• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          Carta IEDI

                          Edição 1164
                          Publicado em: 07/10/2022

                          Emprego industrial no 2º trim/22: ganho de ritmo e de amplitude

                          Sumário

                          O quadro do emprego no Brasil vem registrando progressos, com a redução da taxa de desocupação do país, que deixou de apresentar dois dígitos depois de seis anos neste patamar. No 2º trim/22 chegou a 9,3% e, então, a 8,9% no trimestre findo em ago/22, como discutido na Análise IEDI da semana passada.

                          A Carta IEDI de hoje avalia o desempenho do emprego no setor privado no 2º trim/22, dando ênfase aos postos criados pela indústria. Frente ao mesmo período do ano anterior, houve crescimento de +10,9% no número de ocupados no agregado do setor privado, o que significou um aumento de quase 8,5 milhões de pessoas.

                          Dentre os principais setores econômicos, à exceção da agropecuária, que teve diminuição da ocupação, os demais tiveram aumentos relevantes. No comércio (+14,1%), serviços (+12,4%) e construção civil (+11,1%) o avanço foi superior ao agregado do setor privado. 

                          No caso da indústria de transformação, o dinamismo foi um pouco inferior ao total, mas a alta registrada de +9,8% se manteve expressiva, tornando-se mais difundida entre os ramos industriais e mais intensa do que no 1º trim/22 (+8,3%).

                          Interessante destacar que o emprego com carteira assinada cresceu com um pouco mais de intensidade tanto no agregado do setor privado (+11,5%) como na indústria (+10,5%). O setor industrial vem contribuindo mais do que proporcionalmente para a formalização do emprego no país.

                          Isso porque, na indústria de transformação, 69,5% do total de novos postos de trabalho entre o 2º trim/21 e o 2º trim/22 foram vagas com carteira assinada. Esta parcela se mostrou bem menor nos demais setores neste mesmo período: 33,1% nos serviços, 38,9% na construção civil e de 43,7% no comércio.  

                          Dentro da indústria, a ocupação cresceu em 19 ramos no 2º trim/22, o equivalente a 79% do total de ramos, na comparação com o mesmo período do ano anterior, uma fração um pouco maior do que no 1º trim/22, quando 17 ramos, que correspondiam por 71% do total de segmentos industriais analisados, acusou ampliação do emprego.

                          O destaque no 2º trim/22 coube ao ritmo de crescimento do emprego na fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (+31,7%) e de coque; produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis (+31,4%). Já entre as maiores reduções estão impressão e reprodução de gravações (-9,5%) e máquinas e equipamentos (-6,8%).

                          Com relação à classificação dos ramos industriais por intensidade tecnológica, o grupo de alta tecnologia apresentou o primeiro resultado positivo, na comparação interanual, desde o 1º trim/21. Os outros três grupos também tiveram aumento da ocupação com carteira assinada.

                          O rendimento médio real habitual dos ocupados no setor privado apresentou, no 2º trim/22, sua sexta queda consecutiva (-2,7%) na comparação interanual, sendo que na indústria a redução foi mais intensa (-6,1%). 

                          Já a massa de rendimento real habitual teve o quinto trimestre seguido de crescimento no total do setor privado e no caso da indústria foi o segundo trimestre consecutivo de elevação. Nota-se, portanto, que o desempenho positivo da massa de rendimento tem sido determinado pelo nível de ocupação, já que o rendimento médio tem se reduzido.

                           
                           

                          Desempenho da ocupação no setor privado

                          Esta Carta IEDI acompanha o desempenho do emprego e da renda na indústria de transformação, e tem como base os microdados da PNAD Contínua. Nesta edição, foram analisados os dados do 2º trim/22, divulgados recentemente pelo IBGE.

                          No 2º trim/22, a ocupação no setor privado cresceu 10,9% em relação ao mesmo trimestre de 2021, com a criação de 8,5 milhões de empregos, demostrando a recuperação do mercado de trabalho. 

                          O resultado positivo do PIB no 2º trimestre, estimulado pela normalização das atividades econômicas, decorrente do controle da pandemia, e por medidas anticíclicas adotadas pelo governo (liberação do FGTS e antecipação de 13º salário), criou as condições para a continuidade do aumento do emprego na economia brasileira. 

                          A taxa de variação do PIB nos meses de abril a junho foi de 3,2%, quinto aumento consecutivo na comparação interanual e, em relação ao trimestre anterior, excluída a sazonalidade, a alta foi de 1,2%. 

                          O perfil setorial da expansão do PIB configurou os resultados do mercado de trabalho. A indústria de transformação registrou o menor crescimento interanual (+0,5%, no 2º trim/22) dentre os principais setores da economia brasileira. Mesmo assim, no 2º trim/22, o setor industrial adicionou 1,0 milhão de postos de trabalho, o que significou uma variação de 9,8%, nesta base de comparação, se aproximando novamente da média do setor privado. 

                          A participação da indústria de transformação na criação do emprego na economia vem crescendo desde 2021. No 2º tim/21 este percentual havia atingido 8,8%, subindo para 12,0% no 2º trim/22.

                          Já o PIB do setor de serviços variou 4,5%, entre o 2º trim/22 e o mesmo período de 2021, criando 4,2 milhões de empregos (+12,4%, na comparação interanual), neste período. O emprego no comércio e na construção civil também cresceu, respectivamente, 14,1% e 11,1%, refletindo também a alta no PIB nestes segmentos (+1,3%, no comércio e 9,9%, na construção civil).  

                          Se compararmos com os números do 1º trim/22, a indústria de transformação apresentou uma variação do emprego próxima a média do setor privado (+2,5% contra 2,8%), mas abaixo dos demais setores (excluída a agropecuária). 

                           

                           

                          Evolução do emprego com carteira assinada

                          No 2º trim/2022, o número de empregados no setor privado com carteira assinada aumentou 11,5%, na comparação interanual, com acréscimo de 3,7 milhões de trabalhadores, alta um pouco acima dos 10,9% observado no total da ocupação. 

                          Neste contexto, a indústria de transformação adicionou 704 mil postos de trabalhos formais no 2º trim/22 com crescimento de 10,5%, em relação ao mesmo trimestre de 2021. Na construção civil, nos serviços e no comércio, a expansão do emprego formal neste período foi de, respectivamente, 20,7%, 10,1% e 13,0%. 

                          Se excluirmos a indústria de transformação do total do setor privado, a expansão do emprego formal atingiu 11,7% na comparação entre os segundos trimestres de 2022 e 2021. No 2º trim/22, apesar de o crescimento do emprego formal ter sido maior em outros setores, foi na indústria que o percentual de postos de trabalho formais no total dos empregos criados em cada setor foi maior.

                          Do total do aumento de postos de trabalho entre o 2º trim/21 e o 2º trim/22, 69,5% deles era de emprego com carteira assinada na indústria de transformação. A parcela de empregos formais no adicional do total de vagas criadas neste período foi de apenas 33,1% nos serviços, 38,9% na construção civil e de 43,7% no comércio.  

                          A indústria de transformação criou proporcionalmente mais empregos formais do que os demais setores. Isso ocorre porque sua taxa de formalização é maior. Ademais, a participação da ocupação com carteira assinada no estoque de emprego da indústria de transformação vem aumentando: era de 64,7% no 2º trim/21 e subiu para 65,2% no 2º trim/22.

                           

                           

                          Por dentro do emprego industrial

                          Dentre os segmentos analisados, em 19 houve aumento da ocupação (79% do total) e em outros quatro, redução. Esse resultado é um pouco melhor que o visto no trimestre anterior, quando foram 17 segmentos com crescimento da ocupação (71% do total), na comparação interanual.

                          Os maiores aumentos da ocupação, no 2º trim/22, foram na Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (31,7%) e na Fabricação de coque; produtos derivados de petróleo e de biocombustíveis (31,4%), na comparação interanual. Já as maiores reduções foram na Impressão e reprodução de gravações (-9,5%) e na Fabricação de máquinas e equipamentos (-6,8%).

                           

                          Em termos dos segmentos industriais agregados por intensidade tecnológica, destaca-se que os quatro grupos tiveram aumento da ocupação com carteira assinada, na comparação interanual: alta tecnologia (14,0%), média (12,6%), média-alta (10,1%) e média-baixa (9,6%).

                          No caso dos segmentos de alta tecnologia, foi o primeiro resultado positivo desde o 1º trim/21, nessa base de comparação. Com isso, a ocupação neste agregado voltou praticamente ao mesmo patamar do observado no primeiro trimestre de 2020. 

                          Desde o início da pandemia até o 2º trim/22, o segmento de média tecnologia foi o que mais cresceu: +13,2%, na comparação com o 1º trim/20, seguido da média-alta (+7,3%), da média-baixa (+3,5%). 

                           

                           

                          Desempenho do rendimento médio real e da massa de rendimento

                          O rendimento médio real habitual dos ocupados no setor privado apresentou a sexta queda consecutiva, na comparação interanual, com -2,7% no 2º trim/22. Nesses mesmos seis trimestres consecutivos, o rendimento na indústria de transformação também diminuiu e com intensidade maior que o do total do setor privado no último trimestre analisado: -6,1%.

                          Nos segmentos da indústria de transformação, em 9 houve aumento do rendimento médio e outros 14 tiveram redução. O destaque positivo foi o aumento na Fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (23,2%) e na Fabricação de produtos têxteis (21,6%).

                          Por outro lado, houve redução acentuada do rendimento na Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (-35,5%) e na Fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-26,0%). Ressalta-se que estes dois segmentos tiveram aumento relevante da ocupação, indicando que os novos postos de trabalho devem ter sido com salários menores, somado a aceleração da inflação, reduzindo, assim, o rendimento médio na comparação interanual.

                           

                           

                          Já, a massa de rendimento real habitual da indústria teve o segundo resultado positivo consecutivo, derivado do crescimento da ocupação, uma vez que o rendimento médio teve queda. Já no total do setor privado, foi o quinto trimestre seguido de crescimento, na variação interanual.

                          O crescimento da massa na indústria foi de 3,1% no segundo trimestre de 2022, enquanto no total do setor privado foi de 8,4%.

                           

                           
                           
                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1319 - Dinâmica da produtividade, segundo a McKinsey
                          Publicado em: 04/07/2025

                          Estudo recente da McKinsey, identifica padrão recente do aumento da produtividade que complementam e também desafiam visões estabelecidas sobre o tema.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1318 - Estabilidade industrial em abr/25
                          Publicado em: 23/06/2025

                          Nos quatro primeiros meses de 2025 sobre os quais já temos dados disponibilizados pelo IBGE, tem sido difícil a indústria em seu agregado ampliar produção, a exemplo de abr/25, quando ficou virtualmente estável.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1317 - Inovação e Desenvolvimento: a trajetória chinesa
                          Publicado em: 18/06/2025

                          A China se tornou a “fábrica do mundo”, mas em um ritmo bastante acelerado vem também se firmando como um polo inovativo inconteste, constituindo competências industriais de alta tecnologia.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1316 - Sinais de arrefecimento sobretudo nas indústrias de alta e média-alta tecnologia
                          Publicado em: 13/06/2025

                          No 1º trim/25, os grupos de maior intensidade tecnológica foram os que mais desaceleraram, embora tenham se mantido com um desempenho superior ao agregado da indústria de transformação.

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1315 - O crescimento global em meio à guerra comercial e ao aumento da incerteza
                          Publicado em: 06/06/2025

                          Embora não faltem especulações sobre ganhadores e perdedores da elevação de tarifas comerciais pelos EUA, os cenários mais recentes dos organismos multilaterais indicam enfraquecimento do PIB global e do comércio internacional. 

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1314 - Desempenho modesto na indústria de menor intensidade tecnológica
                          Publicado em: 23/05/2025

                          No 1º trim/2025, o déficit da balança de bens da indústria de transformação voltou a aumentar, devido a um desempenho inferior dos ramos de menor intensidade tecnológica.

                           

                          English version of this text

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1313 - Perda de tração industrial
                          Publicado em: 13/05/2025

                          No 1º trim/25, a indústria cresceu menos do que vinha crescendo na segunda metade de 2024, sendo que bens de capital e intermediários ficaram entre os que mais perderam dinamismo.

                           

                          English version of this text

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1312 - Indústria em 2024: mais produção, mais emprego
                          Publicado em: 09/05/2025

                          Em 2024, devido ao crescimento robusto e difundido entre os diferentes ramos da indústria, o emprego industrial se expandiu, superando o aumento do emprego do agregado do setor privado.

                           

                          English version of this text

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1311 - Um começo de ano fraco e incerto
                          Publicado em: 30/04/2025

                          Em fev/25, a indústria brasileira somou cinco meses consecutivos sem crescimento, um quadro que se agrava com o aumento das incertezas mundiais.

                           

                          English version of this text

                          Carta IEDI
                          Carta IEDI n. 1310 - Destaques do comércio exterior do Brasil
                          Publicado em: 28/04/2025

                          Em 2024, o Brasil comprou mais e de mais parceiros internacionais do que conseguiu ampliar e diversificar nossas exportações de manufaturados, o oposto do que precisaria fazer para enfrentar as mudanças atuais no comércio mundial.

                           

                          English version of this text

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.