• SOBRE O IEDI
    • ESTUDOS
      • CARTA IEDI
        • ANÁLISE IEDI
          • DESTAQUE IEDI
            • IEDI NA IMPRENSA
              55 11 5505 4922

              instituto@iedi.org.br

              • HOME
              • SOBRE O IEDI
                • ESTUDOS
                  • CARTA IEDI
                    • ANÁLISE IEDI
                      • DESTAQUE IEDI
                        • IEDI NA IMPRENSA

                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/12/2020

                          Sinais de acomodação

                          A indústria vem deixando para trás as perdas provocadas pela pandemia, em um processo ainda parcial, pois não contempla todos os setores na mesma intensidade, e se prepara para uma nova fase, cujo dinamismo ainda é incerto, dado o aumento de casos de Covid-19 em algumas regiões, da redução do auxílio emergencial e de sua possível renovação em 2021, de pressões inflacionárias, etc.

                          Os números do IBGE divulgados hoje mostram que a produção da indústria geral aumentou +1,1% na passagem de set/20 para out/20, já descontados os efeitos sazonais. Esta taxa, que é metade da anterior, além de refletir bases de comparação mais robustas também pode estar indicando alguma acomodação do dinamismo do setor. Vale lembrar que em out/20 o auxílio emergencial pago às famílias já havia passado pela redução de 50% de seu valor.

                          Outros dados vão na mesma direção. Por exemplo, 11 dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE ficaram no vermelho em out/20, isto é, uma proporção não negligenciável de 42% do total. Esta mesma proporção também indica a parcela de ramos que em out/20 permaneceram com um nível de produção inferior ao de fev/20, ou seja, antes do choque da Covid-19.

                          Entre os macrossetores industriais, bens intermediários, que formam o núcleo do sistema industrial por fornecer insumos a todas as outras atividades, e bens de consumo semi e não duráveis, que são mais afetados pelas mudanças no auxílio emergencial, apresentaram taxas negativas, embora muito próximas da estabilidade (-0,2% e -0,1%, respectivamente).

                          Como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir, além da interrupção do crescimento nestes dois macrossetores, houve também importante desaceleração em bens de consumo duráveis, mesmo ainda não tendo atingido os níveis de produção pré-crise.

                               •  Indústria geral: +3,4% em ago/20; +2,8% em set/20 e +1,1% em out/20;

                               •  Bens de capital: +5,5%; +8,3% e +7,0%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +2,2%; +1,2% e -0,2%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +9,7%; +9,1% e +1,4%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +1,2%; +3,7% e -0,1%, respectivamente.

                          Bens de capital, por sua vez, conseguiram manter o padrão recente de crescimento, ao registrar +7% na série com ajuste sazonal. Com isso, ficaram 3,5% acima do patamar pré-crise. Seu desempenho também foi positivo (+2,1%) em comparação com out/19, a despeito do efeito calendário negativo (out/20 tem 2 dias úteis a menos que out/19). Bons resultados vierem de bens de capital para a própria indústria, para construção e para agricultura.

                          Seja como for, a despeito de algumas fragilidades, a indústria continua avançando, já somando seis meses consecutivos de crescimento, que a levaram para um nível de produção 1,4% acima daquele de fev/20. Em comparação com o ano passado, evitou o terreno negativo tanto em set/20 como em out/20, abrindo a possibilidade de ficar no azul no último trimestre de 2020.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou crescimento de 1,1% em outubro frente a setembro de 2020, segundo dados livres de influência sazonal. Para o acumulado em doze meses registrou-se variação negativa de 5,6%, e para o acumulado do ano houve retração de 6,3%. Em comparação a outubro de 2019 aferiu-se acréscimo de 0,3%. 

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, três dos cinco segmentos analisados apresentaram variações positivas: bens de capital (7,0%), bens duráveis (1,4%) e bens de consumo (0,7%). Por outro lado, as duas categorias restantes registraram retrações: bens intermediários (-0,2%) e bens semiduráveis e não duráveis (-0,1%). 

                          No resultado observado na comparação com o mês de outubro de 2019, dois segmentos dos cinco segmentos analisados apresentaram variações positivas: bens intermediários (3,2%) e bens de capital (2,1%). Em sentido oposto, os outros três segmentos analisados apresentaram decréscimos: bens duráveis (-8,3%), bens de consumo (-4,5%) e bens semiduráveis e não duráveis (-3,4%). Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registaram-se retrações nos cinco segmentos analisados: bens duráveis (-20,7%), bens de capital (-13,9%), bens de consumo (-9,1%), bens semiduráveis e não duráveis (-5,8%) e bens intermediários (-2,4%).

                          Setores. Na comparação com setembro de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 15 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (18,9%), couro, artigos de viagem e calçados (5,7%), produtos diversos (5,2%), confecção e artigos de vestuário e acessórios (5,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,5%), produtos de madeira (3,8), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (3,1%), metalurgia (3,1%), produtos de metal (2,8%) e produtos têxteis (2,7%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: produtos do fumo (-18,7%), outros equipamentos de transporte (-4,5%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-4,2%) e produtos alimentícios (-2,8%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2020 frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 6 dos 26 ramos analisados: produtos do fumo (8,4%), produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,8%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (3,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,1%) e celulose, papel e produtos de papel (1,1%). Em direção oposta, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: impressão e reprodução de gravações (-37,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-34,4%), outros equipamentos de transporte (-31,4%), confecção de artigos e vestuário e acessórios (-29,1%), couro, artigos de viagem e calçados (-24,8%) e produtos diversos (-20,3%). 

                          IMPRIMIR
                          BAIXAR

                          Compartilhe

                          Veja mais

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Frenagem industrial
                          Publicado em: 02/07/2025

                          Os últimos dados da indústria divulgados pelo IBGE continuam apontando para um processo de esmorecimento do setor para o qual o IEDI vem chamando atenção desde o último trimestre do ano passado.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Indústria do Nordeste: exceção em abr/25
                          Publicado em: 11/06/2025

                          O baixo dinamismo da indústria nacional em abr/25 foi produto do declínio da produção no Sudeste e no Norte e virtual estabilidade no Sul do país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Dificuldades para crescer
                          Publicado em: 03/06/2025

                          Depois do primeiro resultado positivo em março, a indústria brasileira voltou a ficar virtualmente estagnada em abril último, tal como em jan-fev/25.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Crescimento do PIB, mas perda de tração na indústria
                          Publicado em: 30/05/2025

                          O PIB brasileiro voltou a se expandir mais intensamente no 1º trim/25, mas apoiado em poucas alavancas, sobretudo, na agropecuária e no efeito positivo para o investimento da compra de plataformas de petróleo.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Trimestre mais fraco, sobretudo, no Norte e Nordeste
                          Publicado em: 14/05/2025

                          O 1º trim/25 foi mais fraco para a maioria dos parques regionais da indústria, principalmente no Norte e Nordeste, mas São Paulo foi uma exceção, mesmo que devido a poucos dos seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Mais juros, menos dinamismo em bens de capital
                          Publicado em: 07/05/2025

                          Bens de capital foram o único macrossetor industrial a não aumentar produção em mar/25 e o que mais desacelerou no acumulado do 1º trim/25, sob efeito do aumento dos juros no país.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Há quase um semestre sem crescer
                          Publicado em: 02/04/2025

                          A indústria já soma cinco meses consecutivos sem aumento de sua produção, já descontados os eventuais efeitos sazonais.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Produção Regional - Quedas mais difundidas
                          Publicado em: 18/03/2025

                          Em jan/25, a indústria brasileira ficou estável, com uma difusão de sinal negativo que foi maior do ponto de vista regional do que do ponto de vista setorial.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - Indústria - Sem crescimento
                          Publicado em: 11/03/2025

                          No primeiro mês de 2025, a indústria brasileira ficou estagnada, depois de declinar no último trimestre de 2024, mas isso devido a uma minoria de seus ramos.

                          ANÁLISE IEDI
                          Análise IEDI - PIB - Enfraquecimento do PIB no final de 2024
                          Publicado em: 07/03/2025

                          No último trimestre de 2024, o PIB brasileiro ficou praticamente estagnado, com forte queda no consumo e desaceleração do investimento: sinais da aguda elevação dos juros no país.

                          INSTITUCIONAL

                          Quem somos

                          Conselho

                          Missão

                          Visão

                          CONTEÚDO

                          Estudos

                          Carta IEDI

                          Análise IEDI

                          CONTATO

                          55 11 5505 4922

                          instituto@iedi.org.br

                          Av. Pedroso de Morais, nº 103
                          conj. 223 - Pinheiros
                          São Paulo, SP - Brasil
                          CEP 05419-000

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial. Todos os direitos reservados.

                          © Copyright 2017 Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial.
                          Todos os direitos reservados.