Carta IEDI
A Indústria em Agosto de 2018: diversos ângulos da anemia industrial
Não restam dúvidas de que, com ou sem greve dos caminhoneiros, o percurso que o setor industrial vem trilhando em 2018 não o levará muito longe. O esperado ganho de vitalidade na primeira metade do ano não veio e, agora, as incertezas derivadas da esfera política, que têm implicado oscilações acentuadas da taxa de câmbio e elevações de prêmios de risco, se associam à morosidade do restante da economia impondo dificuldades adicionais à indústria.
Assim, o crescimento da produção industrial vem murchando desde o final do ano passado. Passou de +1,7% no 4º trim/17 para +0,2% no 1º trim/18 e chegou a -2,6% no 2º trim/18, já descontados os efeitos sazonais. Depois disso, permaneceu no vermelho tanto em julho como em agosto, quando variou -0,1% e -0,3%, respectivamente.
Verdade seja dita, na série com ajuste, à exceção dos solavancos de maio e junho devido à paralisação dos caminhoneiros, somente o mês de abril registrou um resultado positivo digno de nota, que, ainda assim, foi de apenas +0,9%. Todos os outros meses foram de queda ou de virtual estabilidade.
Em agosto, especificamente, o resultado geral sofreu influência negativa de eventos pontuais no ramo de petróleo e combustíveis, mas isso não chega a funcionar como um atenuante. Basta observar que dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE, cerca de metade, isto é, 14 deles registraram recuo frente a julho, descontados os efeitos sazonais. Causas localizadas agravam o desempenho, mas não explicam integralmente a anemia industrial, que, inclusive, pode ser captada por outros ângulos, tais como:
• O nível de produção em agosto de 2018, já livre de sazonalidade, encontra-se 1,1% abaixo daquele de dezembro de 2017, quando a indústria ensaiava acelerar seu crescimento.
• Não apenas o setor como um todo, mas nada menos do que 17 dos 26 ramos identificados na pesquisa do IBGE giram em um nível de produção inferior àquele de dez/17, com destaque para outros equipamentos de transporte (-14,7%) e informática e produtos eletrônicos (-13,7%).
• Como a reativação do setor é lenta e descontínua, a indústria geral permanece com um patamar de produção mais de 14% abaixo de seu pico recente, o que é ainda mais grave para bens de capital (-31,7%) e bens de consumo duráveis (-22,6%).
• Com isso, 2018 não tem dado nenhuma contribuição adicional à recuperação industrial. No acumulado de janeiro a agosto, a alta de 2,5% frente ao mesmo período do ano anterior indica a mesma velocidade média de 2017, cujo resultado agregado de janeiro a dezembro também foi de +2,5%.
• A utilização da capacidade instalada continua baixa para padrões históricos, não tendo melhorado muito desde o início do ano. Segundo a FGV, o indicador de utilização estava em 76% em ago/18 contra uma média histórica de 80,2%.
• A avaliação dos empresários da indústria de transformações sobre as condições correntes de seus negócios também só tem se deteriorado. O indicador da CNI recuou de 54,1 para 48,4 e finalmente para 46,1 pontos do 1º trim/18 para o 3º trim/18. A FGV sugere a mesma evolução: de 100,3 para 98,7 e 97,4 em cada um dos três trimestres do ano.
Como a indústria é uma importante alavanca para o crescimento econômico devido às inúmeras interações que estabelece com outros setores, seu desempenho decepcionante em 2018 tem sido acompanhado de revisões para baixo do PIB total da economia. A pesquisa Focus do Banco Central, por exemplo, aponta para um corte do crescimento do PIB de algo como 3% para apenas 1,3% do início do ano até agora. No caso do PIB industrial, o retrocesso nas expectativas foi de 3,5% para 1,6%.
Resultados da Indústria
Em agosto de 2018, a produção industrial variou -0,3% na comparação com o mês anterior, já descontados os efeitos sazonais, depois de já ter registrado -0,1% no mês de julho. Assim, passados os efeitos imediatos da paralisação do transporte de carga rodoviário, que implicaram forte volatilidade dos resultados nos meses de maio (-10,9%) e de junho (+12,9%), parece que o setor retomou o padrão de variações muito próximas de zero com que iniciou 2018. Dos oito meses de 2018 com resultados oficiais já conhecidos, 5 foram negativos e 3 positivos na série com ajuste sazonal. À exceção do resultado excepcional de junho, o único avanço digno de nota nesta comparação continuou sendo abril: +0,9%.
O desempenho da indústria em comparação com o mesmo período de 2017 apresenta desde meados do ano passado uma sequência de variações positivas, exceto maio (-6,6%). Em agosto, o resultado ficou novamente no azul, mas foi de apenas +2,0%. Assim, o dinamismo de +3,1% sinalizado pela média móvel trimestral finda em agosto, na comparação com o mesmo período do ano anterior, permaneceu abaixo daquele de antes da greve dos caminhoneiros, quando havia chegado a +4,0% no trimestre findo em abril.
Em relação aos macrossetores, na comparação com julho, descontados os efeitos sazonais, os resultados foram negativos para metade deles. Houve retrocesso de -2,1% na produção de bens intermediários, depois de dois meses seguidos de alta, e de -0,6% em bens de consumo semi e não duráveis, que também tinham caído em julho (-0,4% ante março). Em contrapartida, bens de capital cresceram 5,3%, mas foi suficiente apenas para recompor o declínio registrado no mês anterior (-5,4% em julho ante junho) e bens de consumo duráveis 1,2%.
Já na comparação de agosto de 2018 com agosto de 2017, todos os quatro macrossetores da indústria conseguiram crescer, muito embora bens de consumo semi e não duráveis apenas tenham ficado mais próximos de um quadro de estabilidade, ao apresentar variação de +0,1%. O grande destaque nesta comparação coube a bens de consumo duráveis, com avanço de 9,7%, seguido por bens de capital, que aumentaram a produção em 8,2%. Bens intermediários, por sua vez, registraram alta de 1,2%.
Em agosto, o aumento interanual de 9,7% na produção de bens de consumo duráveis se deveu, em grande medida, aos resultados positivos obtidos na fabricação de automóveis (+18,1%), de motocicletas (+28,3%), de eletrodomésticos da “linha branca” (+0,3%) e de outros eletrodomésticos (+2,3%). Em sentido oposto, os principais impactos negativos foram verificados em eletrodomésticos da “linha marrom” (-11,9%) e móveis (-2,5%).
O crescimento de bens de capital de 8,2% ante agosto de 2017 foi produzido principalmente pela evolução positiva no grupamento de bens de capital para equipamentos de transporte (+13,2%), impulsionado, principalmente, pela maior fabricação de caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões e reboques e semirreboques, de bens de capital para fins industriais (+5,4%), para construção (+24,8%), agrícolas (+7,8%) e para energia elétrica (+0,6%). O único impacto negativo coube ao grupamento de bens de capital de uso misto (-4,0%).
Já bens intermediários, que apresentou variação positiva de 1,2% frente a agosto de 2017, teve sua evolução condicionada, em grande medida, devido ao crescimento nas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+5,4%), de celulose, papel e produtos de papel (+13,9%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (+8,7%), de outros produtos químicos (+3,3%), de indústrias extrativas (+1,5%), de produtos de metal (+5,0%), entre outros. Os resultados negativos couberam a produtos alimentícios (-10,3%), produtos têxteis (-6,6%) e máquinas e equipamentos (-1,8%).
Por fim, o macrossetor de bens de consumo semi e não-duráveis, que variou apenas +0,1% ante agosto de 2017, teve desempenho explicado pelas altas verificadas no grupamento de carburantes (+2,5%), impulsionado, principalmente, pela maior produção de álcool etílico, nos grupamentos de não-duráveis (+0,9%) e de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (+0,2%). Em sentido oposto, este o subsetor de semiduráveis (-3,1%).
No acumulado de janeiro a agosto de 2018, a indústria geral apresentou resultado de +2,5% frente a igual período do ano anterior, puxada notadamente por bens de consumo duráveis, cuja produção avançou 13,8% no mesmo período, e por bens de capital, com alta de 9,0%. Também ficaram no positivo, mas com um desempenho inferior à média geral da indústria os seguintes macrossetores: bens intermediários, com +1,5%, e bens de consumo semi e não duráveis, com apenas +0,6%.
No acumulado em 12 meses, vale observar que a indústria geral apresentou, em agosto, desaceleração em relação ao resultado de julho, com a taxa de crescimento saindo de 3,3% para 3,1%. Nesta comparação, bens de consumo duráveis cresceram 15% em agosto, seguido por bens de capital, com +9,4%, bens intermediários, com +2,2%, e bens de consumo semi e não duráveis, com +1%.
Por dentro da Indústria de Transformação
A variação de -0,3% da produção industrial geral em agosto de 2018 foi acompanhada de retração de 0,1% na indústria de transformação e de 2,0% no ramo extrativista, já realizado o ajuste sazonal. Em relação a agosto de 2017, o resultado da indústria de transformação foi de +2,0%, enquanto o setor extrativista foi de +1,4%.
Frente a agosto de 2018, na série com ajuste sazonal, o decréscimo de -0,3% da indústria geral foi acompanhado por: 14 dos 26 ramos pesquisados. As principais influências negativas vieram de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,7%), em muito devido à interrupção da produção em importante unidade produtiva, de bebidas (-10,8%), de produtos alimentícios (-1,3%) e de indústrias extrativas (-2,0%). Por outro lado, entre os doze ramos que ampliaram a produção nesse mês, os desempenhos de maior relevância para a média global foram assinalados por veículos automotores, reboques e carrocerias (+2,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (+8,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+5,1%) e celulose, papel e produtos de papel (+2,0%).
Na comparação com igual mês do ano anterior, em que a indústria geral apresentou crescimento de 2,0%, variações positivas marcaram o desempenho de 14 dos 26 ramos, 38 dos 79 grupos e 50,7% dos 805 produtos pesquisados. Os destaques positivos ficaram a cargo de: veículos automotores, reboques e carrocerias (+15,0%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+4,4%), celulose, papel e produtos de papel (+11,6%), máquinas e equipamentos (+8,8%), outros produtos químicos (+3,3%) etc. Quanto aos impactos negativos, as principais contribuições couberam a produtos alimentícios (-4,6%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-7,7%) e produtos têxteis (-5,3%).
Já no acumulado do ano de janeiro a agosto, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 2,5%, com resultados positivos em 16 dos 26 ramos, 45 dos 79 grupos e 52,0% dos 805 produtos pesquisados. Os principais resultados positivos foram verificados em veículos automotores, reboques e carrocerias (+18,4%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+2,9%), metalurgia (+5,1%), máquinas e equipamentos (+5,3%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+10,2%), celulose, papel e produtos de papel (+5,7%), entre outros. Já entre as atividades em queda, as principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-2,3%), couro, artigos para viagem e calçados (-5,3%) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,0%).
Exportação
Segundo os dados da Funcex, divulgados pelo IBGE conjuntamente com os resultados da produção industrial, o quantum das exportações de manufaturados no mês de agosto de 2018 avançou 27,4%, depois de ter caído 10,5% em julho, frente ao mesmo período do ano anterior. Com disso, o resultado no acumulado dos primeiros oito meses do ano foi de +6,3%, superior àquele do mesmo período de 2017 (+2,7%).
Por sua vez, as importações em quantum de matérias-primas para a indústria avançaram 8,6% em agosto de 2018 frente a agosto de 2017. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, houve expansão de 6,6% frente ao mesmo período do ano passado, ritmo inferior ao de igual período de 2017 (+8,6%).
Utilização de Capacidade
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria de transformação, de acordo com a série da FGV com ajustes sazonais, foi de 76% em agosto de 2018, 0,3 p.p. maior do que o patamar de julho e em linha com a utilização média do primeiro semestre de 2018 (75,9%). A despeito disso, o atual nível de utilização continua muito baixo, inferior à média histórica do próprio indicador (80,2%) iniciada em janeiro de 2001.
Já o indicador da CNI ficou em 78,1% em agosto de 2018, já descontados os efeitos sazonais, nível superior ao de julho (77,6%), mas ainda razoavelmente abaixo daquele no primeiro trimestre (78,1%). Vale lembrar que o indicador havia encerrado o ano de 2017 em 77,9%, o que significa dizer que a utilização da capacidade instalada perdeu tudo o que havia progredido nos primeiros meses de 2018. Assim como no caso do indicador da FGV, a utilização da capacidade estimada pela CNI manteve-se abaixo de sua média histórica de 81,0%.
A permanência da utilização da capacidade em níveis historicamente baixos e sem uma trajetória inconteste de acentuada melhora não é um indício favorável para a evolução futura do investimento, isso porque máquinas e equipamentos atualmente ociosos deverão ser postos em funcionamento antes de os empresários pensarem em ampliar sua capacidade de produção. Em contrapartida, a existência de capacidade ociosa significa que existem plenas condições de oferta para garantir uma recuperação da atividade econômica sem pressões inflacionárias.
Estoques
De acordo com os dados da Sondagem Industrial da CNI, os estoques de produtos finais da indústria em agosto de 2018 assinalaram índice de 50,9 pontos, voltando a ficar acima da marca dos 50 pontos, pelo segundo mês consecutivo, depois de ter atingido 48,4 pontos no mês de junho. Vale lembrar que o indicador acima de 50 pontos indica aumento dos estoques e abaixo, redução deles. Este resultado em agosto de 2018, 0,5 p.p. acima daquele de julho, foi condicionado tanto pelo segmento da indústria de transformação, cujo indicador de estoques ficou em 51 pontos, como pela indústria extrativa que, por sua vez, ficou em 47,5 pontos.
Na avaliação dos empresários, os estoques efetivos da indústria geral continuaram acima do nível planejado (isto é acima de 50 pontos), como tem ocorrido desde o mês de março, atingindo o patamar de 51,2 pontos em agosto, o nível mais elevado do ano se for desconsiderado o mês de maio (53,3 pontos), afetado pela greve dos caminhoneiros. No caso do setor extrativo e no caso da indústria de transformação, o indicador de satisfação dos estoques ficou em 49 pontos e 51,3 pontos, respectivamente.
No grupo industrial da indústria de transformação, 16 dos 27 ramos acompanhados pela CNI tiveram estoques iguais ou menores do que o planejado (50 pontos) em agosto de 2018, como em outros equipamentos de transporte (43,1 pontos), impressão e reprodução (44,4 pontos), madeira (44,7 pontos) e metalurgia (45,9 pontos). Cabe observar que na passagem de julho para agosto o número de setores com estoques iguais ou abaixo do planejado ficou estável, depois de ter caído de 20 para 16 (-20%) do mês de junho para o mês de julho. Em contraste, ficaram com estoques efetivos acima do planejado em agosto os setores de máquinas e equipamentos (56,7 pontos), calçados (56,6 pontos), têxteis (54,2 pontos) e farmacêuticos (53,7 pontos), entre outros.
Confiança e Expectativas
Como indicativo da evolução futura da indústria, a evolução recente do Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação da CNI (ICEI) voltou a ficar acima do patamar de 50 pontos em setembro: em 53,1 pontos, ficando praticamente estável em relação a agosto (53,5 pontos). Este retorno a um quadro de confiança (acima de 50 pontos), não foi suficiente para uma recomposição completa, mantendo-se longe do nível em torno de 59 pontos verificado no primeiro trimestre de 2018. A média do nível de confiança no terceiro trimestre do ano foi de 52,3 pontos. Em outros termos, os empresários do setor vinham se mantendo otimistas, porém cada vez menos, até junho, quando voltaram ao campo do pessimismo. O terceiro trimestre do ano trouxe novamente o otimismo, mas menos intenso do que já havia sido no início do ano.
Este desempenho de setembro resultou de seu componente de expectativas para o futuro, que ficou em 56,2 pontos, isto é, próximo dos 56,4 pontos de agosto. Isto é, em relação ao futuro, os empresários ainda estão otimistas, mas o indicador, que já registrou valores acima de 60 pontos no primeiro trimestre do ano, indica que houve deterioração do quatro. Já o componente de avaliação das condições atuais dos negócios continua na faixa que indica pessimismo dos empresários (abaixo de 50 pontos) e apresentou relativa deterioração ao passar de 47,6 pontos em agosto para 47,1 pontos em setembro. Vale notar que já são quatro meses consecutivos que este indicador fica abaixo dos 50 pontos, o que traz riscos para a evolução do componente expectacional do indicador, já que é preciso que o quadro corrente dos negócios vá validando pouco a pouco as expectativas em relação ao futuro. A evolução trimestral deixa clara a deterioração recente: média de 54,1 pontos no 1º trim/18, isto é, otimismo, 48,4 pontos no 2º trim/18, indicando pessimismo, e 46,1 pontos no 3º trim/18, intensificando o pessimismo dos empresários do setor.
Por sua vez, o Índice de Confiança da Indústria de Transformação da FGV, que tinha voltado a indicar otimismo desde fevereiro de 2018 (100,4 pontos), já registra por dois meses seguidos patamares inferiores a 100 pontos, indicando retorno ao pessimismo: 99,7 pontos em agosto e 96,1 pontos em setembro. Seu componente de avaliação das condições correntes continuou abaixo da linha de 100 pontos, como tem sido a regra desde o mês de junho. Em setembro foi de 95,2 pontos. Seu componente expectacional, por sua vez, também retornou à região pessimisma em setembro, com 97,1 pontos, algo que não ocorria desde janeiro de 2018 e o pior nível desde outubro de 2017.
Outro indicador frequentemente utilizado para se avaliar a perspectiva do dinamismo da indústria é o Purchasing Managers’ Index – PMI Manufacturing, calculado pela consultoria Markit Financial Information Services. Seu nível vinha se mantendo acima de 50 pontos desde abril de 2017, indicando melhora das condições de negócio, caiu em junho de 2018 para 49,8 pontos e não se recuperou a contento no terceiro trimestre do ano (50,8 pontos), ficando em 50,9 pontos em setembro, depois de ter atingido, em agosto, 51,1 pontos. A média do indicador tanto no último trimestre de 2017 como no primeiro trimestre de 2018 tinha chegado a 52,5 pontos.
Os indicadores de confiança acima mencionados, notadamente seu componente referente às avaliações dos negócios correntes, sugerem que o desempenho industrial em setembro pode decepcionar mais uma vez, já que continuam apontando deterioração das avaliações dos empresários sobre o setor, não trazendo, assim, o necessário reforço ao dinamismo da produção para que as perdas sofridas ao longo da crise recente sejam efetivamente superadas.
Anexo Estatístico
Tabela: Produção Física - Subsetores Industriais
Variação % em Relação ao Mesmo Mês do Ano Anterior (clique aqui)