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                          Análise IEDI

                          Emprego
                          Publicado em: 30/06/2020

                          Os efeitos da pandemia sobre o emprego

                          Os dados de maio da PNAD contínua do IBGE, pela forma de divulgação da pesquisa, sempre como uma média móvel trimestral, mostram hoje, pela primeira vez, o impacto integral da crise de Covid-19 sobre o emprego no país. 

                          No período de março-abril-maio de 2020, a taxa de desemprego subiu para 12,9%, foram eliminados 7 milhões de postos de trabalho em comparação com o mesmo período do ano passado e o total de desempregados chegou a 12,7 milhões de pessoas.

                          A taxa de desemprego, embora tenha revertido a tendência de declínio verificada nos últimos anos, não foi capaz de refletir com precisão da deterioração do emprego dos últimos meses. Ficou apenas 0,6 pontos percentuais acima daquela do trimestre findo em mai/19 (12,3%). 

                          Isso ocorreu porque ao mesmo tempo em que o número de desempregados cresceu, a população na força de trabalho, que funciona como o denominador da taxa, se reduziu, devido ao isolamento social e às restrições de mobilidade, mas também a outros fatores de desincentivo à busca de emprego, como o grande desalento. Cabe mencionar que o percentual de desalentados chegou à marca recorde de 5,4 milhões de pessoas em mar-mai/20.

                          A evolução recente do número de ocupados é quem capta melhor os efeitos da pandemia. Ao todo, os ocupados somaram 85,9 milhões no trimestre findo em mai/20, a menor cifra da série histórica iniciada em 2012. O recuo frente ao mesmo período de 2019 chegou a -7,5%.

                          Mesmo o emprego informal sendo mais vulnerável ao ciclo econômico, o poder destrutivo da crise de Covid-19 também foi intenso no mercado formal. A redução do número de ocupados sem carteira assinada foi de -2,16 milhões de pessoas frente a mar-mai/19 e de -2,11 milhões no caso de ocupados com carteira assinada. Por sua vez, o declínio dos conta própria, que compreendem os chamados “bicos”, foi de -1,62 milhões de ocupados.

                          Setorialmente, serviços, comércio e construção foram os mais afetados, como mostram as variações interanuais a seguir, mas a indústria não ficou muito atrás, perdendo 925 mil postos de trabalho em comparação com um ano atrás. Isso significou uma contração de -7,8% do emprego industrial, isto é, superior à perda da ocupação total.

                               •  Ocupação total: +1,6% em set-nov/19; +2,0% em dez/10-fev/20 e -7,5% em mar-mai/20;

                               •  Ocupação na indústria: +2,7%; +5,0% e -7,8%, respectivamente;

                               •  Ocupação na construção: +2,0%; -0,2% e -15,6%;

                               •  Ocupação no comércio: +0,7%; +1,2% e -9,4%;

                               •  Ocupação em alojamento e alimentação: +3,4%; +3,6% e -19,5%;

                               •  Ocupação com serviços domésticos: +2,4%; +0,8% e -18,6%, respectivamente.

                          Na construção, embora o setor tenha sido considerado essencial em grandes cidades que decretaram isolamento social, a queda na ocupação foi intensa, de -15,6% no trimestre findo em mai/20 ante o mesmo período do ano anterior. Isso correspondeu a cerca de 1 milhão de ocupados a menos.

                          Diferentes ramos de serviços e o varejo foram ainda mais atingidos: -1,05 milhão de ocupados em alojamento e alimentação; -1,1 milhão de empregados domésticos e -1,6 milhão de ocupados no comércio e reparação de veículos. Juntos, responderam por cerca de 55% da queda da ocupação frente ao mesmo período do ano passado.

                          Com o número de ocupados recuando tão fortemente, a massa real de rendimentos, que consiste na base do consumo das famílias, notadamente em um contexto de restrição do crédito como este, também entrou no vermelho: -2,8% ante mar-mai/19.

                          Porém, como lembra o IBGE, a massa de rendimento inclui apenas rendimentos provenientes de trabalho, não considerando, portanto, rendimentos provenientes de aposentadoria, bolsa família, BPC, auxílio desemprego e auxílio emergencial, entre outras fontes de renda. Isso significa que, a despeito de seus problemas de execução, os programas oficiais tendem a amenizar este quadro.

                          Conforme dados da PNAD Contínua Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a taxa de desocupação no trimestre compreendido entre março e maio de 2020 registrou 12,9%. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, dezembro de 2019 a fevereiro de 2020, houve expansão de 1,2 p.p., e para o mesmo trimestre do ano anterior houve variação positiva de 0,6 p.p., quando registrou 12,3%.

                          O rendimento real médio de todos os trabalhos habitualmente recebidos registrou R$2.460, apresentando acréscimo de 3,6% em relação ao trimestre imediatamente anterior (dez-jan-fev), já frente ao mesmo trimestre de referência do ano anterior, houve expansão de 4,9%. 

                          A massa de rendimentos reais de todos os trabalhos habitualmente recebidos atingiu R$ 206,6 bilhões no trimestre que se encerrou em maio, registrando retração de 5,0% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação negativa de 2,8% quanto ao mesmo trimestre do ano anterior (R$ 212,6 bilhões).

                          Para o trimestre de referência, a população ocupada registrou 85,9 milhões de pessoas, apresentando uma variação negativa de 8,3% em relação ao trimestre imediatamente anterior (dez-jan-fev), e aferiu-se retração de 7,5% frente ao mesmo trimestre do ano anterior (92,9 milhões de pessoas ocupadas).

                          Em comparação ao trimestre imediatamente anterior, o número de desocupados registrou crescimento de 3,0%, com 12,7 milhões de pessoas. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior observou-se retração de 2,1%. Em relação a força de trabalho, computou-se neste trimestre 98,6 milhões de pessoas, representando decrescimento de 7,0% frente ao trimestre imediatamente anterior e variação negativa de 6,9% em relação ao mesmo trimestre do ano passado (106,1 milhão de pessoas).

                          Com análise referente ao mesmo trimestre do ano anterior, o único setor que apresentou variação positiva foi o de Administração pública, defesa, seguridade, educação, saúde humana e serviços sociais (3,6%). Por outro lado, os demais agrupamentos apresentaram decréscimos: Alojamento e alimentação (-19,5%), Serviços domésticos (-18,6%), Construção (-15,6%), Outros serviços (-11,4%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-9,4%), Indústria geral (-7,8%), Transporte, armazenagem e correios (-6,8%), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-6,8%) e, Informação, Comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (-2,7%).

                          Por fim, analisando a população ocupada por posição na ocupação comparada ao mesmo trimestre do ano anterior, registrou-se acréscimo apenas na categoria setor público (6,2%). De outro lado, as categorias restantes apresentaram retrações: trabalho privado sem carteira (-19,0%), trabalho doméstico (-18,6%), trabalho familiar auxiliar (-13,0%), empregador (-8,8%), trabalhador por conta própria (-6,7%) e, trabalho privado com carteira (-6,4%).

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                          Em mai/25, o recuo da indústria atingiu a maioria dos seus parques regionais, inclusive São Paulo e o Nordeste, cuja produção também encolheu no acumulado de jan-mai/25.

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