tradicional parceiro, mais Chile e México figuravam em 2023 entre os que propiciavam os dez maiores superávits brasileiros. Foram substituídos no ano passado por países do Oriente Médio e da Ásia, basicamente pelas compras de commodities do Brasil. O resultado total do comércio exterior produziu um superávit de US$ 74,6 bilhões no ano passado, 25% menor que em 2023, mas, ainda assim, o segundo maior da série. Esse bom desempenho, no entanto, não encobre fragilidades conhecidas.

                          A área natural de trocas econômicas do Brasil, maior economia da região, são seus vizinhos - e deixou de ser. Eles estavam entre os principais compradores de bens manufaturados, mas estão adquirindo menos, seja por problemas domésticos, como é o caso evidente da Argentina, seja porque os produtos brasileiros passaram a ser substituídos, já há algum tempo, por importações da China. A complexidade tecnológica das exportações brasileiras, um dos fatores com que se pode medir o grau de competitividade de um país, tem diminuído constantemente. O avanço das vendas externas de commodities supre a lacuna da vulnerabilidade das vendas industriais de maior valor agregado, como mostram os números da balança comercial. Mas isso tem um preço.

                          Na balança comercial, os saldos positivos continuam muito concentrados. Mais de dois terços do superávit total em 2024 foi obtido com apenas quatro países - China, Holanda, Cingapura e Espanha. Só o saldo com a China foi de 41,4% do total (em 2023 fora maior, de 51,7%). Outro exemplo de concentração: 75% do que a China importa são soja, petróleo e minério de ferro.

                          O fôlego exportador perdeu algum ímpeto, logo depois do desempenho recorde de 2023, e veio acompanhado de um aumento vigoroso das importações, decorrente do compasso acelerado da economia. Os bens agrícolas tiveram alguma redução de quantidade, devido a problemas climáticos, e o minério de ferro teve preços um pouco menores. O déficit industrial, no entanto, subiu. Alguns mercados reduziram muito o consumo de manufaturados, como a Argentina, que passou por grave recessão no ano passado, mas outros fatores interferiram. Países que compram produtos industriais brasileiros deslocaram sua demanda para os concorrentes chineses, às voltas com superprodução em vários segmentos da economia.

                          A baixa competitividade da indústria brasileira faz com que o país dependa cada vez mais das commodities. As exportações da indústria de transformação somaram 54% do total do Brasil vendido ao mundo, mas as importações em alta trouxeram um déficit do setor de US$ 56,9 bilhões, segundo cálculos do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI). Por outro lado, vendas da agropecuária, mineração e pesca asseguraram um saldo positivo de US$ 131,4 bilhões.

                          O IEDI classifica os bens nas categorias de alta, média-alta, média, média-baixa e baixa tecnologia. Os bens da indústria de transformação, como são intensivos em tecnologia, são enquadrados como alta e média-alta, e eles apresentaram no ano passado um resultado negativo de US$ 123,8 bilhões. Os de média-baixa e baixa tecnologia, que englobam bens industriais e commodities, foram superavitários em US$ 192,2 bilhões. Na indústria de transformação são também computados como exportações celulose, carnes, açúcar, açúcares, farelo de soja, óleos combustíveis, fruto de processamentos, com maior ou menor grau de complexidade, de commodities agrícolas ou minerais.

                          Apesar do robusto superávit comercial, a balança de bens de alta intensidade teve déficit de US$ 45,8 bilhões, segundo o IEDI o maior da série em dólares correntes. As vendas ao exterior não deixaram de crescer (subiram 11,4%), performance atribuída basicamente aos produtos da indústria aeronáutica, que também importa muito, contribuindo com 39% do saldo negativo - o restante veio do avanço das compras de bens do complexo eletrônico e farmacêutico.

                          Os produtos de média-alta intensidade não foram muito melhor. Registram saldo negativo de US$ 78 bilhões, o segundo maior da série e o maior déficit nas cinco categorias de intensidade tecnológica. Os bens de média tecnologia tiveram superávit de US$ 5,6 bilhões, que foi o menor desde 2020, com queda de 4,2% nas exportações e alta de 9,7% nas importações.

                          Independentemente de conceitos - uma boa parte dos especialistas atribui alto uso de tecnologia na produção de commodities - o problema maior está, há um bom tempo, na competitividade da indústria, tradicionalmente a maior impulsionadora dos ganhos de produtividade, dos melhores salários e dos melhores empregos na economia. Quanto mais restrito o ímpeto exportador de manufaturados, menores serão os avanços de produtividade e maiores as chances de que percam espaço em seu próprio mercado doméstico. A proteção tarifária, que favorece em muitos casos a ineficiência, será cada vez menos capaz de barrar as importações.

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