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                          Análise IEDI

                          Indústria
                          Publicado em: 02/12/2020

                          Sinais de acomodação

                          A indústria vem deixando para trás as perdas provocadas pela pandemia, em um processo ainda parcial, pois não contempla todos os setores na mesma intensidade, e se prepara para uma nova fase, cujo dinamismo ainda é incerto, dado o aumento de casos de Covid-19 em algumas regiões, da redução do auxílio emergencial e de sua possível renovação em 2021, de pressões inflacionárias, etc.

                          Os números do IBGE divulgados hoje mostram que a produção da indústria geral aumentou +1,1% na passagem de set/20 para out/20, já descontados os efeitos sazonais. Esta taxa, que é metade da anterior, além de refletir bases de comparação mais robustas também pode estar indicando alguma acomodação do dinamismo do setor. Vale lembrar que em out/20 o auxílio emergencial pago às famílias já havia passado pela redução de 50% de seu valor.

                          Outros dados vão na mesma direção. Por exemplo, 11 dos 26 ramos acompanhados pelo IBGE ficaram no vermelho em out/20, isto é, uma proporção não negligenciável de 42% do total. Esta mesma proporção também indica a parcela de ramos que em out/20 permaneceram com um nível de produção inferior ao de fev/20, ou seja, antes do choque da Covid-19.

                          Entre os macrossetores industriais, bens intermediários, que formam o núcleo do sistema industrial por fornecer insumos a todas as outras atividades, e bens de consumo semi e não duráveis, que são mais afetados pelas mudanças no auxílio emergencial, apresentaram taxas negativas, embora muito próximas da estabilidade (-0,2% e -0,1%, respectivamente).

                          Como mostram as variações com ajuste sazonal a seguir, além da interrupção do crescimento nestes dois macrossetores, houve também importante desaceleração em bens de consumo duráveis, mesmo ainda não tendo atingido os níveis de produção pré-crise.

                               •  Indústria geral: +3,4% em ago/20; +2,8% em set/20 e +1,1% em out/20;

                               •  Bens de capital: +5,5%; +8,3% e +7,0%, respectivamente;

                               •  Bens intermediários: +2,2%; +1,2% e -0,2%;

                               •  Bens de consumo duráveis: +9,7%; +9,1% e +1,4%;

                               •  Bens de consumo semi e não duráveis: +1,2%; +3,7% e -0,1%, respectivamente.

                          Bens de capital, por sua vez, conseguiram manter o padrão recente de crescimento, ao registrar +7% na série com ajuste sazonal. Com isso, ficaram 3,5% acima do patamar pré-crise. Seu desempenho também foi positivo (+2,1%) em comparação com out/19, a despeito do efeito calendário negativo (out/20 tem 2 dias úteis a menos que out/19). Bons resultados vierem de bens de capital para a própria indústria, para construção e para agricultura.

                          Seja como for, a despeito de algumas fragilidades, a indústria continua avançando, já somando seis meses consecutivos de crescimento, que a levaram para um nível de produção 1,4% acima daquele de fev/20. Em comparação com o ano passado, evitou o terreno negativo tanto em set/20 como em out/20, abrindo a possibilidade de ficar no azul no último trimestre de 2020.

                          A partir dos dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados hoje pelo IBGE, a produção industrial nacional registrou crescimento de 1,1% em outubro frente a setembro de 2020, segundo dados livres de influência sazonal. Para o acumulado em doze meses registrou-se variação negativa de 5,6%, e para o acumulado do ano houve retração de 6,3%. Em comparação a outubro de 2019 aferiu-se acréscimo de 0,3%. 

                          Categorias de uso. Na comparação com o mês anterior, para dados sem influência sazonal, três dos cinco segmentos analisados apresentaram variações positivas: bens de capital (7,0%), bens duráveis (1,4%) e bens de consumo (0,7%). Por outro lado, as duas categorias restantes registraram retrações: bens intermediários (-0,2%) e bens semiduráveis e não duráveis (-0,1%). 

                          No resultado observado na comparação com o mês de outubro de 2019, dois segmentos dos cinco segmentos analisados apresentaram variações positivas: bens intermediários (3,2%) e bens de capital (2,1%). Em sentido oposto, os outros três segmentos analisados apresentaram decréscimos: bens duráveis (-8,3%), bens de consumo (-4,5%) e bens semiduráveis e não duráveis (-3,4%). Para o índice acumulado nos últimos doze meses, registaram-se retrações nos cinco segmentos analisados: bens duráveis (-20,7%), bens de capital (-13,9%), bens de consumo (-9,1%), bens semiduráveis e não duráveis (-5,8%) e bens intermediários (-2,4%).

                          Setores. Na comparação com setembro de 2020, houve variação positiva no nível de produção em 15 dos 26 ramos pesquisados. As maiores variações positivas foram percebidas nos seguintes setores: impressão e reprodução de gravações (18,9%), couro, artigos de viagem e calçados (5,7%), produtos diversos (5,2%), confecção e artigos de vestuário e acessórios (5,0%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,7%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,5%), produtos de madeira (3,8), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (3,1%), metalurgia (3,1%), produtos de metal (2,8%) e produtos têxteis (2,7%). Por sua vez, as maiores variações negativas ficaram por conta dos seguintes setores: produtos do fumo (-18,7%), outros equipamentos de transporte (-4,5%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-4,2%) e produtos alimentícios (-2,8%). 

                          Por fim, na comparação do acumulado do ano de 2020 frente a igual período do ano anterior, a produção industrial apresentou variação positiva em 6 dos 26 ramos analisados: produtos do fumo (8,4%), produtos alimentícios (5,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,8%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (3,4%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (2,1%) e celulose, papel e produtos de papel (1,1%). Em direção oposta, os setores que apresentaram as maiores variações negativas foram: impressão e reprodução de gravações (-37,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-34,4%), outros equipamentos de transporte (-31,4%), confecção de artigos e vestuário e acessórios (-29,1%), couro, artigos de viagem e calçados (-24,8%) e produtos diversos (-20,3%). 

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